Ele passara um longo tempo pensando sobre o assunto, sem chegar a resposta alguma. Não tinha como sair dali. Se tinha, provavelmente não acabaria bem, pois ele não era exatamente um queridinho da sociedade bruxa. Já tinha perdido a conta há anos do número que crimes que cometera.

Granger estava sentada do outro lado da grade, de frente para o loiro.

– É uma pena que tenha crescido assim. – ele levou um minuto para se recordar do que ela estava falando, então lembrou que acabara de contar boa parte de sua vida.

Tinha se tornado comum ele viajar no meio de uma conversa ou não se lembrar do que estava pensando. Sua mente parecia estar sendo sufocada e isso se refletia também em suas atitudes.

– Aprendi a me virar. Nunca fui pego, sempre consegui homizio. – respondeu.

– Mas isso é o que realmente quer? Passar a vida em segredo, prejudicando os outros? Nunca amar ou deixar que alguém o ame, preso a correntes que você mesmo forjou.

Ele parou, sem saber o que dizer. Outro sinal de que nada estava normal.

– Você não precisa disso, Draco. Está jogando o tempo que resta e infinitas oportunidades no lixo. Será que não consegue ver?