A Melhor Fic de Jacob e Nessie escrita por Franck


Capítulo 50
Pretexto


Notas iniciais do capítulo

Alcançamos os 1000 reviews minhas lindas =]
Obrigado por tudo, isso me fez lembrar de todas q contribuíram para isso. Fiquei triste ao lembrar das leitoras que ficaram pelo caminho, mas tiveram sua participação nessa jornada. Me alegro ao saber que há algumas que sempre estiveram comigo e estarão SEMPRE... Parabéns a todos nós por essa conquista =]
- Boa leitura.
Nyck S.



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- Por que diz isso? – Sussurrou tia Alice espantada com a angustia das mulheres. De imponentes e corajosas, agora se viam frágeis e muito tensas.

- Vocês eram a nossa única esperança de resgatar minha mãe... – Disse Flora.

- Resgatar? – Papai perguntou atônito. Ele realmente odiava não poder saber das coisas antes de todo mundo.

- Isso mesmo. A maldita realeza de vocês sequestrou a rainha Diva. – Murmurou Denise, rancorosa.

- Gostaríamos de saber mais sobre seu mundo senhorita Flora. Sentem-se, por favor... – Vovô interveio com a curiosidade de todos da família.

Angus, Flora, Denise e Jana sentaram-se e Flora rompeu o silêncio dramático:

- Somos do mesmo mundo que vocês meus amigos. Moramos nos confins da Amazônia.

- No Brasil? – Indagou mamãe, confusa.

- Isso, somos tão antigos quanto vocês. Calisle deve conhecer a teoria do fotografo. O mal de todos os seres “míticos”. – Disse Angus encarando vovô.

Todos o olharam; confusos.

- Conheço sim. Li sobre isso na biblioteca de Volterra, mas nunca acreditei na veracidade disso.

- Que teoria é essa querido? – Perguntou vovó.

- Conta-se que os seres humanos conhecem nossa espécie porque um jovem fotografo os viu e ficou tão impressionado com as criaturas que saiu espalhando a todos o que dizia ter registrado em seu instrumento de trabalho. Para infelicidade do jovem, sua máquina fotográfica não registrou absolutamente nada do que tinha visto na floresta. E todos que conheciam o rapaz o julgaram ser mais um louco. Essa “loucura” incentivou a alguns escritores de ficção a procurarem o rapaz e criarem contos com as criaturas descritas pelo coitado.

- Isso é meio absurdo... – Disse mamãe.

- Também achei Bella. Não dei crédito para essa tese, acredito que o livro tenha sido escrito apenas parar justificar o conhecimento dos seres humanos sobre os vampiros.

- O contexto da história pode ser uma invenção, mas a essência é verdadeira. – Alegou Flora.

- Como assim? – Vovô franziu o cenho.

- Se os seres humanos sabem sobre sua existência, mesmo pensando que seja mito, é porque alguém viu e sobreviveu pra contar. Eles não imaginariam do nada seres com caninos longos e pontiagudos, prontos pra injetar veneno e chupar sangue.

- Somos vegetarianos. – Anunciou papai.

- Nós sabemos. Estamos estudando seus costumes há algum tempo. – Falou Denise num sorriso malicioso.

- Estavam nos espionando? – Perguntou tia Rosalie revoltada com a idéia.

- Sim. Precisávamos saber se realmente eram de confiança. – confirmou Angus.

- Mas se vocês estavam aqui nos vigiando, porque o cheiro de sua espécie está espalhado por Forks? – Lembrei do aroma na reserva de La Push.

Flora explicou, cruzando as pernas

- Tínhamos o endereço de Forks em mãos e quando chegamos lá notamos que a casa estava abandonada. Deixamos alguns de nós em Forks, abrigados na floresta, caso vocês decidissem voltar. Ficamos atentos até que sentimos o cheiro notável da garota, Renesmee não é? – Assenti. – Nossos rastreadores perceberam que de você vinha energia vampiresca, mesmo que incompletamente, o que os deixou muito atordoados. Nunca vimos nada igual. Foi muita sorte termos encontrado você com seu amigo lobisomem na pequena floresta ao lado da praia.

- Seth? – Jake perguntou quase inaudível...

- Hunrrum... – Sibilei fazendo um “sim” com a cabeça.

- O que vocês faziam sozinhos na reserva? – Jacob ficou rígido.

- Tantas coisas... – Provoquei ao perceber seu ciúme. Ri sem graça da situação. Titia fingiu não ter ouvido nada e permaneceu inerte ao nosso lado.

