A Guardian's Diary 4 - Of Dark and Cold escrita por Lino Linadoon


Capítulo 16
Capítulo 15 - Procurando respostas


Notas iniciais do capítulo

Sim. Sou eu. Eu retornei.
Desculpe, eu não tinha mais nenhuma ideia para essa história, até que, de repente, minha mente se abriu.
É dezembro, época de assistir Origem dos Guardiões mais uma vez. Acho que é por isso que estou aqui.
Já estou escrevendo os próximos capítulos, e vou postá-los assim que forem terminados. Talvez demore muito, talvez não, mas eu estou escrevendo.
Obrigado pela paciência, e por ainda lerem essa história! ♥



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   “Então… O que exatamente aconteceu?” Norte perguntou.

   “Domenicha simplesmente… Ficou descontrolada…” Coelhão explicou.

   “Descontrolada como?” Toothiana falou, sentada do outro lado da cama em que Domenicha estava, ainda desacordada. Coelhão não tinha batido com tanta força, mas o que quer que tinha acontecido antes devia ter cansado bastante a pequena Pooka.

   “Ela tentou me atacar.” Jack disse, sentando ao lado da filha. Uma mão agarrava o cajado com força, enquanto outra segurava a mão pálida de Domenicha. “E ela estava protegendo a Demetria!”

   “Que nem lá na festa?” Nick perguntou, se lembrando dos acontecimentos do mês anterior.

   “Pior.” O Guardião da Diversão balançou a cabeça. “Ela se colocou entre mim e ela! Domenicha rosnou para mim!”

   Os Guardiões se calaram por um momento, processando a informação.

   “Ela parecia… Selvagem…” A voz fraca, tímida, de Celennis foi ouvida.

   Todos se voltaram para o garoto estrela. De todos ali, Norte e Toothiana ainda não conheciam o rapaz, e ficaram ambos surpresos ao ver uma Estrela acompanhar a pequena família para o Polo Norte.

   “Selvagem?” Jack perguntou, notando como as orelhas de seu companheiro se abaixaram, grudando contra a cabeça.

   “Sim... Os olhos... O modo como ela se portava e como agia...” Celennis contou, esfregando o braço como se tivesse frio. “Eu fiquei com medo... Achei que ela ia pular no meu pescoço ou algo assim...”

   Coelhão balançou a cabeça, cruzando os braços e desviando os olhos. Jack conseguia ver mais por trás daquilo, o Pooka sabia de alguma coisa; ele fez uma nota mental para falar com seu marido sobre isso, mais tarde.

   “Essa não é a primeira vez que isso acontece…” Wonder se pronunciou.

   “Como assim?”

   “A gente tinha prometido não falar sobre isso naquela época…” Nick comentou.

   “Quando éramos pequenos. Quando fomos no covil da mulher pássaro…” Wonder continuou contando, seus olhos se prendendo na mãe por um momento. “A Domenicha... Ela reagiu… De modo estranho. Quase selvagem, como o Celennis disse.”

   “Ela tinha as garras pra fora, os dentes dela pareciam presas…” Nick continuou, sentindo um leve arrepio ao se lembrar daquilo.

   “E ela não nos ouvia.” Wonder adicionou, observando o rosto pacífico da amiga. “Tudo o que queria fazer era atacar...”

   “Foi um tanto assustador...”

   “Isso é bem parecido com o que aconteceu hoje...” Jack murmurou.

   Leves batidas na porta quebraram o silêncio da sala, um Yeti entrou, se desculpando por interromper – pelo menos tinha finalmente aprendido a bater na porta. Ele falou alguma coisa para o Papai Noel, que assentiu.

   “Sim, sim, claro.” Ele disse, se voltando para os outros guardiões. “Sinto muito, mas eu tenho uma festividade para preparar...”

   “Mas é claro.” Jack assentiu. “Volte ao trabalho, Norte. Obrigado.” Ele desviou os olhos de novo para a filha, apertando seus dedos pálidos. Ela era naturalmente mais quente que ele, graças a seu lado Pookano, mas no momento sua pele estava mais fria do que o normal...

