A filha mais nova dos Fontaine dispunha de apenas sete anos de idade quando avistou seu sorriso sidéreo pela primeira de tantas outras vezes. Um conjunto de picolés coloridos haviam marcado suas memórias mais longínquas, até mesmo o vento parecia-lhe cantar uma memorável melodia naqueles tempo lúgubres de seu fastidioso passado, uma predição de seus futuros ainda incertos. A mesma melodia que sempre escutara a cada manhã e esquecia cada nova madrugada. Você o matou, garota. O matou com a mesma facilidade que sempre o encantou. Você disse que o amava. Contudo, nunca possuiu coragem o suficiente para aquilo.

Nunca foi realmente de ninguém, esse foi o fato de que sempre arrependeu-se. As palavras foram sua maior arma contra todo o mundo, porém sucessivamente foram as primeiras a abandoná-la cada vez em que encontrava-se em sua inolvidável presença. Sempre fora o problema de sua pequena e inexorável equação nunca resolvida por inteiro.Você o estragou, menina. Estragou-o com seus cigarros mentolados e seus passeios para lugar algum. O matou com seus beijos roubados e o sexo quase sem querer. No final, foram apenas pessoas perdidas em algum lugar do tempo, amantes em um mundo imperfeito. A culpa foi toda sua.