My Little Bad Liars escrita por CamilaHalfBlood


Capítulo 20
Capítulo 20 - The Truth About The Brothers Brook - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, Eu sei, eu disse que -A seria descoberto nesse cap, mas quando eu tava escrevendo o prox cap eu tive a ideia de fazer esse cap pela visão de -A, ai já viu kkk
Sem criatividade para fazer uma nota melhor kkk
Espero que gostem do Cap ♥



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Passado

24 de novembro de 2012

Um Beco de Nova York

15:00 da tarde

Puxei minhas pernas para perto, a abraçando, enquanto minhas lágrimas caiam, imagens de meu pai vinham a minha mente a todo momento.

"Ele está morto" - pensei - "porque ele também tinha me deixado?"

Eu podia até ficar feliz de terpela primeira vez em muito tempo ter saído daquele quarto, mas não queria ver nada agora, mas não pensei nisso quando Dylan saiu de casa dizendo para mim ficar ali, eu só queria ir também, queria me despedi de papai como Dylan também ia.

Então fiz uma coisa que nunca tinha tentado, fugi.

Sai de casa e comecei a procurar onde meu irmão podia ter ido, mas não achei, então entrei em uma ruazinha e agora estou aqui.

Chorando.

Não tinha sobrado nenhum dos meus pais, nem o papai, nem a mamãe, apenas Dylan.

Quando nasci minha mãe morreu no parto, era a segunda gravidez dela afinal Dylan tinha 2 anos de idade na epoca, mas assim que ele aprendeu a se virar sozinho e cuidar de mim, a furia de nosso pai caiu em cima de nós.

Ele culpava a mim e a Dylan pela morte de nossa mãe, então deixava a gente com fome por dias, batia até que desejávamos de dor, eu não lembro muito bem dessa época, era muito pequeno para isso, mas Dylan se lembra de tudo.

Quando fiz 4 anos de idade, Dylan começou a me proteger dele, afinal ele ia para a escola e eu ainda não tinha idade para isso, quando chegava eu tentava esconder, mas Dylan sabia que ele tinha me batido.

“Você tem que ficar bem quietinho! – pediu-me ele – vai ser como brincar de esconde-esconde quando eu chegar da escola eu te encontro, se ele não te ver, vai ser como se não existi-se e ele não vai bater em você”

 Então quando Dylan ia para a escola, eu me escondia no armário do quarto e ficavao mais quieto possível com apenas uma frestinha para respirar até que Dylan chegasse, mas ele não vinha imediatamente, na escuridão ouvia os gritos de Dylan, toda raiva que seria para mim direcionada para ele, mas eu tinha muito medo para sair dali e sua raiva se direcionar para mim também.

Algumas vezes Dylan não vinha, e eu esperava a bebida de papai acabar para ele sair de casa, ai quando saia, achava Dylan inconsciente.

Mesmo depois que tive idade suficiente para ir para escola, Dylan achou melhor eu não ir, ele dizia que ninguém sabia sobre mim e que assim era melhor, eu não podia dizer “não”, ele é meu irmão sabia o que era melhor para mim e já tinha sofrido em todos esses anos por minha culpa, ele apenas queria me proteger.

Mesmo agora com 13 anos de idade nunca tinha ido para a escola nunca teve um amigo para mim, apenas o meu irmão, nós freqüentemente na calada da noite nos escondíamos embaixo da mesa da cozinha com um cobertor sobre nossas cabeças enquanto ele me ensinava tudo que ele aprendia aos sussurros para mim, esse era único momento em que eu era feliz de verdade naquela casa.

Só havia uma exceção há um ano, houve um incidente, nosso pai estava outra vez “descontando sua raiva” em mim, mesmo me escondendo dele, não tinha como me livrar disso, quando Dylan chegou, ele tentou tira-lo de cima de mim , mas no ato nosso pai bateu a cabeça, Dylan não queria fazer aquilo, ele amava nosso pai tanto quanto eu.

Não dávamos a policia, nem a ambulância, apenas esperamos ele acordar.

Quando ele abriu os olhos ele estava catatônico, seus olhos estavam sem expressão, sem sentimentos.

“Ele está sonhando acordado, tendo bons sonhos”— disse-me Dylan na época.

Ele não se mexia, apenas continuava olhando para i nada, a única vez em que vi ele se mexer, foi quando sai do quarto e seu olhar encontrou com o meu, podia ser um olhar sem sentimentos algum, mas com isso eu sabia, mesmo depois de tudo que ele me amava.

Mas agora não importava mais, ele estava morto.

— Olá? – escutei alguém perto – você esta bem? – era uma garota, ela parecia ter a mesma idade que eu, seus cabelos eram castanhos claros trançados sobre um ombro, olhos amendoados escuros, parecia ser 11 ou 12, usava uma mochila, como se estivesse indo para a escola.

Me encolhi mais contra a parede, nunca tinha falado com ninguém alem de Dylan e papai, então não sabia como se comportar, esperava que quem quer que fosse aquela menina, ela seria ser uma pessoa ruim também.

— Por favor, não me machuque – pedi levantando um pouco o rosto.

— Não vou te machucar – disse ela se sentando ao meu lado – por que está chorando?

— Meu pai morreu.

— Sinto muito – disse-me, não consegui pronunciar nada então apenas assenti com a cabeça.