   “Vamos leva-la para casa.” Foi só o que Coelhão disse.

—G—

   “Você sabe de alguma coisa.”

   Foi a primeira coisa que Jack disse assim que eles deitaram Domenicha na cama. A garota ainda não tinha acordado, o que os preocupava um pouco. Mas, de acordo com Sandy – com quem eles se encontraram no caminho da Toca – não havia nada de perigoso em seus sonhos.

   “O que?” Coelhão se virou para o garoto.

   “Você sabe de alguma coisa sobre o que está acontecendo.” O Guardião da Diversão disse simplesmente. “Eu te conheço, eu vi o jeito que você reagiu quando os outros disseram que nossa filha ficou… Selvagem.”

   O Pooka suspirou.

   “Eu sei tanto quanto você, Frostbite.” Ele explicou, estendendo uma pata para o rapaz. “Aquela conversa… Me fez pensar em algumas coisas…”

   “No que?” Jack perguntou, aceitando a pata.

   “Eu sei que você não gosta de falar sobre isso…” Coelhão disse. “Mas… Se lembra quando Sheila te possuiu?”

   O garoto congelou no lugar e um arrepio subiu por suas costas. Ele apertou os dedos em volta do cajado, segurando forte a pata de seu marido com a outra mão.

   “Claro…” Ele murmurou. “O que tem isso?”

   “Eu não consegui deixar de relacionar… O modo como Domenicha agiu, com o que você tinha se tornado, naquela época…”

   “Você acha que Sheila…?”

   “Talvez...” O Guardião da Esperança balançou a cabeça. “Demetria é filha de Breu, possivelmente filha de Sheila também. Você notou a semelhança.” Jack assentiu. “Talvez ela tenha alguns dos poderes da mãe...”

   “Mas isso não faz sentido...” O Espirito do inverno disse rapidamente, processando a informação. “Domenicha ficou selvagem quando ainda era criança, antes mesmo de conhecer a Demetria e--” Jack se calou.

   “Jack?”

   “A não ser...”

   “Pai?” Os Guardiões se surpreenderam ao ouvir o chamado suave. “Mãe?”

   “Domenicha?”

   A garota estava sentada em sua cama, esfregando os olhos com o punho e bocejando alto como se tivesse acordado de um simples, mas longo, cochilo.

   “O que foi? Que horas são…?”

   “É cedo.” Jack disse, se sentando ao lado da filha. “Você está bem?”

   “Sim…” Domenicha se moveu para deitar a cabeça no ombro do Espírito do Inverno, mas logo se arrependeu, sentindo uma forte dor na nuca. “Ai! Eita… Que caminhão me atropelou…?”

   “Não foi um caminhão. Foi mais uma coisa peluda.” Jack quase riu de sua própria piada. “Deixe-me ver...” Ele deu uma olhada na parte de trás da cabeça da filha enquanto essa processava a informação.

   Ela ergueu os olhos para Coelhão.

   “Você me bateu? Caramba, pai…”

   “Foi a única coisa que pude fazer.” Coelhão deu de ombros. “Você estava simplesmente descontrolada.”

   “Eu estava…?”

   “Você não se lembra disso?” Jack perguntou enquanto Domenicha balançava a cabeça negativamente, sibilando por causa do suave latejar. “Do que exatamente se lembra?”

   “Eu estava com… Celennis…” Domenicha disse, e sorriu se lembrando da conversa que tinha tido com o amigo, do que tinha descoberto sobre ele. Tudo o que queria fazer era pular daquela cama e correr para se encontrar com o garoto estrela mais uma vez. Mas… Ela ficou séria, notando que não se lembrava de ter voltado para casa. “E daí… Ela apareceu.”

   “Demetria.” Coelhão disse simplesmente.

   “É...” Domenicha parou para pensar um pouco, franzindo o cenho. “A partir daí eu não me lembro mais de nada...”

