Toda vez que Jane ia embora de casa eu ficava mergulhada em um mar de tristeza, era tão bom ficar em juntinho dela, em seus braços, amava quando estávamos prestes a dormir ela fazia caricias em meus cabelos ate que eu adormecesse. A semana já começou agitada, estávamos entrando nas provas finais do colégio e isso deixava qualquer aluno preocupado, pois estávamos no ultimo ano e essas provas seriam definitivas para nosso futuros, alguns alunos já tinham recebido a carta de aceitação das faculdades, eu ainda não tinha recebido, estava muito ansiosa em ser aceita mas também porque sabia que se fosse aceita eu teria que deixar Jane, e isso me deixava inquieta e triste só de pensar que não a veria por um bom tempo. Estávamos reunidos na biblioteca do colégio para estudar, Mas desde que eu comecei a namorar com Jane , acabávamos falando dela.

– Então Maura você não vai nos contar o que era naquela caixa que a Jane comprou aquele dia? Pergunta Callie.

– Era um presente . Responde

– Mas que presente, anda logo fala a verdade nos queremos saber. Completa Callie.

– Tudo bem, ela comprou o “ Strap on”, mas usar. Pronto satisfeita.

– Mais ou menos, agora quero saber como foi usa-lo.

– Callie, mas você esta muito curiosa ultimamente para meu gosto.

– Calma Maura ela só esta curiosa para saber a Jane sabe mesmo usar essas coisas. Responde Sam,

– Sim ela sabe usar muito bem, agora vamos voltar aos estudos porque esse assunto não ira cair na prova tenho certeza. Maura como sempre conseguiu sair por cima, toda segunda feira ela era recebidas com milhões de perguntas de suas amigas, elas queriam saber desde a hora que Jane chegou ate a hora que fosse embora, todos os mínimos detalhes, e como sempre a loira não contava tudo ela escondia maioria dos detalhes, esses detalhes que ela guardava somente para ela. A semana foi passando relativamente rápida , em um acerta tarde ao chegar em sua casa Maura teve uma surpresa ao entrar, encontrou seus pais.

– Papai ... Mamãe. Correu em direção a eles para abraça-los

– Olá minha filha como você esta? Pergunta Artur..

– Bem um pouco cansada de estudar, estamos perto das ultimas provas no colégio.

– Fico feliz que esteja se dedicando a elas, quero que você tire as notas máximas como sempre filha. Completa Artur.

– Sim papai não se preocupe , se depender de mim serei a melhor como sempre.

– Fico feliz por isso filha, e ainda mais porque vejo que seu namoro com Jane não te atrapalhou.

– Não Mamãe, o meu namoro com Jane somente me ajudou, isso você pode ter certeza, ela ate disse que esse fim de semana ira vim para nos estudarmos ate porque ela também estará em suas provas finais.

– Fico feliz, e por falar em Jane como ela esta?

– Ate a ultima vez que a vi, ela estava bem, ainda não nos falamos essa semana, provavelmente somente da sexta feira quando ela sair do colégio. Responde Maura para sua mãe.

– Entendo , isso e muito importante, ela te ajudar e você ajuda-la apesar que sei que vocês não vão estudar o tempo todo.

Maura ficou um pouco corada com o comentário de sua mãe, pois ela sabia muito bem do que ela falava, eles ainda conversaram um pouco e depois o Pai de Maura mostrou a ela um convite de casamento de um amigo dele , onde ele havia chamado a família Isles para a cerimonia e as festa. Maura pegou o convite e deu uma olhada, mas uma coisa chamou sua atenção.

– Papai mas aqui só tem 3 convites , e precisamos de mais um, se Jane não for eu não irei.... Fala Maura já não gostando da situação,

– Filha o George não sabia que você estava namorando , quando ele entrou em contato com a secretaria da sua mãe, ela somente disse que seria 3 convites.

– Então somente vocês vão porque eu ao vou... Disse uma Maura decidida. Constance levantou-se e foi pegar sua bolsa que se encontrava no outro sofá, pegou e sentou novamente.

– Maur aminha filha, o que você e Jane vão fazer na sexta quando ela sair do colégio? Pergunta.

– Nos combinamos de tomar sorvete porque?

