Eternos escrita por Mrs Kye


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura a todos, tem algo na nota finais pra vocês.



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Eternos

Por: Mrs. Kye

"Me dói pensar em um dia acordar e não encontrar por você em minha cama."

Capítulo único.

Ele fez o possível para não desmoronar, por que ele sabia que se o fizesse, nem mesmo ele poderia ajudá-la a se manter de pé, tentou continuar com a voz firme e a respiração controlada, mas se continuasse ali por mais alguns minutos, ele não conseguiria ser forte.

. . .

– Sasuke-kun! O que acha desses aqui?

Perguntava entusiasmada Sakura, enquanto mostrava algo que Sasuke não soube identificar ao certo o que era, apenas continuou parado ao lado dela, onde então observava atentamente a parede ao lado oposto em que estavam como se estivesse mortalmente entediado.

– Hn.

Sasuke somente respondeu em um simples resmungo. Havia sido uma maldita hora em que concordou com a ideia de Sakura.

– Oras! Me dê uma resposta descente, sim ou não?

Sakura perguntou virando-se para o homem ao seu lado, começando a ficar um pouco impaciente e irritada e Sasuke sabia que quando ela ficava nesse estado, cabeças rolavam. Por que Sakura sempre fora assim, tinha um gênio forte e se irritava quase que facilmente e tinha, portanto um pavio curto em relação as suas respostas vazias.

– Acho que o do meio.

Fixou o olhar sobre ela, logo revelando sua impensada escolha, não ligando e nem reparando muito para os conteúdos que a mesma segurava em mãos. Queria logo se livrar daquilo e ir embora.

– Excelente escolha Sasuke-kun! Eu estava mesma indecisa entre qual escolher, você sabe como o Naruto é.

Respondeu dando um sorriso satisfeito a Sasuke, enquanto pegava o presente escolhido e o encarava, enquanto ajeitava o cabelo curto atrás da orelha. Cabelos que eram estranhamente cor-de-rosa, porém na opinião do Uchiha, eles eram lindos como nenhum outro, mas ele nunca admitiria isso a ela e nem a ninguém, era algo guardado a sete chaves.

Dali a pouco tempo em uma questão de poucas semanas, seria o casamento da ameba idiota que ele considerava como um melhor amigo, quase que como um irmão, e ainda assim pensava em como Hinata o conseguia aguentar.

Estava também completamente entediado com a sessão de compras a procura de um presente de casamento perfeito para o casal, não que ele não tivesse a capacidade de escolher um, isso não. Mas Sakura queria por que queria dar um em conjunto com ele.

Sasuke também não conseguia entender a cabeça feminina, visto que ela o arrastava pelas diversas lojas desde o começo da tarde e sempre que achava algum presente, logo desistia não estando satisfeita e então voltava a procurar por outro.

– Agora vamos logo, perdemos tempo demais por aqui. – Declarou Sakura, o puxando pela mão em direção ao caixa. – Ainda falta escolher algo para a Hinata.

O Uchiha somente a fitou levemente e suspirou, logo acompanhando o ritmo animado da mesma, assim reconhecendo que ali seria um longo dia até que Sakura finalmente se cansasse. Contudo, ele não ligava para isso, por mais que seu íntimo reclamasse ele sabia que se fosse qualquer outra pessoa ali, ele já teria com toda a plena certeza, ido embora. Porém Sakura era uma exceção. Uma bela exceção.

. . .

– Será que eu vou conseguir? – Indagava Sakura enquanto rodava freneticamente e nervosamente pela sala de estar de Sasuke, o deixando um pouco irritado, a quase uma semana era daquele modo. – E se alguma coisa acontecer? Se minha prova sumir? Ou se eu não passar na meta? – Falava duvidosa enquanto contava as mil possibilidades de desastres que poderiam acontecer. – Diga alguma coisa Sasuke-kun!

Sakura havia se inscrito em uma das faculdades de medicina que ela tanto ansiava fazer a anos, havia passado os últimos tempos fazendo cursinhos preparatórios e depois de ter feito as avaliações para conseguir entrar, andava paranoica – para não dizer louca – nos últimos dias, sempre ansiosa de mais, em sua constante intriga interna que sua própria mente pregava, onde era questionada se conseguiria entrar para a sonhada faculdade ou não.

Sasuke poderia dizer que ela era tão inteligente quanto qualquer um que havia conhecido e que ela, sem dúvidas iria conseguir passar com êxito, mas o seu precioso orgulho e o jeito taciturno não o deixavam confessar isso.

Desde o colegial, precisamente quase no fim do segundo ano, eles haviam começado a sair, no começo não era algo firme e sólido, porém as coisas foram mudando gradativamente aos poucos pela garota de cabelos rosa e acabou se tornando um namoro.