   “Nada mesmo?”

   “Nadica de nada...” A garota disse, vendo como seus pais continuavam sérios e preocupados. “O que aconteceu? Porque eu fiquei... Descontrolada?”

   “É o que gostaríamos de saber.” Coelhão suspirou e se dirigiu para a porta. “Eu vou dar uma olhada nisso...” Ele se voltou para a filha, os olhos verdes, graves e sérios. “Por enquanto, você fica no seu quarto. Nada de sair.”

   “Mas...”

   “Domenicha. Isso é sério.” Jack interrompeu. “Você quase nos machucou, você quase machucou a si mesma. Tem algo de errado acontecendo.”

   “Algo de errado comigo?”

   “Não tem nada de errado com você.” Jack disse rapidamente.

   “Não. Mas algo não está certo.” Coelhão fez um movimento com a cabeça para fora do quarto. “E é por isso que vamos procurar por informações.” Ele se voltou para Jack. “Acho melhor darmos uma olhada nos meus livros e se não encontrarmos muitas respostas teremos que visitar Norte novamente.”

   O Guardião da Diversão assentiu.

   “Ok, então eu vou sair um pouco e...” Domenicha não chegou a terminar.

   “Não. Você vai ficar na Toca.” Coelhão disse seriamente. “Venha. Vamos procurar por respostas juntos.”

   Domenicha grunhiu e Jack riu levemente, feliz ao ver que, mesmo depois do que tinha acontecido, sua filha continuava praticamente a mesma.

—G—

   Silêncio tomava conta da sala, sendo cortado vez ou outra pelo som de folhas de papel sendo viradas e livros sendo deixados de lado.

   Domenicha ergueu a cabeça do livro em que estava enfurnada, soltando um grunhido alto.

   “Concordo.” Jack disse, sem erguer os olhos da página que estava lendo.

   Domenicha era uma garota agitada, ou seja, não gostava de ficar sentada sem fazer nada por muito tempo – assim como o Espírito do Inverno. Ela não tinha problema com livros, desde que eles fossem interessantes, e que contassem histórias legais. Mas aqueles livros que eles estavam vendo no momento, nem de longe atraiam sua atenção.

   Tudo o que ela queria fazer era sair da Toca, se encontrar com Celennis novamente. Ela tinha tanto para contar, e queria fazer tantas perguntas. Já havia se passado tantos anos... Só pensar que seu amigo estava de volta já a enchia de energia e felicidade.

   Domenicha podia ser a filha do Guardião da Diversão, e ser do tipo de pessoa que encontrava diversão e animação até nas coisas mais simples, mas já fazia um tempo que ela não se sentia tão animada quanto agora.

   Parte dela tinha uma ideia do porquê sua personalidade elétrica ter desligado por um tempo. Mas outra parte...

   “Coelhão.” Jack chamou, tirando a garota de seus devaneios. Ela se virou para seus pais, enquanto sua mãe mostrava alguma coisa que tinha encontrado em uma página do livro.

   O Guardião da Esperança leu antes de balançar a cabeça negativamente, se voltando para a filha como se a estudasse em silêncio.

   Domenicha encarou seu pai por um momento, sustentando o olhar sério e preocupado daqueles olhos verdes. Antes de desviar os olhos de volta para o livro à sua frente.

   Ela não gostava disso, quando outros ficavam se preocupando com ela. Ela podia curtir a atenção (quem não curtia?), mas não desse jeito, com aquele ar tenso e desconfortável que lhe dava vontade de abrir um túnel e desaparecer. Era como estar sendo sufocada em baixo de um cobertor pesado.

   Uma pata pousou no livro, bem em cima da frase que Domenicha estava lendo de novo e de novo, sem realmente saber o que era.

   “Domenicha, vire para mim.”

   Domenicha obedientemente ergueu os olhos para seu pai. Coelhão segurou seu queixo com a pata felpuda, virando seu rosto para os lados como se procurasse alguma coisa.