– Terão que mudar de planos porque vamos as compras. Fala Constance retirando um convite do casamento de dentro da bolsa. Depois que a mãe de Maura descobriu que a sua secretaria tinha errado a quantidade de pessoas ela tratou de concertar o erro. Maura ficou toda alegre porque sua namorada estaria junto com ela um evento que sua família estivesse presente. E o melhor ainda era que elas iriam fazer compras, coisa que Maura amava, agora já Jane, não era muito a praia dela, e ainda mais porque elas não iriam tomar o sorvete, coisa que deixaria Jane triste, mas depois a loira pensaria em uma coisa para compensar. A noite correu tudo bem na casa do Isles , e o restante da semana também. Chegando na sexta feira Maura saiu com sua mãe para esta indo buscar Jane no colégio, ao se aproximarem Maura foi mostrando a sua Mae como era.

– Mamãe o colégio começa aqui e vai ate o final do quarteirão.

– Nossa minha filha, mas porque desses muros tão altos, ate parece uma cadeia. Diz uma Constance abismada com a aparência do local.

– Engraçado a Jane também fala isso direto, que aqui parece uma cadeia... Diz Maura sorrindo, pois a cada coisa que faz lembra-se de sua namorada. O motorista da família Isles parou em frente o colégio e ficou esperando que Jane saísse, minutos depois a morena aparece no portão cumprimenta o soldado que estava lá e vai em direção ao carro, como era de costume ao entrar no carro todas as vezes que Maura ia busca-la ela imediatamente a beijava, e assim foi ela abriu a porta do carro sentou e quando virou para beijar Maura ela da de cara com sua sogra.

– Constance? E você? Oh me desculpe. Desculpava uma Jane sem graça, enquanto Maura estava dando altas gargalhadas com a cena, onde uma Jane com vergonha do quase beijo e uma Constance assustada, por causa ter sido beijada pela namorada de sua filha. Depois do susto, elas engrenaram em uma conversa.

– Então Constance o que trazes aqui? Pergunta Jane já sentada ao lado de Maura.

– Então Jane e porque fomos convidados para um casamento que acontecera aqui em Boston então vimos para o evento que será no próximo fim de semana.

– A sim entendi, bacana, e para onde estamos indo hoje?

– Vamos fazer compras... Disse uma Maura toda empolgada...

– Compras? Nos três? Pergunta Jane.

– Sim meu amor porque você também vai para o casamento com a gente.

Jane deu um sorrisinho meio sem graça porque ela ia fazer uma das coisas que odiava que era fazer compras e ainda por cima ela tinha certeza que Maura e Constance iam dar palpite em sua roupa. Elas foram em direção ao shopping em uma das melhores lojas , Chegando la Jan ficou abismada com a aparência da loja , e que loja somente pessoas ricas como os Isles dentre outras famílias ricas de Boston poderiam comprar ali, ao entrarem imediatamente elas foram atendidas.

– Boa noite minha querida gostaria que você mostrasse as duas moças aqui uns vestidos para casamento. Disse Constance.

– Sim senhora Isles e para já, vamos meninas. Saímos e fomos para uma seção mais Jovem, enquanto Constance estava na seção de acordo com a sua idade. A vendedora primeira atendeu a Maura, e para isso praticamente trouxe todos os vestidos da loja, a cada vestido que ela vestia ela vinha e desfilava, e por incrível que pareça todos ficaram maravilhosos nela. Após escolher o seu para o casamento foi a minha vez, eu como sempre sou pratica não quis que a vendedora trouxesse muitos e sim disse um modelo que eu gostaria, e para minha alegria ela trouxe somente três, um preto, outro vermelho e por ultimo uma cor de pele. Vesti primeiro vermelho, não gostei muito, fui para o cor de pele, e esse foi bem engraçado a reação de Maura.

– Nossa não gostei essa cor e “brochante”, vamos para o próximo. Diz Maura. Eu fiquei estática nunca havia ouvido isso saindo da boca ela, a vendedora ficou um pouco sem graça, ela não sabia o que dizer. Fui para o terceiro vestido torcendo para que esse desse certo, e para mina sorte caiu como uma luva em meu corpo, ele era simples, não muito chamativo , eu adorei, Maura também havia adorado. Pegamos nossas compras e fomos em direção a Constance que já nos esperava. Ao entramos no carro ela vira para nos com um sorriso no rosto e nos pergunta.

– Então para onde vamos agora?