Ele não sabia direito como havia se apaixonado por ela, talvez fosse pelo jeito como ela sorria, o modo como ela ajeitava os cabelos curtos atrás das orelhas quando ficava envergonhada ou nervosa, ou até mesmo o jeito que Sakura andava e se portava de uma forma tão graciosa que parecia até mesmo alguém da realeza, sem exageros. Havia também o modo que ela o repreendia sempre que ele lhe dava respostas curtas e mal formuladas ou por comer tomates demais, e ele gostava disso por que mostrava o quanto Sakura se preocupava com ele. Tinha ainda certas coisas nela que acabavam o irritavam, como por exemplo: a facilidade com que a mesma se irritava e quando quase nunca conseguia ganhar em nenhuma discussão com ela.

Não sabia também quando isso havia começado, talvez um tempo depois de começarem a sair juntos quando ele teve o desgosto de vê-la sorrindo para outro cara que no caso, não era ele e consequentemente ele percebeu que aquilo não era uma simples implicância ou qualquer outra coisa boba e sim, nada mais e nada menos do que ciúmes e que algo em seu interior crescia rapidamente e profundamente por Sakura.

Qualquer um que os olhassem também diria que eles se completavam, Sasuke era sempre o calado e quieto, já Sakura era animada e sempre alegre e talvez, eles tivessem razão.

Mas Sasuke também nunca admitiria isso e que também tinha o fato de que Haruno Sakura o tirava de seus eixos, mexia com sua mente e com seu corpo, com sua alma e essência.

– Você vai conseguir Sakura. – Murmurou baixo, porém alto o suficiente para ela que estava relativamente próxima a ele. – Agora pare de circular por minha sala e venha aqui.

Sakura acabou por fim se conformando, parando de andar nervosamente pela grande sala, logo indo ao encontro de Sasuke, sorrindo singelamente para ele, por que ela sabia que no fundo ele queria dizer muito mais que aquilo. Somente o olhou profundamente com os olhos que ele tanto amava verdes, verdes. Como esmeraldas.

. . .

– Eu não acredito! Eu passei Sasuke-kun, eu passei. Ah meu Deus! – Falava, ou melhor, gritava comemorando a plenos pulmões enquanto pulava animadamente e levantava as mãos para o alto, como se por acaso louvasse alguma entidade secreta dos céus. – Eu sou demais, eu sabia que iria conseguir. – Indagou por fim, enquanto parava uma das mãos na cintura e passava o olhar para o rapaz ao seu lado, aguardando a sua resposta.

– Sim Sakura, você sabia mesmo.

O tom irônico não deixou de ser passado de forma despercebida por Sakura, mas no entanto ela não ligou já que sabia que ele tinha razão, haviam sido mais de três semanas aguardando o resultado e enquanto ele não havia chegado, ela havia – literalmente – infernizado Sasuke, acabando sempre com a paciência dele.

– Ah, não fique assim Sasuke-kun, você foi muito meigo em me aguentar durante todo esse tempo sem falar nada.

Ele somente repuxou os cantos dos lábios discretamente para que ela não visse o simples gesto, no fundo ele estava orgulhoso por ela, sabia mais que tudo que Sakura queria aquilo tanto quanto qualquer outra coisa, no fim das contas aquilo era parte dos sonhos e do futuro dela.

– Eu não tive que aguentar nada Sakura. – Preferiu dizer por fim. – Agora é melhor irmos. – Murmurou enquanto colocava suas mãos relaxadamente nos bolsos das calças escuras, passando a andar um pouco a frente de Sakura que ainda continuava parada no mesmo lugar, extasiada pela sensação de felicidade e realização.

– Ei me espere! – Sakura falou logo ao seu lado, o alcançando. – Mas tem um pequeno problema nisso tudo... – Confessou, logo em seguida continuando. – Bem, você sabe que meus pais vão viajar, eles estão nessa de fazer uma segunda lua de mel e também vão passar algum tempo fora, provavelmente por Tókio ou Kyoto, na verdade, muito tempo mesmo.

– Hn.

Percebendo que Sasuke ainda não havia entendido aonde ela queria chegar, logo continuou. – E eu não queria ficar sozinha em casa, você sabe que eu odeio ficar sozinha, é muito deprimente e muito chato e agora eu não sei o que fazer.

– Se o problema é esse... Venha morar comigo, simples.

Sasuke declarou. Em seu firme tom de voz não havia uma súplica ou pedido, e qualquer outra coisa do tipo, soava mais como uma ordem e um pensamento declarado de forma impensada.

A verdade era que ele pensava nessa ideia e já fazia algum tempo, havia esperado uma boa oportunidade para que fizesse a proposta a ela. Eles namoravam a alguns anos e não via o por quê de não propor aquilo.

– O quê?! – Sakura quase gritou, chegando a arregalar um pouco os olhos esverdeados, não acreditando muito naquilo, achou que sua mente a estava a enganando, era algo meio surreal imaginar Uchiha Sasuke pedindo para que a mesma morasse com ele, muito surreal e fantasioso na verdade, pensou sonhadora pela possibilidade. – Me perdoe, acho que não ouvi direito Sasuke-kun. – Se recompôs ajeitando uma fina mecha de cabelo atrás da orelha e dando um sorriso amarelo.