   “O que foi?” A garota perguntou, confusa.

   “Seus olhos...” Coelhão murmurou, os olhos sérios.

   “O que?”

   “Estão escuros.”

   “Tem certeza de que só não tem luz o bastante...?” Domenicha perguntou, tão confusa quanto o outro Pooka.

   “Não, ele tem razão, ‘Nicha. Eles estão escuros!” Jack se aproximou, puxando Coelhão levemente para o lado. “Eles não eram assim antes...”

   Domenicha não sabia o que dizer, também não entendia o que estava acontecendo consigo mesma. Parte dela queria reclamar e falar com uma risada sobre algo que tinha ouvido uma vez “ora, olhos mudam de cor de vez em quando, não é?”, embora não soubesse ser verdade ou não.

   Honestamente, Domenicha estava tão confusa com o que estava acontecendo quanto seus pais. E uma parte dela concordava que devia de ser algo relacionado à Demetria, mas parte dela não queria aceitar isso. Nem ela conseguia se entender.

   Tudo estava confuso, tudo tinha ficado confuso desde a chegada da garota obscura.

   E depois do que seus pais contaram, sobre o que tinha acontecido no dia anterior, Domenicha não se sentia certa de mais nada. Havia algo de errado com ela, ela sabia disso. Mas o que?

   “Eu lembro de algo... Que fez meus olhos mudarem de cor...” Jack murmurou baixinho, hesitante.

   “Sheila...” Coelhão terminou a frase.

   “Como assim?” Domenicha perguntou, curiosa.

   “Sheila é um demônio, Domenicha.” O Pooka esclareceu. “Você sabe o que eles fazem...”

   “Eles possuem pessoas.” A garota se voltou para sua mãe. “Ela te possuiu?”

   Jack assentiu, parecendo desconfortável com a conversa.

   Domenicha não esperava isso. Já tinha ouvido falar de Sheila, é claro, senão como poderia ter deduzido que Demetria era filha dela e de Breu? Mas nunca tinha ouvido falar sobre uma possessão.

   Isso também a fazia se lembrar do que tinha descoberto sobre Breu, ou melhor, Kozmotis Breuner. Ele também tinha sido possuído, por assim dizer, mas por Medonhos, não por demônios.

   Se Demetria tinha o poder de possessão de ambos os seus pais...

   Domenicha se lembrava do modo que tinha começado a agir, do modo como tinha começado a se sentir desde o encontro com Demetria. O modo como sua alegria e agitação pareceram decair, e o modo como ela se encontrava se preocupando mais com aquela garota do que com seus amigos, com sua família...

   Talvez os poderes obscuros de Demetria já estivessem trabalhando dentro dela...

   “Eu lembro que a gente falou sobre o Breu e tal...” Domenicha falou, chamando a atenção de seus pais. “De como ele foi transformado no que é hoje... E como talvez ele e Sheila tenham feito isso com Demetria...”

   “Esses são dois tipos bem diferentes de possessão.” Coelhão esclareceu, mostrando que sabia mais sobre isso do que os outros presentes. Jack e Domenicha prestaram atenção. “Quando um demônio possui uma pessoa, ele toma total controle. Todos os pensamentos e sentimentos da pessoa são empurrados para o fundo, e podem até desaparecer.” Ele balançou a cabeça, o rosto mostrando raiva. “O que os Medonhos fizeram com Kozmotis foi diferente... Eles não tomaram conta, eles deturparam a mente de Breu. Eles trouxeram à tona todos os pensamentos ruins, todo o mal e toda a raiva que Breu sentia, deixando esses sentimentos mais poderosos que os bons.”

   “Isso quer dizer...” Domenicha disse suavemente, não querendo interromper seu pai, mas querendo falar o que pensava. “Que o Breu... Ainda é Kozmotis Breuner? Apenas sem... As coisas boas?”

   “Praticamente.” O Pooka assentiu.

