A Melhor Fic de Jacob e Nessie escrita por Franck


Capítulo 77
Conhecendo a Rainha




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/65065/chapter/77

— Sim Bela, o que quer?

— Você lembra aquele pedido que lhe fiz há alguns anos para fugir com Renesmee no dia da visita dos Volturi?

— Está falando de quando Alice evitou a guerra porque viu a morte de Aro na visão?

— Sim. – Confirmou assentindo.

— Lembro. Não foi necessário fugir, deu tudo certo Bella.

— Eu sei. Mas quero que faça algo semelhante agora que enfrentaremos os Volturi em sua própria casa. Já estive em Volterra, não é um lugar nada agradável, há muitos deles. Jake, se guerrearmos com o exercito de lá, salve Renesmee! Fuja com ela! Não espere para ver o resultado da batalha, encontre-a e salvem-se, por favor. – Bella praticamente suplicava com os olhos estreitos e a voz embargada. Peguei sua mão e me compadeci do seu pedido de mãe.

— Ok. Mas fique calma Bella, vai dar tudo certo.

Ela assentiu, abracei minha amiga e percebi o momento que fechou os olhos pela ardência incômoda de não haver mais lágrimas que pudessem expressar a angustia que sentia.

EM VOLTERRA - RENESMEE

A canção de ninar era meiga e a voz suave que adentrava meus sentidos me levava para outra dimensão. Uma tranquilidade tamanha tomava conta da minha mente, me sentia numa floresta repleta de flores e toda tranquilidade que a natureza poderia emanar estava sendo disposta a mim. O cessar da canção me fez despertar. Abri os olhos e me deparei com uma jovem senhora, seus trajes e o semblante vivo e único não me fizeram ter duvidas de quem se tratava.

— Você é a mãe da Mari?

A mulher arfou e fez um “O” com a boca, tapando a mesma com as mãos em completo espanto.

— Minha filha! Você a conhece? Você a viu? Como está meu bebê? – A mulher se aproximou rapidamente e de seus olhos emanava toda a aflição que sentia.

Fiquei sem palavras nesse momento, não sabia o que dizer para diminuir seu desespero. Então, coloquei minhas mãos em suas têmporas e lhe mostrei Mari da maneira que eu lembrava. Mari vestindo minhas roupas assim que chegou a nossa casa, nós duas no piano e as muitas conversas que tínhamos, mostrei o momento que Flora pediu ajuda a nós e para concluir, os momentos em que Mari chorava de saudade da mamãe.

Abri meus olhos e a mulher tinha lágrimas nos seus e ainda permaneciam fechados.

— Obrigado querida. – Disse ela quase num sussurro, abrindo os olhos vagarosamente. – Sou Diva, rainha do Reino de Florença.

Assenti e antes que ela pensasse que eu era muda ou coisa do tipo, me apresentei:

— Sou Renesmee, filha de Eduardo e Bella Cullen. Minha família está cuidando de Mari desde o seu sequestro. A princesa Flora descobriu que poderíamos ficar encarregados dessa missão através de Zafrina. Cuidaríamos de Mari para que o seu exército pudesse vir resgatá-la.

— Óh! Minha amiga Zafrina, sempre tão prestativa.

— Pois é. Nós decidimos atender ao pedido de sua filha. Mas, ontem fui sequestrada. Não me lembro de nada, eu estava muito fraca. A única coisa que lembro é de momentos de muita dor, uma angustia física que logo cessou. Depois disso, já acordei aqui.

— Você chegou aqui inconsciente, Aro e um de seus súditos a trouxeram pra cá.

— Não entendo, porque ele está fazendo isso? Porque a sequestrou? E como soube da existência de vocês? Nós nunca cogitamos a hipótese das fadas realmente existirem.

— Sempre vivemos em paz Renesmee.

— Pode me chamar de Nessie. – Falei num meio sorriso.

— Nessie, quase todos os seres míticos existem. Poucos são frutos da imaginação humana, nós sempre vivemos em paz no interior da floresta amazônica. Nós da realeza sempre soubemos da existência de vocês, nunca externamos esse conhecimento ao restante da população Florence porque isso amedrontaria a todos. Afinal, os vampiros são conhecidos por sua crueldade e a forma parasita que tem de se manterem vivos. Os poucos vampiros que chegaram próximos ao nosso reino, foram decapitados e queimados por nossos guardas. O fato de nunca terem retornado fez com que também fossemos temidos como seres fortes e autossuficientes.

— Nossa. Mas e Zafrina, como se tornaram amigas?

— Conheci Zafrina na floresta durante uma de suas caçadas. Ela se alimenta de animais assim como vocês também, eu suponho. – Concordei com a cabeça – Fiquei muito assustada e até mesmo horrorizada com a cena. Zafrina estava acompanhada de outros dois de sua espécie, um homem e uma mulher.  O trio me encarou, fiquei um pouco assustada no inicio. Mas, o fato de não terem atacado me tranquilizou. Zafrina ficou impressionada ao constatar nossa existência, ela sabia que não éramos humanos. Ela me explicou o estilo de vida que levava e nos tornamos grandes amigas. Foi por causa dessa nova visão que tive dos vampiros que me deixei levar pelos encantos de Aurio.

