Aventuras em 77 escrita por pureblackgalaxy


Capítulo 2
1 - A primeira de muitas.


Notas iniciais do capítulo

Gente, muito obrigada pelos comentários, fiquei feliz demais com tudo o que eu li !
Espero conseguir fazer uma fic tão boa quanto as expectativas de vocês !



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POV James Sírius Potter

Finalmente o primeiro dia de aula chegou. Cara, que saudades que eu estava deste castelo ! Eu nunca pensei que fosse dizer isso na minha vida, mas eu vou sim sentir falta da escola. Vou sentir falta de pentelhar os Sonserinos, explodir banheiros, de irritar o professor Binnins ( sim, ele ainda não percebeu que morreu e sim, ele ainda dá aula em Hogwarts, para o tédio total da nação).

Deixando de lado esse meu momento sentimental, eu estava mais do que atrasado para a aula de Herbologia, que é a primeira aula do dia. Ok, até ai não existe novidade, eu sempre estou atrasado para qualquer coisa na minha vida ( menos para o treino de quadribol, é claro. Afinal , eu sou o apanhador e capitão do time. Aliás, Alvo também é apanhador do time da Sonserina, e a Lily joga no time da Grifinória como artilheira).

Entrei correndo e completamente sem fôlego nas estufas , por sorte, consegui entrar junto com o professor Neville Longbottom.

– Quase atrasado de novo James – Disse ele divertido e eu apenas revirei os olhos, enquanto lutava para recuperar o fôlego. O professor Longbottom ( como deveríamos chama-lo em Hogwarts) era um grande amigo de meus pais nos tempos de escola. Ele , a tia Ana e a Alice sempre estão lá em casa, ele nos conhece desde que nascemos, mas isso não significa favoritismo. Ele acaba exigindo mais de nós do que dos outros as vezes, o que é um saco. O Alvo não admite, mas ele é louco pela Alice. Me sentei ao lado do Colin, meu melhor amigo, e fiquei apenas cutucando uma planta que estava lá enquanto o professor falava alguma coisa que eu não estava afim de escutar. Entendam, eu gosto do professor e não da matéria.

– Por Mérlin, como isso fede – Reclamou Colin quando terminou de extrair o líquido da planta, e colocando-a de volta no vaso.

– Pelo menos ela não te mordeu ! – Eu disse irritado, olhando para o meu dedo indicador.

– Acho que nem as plantas vão com a sua cara, James – Ele disse rindo enquanto pegávamos os materiais, e partíamos para a aula de Transfiguração. Estava tão distraído que nem percebi quando meu irmão Alvo corria em nossa direção, junto com Scorpius Malfoy. Sim, os dois eram melhores amigos desde o primeiro ano. Nosso pai e o pai do Scorpius nunca aceitaram isso muito bem, mas como eles viram que não adiantaria em nada proibir a amizade, ou falar para eles não andarem juntos ( eles dividem o mesmo dormitório) ambos acabaram aceitando.

Scorpius é um cara legal, mas vou deixar claro desde já que nunca vou admitir isso em voz alta. Apesar de não existir mais todo aquele ódio entre Sonserina e Grifinória, as duas casas ainda possuem uma rivalidade grande no quadribol, clube de duelos ou qualquer coisa do gênero, a diferença é que hoje, as competições são muito mais saudáveis.Eu detesto admitir, mas Scorpius é um ótimo goleiro.

– Bom dia Jay – Disse Alvo bagunçando ainda mais meu cabelo e rindo da minha cara. Meu irmão é um retardado, se não fossemos tão iguais, diria que ele é adotado.

– Para de me chamar assim, cobrinha – Eu bufei e ele riu ainda mais. Sinto falta do tempo em que ele ficava louco de raiva com esse apelido. Hoje ele não liga mais.

– Eu sei que você me ama e que não vive sem mim – Ele disse convencido e eu apenas revirei os olhos.

– Santo Mérlin, vocês não cansam não ? – Malfoy perguntou, nos olhando com a sobrancelha arqueada. Eu e Alvo nos encaramos.

– NÃO ! – Respondemos juntos e o loiro se limitou a revirar os olhos.

– A Líly quer falar com a gente na hora do almoço – Alvo anunciou e eu dei um sorriso maroto. Com certeza ela deveria estar tendo ideias para pregarmos alguma peça em um Sonserino.- Espero que ela tenha alguma ideia, estamos no primeiro dia de aula e já estou entediado – Disse ele , dando um longo suspiro e eu apenas concordei.

