A Melhor Fic de Jacob e Nessie escrita por Franck


Capítulo 46
"O Taxista"


Notas iniciais do capítulo

Antes do começo da leitura, gostaria de agradecer a quatro leitoras muito especias: Zoey Cullen, DeboraCullen, Lu Black e Nessinha Lima. Vocês escreveram recomendações maravilhosas, soubera, resumir em alguns paragrafos todo o carinho que sentem por mim e pela história. ADORO VCS meus anjos, espero poder contar com cada uma até o final dessa jornada. Sintam-se abraçadas por mim, um abraço cheio de carinho e gratidão!
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Aproveitem a leitura...



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Ele apenas riu do meu espanto.

– De onde você o conhece Nessie? – Perguntou mamãe, se aproximando do papai. Ela o abraçou e beijou seu rosto.

Papai estava sério, com a testa vincada. Aquela expressão indicava claramente que ele não conseguia ler os pensamentos de alguém. Com certeza essa incapacidade se refletia nos pensamentos do estranho que salvou a vida do Jake.

Mamãe acariciava o rosto do papai, todo o seu amor estava fazendo-o relaxar.

Jacob conseguiu levantar e saiu correndo para a floresta, quando me posicionei para correr, a fim de segui-lo, papai segurou-me pelo braço e disse:

– Ele voltará. Foi penas se destransformar e colocar uma roupa.

– Me solta! – Ordenei. Minha raiva e decepção ainda não haviam se dissipado o suficiente para que eu pudesse falar com papai normalmente.

– Filha... – Murmurou num tom de lamento. Com certeza já tinha lido minha mente e percebido que a “fuga” com o Jake se tratava apenas de um sonho. Apesar de eu ter tido minhas razões pra pensar nessa possibilidade.

– Como assim? – Perguntou papai.

– Conversamos sobre isso depois. - Não estava a fim de esclarecer nada agora. Nem tinha cabeça para isso, algo a mais me perturbava, o homem que surgiu e que com certeza não era quem eu imaginava.

A volta de Jacob chamou minha atenção, ele vestiu uma bermuda caqui e vinha caminhando eufórico. Dava pra sentir sua respiração forte, suas mãos se moveram formando dois punhos cerrados.

– Porque o vira-lata está cantarolando? – Perguntou papai intrigado.

Mamãe franziu o cenho.

De repente, lembrei de ter comentado com Jacob sobre uma “brecha” que encontrei no poder do papai. Quando eu fazia algo e não queria que ele soubesse, me concentrava bastante numa musica qualquer e tentava manter minhas ações fora do meu pensamento. Atendo-me somente à letra da musica na minha cabeça.

– O que diabos você acha que estava fazendo? – Disse Jacob empurrando papai. A intensidade do empurrão – considerando a força anormal de Jake – lançou papai ao chão.

– Jacob... – Murmurou papai, ainda no chão. Sua vergonha o impedia de levantar.

– Você tem noção do que quase fez? – Perguntou Jacob enfurecido, colocando seu pé em cima das costelas do papai.

Eu sabia que as possibilidades de Jacob quebram-las eram nulas, por estar na forma humana. O maximo que poderia deixar era marcas, como as que deixou nos braços da mamãe, a única diferença é que papai fez por merecer.

Papai me olhou amargurado, não posso negar que fiquei penalizada com o seu olhar.

– Jake, você está machucando ele! – Falou mamãe tentando empurrar Jacob para o lado. Sem sucesso, Jacob estava longe... seus olhos transmitiam toda a dor e a humilhação que sofreu à pouco. Seu corpo tremia, por um momento pensei que fosse se transformar

novamente. Papai insistia em não revidar à raiva de Jacob, percebi que a situação já estava fora de controle. Por isso, me lancei sobre Jacob.

Seus braços me acolheram e o impulso, tirou seu pé de cima do papai.

– Se acalme meu amor... – Falei a fim de acalmá-lo.

– Mas, porque Nessie... – Começou a perguntar, confuso.

– Shiiii – O interrompi, colocando meu dedo indicador em seus lábios. – Depois te explico ta bem?

