The Little Girl escrita por Swimmer


Capítulo 21
The Lady in Red - Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Meu heart apertou quando selecionei "sim" no "fanfic terminada".
Vou sentir falta de vocês bolinhos ♥
Enjoy.



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A tiara era realmente um exagero. As pedrinhas brancas refletiam a luz toda vez que ela se mexia. Ela começava a considerar se devia realmente sair de casa naquela noite. Colocou os saltos altos com relutância, os tinha odiado desde que saíra da loja com o par na sacola. Agora, o sentimento não estava nada melhor.

—Olha só pra você! – a mãe gritou, esganiçada.

—Mãe... – ela começou.

—Ah, Marie – antes que a garota pudesse dizer alguma coisa, Hazel a abraçou forte. – Quando foi que você cresceu tanto?

—Acho que foi semana passada, quando comi espinafre – ela sorriu. A mãe parecia prestes a chorar, Marie achou melhor mudar de assunto. – Melhor chamá-las, antes que arrombem a porta – sorriu uma última vez antes de abrir a porta do quarto.

Marie nem viu elas entrando. Thalia, Reyna e Rachel correram lá pra dentro.

—Eu disse. Vermelho é a sua cor – Rachel tirou um fiapo invisível do vestido.

O vestido de Marie era vermelho, a parte de cima fora bordada para parecer com várias peças emendadas. A saia ia quase até o joelho, caindo em várias camadas de tule vermelho em diversos tons. Realmente, não era algo que ela escolheria sozinha, mas precisava admitir, ficara realmente bom.

—Outras garotas têm amigas, eu tenho... – Marie fingiu contar – quatro mães. Devo me preocupar?

—Só se pretender se atrasar mais. Seu par vai morrer nas mãos daqueles dois – Reyna riu.

—Que espere, nunca concordei em ir ao baile, de qualquer maneira – ela deu de ombros e voltou a se sentar na frente do espelho, olhando a tiara. – Sério, tia Thals, não precisava, ainda mais com o bebê.

—É claro que precisava – Thalia foi até ela e passou a ajeitar o objeto. – E Helena pode ter a própria tiara quando for a um baile. Considere como presente de aniversário.

O aniversário de Marie era em novembro, ou seja, ainda faltavam dois meses para que fizesse quinze anos. Elas tinham acabado de comprar o vestido quando Thalia virou para uma vitrine e disse “ei, quer aquela tiara?”. O resultado agora pesava um pouco na cabeça dela, literalmente.

O modo como descobrira sobre a gravidez de Thalia assustara Marie. Era mais uma madrugada normal no apartamento do tio vendo reprises de séries, quando Thalia desmaiara no corredor. Eles correram para o hospital, por mais que ela dissesse que estava bem e então bum, o médico apareceu no corredor e parabenizou Nico. Agora, ela estava com três meses de gravidez. Mas a parte do nome ela ainda não sabia.

—Espera. Helena?

—Sim - ela deu de ombros e sorriu. – Seu tio escolheu ontem e eu gostei. Então será Helena.

Marie não pôde perguntar desde quando eles sabiam o sexo do bebê, Rachel virou a cadeira e começou a encher o rosto dela com maquiagem.

Elas continuaram falando até terem certeza que ela estava impecável. Não queria dizer a elas que as pessoas não iriam prestar atenção nas calouras, estavam trabalhando tão duro.

A garota segurou o colar de pedra verde no pescoço, suspirou e se levantou. Antes de sair do quarto teve que responder a interrogatório da mãe. Sim, tinha néctar na bolsa. Sim, estava com a adaga escondida na roupa, por mais que preferisse o arco. Sim, tinha desligado o celular. Sim, o ligaria de novo à meia-noite em ponto, para dizer que estava voltando pra casa. Sim, ela prometia não beber.

Abraçou uma por uma antes de conseguir sair do quarto. Quase sentiu pena de Tommy por ter enrolado lá dentro mas não estava arrependida. Não estaria nessa confusão se não fosse pelo melhor amigo.