– Olha, o papo está muito bom..mas vamos logo Alvo, Flitwick vai matar a gente ! – Disse Scorpius, puxando meu irmão para a sala de aula.

– Desde quando você se importa com isso ? – Alvo perguntou, arqueando a sobrancelha. Eu o olhei da mesma forma. Scorpius nunca foi de se importar muito com a vida acadêmica.

– Desde que Draco Malfoy disse que acabaria com a minha vida se eu não tirasse notas muito boas nesses NOM’s. Ele faz esse tipo de ameaça todo ano, mas dessa vez minha mãe partilha da mesma opinião, então não tenho muita escolha. – Ele disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, e até era. Scorpius e o pai tinham um relacionamento ..estranho. – Tchau James ! – Ele disse e eu apenas acenei para os dois, voltando a minha caminhada.

O resto da manhã passou normalmente, sem nenhum tipo de imprevistos ou acidentes. Eu já estava começando a perceber que esse ano seria um tanto complicado ter alguma paz dos estudos, pois era o meu último ano em Hogwarts, e eu queria me tornar um auror, assim como meu pai.

– Oi família ! – Eu disse, me sentando junto com meus primos na mesa da Grifinória . Logo Alice Longbottom ( que era da Lufa-Lufa) , Alvo e Scorpius se juntaram com a gente. Não, eu não estou louco , nesse tempo é completamente normal as pessoas se sentarem em uma mesa que não seja a da sua casa, aliás, estranho é se você não o fizer.

– Oi ! – Todos responderam, menos Hugo, que estava comendo duas coxas de frango ao mesmo tempo. Ele tem algum bicho dentro dele, não é possível alguém ter tanta fome, mesmo sendo um Weasley. Me sentei ao lado de Lily, e logo Alvo se sentou entre nós dois.

– Tive uma ideia do que podemos fazer pra iniciar o ano letivo – Começou Lily, com aquele brilho demoníaco no olhar.

– Finalmente, já estava ficando entediado – Disse Alvo levantando as mãos para o alto.

– Para de ser chato e deixa ela falar Alvo ! – Eu disse e Alvo me mostrou o dedo do meio, fazendo Lily revirar os olhos.

– Enfim, interrompendo o momento fofo de vocês – Ela sussurrou , se certificando que nenhum de nossos primos prestavam atenção em nós – Faz um certo tempo que eu estou com muita vontade de fazer o Pirraça ficar bem quietinho e não atrapalhar mais a nossa vida – Disse ela, com um sorriso maroto.

– Concordo..ele quase fez a gente pegar uma detenção da última vez ! – Eu disse, bufando de frustração – O que podemos fazer ?

– O Tio Jorge me deu um daqueles kits de caça fantasma da loja – Ela disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, eu e Alvo arregalamos os olhos.

– Que injusto ! Porque pra você ele dá e pra gente não ? – Alvo perguntou indignado.

– Porque vocês são dois burros e não sabem esconder as coisas direito na mala, a mamãe sempre acaba achando algo na mala de vocês – disse Líly – Mas enfim, eu acho que a gente pode deixar o nosso querido Poltergeist mais...colorido .

– E dando cambalhotas – Disse Alvo

– E com a língua presa – Eu completei

– Eu ia sugerir de deixarmos ele todo colorido e purpurinado para deixa-lo bem mais ridículo do que ele é normalmente, mas isso também serve – Disse Lily dando de ombros.

Nós passamos o resto do almoço planejando os detalhes e como faríamos para encurralar o Pirraça. Esse ano , Teddy Lupin não estava mais com a gente ( ele é afilhado dos meus pais e praticamente nosso irmão mais velho, mas é bonzinho demais e sempre teve a esperança de tentar colocar juízo na nossa cabeça..mas qualquer pessoa que conviva meia hora com nós três sabe que isso é tempo perdido...não é nossa culpa, está no nosso sangue. )

O plano era bem simples, iriamos usar um tipo de cola que o tio Jorge tinha desenvolvido especialmente para prender coisas que não fossem materializadas ( como um fantasma, ou um Polteigerst, que é um espírito) , utilizaríamos um feitiço silenciador e então deixaríamos Pirraça da cor do arco –íris e todo brilhante. Seria uma vingança maravilhosa, para todos os alunos , de todos os anos e eras em Hogwarts, que conheceram o idiota do Pirraça.