Jake assentiu e senti seu corpo relaxar aos poucos. A saudade ainda era grande, vê-lo assim – sem camisa e em meus braços – despertou uma vontade imensa de beijá-lo. Estávamos tão próximos e mal ficamos juntos desde que cheguei de Forks. Era mais do que justo indiferente de quem estivesse por perto, que eu o amasse. Nossos olhos estavam fixos um no outro, Jacob pareceu ler minha mente, pois antes que eu pudesse tomar partida, senti seus braços me levantarem e seus lábios quentes invadirem a minha boca. Senti sua mão esquerda tocar minha nuca, pressionando suavemente nossos rostos. Eu estava completamente perdida nele, nada mais me importava naquele momento. Estar com ele era só o que eu queria e viver intensamente nosso amor era só o que eu desejava. Torci para que aquele momento não acabasse nunca e que se o “deus” do amor existisse, nos tele transportasse para o mais longe possível de toda aquela confusão.

– Rhum, Rhum... – Tia Alice fingiu estar tocindo. Além de ser impossível ela se engasgar, aquele era o mais antigo sinal de que a cena estava fugindo das normas de condutas familiares.

Nos separamos, contra a vontade de Jacob que revirou os olhos, chateado, pela interrupção. Mas titia tinha razão, estavam todos ali e o momento não era adequado para ficar namorando. Afinal, ainda tinha algo a ser explicado: O estranho!

– “Ué”, você não é o par dessa outra senhorita? – Perguntou o homem para Jacob, apontando mamãe como sua suposta... mulher.

Mamãe ficou completamente constrangida.

– Aquilo foi um terrível engano... – Falei.

– Da pra vocês me explicarem do que estão falando? – Perguntou Jacob, abraçando-me de lado. – De onde você conhece esse cara Nessie? Ele não é um de vocês... não tem cheiro de sangue suga.

– Também não sei quem ele é, mas já nos falamos uma vez. Você lembra de quando voltei de Forks e fui direto para a sua casa? - Jacob fez um “não” com a cabeça. É tipico dele não lembrar de coisas desagradáveis. – Amor... – Seus lábios exibiram um largo sorriso quando o chamei assim – estou falando daquela vez... – dei uma pausa, as palavras se perderam na minha boca, era totalmente desconfortante relembrar o que eu tentava dizer – Daquela vez que peguei o táxi direto para a sua casa e quando cheguei lá você e mamãe estavam... – Todos ficaram num embaraço só. Jacob recordou envergonhado – se beijando.

Papai enrijeceu com a lembrança.

– Vocês vampiros e lobos são seres mais complicados do que os próprios humanos. – Disse o estranho rindo.

– E o que ele tem haver com isso filha? – Perguntou mamãe, praticamente escondida nos braços do papai.

– Ele é o taxista que me levou do aeroporto até a casa do Jake – Respondi. – Ele estava um pouco diferente, com roupas normais e foi muito prestativo naquele dia. Eu pretendia ir para casa depois de me reconciliar com Jacob, por isso pedi para que ele ficasse e esperasse para me levar.

– Nós poderíamos ter ido te buscar na casa do vira-lata Ness... – Murmurou tia Rose.

– É que eu queria fazer uma surpresa tia! Estava morrendo de saudades de todos, especialmente dos meus pais; imaginei que seria uma surpresa feliz entende?

Ela assentiu conformada.

– Fico feliz por não ter me esquecido Nessie. – Disse o estranho, aproximando-se de mim. Jacob trincou os dentes e quase soltou um rosnado.

– Não precisa ficar com ciúmes Jacob! Esse é o seu nome né? – Indagou o jovem de cabelos encaracolados.

Jake balançou a cabeça num sim, com os olhos cerrados numa linha. Ao contrário de mim, ele não confiava muito no homem à nossa frente.

– E você, tem nome? – Perguntou Jacob irônico.

O homem riu alto, sua risada era inocente e cheia de humor. Algo me dizia que não pretendia nos machucar, se isso fosse possível para ele.

– Tenho sim, me desculpe! Sou Angus, muito prazer... – Disse num sorriso largo.

Seus olhos verdes roubavam toda atenção quando ele falava, o cabelo castanho e encaracolado lhe caía um pouco sobre seus olhos, dando-lhe um ar bondoso e ao mesmo tempo, cheio de mistérios.

– Angus? – Perguntei num meio sorriso.

