My Little Bad Liars escrita por CamilaHalfBlood


Capítulo 21
Capítulo 21 - The Truth About The Brothers Brook - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oiii, como vão?
Tá aqui o cap, espero que gostem :)
Desculpa a demora pessoal, mas a escola ta bem corrida então não deu, mas o próximo cap já ta praticamente pronto, então não vai demorar (espero, se não der culpem os professores)
Bye, Bye



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Passado

10 de Novembro de 2013

Casa dos Brook

14h30min da tarde

Meus punhos ardiam enquanto eu socava a parede com toda a força que eu podia, deixando pequenas manchas de sangue na mesma.

Estava descontando toda a minha raiva ali, mas eu não sentia raiva de ninguém, eu tinha raiva de mim mesmo, por fazer com que Calipso me deixasse.

Eu me arrependo todo dia por ter feito o que tinha feito em Calipso.

Não nos vemos a seis meses, mas para mim parecia que tinha se passado décadas desde que a vi pela última vez.

Isso aconteceu em um dia normal, eu estava esperando Dylan chegar da escola, eu desenhava em meu caderno, era uma paisagem cheia de prédios, com ruas sem saídas e que não davam a lugar algum como um grande labirinto.

Quando escutei alguém bater a na porta de casa, as vezes isso acontecia, mas não era sempre, já que Dylan quase nunca falava com os vizinhos e não era como se eles se importassem com nossa família de qualquer maneira.

— D.B! – gritou a pessoa, gelei reconhecendo a voz.

Eu fiquei desesperado, afinal Dylan estava prestes a chegar, mas mesmo assim, pensei em fingir que eu não estava ali.

Talvez ela fosse embora, mas eu conhecia Calipso bem demais para saber que ela não iria embora.

Assim que sai, a puxei para parte de trás da casa, tentando convencê-la a ir embora, mas ela não iria até que eu fosse junto com ela e deixasse Dylan para trás.

Minha raiva era muito grande, meus punhos estavam fechados firmemente e minha respiração saia a lufadas.

“- DB! Ele não age como seu irmão! O que ele faz com você é crime! Mesmo você achando que ele te protege, ele só liga para ele mesmo, seu pai já está morto á um ano, então por que você ainda vive trancado nessa casa?

Na hora a raiva chegou ao ápice , eu não conseguia raciocinar mais, minha mente estava entorpecida pela fúria, então a imagem que vi a seguir foi Calipso com a mão em seu rosto que começava a ganhar um tom avermelhado e seus olhos cheios de lágrimas.

Eu tinha batido nela.

Essa foi a última vez que a vi.

Eu até fui ao o beco, mas ela nunca estava lá, eu apenas queria pedir desculpas, afinal ela só estava chateada, iria me querer de volta, mas também não sabia onde morava apenas onde estudava.

Então, eu a havia perdido.

Perdido o meu amor.

Foi nesse momento que ouvi alguém bater na porta, não era muito comum alguém vir aqui em casa, a verdade era que as pessoas não se importavam com o que acontecia na residência Brook, então apenas sentei na cama e peguei o caderno em minhas mãos.

Era o desenho de Calipso, não estava perfeito, não nunca ficaria, nem o melhor artista conseguiria a desenhar de modo perfeito, mas era aquele desenho que me fazia levantar da cama, mesmo com a minha memória prejudicada, o desenho tinha ficado bom, e isso era pelo menos o suficiente, mesmo não podendo vê-la de verdade, pelo menos a ver por desenho era melhor do que nada.

— D.B! - por um momento pensei que o desenho que tinha falado ou estava enlouquecendo, mas não, era mesmo a voz de Calipso.

Rapidamente coloquei o caderno em cima da cama e sai dali.

Ela parecia uma miragem.

Estava mais linda do que eu me lembrava seus cabelos castanhos estavam mais longos, e caídos em cachos pequenos e perfeitos, mas seus olhos estavam iguais, lindos.

— Calipso – sussurrei, temendo que aquilo fosse um sonho e ela desaparecesse a minha frente.

— Olá D.B – respondeu – desculpe vir aqui eu sei que não gosta – vi em seus olhos a magoa do nosso último encontro – Eu preciso falar com você, por favor.

— Que horas são? – perguntei

— Três da tarde. – disse olhando para seu celular, fiz as contas, uma hora para Dylan chegar, era ariscado, ele poderia chegar mais cedo por algum motivo e não me encontrar, mas eu tinha que falar com ela, assim poderíamos ser o que éramos antes.