Devo confessar que, depois de termos traçado todo o plano estar quase tudo certo, eu estava mais do que animado para o resto do dia com aquelas horas maçantes. Eu queria que o dia passasse correndo, para que pudéssemos executar logo toda essa ideia. Talvez alguns achem que somos um tanto maldosos..mas nunca ninguém saiu machucado por conta de uma brincadeira que nós fizemos. Pelo menos não até agora.

Sai correndo das masmorras após o fim da aula de Poções ( minha última aula do dia) e fui o mais rápido possível para a sala precisa. A adrenalina me tomava, eu sempre ficava assim antes de fazer algo, não importa quantas vezes e por quantos anos eu o fizesse, a sensação era a mesma. Passei três vezes pela tapeçaria e imaginei um lugar em que pudéssemos executar um plano tranquilamente. Quase que imediatamente a porta se materializou na minha frente e eu entrei, Alvo e Lily chegaram pouco tempo depois.

Líly abriu sua mochila e retirou uma pequena bolsa de dentro dela, despejando todo o conteúdo do kit no chão. Ela nos explicou como cada coisa funcionava, repassamos cada detalhe do plano para que tudo funcionasse perfeitamente, pois com certeza estaríamos fritos se pegássemos detenção logo no primeiro dia de aula.

Peguei o mapa do maroto e localizei o Pirraça ali mesmo no sétimo andar. Sorri marotamente com aquilo, seria muito mais simples do que imaginávamos. Peguei a capa de invisibilidade e, com muita dificuldade, cobri nós três e saímos cuidadosamente da sala e sem tirar os olhos do mapa. Fomos até onde Pirraça estava. Ele estava tão absorto em seus pensamentos que nem percebeu quando foi atingido pela cola grudenta que tio Jorge havia feito.

– POTTER ! ME SOLTEM AGORA, VOCÊS VÃO PAGAR POR..- Ele começou.

– SILÊNCIO – Alvo proferiu, apontando a varinha para a criatura que estava presa na parede, se debatendo loucamente. Era uma cena risada de se ver. – Você vai pensar duas vezes de ferrar com qualquer aluno dessa escola..principalmente com a gente – Disse Alvo, e então começamos a jogar todo o tipo de tintas especiais que Lily tinha trazido. Em menos de cinco minutos, Pirraça estava furioso e com uma aparência completamente bizarra. Lily e Alvo quase rolavam de rir no chão, enquanto eu tentava colocar um laço na cabeça dele.

– AI MEU DEUS ! A Minerva tá vindo - Disse Lily e guardou tudo rapidamente, limpando toda a sujeira que fizemos. Corremos para baixo da capa de invisibilidade e fomos para o final do corredor, um pouco distante da onde Pirraça ainda estava preso e se debatendo feito um louco. Tentávamos ao máximo não rir e denunciar nossa presença ali.

– O que está acontecendo aqui ? Pirraça ! – Ralhou Mcgonagall – O que está fazendo ai ? – Ela perguntou e vendo que ele não respondia, libertou-o do feitiço silencioso.

– FORAM OS MALDITOS POTTER ! ELES VÃO ME PAGAR, VÃO ME PAGAR ! – Pirraça berrava em plenos pulmões. As tintas que jogamos nele eram quase impossíveis de remover e ele ainda ficaria um bom tempo preso naquela cola.

– Eu não duvido que tenham sido..mas enquanto não tivermos provas , não posso fazer nada para puni-los ..minha nossa – Ela tentava todos os tipos possíveis de feitiços, mas nada que ela fizesse libertaria Pirraça daquela cola. Começamos a andar cuidadosamente e passamos por Mcgonagall fazendo o máximo de silêncio possível e depois saímos correndo, parando apenas quando estávamos em um corredor deserto, próximo ao salão principal. Eu retirei a capa de cima de nós, agora, sem fazer questão de disfarçar as risadas.

– Essa..foi..sensacional..- Dizia Alvo em meio as gargalhadas.

– Vocês..vocês viram a cara dele ? – Eu disse, quase chorando de tanto rir.

Eu guardei a capa nos bolsos das minhas vestes e fomos para o Salão Principal jantar, estávamos famintos. Olhei para os meus irmãos disfarçadamente e naquele momento eu tive absoluta certeza que estaríamos sempre juntos, que sentiria muita falta de virar Hogwarts de cabeça para baixo com eles, e que aquele ano seria realmente inesquecível.


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Notas finais do capítulo

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