A Guardian's Diary 4 - Of Dark and Cold escrita por Lino Linadoon


Capítulo 7
Capítulo 6 - Entre estrelas


Notas iniciais do capítulo

Ola de novo, pessoal. Eu voltei.
Demorei um pouco com esse capítulo e estou dividida em gostar e não gostar dele. Mas aí está. ^^
Há leves spoilers sobre os livros dos Guardiões nesse cap se você quiser saber.



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   Domenicha chutou mais uma pedra que estava em seu caminho, reclamando baixinho para ninguém ouvir. Burgress estava fria, montes de neve se acumulavam pelo lugar e milhares de luzes coloridas enfeitando janelas e telhados iluminavam a noite escura. Não havia muito barulho, ninguém ousava sair de suas casas àquela hora da noite; os únicos sons abafados de conversas e músicas natalinas vinham de algumas poucas casas onde as luzes ainda estavam acesas.

   Era melhor assim, ela não estava com a mínima vontade de ter companhia. Ainda estava um tanto perturbada...

   Sua mente voltou por si mesma para a desastrosa festa de aniversário.

   É claro que as coisas continuaram ruins mesmo depois do sumiço de Demetria o que resultou na festa sendo cancelada apenas algumas horas após começar. Mas o que mais Domenicha pensava que aconteceria convidando aquela garota?! Era de se esperar que ela fosse como os pais...

   As coisas ficaram feias. Primeiro as acusações se voltando para Jack-o-Lantern porque em um mínimo momento ele se dirigiu para Demetria como se soubesse quem ela era – o que nem de longe era correto, Domenicha se lembrava do quão confuso ele ficou ao saber que Breu possuía outra filha e que esta apareceria na festa – e, é claro, que Domenicha se apressou a impedir que os Guardiões punissem o espírito do Halloween sem motivo algum. Então as acusações se voltaram para ela, afinal, ela sim parecia conhecer Demetria, o que era verdade. Wonder, mesmo sendo sua melhor amiga, foi a primeira a apontar o dedo para ela; afinal, seu irmão havia sido ferido pela garota das trevas.

   E pobre Nick... A violência de Demetria o lançara com tanta força através do salão que, quando ele atingiu o chão e as mesas, suas asas entortaram. Ele só não gritara porque a dor de algum modo anestesiara todo seu corpo. Ver o amigo daquele jeito cortou o coração de Domenicha. E pensar que, por algum motivo, ela havia se importado mais com Demetria do que com ele!

   Aliás, Domenicha ainda não podia explicar o porque daquela empatia seletiva... Embora ela se importasse com o bem das pessoas em geral, fossem conhecidas ou não, não conseguia entender porque Demetria havia tomado completamente sua mente enquanto Nick estava agonizando em silêncio; aliás, por causa daquela garota!

   Estava confusa, preocupada, mas acima de tudo, irritada consigo mesma. Aquilo tudo havia sido sua culpa.

   As coisas nem tiveram a chance de melhorar, já que Coelhão e Jack a puxaram de lado logo em seguida para perguntar o que diabos fora aquilo tudo...

—G—

   “Domenicha.” A voz de Coelhão, forte e séria, fez as orelhas sensíveis de Domenicha tremerem levemente. “Talvez você tenha algo para nos contar...”

   “Ou talvez eu não tenha nada para falar...” Ela respondeu, baixa e ríspida.

   O som forte da pata do Pooka contra o chão fez a garota se encolher, colando as orelhas contra a cabeça. Domenicha sabia que responder a seus pais naquele tom não era boa ideia, mas ela não se importava agora. Estava irritada! Não estava com humor para sermão nenhum!

   “Quem era aquela garota?” Jack finalmente perguntou. “Seja quem for, ela lembrava muito outra pessoa que sabe sumir na escuridão.” E se lembrou de uma conversa de algum tempo atrás. “Era por isso que você perguntou sobre Breu ter uma filha? Aquela era a outra filha dele?”

   Os Guardiões se entreolharam, com certeza calculando os problemas que isso podia significar. Domenicha não respondeu. Uma parte sua queria falar a verdade, mas outra queria proteger Demetria; o que era estranho, considerando quem ela era e o que havia acontecido... E o que ela havia dito...

   Um calafrio subiu pelas costas de Domenicha ao pensar naquelas palavras. “Eu a quero”. Aquilo podia ser interpretado de tantas maneiras... Algumas não muito agradáveis...

   “Domenicha?” A mão fria de Jack de volta em seu ombro a puxou de seus devaneios.

   “Demetria...” Domenicha decidiu contar, mesmo que algo estivesse agora remoendo suas entranhas, tentando a impedir de falar qualquer coisa mais. “Eu a conheci... Faz um tempo...”

   “Ela é mesmo filha do Breu?” Jack continuou. “Do Breu e da Sheila?”