– Isso mesmo Sakura, não vou repetir, você sabe muito bem o que ouviu.

O Uchiha apenas disse naturalmente, enquanto continuou andando pelo caminho que a pouco tempo atrás estavam tomando, porém acabou parando de súbito ao perceber que Sakura havia parado um pouco atrás de si.

– É sério? – Perguntou e obteve uma confirmação muda do Uchiha, aquilo era realmente para ela, inacreditável. – Não vai atrapalhar você?

– Você sabe que não.

Ainda meio indecisa, mordendo o lábio inferior e o olhando com uma felicidade que ela mal conseguia conter, além de uma estranha vivacidade estampada em si e naquele momento ele observou que os olhos dela pareciam mais verdes do que nunca.

– Então eu acho que tudo bem... Eu aceito.

E sorriu da maneira mais meiga que pôde, logo tomando o lugar ao lado de Sasuke, que somente a olhou de canto e continuou andando com ela ao seu lado. Onde Sakura acabou se inclinando para ele, tocando nos braços do mesmo, fazendo Sasuke se assustar com o inesperado contato.

– Obrigada Sasuke-kun, você não sabe o quanto isso significa para mim.

. . .

– Você só tem tomates nessa casa? Como você ainda pode estar de pé Sasuke-kun?

Perguntava Sakura enquanto olhava os armários da casa do Uchiha, só havia três coisas ali.

Tomates. Tomates e mais tomates. Como era possível aquilo?

Sakura havia se mudado a menos de dois dias para o apartamento de Sasuke e em seu interior ela se sentia cálida e feliz por estar ali, com ele, além de estar comemorando de uma forma discreta por aquilo. Visto que ela nunca imaginou em toda sua vida que um dia ela acabaria morando com o Uchiha e ainda mais com a iniciativa de convite sendo tomada pelo mesmo.

Sasuke somente ouvia ela se lamentar sobre a dispensa de sua casa e não pôde deixar de dar um pequeno sorriso, por que no fundo para ele era bom não estar mais tão sozinho no enorme apartamento, agora ele tinha uma presença e não era qualquer uma, ele a tinha ali e isso já bastava.

– Tanto faz, eu vou ligar pro Temaki e amanhã você faz algumas compras.

– Tudo bem. Mas se você quiser acho que dá pra fazer sopa de tomates. – Sakura disse enquanto pegava o fruto e o lavava preparando-se para picá-lo. – Quer dizer, não é tão ruim, mas mesmo assim não sei como você consegue comer tantos tomates Sasuke-kun.

Se havia uma coisa da qual ele mais gostava eram de tomates e claro, de Sakura.

– Hn. Pode ser então.

– Vou acabar aqui, enquanto isso vá colocando as coisas na mesa, sim?

Pediu Sakura enquanto terminava de pegar alguns utensílios culinários, recebeu somente uma resposta muda de confirmação. Tentaria cozinhar a melhor coisa possível, já que ela não era uma cozinheira de mão cheia e nem mesmo sabia cozinhar tão bem, somente o suficiente.

– Você está muito pálida. – Observou Sasuke que agora tinha os olhos negros vidrados na mulher um pouco a sua frente que ainda continuava cortando os tomates, de forma uma muito irregular, observou. – Você está bem, Sakura?

A palidez era algo natural para ela, ele sabia que não importava o tempo que ela ficasse ao sol, ela nunca pegava alguma cor, mas daquela vez ela estava bem mais pálida que o normal, de um modo até mesmo assustador.

– Eu estou ótima, por que a pergunta Sasuke-kun?

Então ele não respondeu, talvez aquilo não fosse nada e ela estivesse realmente bem.

. . .

Barulhos o irritavam profundamente e Sakura sabia disso muito bem, mas mesmo assim continuava com seu iPod em mãos, onde se podia ouvir aquela melodia irritantemente irritante – em sua opinião. – que ela cantarolava e também ele não se surpreendeu quando constatou que aquilo era uma canção romântica, das quais ele não gostava e nem apreciava.

Preferiu não se queixar sobre a música com Sakura, enquanto somente tentava ignorar Naruto, a ameba já tinha voltado de lua de mel a quase três semanas e durante o tempo lhe mandava mensagens a todo segundo somente para o tirar do sério.

As três últimas semanas das quais se seguiram também foram umas das quase melhores da vida dele, tirando o seu estado de preocupação constante, já que durante esse tempo Sakura havia – literalmente – dado uma baixa em seu apartamento, limpando tudo quando a diarista não ia durante fins de semana e fazendo compras, resultando na perca de quase todos os seus preciosos tomates.

Mas não era aquilo que o preocupava. Ele estava ficando profundamente nervoso com outra coisa, ou melhor, pessoa.

Sakura.