Eu fiquei sem saber o que dizer, porque havia combinado com Maura de irmos para a sorveteria, mas como sua mãe estava conosco não sabia se ela queria ir.

– Hum... Eu e Maura estávamos indo para sorveteria você gostaria de ir com a gente? Pergunto mas já sabendo a resposta.

– Sim, eu posso acompanha-las . Responde Constance.

Eu de inicio fiquei abismada porque, Constance Isles aceitou ir tomar sorvete? Será que ela estava em seu dia normal? Ou então ela estava achando que local era luxuoso como a loja que estávamos. Nisso pedi ao motorista que mudasse a sua rota e fomos para sorveteria que ficava perto da minha casa. Em poucos minutos chegamos lá .. saímos do carro e fomos para dentro , ao entramos eu já fui cumprimentada pelo dono.

– Hey Jane, e ai o que mandas hoje? Pergunta Jack

– Então Jack deixa eu te apresentar a Constance , Mae da Maura , minha sogra.

– Muito prazer senhora, sou o Jack dono do estabelecimento e amigo das meninas.

– O prazer e todo meu.

Depois dos cumprimentos resolvemos sentar e fazer nosso pedidos.

– Jack eu vou querer chocolate com leite condensado. Pede Jane

– O meu ser a o de sempre Jack. Fala Maura.

– Ok, Coco com Limão e a senhora o que deseja? Pergunta Jack

– Pode ser o mesmo da minha filha.

Minutos depois nossos sorvetes chegam e fomos degustar.

– Constance você vai adorar aqui tem o melhor sorvete da cidade. Disse

– Realmente Jane concordo e muito bom esse sorvete. Disse Constance.

Após toarmos nosso sorvete conversamos sum pouco, sobre o casamento e depois fomos embora, por ser perto da minha casa o motorista já me deixou lá, Maura me acompanhou ate a porta, desde o momento que entrei no carro e quase beijei Constance ainda não tinha beijado Maura aproveitei esse momento e puxei para um beijo. Após o beijo nos despedimos e combinamos de estudar no fim de semana por causa das provas que viriam.

XXX

Após deixa Jane em sua casa, Maura e sua mãe foram embora, Maura estava com um sorriso no rosto o tempo todo, e isso não passou despercebido por sua Mãe.

– Maura você a ama? Pergunta Constance tirando a filha de seus pensamentos.

– Sim, mamãe a amo muito. Jane literalmente e o amor da minha vida. Com essa resposta Constance encerrou o assunto. Ao chegarem em casa cada uma foi para seu quarto. Ao entrar Constance encontra seu marido lhe esperando para que fossem dormir, mas ele como não era bobo notou que sua esposa estava pensativa mais do que costume.

– Constance aconteceu algo? Pergunta Arthur.

– Não querido não e nada demais só estou pensando em nossa filha e Jane.

– Mas o que acontece com as duas.

– Sabe não vou mentir para você que no inicio estranhei a Maura nos dizer que estava namorando uma mulher, Mas com o tempo fui vendo que esse relacionamento fez muito bem para nossa filha, ela esta mais extrovertida, atenciosa, amorosa, sorridente, ela esta diferente mudou para melhor, Jane fez muito bem a ela, e não esta com nossa filha por interesse e sim por amor, amor esse que retribuído tão intensamente. Tenho medo que a partida de Maura para a Inglaterra faça com que esse amor acabe, ou que as duas sofram por causa da distancia.

– Constance, olhe meu amor, concordo com tudo que você disse , nossa filha esta bem melhor , ela e outra pessoa, Jane e um amor de pessoas, ela e uma menina fantástica, aprendi a lidar com aquele jeitão dela. Também já pensei muito em relação a viagem de Maura, mas sabe de uma coisa , você pode ter certeza se o amor delas for verdadeiro elas superaram todas as barreiras que viram pela frente. Disse Arthur.

– Tomara Arthur tomara, não quero que nossa filha sofra ou que a Jane sofra por causa da distancia.

Após sua breve conversa com o marido Constance foi para o banheiro fazer sua higiene para poder dormir , pois ela estava um pouco cansada do dia que teve, ela havia se divertido muito o tempo que passou com Jane e sua filha na sorveteria, ela lá se sentiu outra pessoa. Na verdade ela se sentia outra pessoa ao estar ao lado de Jane, e morena fazia com que ela saísse da pose da Senhora Isles para apenas Constance Mae de Maura, sogra de Jane.