A Melhor Fic de Jacob e Nessie escrita por Franck


Capítulo 28
Tapas




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EM FORKS – Por Nessie. As 8:00 hs da manhã!




– Oi... Tem alguém aí? – Exclamei no meio de um vale lindo, a grama verde bem aparada e as flores me rodeavam fazendo um círculo gigante. Apesar de estar num lugar tão bonito e arejado, era ruim estar sozinha. – Tem alguém aí? – Gritei novamente.

Quando dei uma volta completa por mim mesma, para ver se via alguém. Avistei mamãe caminhando e vindo ao meu encontro, meu coração começou a bater mais forte ainda quando percebi que atrás dela vinha Jacob. Os dois andavam em linha reta vindo para mim.

Não consigo explicar a alegria que estava sentindo. Eu sentia muitas saudades da minha mãe e.... do Jacob! Nem se fala...

Faz quase uma semana que não vejo o meu melhor amigo, eu não sei por que, mas instintivamente olhei para mim, a fim de ver se estava apresentável. Tomei um susto quando vi que eu vestia uma calça jeans preta e uma blusa verde... As cores não eram o que me intrigavam, mas sim... o fato de elas serem da mamãe. Roupas antigas que estavam dentro do seu armário na casa do vovô. Roupas que ela deixou para trás quando se casou e vovô guardou.

Tentando me esquivar de algo tão estranho, levantei meus olhos para ver Jacob e a Mamãe que ainda, um pouco longe, andavam até mim. Engoli em seco quando observei detalhadamente as roupas da mamãe; nós vestíamos roupas iguais!... A confusão tomou conta de mim. Era incrível como eu estava parecida com ela.

– Mamãe? Jake? – Gritei novamente.

Os dois continuaram caminhando. Porém, minha mãe – que estava um pouco mais a frente de Jacob – parou. E, olhando para trás, ficou esperando Jacob chegar até ela. Quando enfim, ele chegou, mamãe o abraçou e deitou em seu peito. A segurando, amavelmente, Jacob retornou a caminhada; só que agora eles não vinham mais ao meu encontro. Os dois desviaram e começaram a caminhar para o lado.

Desesperada e sentido que corria o risco de voltar a ficar sozinha naquele lugar, corri em direção a eles.

Antes que eu pudesse chegar perto, minha mãe saiu dos braços do Jake e deu dois passos para a minha frente. Com muita força ela deu um tapa no vento – com as costas das mãos – Seu tapa, formou um escudo invisível. Esse escudo não me permitia dar um passo sequer para frente. Uma onda de perguntas me veio à cabeça: Por que minha mãe fez isso? E como ela conseguiu materializar seu escudo? Afinal, só protegia mentes.

– Mamãe. O que você está fazendo? – Perguntei aflita batendo na parede invisível que ela sustentava entre nós.

– O que você quer Renesmee? – Devolveu-me outra pergunta.

– Renesmee? Desde quando a senhora me chama assim?Eu sou a sua filha, esqueceu?

– Esqueci.

– Desde quando? – Perguntei magoada com sua resposta.

Desfazendo seu escudo, ela se aproximou de mim.

– Eu esqueci que é minha filha a partir do dia que você começou a querer o que é meu e a ser quem sou.

– Do que você está falando? – Falei exasperada.

– Olhe pra você mesma.! Está vestida igual a mim...

– Mas, a culpa não é minha, eu também não sei como vim parar dentro dessa roupa.

Mamãe apenas riu incrédula. Ela com certeza não acreditava em mim.

– Só falta querer roubar o amor da minha vida agora! – Disse ela prepotente.

– Amor da sua vida? Eu nunca iria roubar o papai da Senhora!

Quando disse isso, Jacob gargalhou atrás da minha mãe. Seu sorriso era de puro deboche.

– Não entendi Jake! Qual é a piada?

– Nenhuma Renesmee, a verdade é que a única coisa que seu pai tem agora é você!

– Como assim? – Perguntei mais perdida do que cego em tiroteio.

– Observe! –Disse ela voltando alguns passos atrás e abraçando Jacob. Quando já estava em seus braços, deu um selinho em seus lábios. Após essa demonstração de amor, mamãe voltou em minha direção e abrindo os dois braços, perguntou:

– Ficou claro pra você filhinha?

– Sua vadia!!! – Falei dando um tapa na sua cara. Lancei minha mão com tanta força que seu rosto entortou para o lado.

Assustada com minha própria atitude, recuei para trás e coloquei minhas mãos em cima da boca. As lágrimas já rolavam sem medidas por meu rosto.