Sasuke havia flagrado ela por no mínimo dez vezes sempre tossindo compulsivamente, a estranha palidez assustadora também se seguia a semanas em seu semblante, que nos últimos dias havia se mostrado um pouco abatido e até mesmo fraco.

Havia visto também que Sakura havia perdido o apetite consideravelmente, mas não havia falado nada, por enquanto, mas sabia que teria alguma decisão a tomar por que do jeito que Haruno Sakura era, ela nunca iria a um médico ou coisa do tipo. Apesar de que futuramente, ela iria se tornar uma.

Foi quando resolveu se levantar do sofá e acabou seguindo para o seu quarto, onde Sakura agora estava, que ele se deparou com um cenário nem um pouco agradável.

Ela tossia exageradamente e colocava uma simples camada de pano por cima da boca, onde quando terminou ele pôde ver nitidamente a pequena mancha de sangue que havia ficado impregnada por ali.

Talvez o caso fosse mais grave do que ele pensava.

– Sakura. – Chamou-a fazendo a mesma automaticamente se assustar, virando-se em direção a ele, colocando então o pano atrás de si, em uma forma desesperada e inútil de impedir que ele visse aquilo. – Não adianta esconder, eu vi. – O tom dele havia saído seco e acusatório, e ela não gostou nem um pouco daquilo.

Pensou em se fazer de desentendida, no entanto sabia que naquela altura do campeonato, aquilo não funcionaria.

– Eu estou bem, juro. Foi só um mal estar.

Murmurou baixo, mas o suficiente que ele a escutasse muito bem e então deu um sorriso pequeno na tentativa de realmente parecer bem, mas pelo visto não havia funcionado da forma que esperava.

– Eu vou te levar ao médico amanhã.

– Mas por quê? Eu não preciso disso.

– Você sabe por que Sakura e sim você precisa, não discuta.

O Uchiha disse firmemente, deixando muito claro que pelo menos, aquela discussão ele havia ganhado, passou novamente o olhar pelo cômodo até chegar nela, ele não gostaria nem de imaginar se fosse algo realmente sério. Um arrepio na espinha lhe atingiu e ele tentou amenizar os pensamentos ruins que invadiram sua mente.

. . .

Sabia de alguns históricos de casos de doenças na família de Sakura, mas a maioria não era nada muito grave e sabia também que o que ela tinha poderia ter era somente um simples mal estar, mas não ao ponto de tossir sangue, era algo maior e aquilo o havia deixado amedrontado, mas ele não iria assustar Sakura com seus pensamentos perturbadores.

Estava sentado no saguão do hospital geral a mais de uma hora e meia, fazendo ele concluir que o tempo era muito se fosse para algo tão simples, por fim ele decidiu que não pensaria muito sobre isso, não ali e naquele momento.

Odiava profundamente os hospitais, que de certo modo lhe lembrava a morte, logo por ter perdido seu pai quando tinha apenas sete anos e se lembrava de como tudo havia ficado retalhado, Mikoto sua mãe quase entrou em depressão e sobrara para seu irmão mais velho Itachi, segurar a barra. A imagem do corpo de seu pai desfalecendo aos poucos era algo assombroso. Na época ele era pequeno, mas sabia que algo terrível havia assolado a família Uchiha.

Mas como até mesmo Sakura dizia: o tempo curava feridas. Claro que, não todas, mas sim algumas. Ele diria que o suficiente para que a dor não fosse tão insuportável, mesmo que a falta de Fugaku fosse algo que o tempo e nem nada a mais pudesse remediar. Mesmo se lembrando que o pai não era tão amoroso, Sasuke sabia que sobretudo ele amava a família que tinha.

– Sasuke-kun, eu estou perfeitamente bem, eu já disse isso. – Ela resmungou pela milésima vez, com o olhar crítico e visivelmente irritada. Sakura estava ao seu lado depois de intermináveis e tediosas três horas naquele hospital, onde a mesma já havia retornado da demorada sessão de exames. – Quando esses exames saírem você vai ver, não vai ter nada de mais lá. – Declarou desmanchando a cara irritada e fazendo um biquinho infantil.

– Então veremos Sakura.

– Tudo bem se você quer assim. Mas vamos logo Sasuke-kun, estamos tremendamente atrasados para o almoço com o Naruto.

Entusiasmou-se logo se esquecendo de tudo e o puxando pelo braço para fora do tão odiado local em que se encontrava.

Foi em uma tarde de domingo, pouco ensolarada que seu pai havia partido, lembrava-se do tempo que o mesmo batalhou e tentou superar as dificuldades de sua terminável doença, mas não adiantou de nada. Lembrou-se também de quando recebeu a notícia, no mesmo momento o seu sangue parecia que havia gelado, o olhar era doloroso e penoso, como se de alguma forma ele não acreditasse naquela realidade.

Por fim se lembrava de que o pai se fazia de forte por fora por não querer desmoronar não somente a si, mas a todos. Todavia era algo irreparável.