— Me encontre no beco, daqui 10 minutos – falei.

Ela assentiu, se virando rapidamente e sumindo de vista.

Fui o mais rápido que eu conseguia, sem chamar atenção das pessoas em volta, até o beco.

Calipso já estava lá, mas diferente das outras vezes, ela estava em pé, com os braços cruzados, seu rosto não se iluminou quando me viu, como antigamente, porém ela parecia desconfortável.

— Me desculpe – pedi – por favor me perdoe, eu não sei o que deu em mim, eu não queria... não queria ter te batido.

— Não sei consigo te perdoar, D.B – disse – eu queria poder voltar e fazer diferente, talvez hoje poderíamos ser amigos, mas eu vim aqui por outro motivo. – senti todo o ar de meus pulmões se esvaírem, como ela não iria me perdoar? Mas ela tinha que me perdoar, não era justo. Andei até Calipso, que tinha um olhar confuso pela minha aproximação, mas continuei a ir até ela, tinha que mostrar, ela era minha, me perdoando ou não .

Puxei ela para mim e a beijei, mesmo ela tentando me afastar, mas eu era mais forte forçando a ela a continuar ali.

Quando me afastei, sorri, sentia tanta saudade dela, era como finalmente algo estivesse certo de novo na minha vida.

— Nunca mais faça isso – exigiu – eu não sou mais sua namorada.

“Não sou mais sua namorada” – essa frase continuava a se repetir na minha mente, mesmo com essa separação ela era minha namorada, ela era minha.

Voltei minha atenção para ela novamente, seus olhos além de qualquer coisa dermostravam culpa, foi então que eu entendi, como se algo estralasse na minha mente, ela tinha outra pessoa.

Como ela podia ter me traído dessa forma? Todo esse tempo eu esperava por ela, mas ela estava com outro.

— Quem é ele? – falei com raiva.

— Me desculpe, não ria falar dessa forma,eu só vim aqui para acabar com essa história, para poder seguir em frete, tanto eu quanto você...

— Quem é ele? – perguntei novamente cortando seu monólogo.

— É um colega de classe, ele...

— Quem é ele?

— Leo, ele se chama Leo.

Leo. Queria fazer-lo sofrer por sua ousadia de ter olhado para ela, ela estava apenas confusa, ele havia apenas confundido sua cabeça, ela ainda me amava, mas Leo a estava a impedindo de ficar comigo.

Ele tinha que sumir.

— Espero que entenda, eu sinto muito, mas não podemos mais nos ver, eu mudei, não quero mais mentir para as pessoas, minhas amigas não merecem o que eu fazia com elas. –  ela parecia tão frágil,  que a abracei.

Calipso não correspondeu na hora, mas de vagar seus braços rondavam a mim.

— Adeus, DB – sussurrou em meu ouvido.

Não meu amor, esse é só o começo

{...}

Eu estava atrasado, eu sabia que estava, Dylan já estaria em casa uma hora dessas, eu corria, mas já era tarde demais, quando minha casa apareceu, uma centelha de esperança se acendeu.

As luzes da casa estavam todas apagadas.

Então me estreitei pela entrada do quarto, aliviado por ter conseguido chegar antes de Dylan, mas assim que me levantei, o vi ali.

— Quem é Calipso? - perguntou se levantando.

— Ninguém - respondi.

— Não minta para mim. - gritou, chocando seu punho com força em meu rosto.

— Quem é ela? - gritava enquanto me socava, senti algo escorrendo em minha face, eu tentava me esquivar dos seus golpes, mas ele era mais forte que eu.

— Dylan - sussurrei tentando me levantar do chão - por favor.

— Você mentiu para mim! Quem é ela? Diga! - sua mão agarrou minha camisa me colocando de pé - Não vou perguntar de novo. Quem é Calipso?

— Eu... eu falo.

09 de Março de 2014

Central Park

21h15min da noite

Dylan me segurava fortemente enquanto me arrastava pela escuridão, meus olhos estavam vendados e minhas mãos amarradas nas costas, a única coisa que eu ouvia era o som dos galhos sendo quebrados por nossos passos.

— Dylan - falei - para onde estamos indo?

— Fica quieto- mandou dando um soco na boca de meu estômago, dobrei-me pela dor de tirar o fôlego, mas Dylan puxou-me para cima - vamos arrumar a bagunça que você fez.

Na mesma hora me veio a mente o acontecimento que provoquei, senti alegria correr pelas minhas veias, desde novembro do ano passado. A quase 4 meses atrás, toda noite eu pensava, formava planos com apenas um intuito, matar Leo.