– Isso, é um nome comum de onde venho. Pode parecer estranho no primeiro momento, mas nada que o tempo não resolva.

– Não é estranho, é diferente!

Angus riu da minha observação.

– E quem, exatamente, é você? – Perguntou papai. – O que quer com nossa família? Desde quando nos observa?

– Quantas perguntas! Terei muito tempo para respondê-las, não se preocupe.

– Então, você não é um taxista? – Indagou tio Emmett.

Todos o olharam incrédulos, menos Angus que riu discretamente da pergunta “sem noção” do meu tio.

– Não! Não sou taxista. Só ocupei essa profissão quando a senhorita Nessie precisou dos meus serviços. – Respondeu ele voltando seu olhar para mim.

Papai continuava encarando Angus com receio, sua testa exibia linhas de total confusão.

– Não está conseguindo ler a mente dele? – Perguntei em pensamento.

Papai fez um “não” discretamente com a cabeça, desfazendo a minha dúvida.

– Então Angus, o que você quer conosco? – Perguntei angustiada com o mistério.

– Não posso falar nada agora senhorita. Eu estava apenas observando-os de longe, nem deveria ter me apresentado ainda. Mas, diante da insanidade desse vampiro, fui obrigado a intervir.

Papai desviou o olhar, envergonhado por sua estupidez momentânea.

– Falando nisso, obrigado! – Jacob agradeceu.

– Não precisa agradecer, tenho muito esmero pelos lobos, sei que tentam apenas proteger suas terras e famílias.

Jacob lhe estendeu um sorriso camarada e Angus retribuiu.

– Enfim, aqui estão todos da sua família? – Perguntou Angus observando todos os Cullens no local.

– Não. Há dois que estão em casa... – Há essa altura, vovô e vovó já deviam ter voltado da caçada.

– Então reúnam todos em sua casa hoje à tarde, inclusive você Jacob! Chegou a hora de vocês saberem o que está acontecendo e onde vocês se encaixam nos nossos planos.

– Nossos?

– Sim, levarei visitas. Agora preciso ir... – Disse ele, correndo de volta para o interior da floresta.

Angus corria tão rápido quanto nós, ele não era humano. Mas também não era da nossa espécie. A dúvida era terrível, todos nós estávamos confusos e ansiosos com tudo o que acabou de acontecer.

– Acho melhor voltarmos para casa agora. Calisle vai gostar de saber sobre Angus... – Disse tio Emmett rindo tranquilamente.

Nós concordamos.

– Podem ir na frente, vou caçar com Alice... – Anunciou tio Jasper.

– Precisamos conversar Jake, vamos direto para casa. Lá, você toma seu café da manhã e aproveitamos para esclarecer algumas coisinhas. – Falei batendo de leve em seu peito e forçando um sorriso, pois a única lembrança que não me deixava em paz no momento era o sutiã de tia Alice em cima da cama dele.

Papai me olhou atônito.

– Sai da minha cabeça e não se preocupe com isso... – Pensei o encarando. Papai ainda não tinha sido inocentado de seu quase assassinato.

– Sobe aí... – Jacob ofereceu suas costas.

Subi imediatamente e Jacob começou a correr velozmente. Eu adorava aquilo, o abraçava o máximo que podia e o vento trazia seu cheiro amadeirado e único.

Já estávamos um pouco distantes do local onde encontramos o misterioso Angus, as arvores passavam como borrões na minha visão, Jacob corria muito; Me afoguei em seu pescoço, beijando-o em pontos estratégicos. Quando mordi sua orelha, seu corpo ficou todo eriçado, Jacob se arrepiou tanto que parou de correr.

– Por que você parou? – Perguntei rindo maliciosamente. Acho que a “seca” está me pervertendo. Ri da minha tese boba.

Ele me desceu de suas costas e virou-se pra mim de repente.

– Já que a mocinha quer ficar dando beijinhos, pensei em parar pra gente namorar um pouquinho... – Disse, me pressionando contra uma arvore.

– Não é má idéia. – Falei...

Jacob se curvou para me beijar, eu já podia sentir seu hálito quente invadir a minha boca quando o empurrei para longe.

– O que foi? – Ele perguntou espantado. – Eu fiz algo... de errado? Pisei no seu pé? – Palpitou rindo.

– Não, você não pisou no meu pé. Mas, pode ter feito algo muito errado sim!