– Infelizmente, já está em uma fase de metástase, se espalhou pelos pulmões muito rápido durante o pouco tempo em que foi desenvolvido. Acho que vocês estão cientes de que nesse caso a quimioterapia não adiantará de nada, mas podemos testar novos remédios que estão disponíveis para pesquisas. Mas só restam no máximo a ela, pouco menos de nove meses.

. . .

O tempo era algo muito curto. E ele desejava ter isso mais do que qualquer outra pessoa. Tempo com ela.

Uma semana e meia após os exames o resultado havia finalmente saído e não poderia ter sido mais catastrófico. Ela tinha câncer em estágio terminal e ele pensou o quão irônica a vida era, e também injusta. Como era possível?

Os médicos haviam dito que restavam no máximo nove meses. Tão pouco tempo. Porém havia a chance do tempo aumentar em dois meses, mas que de certa forma era relativamente pequena com a quimioterapia, mas que no fim de nada adiantaria no estágio em que a doença estava e nem mesmo Sakura estava disposta a fazer, alegando que não abdicaria de nove meses de vida restantes em uma cama de hospital.

– Eu não acredito que estou morrendo, realmente. – Sakura falava baixo enquanto procurava uma posição mais aceitável para se deitar, que não provocasse tanto desconforto a si. – Acho que era assim que tinha que ser.

Sasuke nada disse, por que ele não conseguiria suportar aquilo por muito tempo. – Eu não vou perder você, Sakura. – Revelou quando puxou Sakura levemente para si e a deteve em seus braços, passando a afagar carinhosamente os cabelos róseos.

Ela somente riu, um riso sem emoção dos tipos que não combinavam com ela e que ele não gostava, definitivamente.

– Isso acontece com todo mundo, acho que pra mim só chegou muito cedo. Uma hora isso iria acabar acontecendo.

Sakura tentava de todas as formas se conformar, mas ela sabia que nunca o conseguiria fazer.

– Mas não desse jeito.

Sasuke murmurou, enquanto pela primeira vez agradeceu por tudo no quarto estar em uma completa escuridão, por que ela não poderia vê-lo tão mal.

– De que jeito então, Sasuke-kun? – Perguntou ao mesmo, recebendo em troca então somente o silêncio, por que ele não tinha uma resposta formulada para aquilo e nunca teria. – Eu não vou permitir que você desmorone, você é o meu pilar. Sou eu quem estou condenada e não você. – Soltou enfim o pensamento em que desde que recebera o diagnóstico tinha em mente. Era difícil sim, mas Sasuke era de fato algo que a prendia ali, que a sustentava e se ele caísse, ela nem mesmo saberia o que poderia acontecer.

Então ele somente passou a apertar mais em seus braços, como se de alguma forma o tempo pudesse parar ali e só restassem eles dois.

– Nove meses se passam muito rápido.

Depois de um tempo foi à última coisa que Sasuke foi capaz de dizer antes de cair no sono, enquanto ainda enlaçava Sakura.

. . .

– Acho que eu quero esse daqui. – Sakura olhava duvidosamente para os vários sapatos altos espalhados pelo chão da loja. – Talvez esse aqui também... E esse!

– Pegue logo todos, Sakura.

Haviam combinado que durante seu curto e pouco tempo de vida, iriam gastar aquilo da melhor forma possível, onde pelo menos seis já haviam se passado. E eles poderiam dizer que sim, havia valido a pena. Sempre saíam juntos, ou com os amigos, que estavam sempre presentes, os pais de Sakura também haviam voltado da viagem as pressas ao saberem da notícia e estavam ao lado dela para prestarem todo o apoio possível.

No começo havia sido algo até mesmo mais que difícil, por que querendo ou não, os pensamentos sobre a doença de Sakura afetavam a mente de Sasuke por dia e noite, mas ele tentava esquecer tudo, por que no fim o tempo ainda era limitado e não poderia ser gasto com coisas como aquelas.

Sakura também havia largado a faculdade que mal havia sequer começado, era um sonho de sua infância querer ser médica, que antes estava se tornando real e agora aquilo não estava nem mesmo ao alcance dela, e de certa forma aquilo o deixou pior ainda.

– Tcharam! – Exclamou a mulher de cabelos róseos enquanto saia animadamente do provador e se postava a frente de Sasuke que estava a horas por lá. – O que achou desse aqui? Achei que ficou um pouco... Hã, ruim no meu corpo, mas eu quero a sua opinião Sasuke-kun.

Acima de tudo, ele a admirava como nunca admirou nenhuma outra mulher – exceto, sua mãe. – Ela sempre estava alegre, mesmo sabendo que iria morrer, mas até então ela havia se mantido firme, até mais que Sasuke, que por mais que não demonstrasse a ela ou para os outros, estava desabando por dentro.

– Você está linda, agora venha aqui.

Comentou enquanto fazia um sinal de aproximação a Sakura, onde a mesma um pouco hesitante se aproximou.