– Oh mamãe! Você está bem? – Perguntei arrependida.

– Sua cópia mal feita! – Disse mamãe vindo pra cima de mim... - Tah! Tah!!! – Bateu ela, duas vezes em meu rosto. Atingindo os dois lados da minha face. Seu segundo tapa me levou ao chão.

– Chega Bella! Vamos? – Chamou Jacob.

– Só um minuto amor. – Respondeu ela.

– Isso aqui pertence a mim. Não me lembro dele ter dado a você! – Disse ela, arrancando sua antiga pulseira do meu pulso. – Sua ladra!!! – Acrescentou.

Após me bater e me magoar com suas palavras, minha mãe voltou para os braços do “amor de sua vida” e seguiu em diante como se nada tivesse acontecido.

Eu não podia aceitar que de uma só vez, tinha perdido minha mãe e meu Jacob. Revoltada, me coloquei em pé e tentei alcança-los. Mas foi inútil, mamãe levantou seu escudo novamente e não me restou mais nada a fazer senão gritar para que Jacob não me deixasse.

– Jake! Jake! – Gritei desesperada batendo no escudo invisível.

Por um momento, Jacob voltou seu olhar para mim. Um olhar cheio de dor e ressentimento. O que eu teria feito para ele não me querer mais? Se é que ele já me quis algum dia... – Pensei angustiada. – Seus olhos ficaram pouco tempo fixos em mim, mamãe percebeu e virou o rosto dele para frente.

– Jake!!! Jake!!!

– Querida! Acorde!!!! – Ouvi a voz do vovô falar longe. Bastou apenas um piscar de olhos para que percebesse que tudo o que aconteceu há pouco não passou de um pesadelo. – Você estava chorando enquanto dormia... O que houve?

– Há vovô!... Estou com muita saudade de casa, só isso. Desculpe – Falei tentando esconder o sonho horrível que tive com mamãe e Jacob.

Enquanto estava desacordada, você gritava muito vezes pelo Jacob.

– É que sonhei que ele ia embora. – Falei soluçando. Eu realmente chorava muito.

– Há sim!!! Agora ta explicado tanta angústia... – Disse vovô. – Não se preocupe querida, Jacob nunca te deixará. Ele te ama acima de qualquer coisa nessa vida.

– Hunrrum – Fingi que acreditava nisso, a lembrança de Thyfane me fazia desacreditar de qualquer coisa desse tipo.

– Seth ligou e disse que só pode vir aqui a tarde.

– Ok!

– Há!!! Tem uma pessoa lá em baixo que insiste em te conhecer. É melhor você colocar uma roupa e descer.

– Quem é vovô?

– É melhor você saber pessoalmente. – Disse vovô fazendo mistério.

– Ta bem, vou só colocar uma roupa e descerei em seguida.

– Ok! Apróposito, a pessoa que está la em baixo; pensa que você é irmã da Bella e minha filha com outra mulher. Então...

– Pode deixar vovô, sou uma ótima atriz.

Nós rimos. E minha curiosidade só aumentou.

Vovô Charlie desceu e me deixou sozinha.

Enquanto me vestia para conhecer a pessoa misteriosa, o pesadelo não saia da minha cabeça.

Suspirei aliviada por tudo não ter passado de um sonho ruim. Me certifiquei mais ainda, ao ver a pulseira no meu pulso, intacta. Apesar de ter sido apenas um pesadelo, temi que tivesse algo real por trás de tudo o que aconteceu. Quando saí de Washington, mamãe estava mais próxima de Jacob e ele, mais distante de mim.

Senti uma dor profunda, no peito, só em pensar que toda aquela confusão podia ser real.

– Nessie? – Vovô chamou da sala.

– Estou indo... – Falei correndo para o banheiro com o estojo de maquiagem que tia Alice me deu. Enfim, achei necessário usa-lo. Eu estava horrível, meus olhos inchados e meu rosto mais pálido que a neve.

A rapidez para me maquiar é algo que herdei de família. Fora mamãe e eu, toda minha família é pura vaidade.

Ri ao lembrar de minhas tias e seus caprichos.

Bem mais apresentável e na minha própria roupa – Uma calça jeans branca e uma blusa vermelha com mais brilho que a torre heifél – desci as escadas que levavam até a sala.

Enquanto descia, vi uma mulher morena tomando um café. Ela vestia um sobretudo enorme e por baixo uma saia preta e uma blusa branca. Sua roupa era simples, porém muito sofisticada. O que mais denunciava seu nível social eram seus sapatos, ela calçava um sapato scarpim preto que brilhava tanto que doía na vista. A verdade é que a palavra “chique” a representava totalmente.