   Domenicha tremeu ao ouvir aquele nome.

   “Eu... Não sei...” Ela mentiu, sentindo leve dificuldade dessa vez.

   “Eu tenho o pressentimento de que você sabe.” Coelhão disse, cruzando os braços.

   “Então porque está me perguntando se já sabe a resposta?” Domenicha reclamou antes de segurar.

   “Domenicha!” Jack exclamou ao mesmo tempo em que o Pooka batia mais uma vez a pata contra o chão, pedindo respeito.

   Mas Domenicha não estava com cabeça para aquela conversa, não estava com cabeça para conversar com seus pais fosse sobre Demetria, fosse sobre qualquer outra coisa. Raiva subia por sua garganta cada vez que ouvia os dois Guardiões falando daquela garota com aquele tom suspeito, como se já estivessem decidindo agarrá-la e aprisioná-la sem ela ter feito grande coisa, apenas por ser filha de seu pai!

   “Eu não sei! E de que importa?” Continuou, sua voz aumentando mais do que ela esperava. “Ela já foi embora! Pronto! Já chega de falar dela! Ela não fez nada de mais, apenas causou na minha festa, grande coisa!”

   “Não fez nada de mais?” O Espírito do Inverno repetiu como se aquelas palavras fossem um grave insulto, mas estava mais surpreso do que irritado. “Ela quase quebrou as asas do seu melhor amigo e você acha que o que ela fez não foi grande coisa?”

   Domenicha se lembrou do amigo e culpa se uniu à raiva de antes. Ainda estava se preocupando mais com aquela garota do que com seu melhor amigo! O que havia de errado com ela?!

   “N-não... É claro que é grande coisa!” A Pooka gaguejou, sentindo sua mente em um reboliço estranho. Porque ainda pensava em proteger Demetria depois do que ela fez e disse? “M-mas é que...” ‘Que’ o que? Não havia desculpa para aquilo! “Eu... Agh!”

   Confusa e irritada, Domenicha pulou do sofá em que seus pais a sentaram e correu para fora do quarto, ouvindo os outros à suas costas, mas sem lhes dar atenção. Estava confusa e tudo o que queria era ficar sozinha! Mesmo que com seus pensamentos conturbados!

—G—

   Depois disso ela abrira um túnel para longe e passou alguns dias fora até que seus pais a encontrassem de novo. Eles estavam irritados pela saída repentina e mal educada, mas também estavam preocupados. Afinal, depois do que havia acontecido, talvez Domenicha tivesse isso atrás de Demetria... Ou de Breu... Ou de Sheila...

   Mas em pouco tempo ela os assegurou de que só precisava de um tempo sozinha para pensar. E então mais calma, explicou um pouco melhor como conheceu Demetria, mas fora isso, não afirmou mais nada.

   Semanas se passaram depois daquele acontecimento, já era dezembro, alguns dias e o Natal chegaria. E, diferente do que costumava fazer desde pequena, dessa vez ela preferiu ficar longe dos gêmeos São Norte. Ainda se sentia mal e culpada pelo que acontecera com Nick, não importava quantas vezes ele dissesse que a culpa não era dela, mas de Demetria; de qualquer jeito, fora ela mesma, Domenicha, quem levara aquela garota obscura para a festa. Wonder não era tão doce quanto o irmão, culpava mesmo Domenicha, mas tinha a sensibilidade de não jogar isso na cara dela... Na maioria das vezes... E Demetria não apareceu mais desde aquele dia, nem de verdade, nem em sonhos (pesadelos).

   Por isso um passeio silencioso pelas ruas de Burgress durante a noite parecia uma boa ideia.

   Um tilintar suave e uma luz dourada de repente quebraram o silêncio e a escuridão e Domenicha não pôde se impedir de sorrir, vendo rastros longos de areia do sono flutuando por entre as casas, árvores e postes.

   “Sandy!” A Pooka pulou em uma árvore para poder alcançar um dos telhados, procurando o Guardião dos Sonhos que provavelmente estava flutuando ali por perto em sua nuvem de areia de sonho.

   Fazia um tempo que ela não via o Guardião – desde sua festa pra falar a verdade – e é claro que ela sentia saudade de seu padrinho. Ela podia amar tanto seus pais quanto os outros Guardiões, mas Sandman era seu companheiro favorito, embora ele não fosse muito presente. Afinal, de todos eles, eram os Guardiões dos Sonhos e a Guardiã das Memórias quem mais tinham trabalho para fazer.

   Não muito tempo depois de pular por telhados levemente congelados, Domenicha encontrou Sandy, assim como ela havia previsto. Há alguns metros acima do chão, lançando rastros de areia para as casas logo abaixo sem aparentar ter um problema na vida.