No mês passado, por um descuido de Dylan, consegui sair de casa já que a minha passagem tinha sido fechada, e Dylan parecia mais e mais protetor comigo, então cortei os freios do carro da família Valdez, mas Leo não morreu no acidente, só a mãe dele, a única coisa que ameniza a raiva de ter falhado nessa tarefa, é pensar que de qualquer forma ele estava sofrendo pela morte da mãe

Mas se ele morresse. Calipso voltaria para mim.

Eu sentia muita falta dela, é ainda pior por saber que outro estava a tocando do jeito que só eu podia, ela era minha, só eu podia faze-la sorrir, só eu podia faze-la feliz.

— Chegamos - disse Dylan aos sussurros - Agora você irá ficar quieto - ele colocou uma mordaça em minha boca logo depois amarrou minhas mãos em uma árvore e tirou a venda dos meus olhos, deixando a venda solta em meu pescoço.

Nós estavamos a alguns metros de uma clareira, porém as árvores eram bem densas a cima de mim, fazendo com que sombras densas ficassem em nossa volta.

Então do outro lado da clareira, que era a alguns metros a nossa frente, a vegetação se mexeu e uma sombra saiu de lá.

Não era Leo, Era Calipso.

Olhei para Dylan, ele tinha um sorriso malicioso enquanto olhava para ela; em seus olhos vi a extrema diversão que ele sentia.

— Aproveite o show. - sussurrou para mim indo se afastar, mas novamente a vegetação mexeu-se e mais quatro pessoas entraram na clareira.

Mesmo que nunca tivesse as visto eu sabia quem elas eram.

Annabeth, Thalia, Piper e Hazel, as amigas de Calipso.

Me lembrei da época em que Calipso me contava sobre elas , na verdade eu as conhecia muito mais do que se conversasse de fato com elas, a última coisa que eu faria é esquecer algo que Calipso tenha me dito, nem que fosse algo ridículo ou banal, eu sempre iria lembrar.

Depois de hesitação, Dylan se afastou entrando na clareira.

Eu escutava o que Calipso dizia, mas não conseguia entender, por que ela queria que eu fosse embora? Como ela tinha descoberto que eu matei a mãe de Leo?

Percebi que sua voz estava amargurada e raivosa, fazendo minha raiva por Leo aumentar, imaginei o que ele estaria fazendo contra ela para ela mudar dessa forma.

"Está prestes a acabar, meu amor" - falei mentalmente.

A cena se desenvolvia a minha frente. Dylan ia mata-las, eu sabia que as amigas de Calipso não sairiam vivas, mas Calipso ia, Dylan não iria mata-la, afinal ele sabia o quanto ela era importante para mim, mesmo sendo rude algumas vezes, ele me amava e queria o meu bem.

Mas então Annabeth, a menina loira, que estava até agora caída no chão se levantou, em sua mão o metal brilhava reluzente pela luz da lua.

A faca de Dylan.

"Ela vai matá-lo" - pensei em desespero, mas a única coisa que consegui fazer foi tirar a mordaça da minha boca.

Morto.

O corpo do meu irmão caiu no chão, com um baque surdo.

Não, ele não podia, não tinha como ele estar morto, eu não queria acreditar, não podia acreditar, Dylan era a última pessoa da minha família, a última que se importava comigo.

Por que fizeram aquilo?

Inconscientemente gritei a pleno pulmões, logo me fiz ficar quieto, a dor que sentia era grande demais, mas elas já tinham matado Dylan, podiam fazer a mesma coisa comigo, ou até pior.

O medo nublou a minha mente, mas ainda ouvia tudo em minha volta perfeitamente, Calipso primeiramente brigou com a loira, mas foi tão rápido, e ela logo mudou de idéia.

Falsa.

Ela tinha me enganado, como se atrevia a ter arruinado minha vida dessa forma?

Pela primeira vez queria nunca ter a conhecido, melhor, queria que ela nunca mais existisse, nem ela e nem as amigas dela.

Minha única família tinha sido morta? Então iria acabar com a vida delas.

Ela nunca tinha me amado, mentiu para mim, e eu caí na sua rede, mas ali preso na árvore prometi a mim mesmo que teria a minha própria rede, meu próprio jogo, onde elas seriam os piões, e o único ganhador era o que morreria mais rápido.

Faria isso acontecer nem que para isso eu, David Brook, tenha que morrer no processo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Comentem ❤
Ps. No prox cap é a revelação de –A (dessa vez de verdade)



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