Passado

9 de março de 2014

Central Park

21:17 da noite.

Assim que Dylan caiu morto no chão nenhuma das cincos se mexeram, mas depois de alguns segundos um grito cheio de dor, se fez presente na clareira despertando todas elas do transe que se encontravam.

— O que foi isso? – perguntou Thalia – vocês também ouviram? - Mas nenhuma das outras garotas responderam, pois logo depois Calypso gritou:

—O QUE ISSO IMPORTA? OLHA O QUE VOCÊ FEZ! – ela estava vermelha provavelmente de raiva, ela tremia e mesmo se dirigindo a Annabeth, seus olhos arregalados estavam fixos no corpo do cadáver – VOCE O MATOU?

Annabeth não fez expressão nenhuma para a acusação da amiga, ela tinha soltado a faca que agora estava caida no chão aos seus pés, seus olhos estavam fixados em uma flor do outro lado da clareira, pois não suportava sequer olhar para o que tinha feito.

— Eu posso para a cadeia, meus pais vão me matar! Não, não, não, por favor não... – Hazelresmungou, ela estava parada na frente ao corpo de Dylan, mas suas pernas fraquejaram, assim caindo sentada no chão, logo que percebeu a proximidade de que estava do corpo ,engatinhou assustada para longe até se apoiar em uma arvore e começou a se balançar para frente e para trás repetidas vezes, arfando.

Já Piper tinha começado a chorar silenciosamente, sendoà única com coragem o suficiente paraandar até Dylan e fechar os seus olhos azuis que antes eram um azul brilhante, vivido agora era um azul cálido.

Com os olhos fechados até parecia que estava dormindo, mesmo com sua palidez anormal, mas o sangue penalizava essa fantasia, seus cabelos loiros agora estavam mancados pelo sangue que começava a fazer uma pequena poça em volta do morto.

Thalia foi até Calipso que ainda estava gritando com Annabeth e segurou seu braço, forçando-a a olhar para ela.

— Calipso para de gritar. Não foi culpa só dela. – disse seria, ela entendia a gravidade do que tinha acontecido ali, mas também sabia que se não parassem Dylan, ele teria asmatado, todas elas, sem piedade nenhuma, era elas ou ele, não havia outra opção – Se continuar a gritar assim, vai chamar a atenção de alguém, e ai vamos ser presas.

Essas palavras pareceram que despertaram Calipso para o que estava acontecendo de verdade, ela estava culpando apenas Annabeth pelo acontecido, sendo que ela que as colocou ali, por um simples capricho.

Abaixou a cabeça envergonhada percebendo o que estava fazendo, deixou que seus cabelos cobrissem sua face, depois tirou o braço que Thalia segurava e se afastou das amigas e do cadáver caído no chão, fitando seus cadarços, só ficou ali quieta, ouvindo a conversa que se desenrolava em sua volta, pensando em uma forma de escapar desse pesadelo.

— Vamos ser presas de qualquer jeito! – rebateu Hazel, ainda encostada na árvore.

— Vamos ficar 10 a 20 anos na prisão no mínimo! – falou Piper horrorizada.

— Mas ele nós atacou primeiro, isso não conta como Homicídio, conta? – perguntou Annabeth.

— Não, quer dizer acho que não, mas mesmo que seja um Homicídio, nós temos que responder pelo que fizemos, nós matamos Dylan, não há como negar isso. – Thalia argumentou.

— Então, o que nós fazemos? Chamamos a policia? – perguntou Piper.

— É o mais sensato a se fazer. – Concordou Thalia.

— Mas, como eles vão nos achar? Estamos bem no meio do Central Park, Caly você sabe... – Hazel disse, mas quando chamou Calipso a mesma deu um pulo e a interrompeu antes que Hazel pudesse acabar de pronunciar a frase.

— Não!

— Não? – Annabeth interrogou incrédula.

— É você me escutou... Nós não vamos ser presas, nenhuma de nós.

— Do que você esta falando? Como nós não vamos ser presas?–perguntou Thalia, achando aquela conversa um tanto esquisita.

Tinham feito um crime, matar uma pessoa não era pouca coisa, como poderiam sequer escapar disso?

— Não contamos a policia! Ninguém vai ficar sabendo. - Calipso falou como se fosse óbvio.

— Caly não tem como... – Hazel tentou contrariá-la, mas foi cortada novamente.

— Tem sim, vocês não vêem, não tem ninguém aqui para nós incriminar, nós livramos do corpo e pronto - Calipso olhava para cada uma delas desesperada, implorando com os olhos para que entendessem o que ela dizia, mas só recebeu olhares de incrédulos pelo que escutavam da amiga.

— Ela ficou louca. – Thalia decretou, colocando a mão na cara e negando com a cabeça, inconformada.

— Não fiquei louca, sou a mais lúcida de todas vocês, se nós livrarmos do corpo e da faca não há como saberem, que ele está morto ou que fomos nós.

— Estamos de Nova York, não tem como se livrar de um corpo, é impossível. – Hazel contrariou.

— Na verdade há, tem o lago – disse Annabeth surpreendendo a todas, depois que Calipso

— Podemos jogar o corpo lá. – falou Calipso concordando com o pensamento da loira.

— Está considerando mesmo essa idéia? - perguntou Thalia pra Annabeth.

— Não é tão ruim assim - disse de defendendo.

— Como não! Ele deve ter família ou alguém que vai procurar por ele.

— Ele não tem família, e todos sabem como Dylan era imprevisível, as pessoas podem simplesmente achar que ele saiu da cidade como todos queriam que ele fizesse.

— Não seja idiota, alguém vai notar seu desaparecimento – Falou Thalia, notando que Piper e Hazel estavam quietas demais.

— E vão agradecer por isso! Ninguém gostava dele.

Isso nem Thaliapodiam contestar, Dylan era odiado por toda pessoa que tinha o mínimo de contato, que provavelmente agradeceriam se nunca mais vissem ele em sua vida.

— Vamos votar quem está a favor de nós livrarmos do corpo levantem a mão – disse Calypso.

Quatro mãos se ergueram e apenas uma continuou abaixada, Calypso sorriu triunfante enquanto viu que tinha conseguido o que queria, mas não conseguia para de pensar que "O que ele falaria se soubesse o que ela fez?"

Elas iriam se livrar do corpo de Dylan, do corpo que elas mesmas tinham matado.

Continua....