O choque impulsionou-me para atrás, abatendo-me no chão, incrédula por estar ao lado de outro eu.

Antes de justapor qualquer pensamento em minha cabeça, sinto meus pés serem arrastados floresta adentro. Não importa o quanto eu grite, apenas se tornava mais rápido. Seguro nas mãos de minha sósia, mas mesmo assim sou engolida pela escuridão e acabo perdendo a consciência.

Acordo em uma clareira, em minha frente vejo o Gato, mas ele olhava para lugares dispersos. Vejo, então, um buraco que lembra onde eu caí da primeira vez e sobre ele um pequeno corvo parado que encarava-me.

Porque ele parecia com uma mesa? Nunca saberei responder! Minha irmã costumava relacioná-los a morte.

— Finalmente! Siga em frente, Alice! —

O Gato chamava meu nome, fazendo com que meu corpo pedisse para seguí-lo e atirar-me na direção do corvo. Mas as vozes que ecoavam em minha cabeça assombravam-me com a ideia de estar em um caminho sem volta.

Fecho meus olhos e sinto minha cabeça latejar, afasto-me ao máximo e fujo dos muitos olhares que me perseguem.

— Deste jeito, não poderá ter liberdade. Jamais! —

Minha cabeça latejava enquanto eu esquecia tudo que aconteceu. Meu único desejo é quebrar as correntes que prendem-me aqui.