– Como assim? – Jake ficou sério, se aproximou lentamente de mim. Como se qualquer passo a mais eu pudesse lançá-lo longe novamente.

– Jake, você tem alguma coisa pra me contar? – Perguntei lembrando do sutiã. Fiquei torcendo para que ele não confessasse nada comprometedor entre ele e minha tia.

Era só o que faltava, depois de tudo o que passamos pra finalmente ficarmos juntos... acontecer uma coisa dessas!

Jacob ficou pensativo, meu tom sério o contagiou.

Se ele confessar o que tanto estou temendo, não saberei o que fazer. Quer dizer, quem matar primeiro, Jacob ou minha tia. – Sua imbecil, não mata nem uma mosca! Só sabe sofrer pelos cantos... – Pensei comigo mesma.

– Como você soube? – Jacob perguntou com os olhos cheios de dor.

– Isso não importa, e então... vai dizer ou terei que arrancar de você a verdade.

– Não tenho medo de dizer Nessie, eu sei que é sério... mas é o que eu estou sentindo agora. – Disse ele, rude.

– Não acredito que você seja tão cínico Jake! Seu idiota... – Falei batendo com força em seu peito.

– Sabe o que aconteceu Nessie? – Perguntou sem se importar com a minha raiva.

Ergui a cabeça, não ia bancar a fraca chorona. Assenti para que ele confessasse tudo de uma vez.

– Eu me apaixonei pela mulher mais linda do mundo... Você! – Disse ele, me roubando um beijo. Jacob me envolveu num abraço e beijo, forçados. Me debati, feito um peixe fora d´agua para sair dos seus braços. Mas ele era forte demais! Por isso, agi sem pensar.

– Hauuuuu.... – Jacob me largou colocando uma de suas mãos no lábio inferior. – Ness, você me mordeu?!

– Hunrrum. Mas não se preocupe, não há veneno nas minhas presas. – Disse irônica.

Jake já sabia que eu era incapaz de envenená-lo. Não porque eu não quisesse, mas por ser impossível mesmo, às vezes me sentia inferior por não ter essa característica da minha família. Mas hoje, comemoro a ausência do veneno em minhas veias, já que seria quase impossível beijar Jacob. Não conseguiria fazê-lo sabendo que qualquer movimento brusco de minha parte, poderia matá-lo.

– Por que você fez isso?

– Você ainda pergunta! – Cruzei os braços e sem querer fiz biquinho. Odeio isso, sou tão previsível quanto mamãe.

– Eu pensei que fosse gostar da minha resposta...

– E eu gostei... – Lembrei do seu elogio a mim. Sei que não sou a mulher mais linda do mundo, no entanto sua opinião era a mais importante pra mim nesse sentido.

Jacob ficou muito confuso, pôs as mãos atrás da cabeça e girou ficando de costas.

– Então, porque você está assim? – Esbravejou vindo ao meu encontro.

– Quando mamãe me disse o que papai seria capaz de fazer ao estar com raiva, fiquei desesperada. Todos saímos na tentativa de impedir o pior...

– Que ele me matasse? – Perguntou, interrompendo-me.

– Hunrrum. Fomos para sua casa, a porta da frente estava arrombada, o que significava que papai já tinha ido lá.

– Saí cedo com Alice. Ela estava com muita sede...

– Talvez ela precisasse repor as energias depois da noite agitada de vocês – Pus minha mão abaixo do queixo, completamente envergonhada das insinuações que acabei de fazer.

– Do que você está falando Ness? – Murmurou.

– Entrei na sua casa e quando percebi que não tinha ninguém no andar de baixo, subi as escadas e fui até o seu quarto. Jake; tinha um sutiã em cima da sua cama! – Mencionei a peça intima cutucando seu peito com meu dedo indicador.

– Um sutiã? – Perguntou rindo. Seu riso foi cortado pela dor em seu lábio inferior, que estava levemente inchado. – Ness, é o sutiã da Alice.

– E você me diz isso com toda essa naturalidade Jake! Seu cachorro... – O empurrei, nem me atentei para o duplo sentido do que disse. Eu sabia que nenhum dos meus movimentos o machucaria, por isso... extravasei toda a raiva que estava sentindo. Senti a primeira lágrima rolar por meu rosto, depois daquela “confissão” foi impossível continuar contendo-as.