Sasuke somente a aproximou para si e rodeou os firmes e aconchegantes braços ao redor da cintura de Sakura, roçando seus lábios nos dela e por fim, capturando os lábios avermelhados que tinha um gosto tão peculiar e óbvio, cerejeiras. Ah, como ele amava aquilo.

– Pra não dizer perfeita, Sakura.

Ele murmurou ao se separarem, ela somente riu levemente, fazendo Sasuke se surpreender sobre o quão lindo era aquele sorriso, por fim ela deu uma piscada sacana, logo dando meia volta e voltando ao provador.

Por Deus, como ele aguentaria viver sem ela?

– Sasuke-kun fique aqui mais um pouco comigo, na cama.

Já haviam voltado do cansativo dia de compras e a poucos minutos eles haviam se deitado na enorme cama de casal do quarto do Uchiha, aproveitando a companhia um do outro, e no momento ele se preparava pra sair, tendo que terminar um simples projeto que teria que apresentar em seu trabalho. Contudo, não teve a chance de realmente ir depois que Sakura pediu para que permanecesse ali, com ela.

– Você sendo tão direta nisso? Essa é nova pra mim.

Franziu as sobrancelhas, bem humorado, fazendo Sakura rir calorosamente e chegar a ficar ruborizada, para logo depois dar um tapa fraco no braço de Sasuke.

– Não, seu bobo! Eu estou falando de dormir mesmo, sério.

– Estou só brincando, Sakura.

Ele novamente se aconchegou ao lado dela, fazendo com que a mesma acabasse descansando a cabeça na curvatura do pálido pescoço de Sasuke, inspirando a fragrância levemente amadeirada que o mesmo tinha e descansava uma das mãos nos escuros e sedosos cabelos de Sasuke, fazendo assim um leve cafuné.

– Você acha que está próximo...?

– O quê? – Sasuke perguntou ainda não entendendo o real sentindo da pergunta ou não querendo entender, e ela somente engoliu em seco, como se não quisesse concluir a pergunta e ele então entendeu onde ela queria chegar. – Não sei Sakura, mas não se preocupe.

– Sim. – A tom de voz saiu um pouco tremida, ela tentava convencer a si mesma de que ficaria bem. – Eu sei disso.

Ele teve naquele momento vontade de apertar as mão quente de Sakura que repousava sobre o peitoral dele e falar que tudo ficaria bem, mas sabia que aquilo seria uma grande mentira.

– Boa noite Sasuke-kun, durma bem. – Sakura disse após um breve período de silêncio. Suspirando, enquanto se aconchegava mais as cobertas e também a Sasuke. Para logo em seguida fechar os olhos e tentar dormir. – Eu te amo.

Declarou, onde obteve como resposta somente o silêncio do quarto.

. . .

Foi uma semana após aquilo que o tempo realmente havia se estreitado ainda mais, a Haruno havia ido parar no hospital acabando por ser internada, dessa vez onde ela iria permanecer por um bom tempo, tempo que ela não tinha.

O câncer havia chegado em seu ápice, drenando todas as forças e energias que restavam a ela e que roubavam-lhe o ar. Os olhos verdes que antes eram vívidos por vezes acabavam apagados.

Os amigos como Ino, Naruto, Sai, Hinata e todo o resto do grupo – literalmente – estavam sempre presentes, fazendo visitas constantes no hospital, levando sempre flores, no caso de Chouji comida, que era sempre apreendida pelas enfermeiras do hospital. Os pais de Sakura também permaneciam sempre ao lado dela e até mesmo Mikoto e Itachi.

Sasuke também estava lá, despedaçado. Por que por mais que tivesse seus amigos e familiares o apoiando, aquilo não amenizava a sua própria dor em absolutamente nada.

Haviam certas emoções que não podiam ser negadas e nem ao menos apagadas de seu ser e Sasuke poderia dizer que aquilo não o afetava, que a chance de perder Sakura não o deixava fora de si, mas internamente era como se uma tempestade estivesse perto de acontecer, destruindo tudo por ali.

– Hn... Sasuke-kun, você poderia fazer algo por mim? – Perguntou Sakura, enquanto largava o livro que lia de forma desleixada sobre o colo, deixando o olhar pairar no homem sentando na poltrona perto a si. – Por favor. – Suplicou, colocando uma urgência naquele pedido.

Ele demorou um pouco a responder, mas prontamente se mostrou pronto para qualquer coisa que ela quisesse. – Sim, você quer algum cobertor ou coisa do tipo? Se sente mal e quer algum médico?

– Não. – Limpou a garganta, tomando coragem mentalmente para revelar seu pedido. – Quero que me leve a um lugar. – Acabou falando sem rodeios.

Não acreditando muito no que tinha ouvido, certificou-se de perguntar novamente para ver que não estava delirando. – O quê, Sakura?

– Eu quero que me leve a um lugar, Sasuke-kun, por favor.

