— Obrigado, Haru! Vou cuidar bem dela! — Makoto parecia ter ganhado o melhor presente do mundo.

— Não precisa tudo isso.

— Ah! Vou te dar a cópia da chave do meu apartamento também! Vou buscar lá em casa! — disse já se virando para ir.

— Makoto, espere! — Haruka o deteve segurando-o pela mão.

Makoto parou surpreso, primeiro, olhando para a mão de Haruka, depois, para seu rosto, então, sorriu novamente.

— Você não quer que eu vá, Haru? — perguntou ternamente.

Haruka olhou para o lado, um pouco envergonhado, um pouco aborrecido por Makoto perguntar algo que ele sabia muito bem.

Ele deu uma risadinha, e com a mão livre, segurou o rosto de Haruka, virando-o delicadamente para que o encarasse, para que seus olhos se encontrassem.

— Não. — Haruka nunca conseguiria ganhar de Makoto, que o dominava com aqueles olhos verdes profundos.

Pôde sentir que ele ainda sorria quando seus lábios se tocaram, enfim.

A outra mão subiu num movimento janota, as pontas dos dedos em sua nuca, enviando arrepios por sua espinha e eriçando os pelos do seu corpo. O toque era firme, mas delicado, de alguém que segura algo precioso com cuidado para não quebrá-lo, porém, com força para mantê-lo junto a si.