A Mensageira escrita por Quidnunc
Notas iniciais do capítulo
A palavra de hoje é "homizio".
Boa leitura!
A situação fugira do controle, mas eu recuperava aquela sensação de pertencer a algum lugar onde o amor que eu sentia era recíproco. E ela perpetuava.
Por vezes me encontrava xingando baixinho e amaldiçoando o nome de minha irmã; memorizando meu juramento. E por vezes Dimitri e eu fumávamos em homizio, por entre intervalos de deveres.
As horas eram curtas.
No terceiro dia, fui designada à levar a mensagem até uma região mais afastada. Dimitri desaparecera desde, e precisei usar sua carroça. Sozinha, com frio e um certo receio - pouco experiente, admito -, segui meu caminho sem hesitações.
O local não era nada agradável: um bosque bastante medonho do qual, a alguns metros, havia fumaça. Percebi uma movimentação de homens trajando o símbolo da armada. Ajoelhei-me, apresentei-me, e abri a carta:
Não faça merda. Peço que, em nome dos anjos, obedeça aos planos. Continue com as marcas suspeitas e acabará numa infeliz circunstância de nossa cláusula.
Ela é doce, quente, como vodka, e arde como brasa em seu ventre... Não quebraremos sua expectativa. Estamos sob nova direção, novo acordo. Sem abstração, fixação, mova-se. Desfrute da primeira hora.
Confusa, notei:
Só o envelope era carimbado pelo Consórcio. Não a carta.
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Apesar do teor essencialmente erótico da carta... bom, esse era o objetivo, na verdade. Desde o princípio. Adianto: Raquel está encrencada. Aos mais atentos, perceberão claramente no que exatamente ela se meteu.
As coisas não param por aí. É só o começo...