   Mas eles não estavam sozinhos...

   “O que?” Domenicha se surpreendeu com uma luz branca não muito longe, em outro telhado, contrastando com o dourado da areia mágica. A algumas casas de distância, estava uma pessoa bem diferente do normal... “Mas quem...?”

   Dava para ver a forma humana, mas o ser era tão branco contra a noite escura que era como se tivesse luz própria – o que devia de ser o caso. Não dava pra ver se era mulher ou homem, estava de costas, usando o que parecia um vestido longo ou então uma toga prateada; uma cascata de cabelos brancos descia pelas costas da pessoa quase se mesclando à pele terrivelmente pálida. Parecia até uma aparição, um fantasma.

   A pessoa estava parada no alto de um telhado, olhando com admiração os rastros de areia do sonho. Em contraste com o rosto pálido, os olhos eram negros como o céu noturno e as bochechas muito levemente douradas. Com risadas suaves, o desconhecido tocou uma porção de areia, fazendo o sonho se materializar em um pequeno coelho de areia, saltitando ao seu redor, antes de correr para longe.

   Como uma criança feliz, ele correu atrás do coelhinho, rapidamente chegando até o fim do telhado.

   Domenicha sentiu seu sangue gelar. Aquela pessoa estava próxima demais da beirada e nem parecia notar! Domenicha pensou no acidente que podia acontecer e rapidamente pulou do lugar onde estava, esperando chegar a tempo antes que uma tragédia acontecesse.

   Mas, antes que ela pudesse pular do telhado gelado, a pessoa já havia passado da beirada. Mas não caiu e nem sequer pareceu notar que o suporte havia sumido em baixo de seus pés. Ele flutuou, quase como se andasse no ar vazio, cintilando um pouco mais forte do que antes.

   “Mas como...?” Domenicha não podia acreditar. O que era aquele ser? Domenicha conhecia bem a regra natural de que nenhum espírito sem asas ou qualquer outro aparato de voo não podia naturalmente voar por si só. Ora, Jack Frost, por exemplo, só podia flutuar caso tivesse seu cajado em mãos e uma boa corrente de vento. Domenicha também poderia flutuar se estivesse com o cajado dele, ou com um cajado próprio. Então como aquele ser conseguia flutuar daquele modo? “O que você é?”

   "Impossível" era uma palavra que não existia no vocabulário de Domenicha, então talvez ela pudesse descobrir o que havia por trás daquela capacidade...

   Ela pulou o mais silenciosamente possível para o outro telhado, se aproximando do desconhecido com cuidado.

   Ele enfim parou, assim que o coelhinho se sentou no ar a sua frente, erguendo um focinho imaginário como que para cheirá-lo.

   “Ola.” A pessoa falou, rindo levemente. Sua voz era um estranho misto de agudo e grave, e parecia tão cintilante quanto ele era - se é que uma voz pode parecer cintilante. “Eu costumava ter sonhos como você...” E estendeu a mão para o coelhinho, dando um passo para trás quando o animal se desfez em poeira de sonho.

   Domenicha continuou assistindo enquanto Sandy se aproximava do desconhecido em sua nuvem de areia dourada, os braços rechonchudos cruzados frente ao peito e uma expressão séria no rosto, quase intimidadora. Mesmo sem poder ver o rosto do ser branco, Domenicha sabia que ele estava surpreso, se não assustado.

   “Sandman...” O desconhecido murmurou, como se não acreditasse no que via.

   O Guardião dos Sonhos fez algumas imagens acima da cabeça, as completando com algumas expressões. Domenicha entendeu o que ele estava perguntando, devia de ser algo do tipo “porque está me seguindo?” ou então até um “quem é você?” ou o “que quer?”.

   “D-desculpe se i-incomodei...” O ser branco gaguejou, juntando as mãos pálidas que estavam quase escondidas dentro das mangas longas de sua roupa. “Eu só... Estava curioso... Sobre as areias do sonho...”

   Sandy fez mais algumas imagens, ainda mantendo os braços presos contra seu peito.

   “Oh, não senhor!” O garoto de luz disse rapidamente. Era incrível como ele conseguia entender todos os sinais do Guardião quase instantaneamente – até os demais Guardiões tinham certa dificuldade de vez em quando. “Eu não pretendia fazer nada! Era apenas um sonho meu poder segui-lo mesmo que por um tempo...”

   Sandy ergueu uma sobrancelha e não fez mais imagem alguma, apenas observou o rapaz da cabeça aos pés, pensando com seus botões.

   “A preocupação é desnecessária...” O garoto disse de repente. “Eu não...”

   Ele não chegou a terminar a frase quando Sandy se afastou, parecendo surpreso. O Guardião abriu e fechou a boca algumas vezes, como se tentasse falar alguma coisa. As bochechas do garoto se encheram mais de cor.