– Nessie, da pra me dizer onde você está querendo chegar com isso...

– Jake, você e minha tia estão junt..

– Não! – Exclamou apavorado. – Que idéia é essa?

– Jake, encontrei o sutiã da minha tia na sua cama, vocês só podem ter transa...

– Não diga isso! – Jacob pôs a mão na minha boca. – Ness, eu te amo! Não acredito que pensou isso...

– O que você queria que eu pensasse? – Perguntei aos prantos.

Jacob me envolveu num abraço, minha crise de ciúmes estava sendo deplorável.

Jacob se sentou encostado na arvore que há pouco eu me apoiava.

– Vem cá Ness, - Chamou ele, oferecendo seu corpo para eu me encostar.

Fiz um “não” com a cabeça, enquanto enxugava a face com as costas da mão direita.

– Por favor... – Insistiu erguendo sua mão. Seu tom de voz, tão pacífico, me convenceu.

Sentei no chão, apoiando-me nele. Jacob colocou meu cabelo para frente, em cima de um dos meus ombros. Apoiou sua cabeça do outro lado, onde juntou seu rosto junto do meu. Seus braços passaram por baixo dos meus, me abraçando carinhosamente.

– Você sabe que eu te amo... – Sussurrou – e isso nunca vai mudar.

– Isso não explica o sutiã... – Falei.

Jacob riu.

– Antes de sairmos pra caçar, Alice insistiu na idéia de trocar a roupa que usava. Ela disse que pra caçar tinha de ir a caráter... - Ri da futilidade de titia. Era a cara dela esse tipo de comportamento. São incontáveis as vezes que tivemos que esperar tia Alice trocar de roupa para caçarmos todos juntos. Era por isso também que revezávamos quase sempre, meus pais quase nunca caçavam com meus tios. Mamãe odiava esperar tia Alice escolher a roupa certa. – Então, ela trocou de roupa e jogou as peças pelo quarto. Acho que a sede fez com que ela esquecesse qualquer regra de organização.

– Então, não aconteceu nada? Vocês não dormiram juntos?

– Juntos sim, a cama era o único lugar confortável da casa. Mas não aconteceu nada demais.

– Tia Alice aceitou ir pra sua cama? – Perguntei não acreditando na situação.

– Meio a contra gosta, mas aceitou. Era o único jeito Nessie...

– E o sofá? O chão... – Retruquei inconformada.

Jacob me olhou, incrédulo.

– Meu amor, indiferente do lugar, Alice estaria comigo. Que diferença faz se estávamos numa cama, rede ou no chão.

– Há Jake, a cama é um lugar tão intimo.

– Dependendo dos que estão nela, e não pretendo ter nenhuma intimidade na minha cama por enquanto, não com Alice. – Disse ele num tom de voz sedutor enquanto deslizava a palma de sua mão levemente na minha coxa.

– Seu bobo! – Dei um tapa na sua mão, entre risos. – Você sabe muito bem que vamos nos casar primeiro...

– Eu sei, mas o desejo que sinto por você não é algo que dá pra agendar.

– Você vai conseguir, já esperou tanto... um mês não vai fazer tanta diferença.

– Jacob assentiu, sendo arrebatado de uma imensa tristeza que tomou conta de seus olhos.

– O que foi?

– É que você mencionou nosso casamento e lembrei de Edward. Ele tentou me matar porque você contou a ele?

– Não. Papai é um louco precipitado, veio te assassinar por causa de um sonho que tive essa noite... - Jacob franziu as sobrancelhas, perdido na minha resposta – Sonhei com você.

– E o que tem demais nisso? É natural sonhar com quem amamos... – Disse dando um selinho na minha nuca.

– É que no sonho, eu e você tínhamos fugido para o exterior.

– Fugido?

– Sim. Assim que você e titia saíram lá de casa ontem, mamãe perguntou sobre o anel.

– De noivado?

– Hunrrum, mas ela perguntou se representava um pedido oficial de namoro. Lembrei na hora do nosso momento juntos no jardim, do exato momento em que você me pedia em casamento. Papai ficou paralisado... – Jacob riu – e eu subi correndo para o meu quarto.

– Não explicou o significado do anel?

