Os dias passaram e o destinatário foi a praça como combinado. Ficou esperando, estranhou a demora de Anna e resolveu ir à casa dela.

Chegou a frente do portão e tocou a pequena campainha que estava ao seu lado. Sem obter resposta, mexeu no cadeado, descobrindo que estava aberto. Entrou e passou pela porta, olhou ao redor, não tinha ninguém ali. Ouviu um pequeno ruído que parecia ter vindo do andar de cima, rapidamente subiu, pensando que encontraria sua garota, sem nada que os impedisse de ficar juntos, porém quando chegou ao andar de cima e entrou na primeira porta que estava aberta, não foi isso que aconteceu.

O destinatário encontrou Anna sangrando, pendurada na janela, as lágrimas foram inevitáveis, ele não podia acreditar. Correu até ela e pegou em seu pulso, não sentia mais nada.

As lágrimas se intensificaram e ele se lamentou, suas palavras não serviram para nada, ele sabia que tinha algo que Anna não contara a ele. Mas por que logo no momento que ele iria se justapor a ela? Ele se culpava, por que não falou com ela antes? Era tudo culpa dele, ele podia ter impedido... Ele era Gabriel, o garoto popular do colégio.