   O que está acontecendo?, Domenicha se aproximou com cuidado e curiosidade.

   “O-oh sim...” Ele murmurou quase timidamente. “Eu consigo ouvi-lo, alto e claro...”

   Ouvi-lo? Mas Sandy não fala!, a Pooka estava ainda mais confusa.

   O Guardião dos Sonhos não fez nada por um tempo, apenas encarou o garoto com os olhos dourados arregalados, como se tivesse visto um pesadelo. Um silêncio estranho pairou entre eles, enquanto Sandy continuava sem reação e as bochechas do garoto ficavam cada vez mais douradas.

   “Pelo que meu pai me disse...” O garoto murmurou. “Eu sou uma estrela também... Assim como você.”

   Domenicha se sentiu escorregando sem querer do telhado.

   Uma estrela? Como assim uma estrela?, ela se ajeitou antes que caísse pelo gelo escorregadio. Se fizesse isso nunca iria se perdoar, que vergonha! Sandy... É uma estrela? Na verdade nem tinha porque ficar tão chocada, ela sabia que a Ilha das Areias do Sono uma vez já fora uma estrela e que ela e seu dono vieram de fora da Terra. Mas mesmo assim, era uma surpresa.

   E ainda mais pensar que aquele rapaz era uma estrela também!

   Ele não se parecia muito com Sandy, aliás... De fato não parecia que eles tivessem muito em comum. Sandman era conhecido por sua pele cintilante que parecia ser também feita de areia do sonho. Mas o garoto não parecia ser assim, ele tinha uma pele brilhante, isso dava para notar, mas não havia nele o cintilar dos grãos mágicos, nem na pele, nem no cabelo, nem na roupa... Sem contar que ele era alto, magro, como um dançarino de balé.

   Um tipo diferente de estrela então?

   “Meu pai me contou.” O garoto-estrela continuou falando, talvez respondendo algo que Sandy disse silenciosamente. “Mas sinto muito por não entender bem as coisas. Eu sou jovem, muito jovem.” Ele suspirou, brincando com uma mecha de cabelo. “Essa também é a minha... Primeira vez nesse planeta...”

   O Guardião se aproximou do rapaz, os olhos suaves e sua expressão quase triste; e, embora não houvesse imagem alguma em cima de sua cabeça, dava para se notar que era como se conversasse sem palavras com o outro.

   “Eu tenho um motivo principal...” A jovem estrela, refletindo a suavidade de Sandy. “Mas eu tinha de vir aqui... Eu tinha de encontrar você...” Ele suspirou de modo pesado, como se não conseguisse respirar direito. “Talvez para avisar você que... Bem, que não está sozinho...”

   E então Sandman sorriu, um sorriso largo e tão honesto que fez até mesmo Domenicha o imitar. Ele fez um movimento com a cabeça, estendendo a mão para o rapaz que retribuiu o sorriso com uma risada baixa.

   “Meu nome é Celennis.” Disse timidamente, erguendo a mão para a do Guardião. “É um prazer conhecê-lo...” Sandy assentiu e fez mais algum movimento, completamente desconhecido para a Pooka escondida. “Não há problema, sério. A minha missão... Bem, eu vim aqui para fazer algumas coisas, encontrar certas pessoas...”

   Sandman assentiu com um olhar pensativo, curioso, mas logo voltou a sorrir.

   “Eu agradeceria muito se me ajudasse...” Celennis suspirou, depois riu levemente. “E quem sabe você pode me explicar melhor sobre... Nosso povo?”

   O Guardião dos Sonhos sorriu amplamente, assentindo com mais vontade e se mexeu em sua nuvem dourada de modo quase afobado, fazendo-a se esticar à seu lado. Ele fez gestos para ela e, embora Celennis, com bochechas coradas, dissesse que sabia flutuar e que poderia segui-lo por si só sem problema algum, o Guardião conseguiu convencer a jovem estrela a se sentar a seu lado.

   Os dois flutuaram para longe, Sandman anda lançando rastros de areia do sonho para o resto de Burgress enquanto iam mais alto e mais alto, deixando uma Pooka confusa para trás.

   “O que foi tudo isso?” Domenicha se perguntou.

   Estava cheia de perguntas, mas estava contente. Aquela visão estranha de duas estrelas se encontrando de algum modo a fez se sentir melhor, esquecendo todas as coisas sobre a festa desastrosa e Demetria. Bem, é claro que esses pensamentos ainda estavam ali, mas agora pareciam longe, quase desaparecidos.

   Mas o que ela queria mesmo eram algumas respostas. Tinha de ir atrás delas e sabia para onde encontrá-las.

   Domenicha pulou para o chão e rapidamente abriu um túnel.


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Notas finais do capítulo

Celennis pertence à mim. :3



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