Ele se mortificou, e nem mesmo o olhar apreensivo e esperançoso, junto com o famoso biquinho infantil, usados como uma arma para persuadir o Uchiha, nem isso o conseguiu o atingir, seria loucura e pura estupidez tirar Sakura do hospital, ela já estava mal o bastante ali, então se fosse para ela ficar fora do hospital sem algum tipo de ajuda médica e todos aqueles aparelhos que a ajudavam a se manter ali, ela não aguentaria muito tempo.

Então após aquele perturbador pensamento pôs se a negar com plena certeza de que estava fazendo o que era certo, assim sem dar brechas a Sakura.

– Não e não, você sabe que não podemos sair do hospital, seja para o que for.

Dois dias depois do episódio, Sakura não tornou a insistir naquilo, mesmo que por algum acaso usasse o famoso trunfo que estava morrendo de câncer e que aquele era seu último pedido.

Sasuke estava esperando o médico responsável por Sakura acabar de examinar a Haruno após a última e recente crise que ela havia tido a poucos minutos atrás.

– Haruno-san está estabilizada, mas ela não tem muito tempo, acho melhor você se despedir, assim como os outros. Sinto muito.

E essas foram às palavras proferidas depois do médico e as enfermeiras saírem do quarto de hospital onde Sakura agora estava instalada, porém ele sabia que não, o Akasuna não sentia muito. Sua espinha gelou, assim como seu sangue, a sensação de perda que começava a queimar em seu peito, e isso só ajudava a piorar ainda mais as coisas e ele pensou como aquilo ainda era possível.

Sentiu a mão de Naruto tocar as suas costas, como se de alguma forma quisesse o confortar, enquanto por dentro o Uchiha sabia que ele estava não muito pior do que si. Ouviu o choro descontrolado e sofrido da mãe de Sakura ecoar pelos corredores de tons claros, enquanto os amigos deles que estavam ali presentes, tentavam não fraquejarem perante a recém notícia que fora dadas as eles, mas de nada adiantou.

Tudo desabou. Sasuke já não conseguia mais controlar seus sentimentos ou atos, as suas mãos tremiam de uma forma quase como assustadora, o coração doía e ele podia sentir que se continuasse ali, ele choraria.

Mas Sasuke não queria e não podia chorar.

. . .

– Vamos Sakura, tem um lugar onde devemos ir, não?

Disse enquanto a mesma se acomodava na cadeira de rodas onde a colocaram, ajeitando os cobertores sobre si, sentia tanto frio que poderia jurar que estavam no inverno e que nevava por ali.

– Que lugar? – Perguntou sonolenta e cansada, não sabendo se aquilo eram os efeitos dos remédios ou do câncer. – O que você pretende Sasuke-kun? Sempre aprontando, não é mesmo?

E então ele riu levemente, mas sem muito humor, reparando que mesmo em horas como aquela ela ainda conseguia brincar.

– Aonde você queria ir mesmo? Parece que seu último desejo será realizado.

Juntamente com os pais de Sakura e os amigos que conviviam desde a infância, haviam decidido que o último desejo dela – de ser levada ao tal lugar pelo Uchiha – seria atendido e que logo após isso, ela voltaria ao hospital para que todos terminassem de se despedir devidamente e para passarem os momentos meio que finais com ela.

Não era apropriado tirá-la do hospital, no entanto todos repeitariam o que parecia ser o último pedido que ela faria.

O dia estava fresco e o Sol se mostrava se pondo entre as nuvens, era uma visão realmente bela, o som das águas batendo fortemente contra as rochas poderia ser ouvido de longe, dando também um ar leve ao local. A brisa agradável bagunçava um pouco os cabelos de Sakura que agora observava o horizonte imaginando o que poderia haver naquela imensidão, no meio de tanta coisa. Ela se sentiu tão leve por dentro que se esqueceu por um segundo, que estava morrendo e que seu tempo estava correndo por suas mãos como se fosse areia.

Ela sentiu que estava acontecendo, era a hora.

– Sasuke-kun. – Chamou-o enquanto procurava pelas mãos dele, que ele prontamente as pegou, sentindo o contato e a maciez da pele, notando que estavam frias como gelo e por um momento ele desejou que aquilo fosse somente um pesadelo assombroso e que ele logo acordaria, encontrando Sakura ao seu lado, sendo iluminada pela luz da manhã e sorrindo com seu jeito gentil de sempre.

– Diga Sakura.

– Eu acho que estou morrendo, dessa vez pra valer.

– Todos nós estamos morrendo a cada segundo, é somente isso.

E essa foi a resposta que lhe fora dada por Sasuke, ela sabia sim que ele havia entendido o real sentido daquela declaração, contudo ele não queria acreditar que aquilo fosse real.

– Você entendeu o que eu quis dizer, não?

Então ele sentiu seu peito rasgando, dando lugar a agonia e a dor, sentiu um gosto amargo na boca, se estremecendo por dentro enquanto entrava em um estado de alerta e pânico por saber o que poderia vir a seguir.