– Então você é a Renesmee? – Perguntou ela. Seu tom de voz pronunciando meu nome todo me fez lembrar de como mamãe me chamou no sonho.

– Só Nessie, por favor... – Falei amigavelmente.

– Ok... Muito prazer Nessie. Sou Ângela! Uma velha amiga de sua irmã.




Ao mesmo tempo, em Washington.

JACOB.



– Oi...

– Thyfane? – Perguntei.

– Oi meu amor...

Tive que conter minha raiva para continuar, eu estava para esmagar o celular com minhas próprias mãos.

– Da pra você vir aqui agora!

– Por quê? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou ela.

– Não! É que preciso falar com você... – Falei calmamente para que ela não fugisse de mim. Embora isso fosse impossível!...

– Desculpe querido, mamãe ta viajando com papai. Eles só voltarão amanhã, tenho que ficar em casa; não vou nem a escola hoje! Que tal você dar uma passadinha aqui...

– Ta bom. To chegando então! – Falei desligando o celular. Se não tiver enganado, ela ainda falava alguma coisa... Mas minha consideração por minha preciosa namorada já tinha se esgotado completamente.

Peguei minha moto e em menos de trinta minutos, estava na frente da casa dela. Bati três vezes na porta e toda feliz, ela abriu.

– Oi meu amor! – Disse ela pulando em cima de mim, abraçando-me.

Não correspondi ao seu abraço e ela estranhou.

– O que há com você? – Perguntou.

– Comigo nada. E com você?

– Vem! Entra... – Disse ela me puxando para dentro de sua casa. – Por que está perguntando se tem alguma coisa errada comigo. Quem está tão diferente aqui é você!

– É que não posso ficar de outra maneira depois que descobri que você é um monstro!

Como é que eu pude me enganar tanto com você! – Falei indignado.

– Do que você está falando?

– De você ter sido tão má com a Nessie. Você não tinha o direito de exigir nada dela! Muito menos que ela se afastasse de mim.

– Mas Jake! Isso já faz tanto tempo...

– Pois é. Só pra você ver o quão idiota eu fui... Nunca percebi que por trás dessa pele de cordeiro morava um leão maldoso.

– Jacob, não fala assim comigo. – Disse Thyfane derramando as primeiras lágrimas.

– Por que Thyfane? Me diz, por que você fez isso?! A Nessie estava ajudando você. Eu não podia te trazer pra casa aquela noite.... Em vez de você agradecer, o que você fez? Magoou a minha..... – Pensei um pouco para reformular minha frase – melhor amiga.

– Jacob, será se você não entende? Aquela sonsa sempre gostou de você... os olhos dela declaravam isso toda vez que ela te olhava. E eu não tenho nada a agradecer, se ela não tivesse aparecido na sua casa àquela noite, talvez tivesse acontecido até.... a nossa primeira vez. Embora, você nunca tivesse dito que ela era um problema, eu sabia que sua amizade com ela não passava disso: Um problema pra nós dois!

– Chega! Só é nisso que você consegue pensar.... por que é tão importante pra você que nós tivéssemos transado?

– Seria um símbolo de entrega. Algo que até agora, nunca tive com você.

– E nunca vai ter... O que você fez comigo e com a Nessie não tem perdão.

– Não fala assim Jacob! – Disse ela tentando tocar em mim. Mas num relance, esquivei de suas mãos.

– A Bella tem razão. Você é uma cobra e nunca valeu nada... – Falei repugnado com a falsidade que detectei nas suas expressões.

– Tah! – Ela me deu um tapa... – Háaaaaaa!!!! – Depois de me bater, gritou pela dor que sentiu na mão.

– Coloca gelo, se não é capaz de apodrecer e cair.... – Disse me retirando daquele covil.

– Jacob! Jake!!! – Thyfane gritava enquanto eu partia.


Por mais que eu quisesse aceitar, não podia ignorar o fato de que tudo isso é culpa minha. Eu coloquei a Nessie e Thyfane no mesmo e carro e provoquei toda essa situação. Não tenho o direito de reivindicar nada do amor da minha vida, eu mesmo provoquei esse afastamento que me mata ao poucos. Cada dia que passsa, é uma eternidade sem a minha Nessie. Só o que me resta agora é sofrer em silêncio e partir o mais rápido para Forks, de onde eu nunca deveria ter saído.








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