   Domenicha pensou sobre isso, sobre como isso poderia se aplicar ao que estava acontecendo com ela.

   “Mas eu ainda sou boa...” Ela murmurou, mais para si mesma do que para sua família. “Eu ainda tenho controle sobre mim mesma... Bem... Tirando aquele momento...”

   “Quando Sheila me possuiu foi assim também...” Jack se pronunciou, a voz mais forte do que antes, aceitando que tinha que falar sobre aquilo, mesmo que se sentisse desconfortável. “Ela me deixava agir, ela me deixava falar e pensar sozinho. E só as vezes tomava conta. Até o momento em que decidiu... Controlar tudo.”

   “A Demetria me possuiu...?”

   “Ou Sheila.” Coelhão disse.

   “Eu espero mesmo que não seja aquela vadia...” Jack sibilou por entre os dentes. “Mas se for...”

   “A gente vai tudo junto descer o cacete nela!” Domenicha exclamou, surpreendendo seus pais.

   Os dois Guardiões riram levemente e a garota sorriu, feliz ao sentir a tensão que pairava no ar dissipar levemente.

   “Tem razão.” Coelhão assentiu. “Mas por enquanto vamos ter de continuar procurando mais informações... Para termos certeza...” Ele virou olhos sérios para Domenicha que ficou parada, encarando o pai. “E também acho que seria melhor você ficar longe de problemas por enquanto, em outras palavras sob supervisão.”

   “O que?!” A garota exclamou, as orelhas apertando contra seu cabelo. “Eu vou ter de ficar com uma babá?!”

   “Não era essa a palavra que íamos usar, mas é, basicamente isso.” Jack riu levemente.

   “Uuugh... Paai!” Domenicha reclamou.

   “Nada de ‘ugh pai’, minha querida.” O Guardião da Esperança balançou a cabeça. “É para o seu próprio bem.”

   Ela concordava com seu pai, era melhor, embora fosse meio chato. Normalmente jovens da idade dela ficariam envergonhados de ter uma babá, mas Domenicha não era como eles, uma vez que tinha sido criada para ver as coisas da infância como algumas das melhores coisas da vida.

   E que criança já não ficou com babás, sejam elas pessoas contratadas ou pessoas da família?

   Sem contar, que Domenicha podia muito bem usar isso em seu favor.

   “Eu posso pelo menos escolher quem vai ser minha ‘babá’?” Ela mostrou a língua, tal qual uma criança faria.

   “Depende.” Coelhão disse.

   “Quem?” Jack disse ao mesmo tempo.

   “Sandy.” A garota esclareceu sem pensar duas vezes.

   “Sandy trabalha muito...” Coelhão começou a dizer.

   “Ele pode cuidar de mim enquanto viaja levando sonhos para todos no mundo!” Domenicha sorriu. “Seria tão legal. Vocês sabem que eu gosto de acompanhar o Sandy de vez em quando...”

   O casal de Guardiões se entreolhou por um momento, pensando. Domenicha esperou com impaciência.

   “Tudo bem, você venceu.” Coelhão suspirou.

   “Podemos falar com ele.” Jack sorriu.

   “Legal~!” Domenicha cantarolou. E no meio da palavra, abriu a boca em um bocejo alto e longo.

   “Mas agora acho que é hora de dormir...”

   “Engraçado, você esteve todo esse tempo dormindo e agora está cansada.” O Espírito do Inverno riu.

   “Ler livros cansa...” Domenicha choramingou jogando a cabeça por cima do encosto da cadeira.

   “Você nem leu nada...” Coelhão revirou os olhos.

   “Venha, vamos para o quarto.” Jack se levantou, puxando sua filha consigo, que se apertou contra ele, exagerando seu cansaço.

   “Nem tente abrir um túnel, Domenicha.” A voz do Guardião da Esperança os seguiu enquanto desciam o corredor. “Eu fechei as saídas.”

   Domenicha grunhiu alto e andou com passos pesados até seu quarto, enquanto Jack ria levemente.


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