A menina do sorriso camuflado encontraria-se emaranhada nas memórias longínquas de sua progenitora. Encontraria-se sempre ao lado do menino com os cabelos da cor de limões sicilianos e com os olhos a guardarem galáxias dentro de si. Eles encontrariam-se a se justapor um ao lado do outro enquanto melodias flutuavam por seus ouvidos, perdidos em um mundo em que eram os donos de tudo e de todos. Eles encontrariam-se deitados para todo o sempre em travesseiros de plumagem em uma jardim de margaridas, haviam partido com apenas alguns dias de diferença, sempre ligados intimamente por algo que nunca conseguiram explicar no final. E Joan sempre estivera destinada a continuar. Ela havia seguido enfrente quando ocorrera a morte precoce de seu amado, como haveria de continuar a morte de sua filha. Ela sempre estivera abandonada em um mundo perdido. Mas talvez encontrasse uma mão na sua, um abraço caloroso onde antes apenas podia sentir-se enregelada. Talvez existisse alguém naquele mundo que outrora apenas a magoara. E sempre teve ínfimas esperanças de que talvez eles se curem por sua conta própria. A culpa nunca foi realmente deles, ela nunca havia sido atribuída a ninguém.
Mas há um mundo melhor.
Bem, deve haver.