Sasuke também se arrependeu de nunca ter dito a ela as três palavras que sempre quis dizer, mas que faltou a ele coragem. Por que era tão difícil?

Talvez aquele fosse o momento certo para proferir as tais palavras, não era por que ela estava morrendo que ele sentiu uma obrigação de dizê-las, mas por que ele se sentiu pronto o suficiente para fala algo que tentou por anos, mas só havia conseguido demonstrar discretamente pelo olhar ou pelos simples gestos.

Céus, o que ele faria depois que ela fosse? Ele iria seguir em frente e a esqueceria? Ou iria passar o resto da vida sempre se lembrando dela? Quem iria discutir com ele por ele ser tão careta ao ponto de não gostar de nenhum doce, ou por deixar sempre a toalha molhada jogada desleixadamente sobre a cama após tomar banho?

Ele não sabia e tinha medo de qual era a resposta, por que Uchiha Sasuke não aguentaria viver sem Haruno Sakura, ela era uma parte de sua vida, pra não dizer toda. Ela era a única pessoa com quem ele havia planejado ou desejado casar e formar uma família.

Por que a vida era tão injusta e filha da puta? Ele estava fodidamente perdido.

Sakura somente passou a apertar suavemente a mão de Sasuke.

– Sakura, por favor...

Não se vá. Não se vá, por favor. Não me deixe Sakura.

Sasuke teve vontade de se levantar e pega-lá no colo para entrar no carro e dirigir desesperadamente até o hospital, mas ele não podia fazer isso por que Sakura ainda o detinha ali.

– Sasuke-kun, você consegue sentir?

Ela perguntou de forma sincera, enquanto fechava os olhos verdes que ele tanto amava, como se estivesse sentindo algo que não fosse a dor constante e alucinante em seus pulmões. Talvez fosse alguma espécie de chamado? Ele se perguntou.

– Sakura. – Ele murmurou a olhando profundamente enquanto apertava a mão fria dela e sentia sua se garganta fechando, tomando uma coragem que nem mesmo ele sabia que tinha, talvez aquele fosse o momento certo. – E-eu te a...

Foi interrompido por Sakura que sutilmente riu baixinho. – Você não precisa fazer isso Sasuke-kun, eu sei disso, de verdade.

Ele a olhou incrédulo e em choque, quando ele finalmente havia tido e juntado sua coragem aos cacos para dizer as três palavras que ele sempre achou que ela havia sonhado e desejado em ouvir, ela o havia interrompido. Sasuke não teve a coragem de falar mais nada.

– Eu também te amo, Sasuke-kun.

Ela declarou verdadeiramente virando-se para dirigir um olhar intenso a ele e logo em seguida, apoiando a cabeça nos ombros largos de Sasuke, observando as águas batendo um pouco a frente deles em um ritmo frenético e forte, até fechar os olhos lentamente como se fosse somente dormir e ter bons sonhos, segundos depois ele pôde sentir o aperto da mão que Sakura segurava se tornar cada vez mais fraco até que chegou ao ponto de que ele achou que ela havia soltado.

Desesperando-se se separou dela e a virando mais para si, segurou-a tão fortemente de encontro ao seu peitoral que os nós de seus dedos ficaram brancos. O corpo frio encoberto pelos cobertores quentes que para nada serviam estavam caídos sobre os ombros dela, caindo sobre o frágil corpo. Então ele seguiu os olhos escuros pelo rosto delicado e pálido, observando cada traço que ele tinha gravado em sua mente.

Em seu semblante se desenhava um sorriso pequeno e singelo, como se ela estivesse satisfeita e conformada. A mão esquerda dela descansava no peito, os cabelos lisos sempre em seus clássicos tons rosa, estavam jogados para trás e era como se ela ainda estivesse ali, com ele, sorrindo levemente com sua transparência e vivacidade de sempre. Sasuke poderia jurar que ainda a sentia ali e que a mão dela, dessa vez estava mais quente e que seu peito se mexia em uma lenta e ritmada respiração.

Então tudo iria terminar daquele jeito?

Sasuke sentiu sua garganta fechar e os braços que estavam no agora, levemente trêmulos se firmarem ao redor dela cada vez mais, aspirando a fragrância doce que Sakura tinha, até que por fim acabou estremecendo e pela primeira vez em muito tempo ele se permitiu chorar.

De uma forma um tanto silenciosa, ele permitiu que aos poucos ela se fosse.

Estou esperando por você, ne, Sasuke-kun?

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Notas finais do capítulo

Dedico essa fanfic a minha amiga, Camis ♡

Ela é sim um pouco triste, primeiro por que eu normalmente gosto de escrever algo meio comédia, mas eu tava ouvindo Honeymoon da Lana, meio que me inspirei, rs.

Mas, sintam-se livres para participar, seja na recomendação ou pelos comentário.

E pra quem ficou em dúvida no início do capítulo sobre o que é ''Temaki'' é um famoso restaurante japonês.

Até uma próxima vez, beijos! ♡
Mrs. Kye.



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