Fiz um “não” com a cabeça.

– Mas porque Ness?

– Eu fiquei amedrontada Jake! Não estava preparada para dar nenhuma noticia e já que minha mãe perguntou se você tinha me pedido em namoro é porque ela também não esperava por um pedido de casamento...

– Você tem razão. Mas mesmo assim, Edward não pode tentar me matar toda vez que você sonhar comigo.

– Papai achou que meu sonho tinha algum fundamento. Que você tinha me convencido a fugir para vivermos longe de todos.

– Que idiota. Eu nunca faria você escolher entre sua família e eu.

– Eu sei. No sonho, você não tinha me obrigado a ir, fui porque quis. Por livre e espontânea vontade... Acho que a reação do papai – estado de choque – me fez pressupor que talvez, eles não aceitassem nosso casamento.

– Nesse caso, teríamos razão em fugir. Não quero mais viver longe de você... - Disse pressionando meu corpo contra o seu. – Ness, você poderia me mostrar seu sonho?

– Não sei se devo.

– Porque não?

– Se está difícil controlar seu desejo, vai ficar muito pior se eu te mostrar o que sonhei esta noite... – Falei quase morrendo de tanta vergonha.

– Agora não quero mais saber... – Disse ele, demonstrando desinteresse.

– Não? – Estranhei.

– Eu não quero, eu preciso! – Pegou minhas mãos e levou-as à sua cabeça.

Ri da sua empolgação.

– Só um minuto então. – Levantei e sentei no seu colo, de lado. Estendi meus braços e toquei sua cabeça com as pontas dos meus dedos.

– Preparado? – Perguntei tensa.

Jacob assentiu fechando os olhos. Em seguida, iniciei o “cineminha” em sua cabeça. Mostrei tudo o que sonhei, nossa caminhada pela praia, o beijo – Jacob riu, formando uma linha reta com os lábios nesse momento -, o nosso diálogo sobre a fuga e o casamento no Brasil. Quando lhe mostrei a cena em que corria comigo no colo, para um lugar deserto da ilha, Jacob ficou meio rígido e seu coração acelerou o ritmo. Concentrei-me na cena em que fazíamos amor na praia, aconteceu o que eu menos esperava naquele momento: Um volume considerável se formou na bermuda de Jacob...

– Acho melhor a gente parar por aqui Nessie... – Disse ele, abrindo os olhos e afastando minhas mãos de sua cabeça.

– Éh! Acho que fui longe demais... – Falei me levantando num salto. Olhando totalmente desconcertada para os lados.

Permaneci de costas até Jacob se recompor. Eu sabia, mesmo sem pedir, que ele precisaria de alguns minutinhos pra se “acalmar”.

– Vamos pra sua casa agora... – Chamou ele, rindo sem graça.

– É claro, mas antes... me diz uma coisa. – Murmurei quando uma dúvida invadiu minha cabeça. - Por que tia Alice não estava sentindo nenhuma dor aqui na floresta. Afinal, vocês ficaram distantes o tempo todo.

– As dores de cabeça em Alice têm limites territoriais. Seja lá o que esteja causando isso nela, não estava por perto. Por isso, ela não precisou mais de mim.

– Mas e o Angus? É ele que estava nos observando o tempo todo. Titia devia ter gritado até ficar rouca de tanta dor.

Jacob deu de ombros.

– O cara não parece ser uma ameaça.

– É, mas ainda não sabemos quem, ou melhor... o que ele é, tenho medo...

Ele me puxou para si e disse:

– Não precisa ter medo Ness, não vou deixar nada de ruim acontecer com você. – Disse. – Agora vamos mocinha, se não Edward pode pensar que te seqüestrei. – Jacob ironizou rindo.

Assenti e voltei para suas costas. Jake começou a correr e eu a vagar, em meus pensamentos, na terrível dúvida de se realmente estaríamos seguros.



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Notas finais do capítulo

P.S.: ANGUS é o nome de um autor que admiro muito. Por isso, fica aí a homenagem...
Ha! Hoje é o niver da Mari1602,- ou só Mari(no meu caso..kkk'). Minha flor, dedico este capitulo especialmente a vc e desejo toda felicidade do mundo nesse novo ano de vida! Vc está aki óh:S2...
BjoOO a todas!