— Aro? – Indaguei?

— Não. Aurio Christopher, pai de Mari. Ele era um amigo de Zafrina que visitava o clã e se identificava como um vampiro nômade, que não conseguiria viver em um lugar restrito no mundo.

— E ele não se alimentava de humanos? Não consigo imaginar um vampiro nômade seguindo uma dieta como a nossa.

— A cor dos olhos dele era iguais aos de Zafrina e enquanto estava junto com o clã dela, se alimentava apenas de animais. Mas, me confessava dos conflitos internos que sentia e de como era difícil se controlar. Talvez seja por isso que Aurio não permanecia na Amazônia. Nunca o levei ao reino e ele também nunca insistiu em ir. O conheci logo após a morte de Arian, o Rei de Florença e pai de Flora, eu estava muito abalada porque amava meu marido e o perdi de uma maneira muito trágica e inesperada. Aurio trouxe consolo e logo ganhou meu coração, eu sentia que tudo o que dizia era verdade e que nossos corações estavam em sintonia. Não entendo porque sumiu e nunca mais voltou.

— Ele simplesmente sumiu?

— Sim. Eu já disse que era comum ele sair e passar um tempo fora. No entanto, nunca demorava mais do que quinze dias. Zafrina disse que antes de me conhecer, Aurio só aparecia a cada três ou quatro meses.

— É uma grande mudança no intervalo de tempo então.

Diva transpareceu um sorriso forçado.

— Pois é. Ele não passava muito tempo longe e aos poucos foi ganhando meu coração. Fizemos planos, eu estava decidida a renunciar o trono para que Flora assumisse e pudéssemos ficar juntos.

— Ele não poderia ser o rei?

— Não acredito que a população Florence aceitasse a ideia. E eu me sentiria melhor se não colocasse alguém de outra espécie nessa posição.

— Entendo.

— Aurio foi embora e o esperei por meses, a cada quinze dias depois da sua partida eu saía pela floresta a sua procura, Zafrina compartilhou de todo meu sofrimento após essa desilusão. Não demorou muito para que eu sentisse Mari dentro de mim.

— Sua gravidez deve ter sido terrível. Eu soube que por minha causa, mamãe quase morre porque eu me alimentava dela por dentro.

Senti um pouco de repulsa das minhas próprias palavras.

— Você também é uma hibrida?

— Sim. Minha mãe era humana.

— Isso é incrível.

— Pois é. Mas foi muito sofrimento para mamãe, ela não tinha estrutura corporal nenhuma para isso. Papai a transformou em uma de nós para salvar a vida dela, caso contrario teria morrido após o parto.

— Eu entendo. Comigo não foi muito diferente, comecei a beber sangue de animais para alimentar Mari. Mas eu fazia isso apenas uma vez por mês porque eu sentia que o bebê não gostava de sangue, era apenas uma forma de mantê-la viva. Fiquei enorme e quebrei duas costelas para comportar Mari dentro de mim, foi uma dor terrível. Mas eu sentia que tudo aquilo valeria a pena, amei Mari a partir do momento que eu soube da sua existência.

Não contive as lágrimas por assemelhar a experiência da rainha com a mesma situação que mamãe viveu para que hoje eu pudesse estar viva.

Diva me abraçou e seu colo me lembrou o de minha mãe, nesse momento a saudade encheu o meu peito.

— Que cena mais linda! – Uma voz aguda e estridente ecoou vindo de fora da cela.

Olhei fixamente para aqueles olhos avermelhados carregados de sarcasmo.

— Aro. – Falei seca.

— Renesmee. Que alegria vê-la minha querida Cullen. Como está Calisle e sua família?

— Não seja cínico Aro. O que pretende nos mantendo presas aqui?

— Pelo que vejo já se conheceram. Estou aguardando a família real de Florença e agora, a sua também Renesmee. Vou adorar rever sua família, quem sabe esse não é o momento de sentenciarmos todos a morte. Afinal, não é nada legal interferir nos planos da comissão de Volterra. Nós mantemos a ordem querida e não é de hoje que vocês perturbam nosso mundo.

Senti um frio correr em minha espinha ao ouvi-lo falar com tanta frieza e naturalidade.

— Espero que não demorem a resgatá-la rainha, estou perdendo a paciência. Se a criatura que você gerou não estivesse à solta já teríamos dado um fim nessa sua agonia de estar aqui majestade – Aro riu de forma sádica.

— Não toque em Mari desgraçado!!! – Gritou exasperada.

O Chefe da guarda de Volterra saiu com um meio sorriso no rosto e pouco se importando com a ameaça da rainha.

— Minha filha, não... não façam nada com Mari! – A rainha começou a gritar exasperadamente se agarrando as grades da cela.

Fiquei penalizada com a cena. Aproximei-me da rainha florence e lhe disse:

— Confie que dará tudo certo. Não podemos nos render, Aro veio apenas nos atormentar.

Ela assentiu desolada com a nossa situação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Melhor Fic de Jacob e Nessie" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.