— Qual é o seu nome? – perguntou depois de algum tempo em silencio, não respondi, continuei parado como se ela nunca tivesse falado nada.

— Eu sou Calipso – falou.

{...}

Quando anoiteceu Calipso foi embora, ela disse que voltava ali nos outros dias, eu estranhamente fiquei feliz com isso.

Refis o caminho para casa, tomando o cuidado para ninguém mais me ver, assim que vi a minha casa, vi que a luz da sala estava ligada.

— Onde você estava? – falou Dylan, seus olhos azuis me encaravam com fúria – Eu disse para não sair do quarto!

— Me desculpe!Eu...Eu só queria ir no funeral de papai também – Antes que eu pudesse reagir ele estava na minha frente, sua mão pressionando o meu pescoço, enquanto me empurrava contra a porta.

— Você não pode sair de casa – disse-me entre dentes – ninguém pode saber que você existe! É para o seu próprio bem.

Sua mão foi até a minha cabeça, jogando-a contra a porta com força, senti uma dor aguda se espalhar e minha visão começou a ficar turva.

— Você é meu irmão, tenho que te proteger das outras pessoas.

15 de Março de 2013

Casa dos Brook

18h05min da tarde

Mexi as mãos nervosamente enquanto esperava Dylan passar a trinca na porta do quarto, ele fazia isso todo dia antes de ir trabalhar ou ir para a escola, já se passaram quase quatro meses desde que papai morreu e que conheci Calypso.

Desde então as vezes Dylan me bate, mas isso só acontecia quando ele desconfiava que eu tinha saído de casa.

Não o culpo, ele está certo afinal, eu não deveria sair de casa, mas eu apenas saia para ver Calypso.

Me sentia culpado por enganar o meu irmão dessa forma, ele não merecia o que estava fazendo com ele, mas não podia mais ficar longe de Calypso.

Escutei o clique vindo da porta, e duas batidas vindo dela, esse era o sinal de Dylan dizendo que já estava indo para o trabalho.

— Bom trabalho - gritei para ele, logo depois escutei a moto de Dylan partindo eu não sabia que muito bem em que ele trabalhava, já que ele não tinha idade para trabalhar, mas eu tinha uma breve noção que não devia ser legal.

Comecei a contar os minutos até que tivesse passado 10 minutos que ele tinha saído, Afinal sempre tinha o risco de ele voltar para pegar alguma coisa e não me encontrar ali.

Fiquei ao lado do armário, fazendo força para ele se mover assim que o buraco da tubulação apareceu, me abaixei a unha par atirar os parafusos já soltos, esgueirei-me pelo buraco da tubulação até achar a saída.

Eu já sabia dessa passagem a muito tempo, já que o quarto não tinha janelas, tinha que ter um lugar para entrar o ar, ela dava diretamente para a  rua de trás da casa o que também ajudava já que o quanto menos pessoas me ver melhor.

Assim que virei no beco em que nós nos encontrávamos, a vi ali.

Ela estava sentada encostada na parede, enquanto murmurava distraída alguma música que eu não conhecia.

— Calypso!  - chamei, ela virou seu rosto em minha direção.

— DB - disse sorrindo para mim enquanto eu me sentava ao seu lado – pensei que não vireia mais hoje.

— Dylan demorou para sair de casa – falei, sua espresão que estava radiante se transfomou uma pequena carranca.

Ela sempre tinha demonstrado o desagrado dela por Dylan, sempre brigávamos por esse motivo.

—Deixa isso para lá, não quero brigar com voce hoje, não hoje – murmurou ela, voltando a colocar aquele sorriso que fazia minha mente enevoar, cheguei mais perto dela a apertando em um abraço – Eu tenho um presente para voce.

— Um presente? – perguntei surpreso.

— Sim, não deu tempo de embrulhar, mas espero que goste – disse me entregando um caderno.

Era um daqueles cadernos de desenhos, com capa preta, sorri com ele em minhas mãos , eu sempre adorei desenhar, mesmo que seja rabiscando em pedaços de quardanapos, ou em papeis já usados, sempre foi um ótimo jeito de passar o dia, imaginando cada lugar, situações, como se fossem historias.

Para que se lembre de mim...

Para D.B, com amor, Calypso

— Eu nunca vou esquecer de você – falei contra seus lábios.

— É para quando voce estiver em casa, para saber que não vai estar sozinho com Dylan – senti vontade de defender Dylan, mas se eu fizesse isso agora, iríamos brigar de novo e isso era a ultima coisa que eu queria no momento.

— A gente podia ir para algum lugar – pediu-me ela depois de me separar dela novamente – sabe ir ao cinema, a algum restaurante.

— Voce sabe que eu não posso – falei entrelaçando nossas mãos.

— A esperança é a ultima que morre – disse sorrindo.

Eu sabia que ela gostaria de ter um namoro normal, onde poderíamos sair, me apresentar as amigas dela ou aos pais, já que ela adorava me contar sobre tudo em seu dia a dia, como se quisesse que eu estivesse nesses momentos, mas não tinha como, pelo menos ela aceitava a situação  o que me deixava mais aliviado e feliz.

— Agora me diz como foi o seu dia? – perguntei a abraçando de lado enquanto ela começava a contar o seu dia.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Povo eu vou deixar o link aki da minha loja de varinha de Harry Potter! ;)
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