Tommy era um ano mais velho, o que significava que conhecia várias pessoas, estava no time de basquete e podia convidá-la para a baile de boas-vindas sem que as pessoas olhassem estranho. Mas ela tinha certeza que o fariam mesmo assim.

Segurou o riso ao se deparar com a cena. Tommy estava no sofá, o pai na poltrona e o tio arrastara uma cadeira da cozinha pra olhá-lo de frente. Nico sabia parecer mal, de verdade. O garoto não parava de checar o relógio. Frank fazia perguntas e Nico o encarava como se decidisse com qual tipo de molho o serviria no jantar.

—Me digam que não estão fazendo isso – ela riu.

—Isso o que, querida? – Nico se virou para ela, a expressão assassina se dissipou.

O garoto se conteve para não correr até ela, se levantou e esperou até que ela chegasse até eles para beijar sua mão.

—Senhorita.

Marie sabia que ele jamais faria isso a sério, entrou no jogou e fez uma pequena reverência.

—Só as perguntas de sempre, a rotina, você sabe. Está linda – o pai disse e se levantou para beijar a testa dela.

—Até demais – Nico tirou um canivete do bolso e começou a fingir que tirava algo das unhas.

—Tio! – ela pegou o objeto da mão dele e colocou na bancada. – Vocês dois são ridículos, sabia? Conhecem Thomas desde que ele era bebê.

—E somos cem por cento apenas amigos – ele deu um peteleco no penteado dela.

—Exatamente. Vamos sair daqui antes que eles peguem as armas – ela abraçou os dois rapidamente antes de praticamente arrastar Tommy até a porta. A única coisa pior que o baile seria ouvi-los falando.

—Às onze em ponto, mocinha – ouviu o pai dizer.

—Meia-noite – ela corrigiu.

—Droga, Thalia – ouviu o tio gritando quando fechou a porta.

Tommy conseguiu manter a postura de cavalheiro mais ou menos até chegarem ao átrio do prédio, relaxou tanto a postura que dava pra ver o quão desconfortável se sentia no terno. Cumprimentaram Jimmy e o garoto a conduziu até um carro preto que ela conhecia bem. Conhecia o dono também, que por acaso estava encostado no carro.

—O que está fazendo aqui, Leo? – ela perguntou.

—Tom vai me pegar cinquenta dólares por hora, então andem logo – ele abriu a porta de trás.

—Quarenta, porque me deve dez. Ganhei a aposta – ele entrou por último.

—Que aposta?

—Eu disse que daria dez dólares pra ele se conseguisse sair de lá vivo depois de falar com o seu pai e seu tio – Leo deu a partida.

Marie revirou os olhos e pegou o controle do aparelho de som.

Ouviram as músicas de Leo e conversaram até o fim do trajeto. Se despediram dele e saíram. Thommy ofereceu o braço e ela aceitou. Seria uma longa noite com aqueles sapatos.

—Na verdade – começou ele – quero te apresentar uma pessoa.

Ela o encarou, incrédula.

—Você o que?

—Talvez Frank e Nico devessem ter me matado mesmo, sou uma péssima influência pra você. Ele é legal, juro.

Ela fechou a cara e continuou a andar.

Entraram no salão. Ninguém se virou para encará-los ou fez uma reverência. Continuaram com suas vidas.

—Sorria, dama de vermelho, seus súditos lhe aguardam – Thommy sussurrou, irônico.

Marie não gostava de atenção, de qualquer jeito, mas só por algumas horas resolveu não se importar. Fora treinada desde pequena, sabia se defender. Não precisava temer alguns adolescentes olhando de vez em quando. Dentro daquele salão, o mundo pertencia a ela.


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Notas finais do capítulo

That's all folks! ~leiam com voz de narrador~
Eu não sabia exatamente o que colocar nesse capítulo, espero que esteja bom.
Digam o que acharam. Se sintam livres (ué) para me mandar mensagens também. Eu não mordo, juro.
Uma última coisa, comam pipoca com brigadeiro. Eu não estou zoando, é muito bom.

Ps: Para os Percabeth shippers de plantão, postei uma nova fanfic sobre eles, o mais cliché possível, chequem meu perfil.
Beijoss ♥ ♥ ♥



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