Antes que Jacob pudesse manifestar qualquer perturbação maior com a idéia de eu e Seth supostamente “juntos”, Flora continuou:

- Nós seguimos a acompanhamos sua estadia na pequena cidade. Quando você decidiu voltar pra casa ficamos felizes porque certamente encontraríamos o resto de sua família. Angus ficou encarregado de ir com você e avisar-nos em que lugar estavam. Assim que descobrimos pra onde era seu vôo, Angus foi enviado para recebê-la no aeroporto como taxista. Era o plano perfeito para descobrir o local exato da nova  residência dos Cullens. Foi uma pena não ter saído como imaginávamos... – Flora olhou para Angus, meio constrangida, sem saber como continuar. Ele tomou a palavra:

- Esperei a garota, disfarçado de taxista, e ela disse que queria ir à casa do de seu amado primeiro. Fiz o que ela ordenou, sinto muito que a situação tenha sido desagradável.

- Tudo bem. O beijo de mamãe e Jacob foi um grande mal entendido... – Falei ruborizando. Mamãe estava com o rosto enterrado no peito de papai, morrendo de vergonha da lembrança. Jacob estava sério e senti sua mão apertar minha cintura mais forte. Como se eu pudesse deixá-lo novamente por causa de seu erro com mamãe naquele dia.

- Enfim... – Angus continuou – Renesmee decidiu voltar para Forks e isso anulou as chances de eu descobrir rapidamente a residência de vocês. Mas outra chance surgiu quando avistei sua mãe, Bella, chegar ao aeroporto. A segui o dia todo até que retornou para essa casa. Comuniquei à princesa Flora o acontecido e dividimos os Florences em dois grupos, alguns permaneceriam em Forks por causa de Renesmee. Os outros viriam pra Washington investigá-los.

- Como foi que sempre esteve por perto sem que eu notasse? – Indaguei surpresa.

Angus riu e olhou para Flora de um jeito engraçado. Ela devolveu o riso e disse:

- Mostre a eles Angus. É uma ótima oportunidade...

Ele concordou enquanto levantava-se do sofá.

- Preparem-se, creio que nunca viram nada igual – Disse ele como quem estava pronto para cometer uma travessura. Não entendi o humor deles...

Angus abriu os braços e de suas costas vimos subir duas asas. Fiquei mortificada com a beleza que irradiava de seu instrumento voador. Angus abriu bem as asas e começou  a batê-las lentamente; Me assustei ao ver que ele levitava, estava saindo aos poucos do chão, seu rosto brilhava mais intensamente contra alguns raios de sol que entravam pela janela. Seu corpo começou a brilhar como se tivesse uma aura azul que lhe cobria completamente. Em menos de dois segundos Angus encolheu na nossa frente. E com uns 20 cm de altura pôs-se a voar sem controle por toda a sala.

- Isso é inacreditável! – Exclamou mamãe boquiaberta com a transformação de Angus em... o que mesmo eles são? – Fiquei confusa.

- Isso quer dizer que vocês são fadas? – Perguntou papai tentando desfazer minha duvida. – Tudo aponta para isso Calisle, eles vivem na floresta em um reino particular, tem asas e brilham. – Terminou de falar com um humor sarcástico nos lábios.

- Vocês também brilham ao sol e nem por isso são fadas... – Resmungou Denise completamente ofendida com a comparação.

- Mas não temos um par de asas que aparece nas costas. – Devolveu tia Rose.

- Então Flora, o que vocês realmente são? A tese de Edward está correta ou não? – Vovô Calisle indagou admirado com Angus voando tão agilmente entre nós.

- Em parte, sim. – Disse Flora – Mas, não temos varinha de condão e muito menos presenteamos belas adormecidas. – Rimos de seu tom divertido. – Somos Florences, fadas é um termo que os seres humanos usam, da mesma forma que usaram vampiros para denominá-los. Isso é mais um indício que a teoria do fotografo tenha um pouco de fundamento. Quase todos os seres mitológicos tiveram contato com algum ser humano e o mesmo se encarregou de espalhar sobre a existência de seres “anormais”. Nós vivemos na floresta e nosso reino é muito antigo. Nós nascemos juntos com a natureza e cuidamos dela por ser a nossa casa. O vôo é uma de nossas habilidades mais simples, nossas asas são fundamentais e muito confortáveis, sei que essa é uma curiosidade de todos. – Ninguém discordou. Estávamos impressionados com tudo o que Flora estava dizendo. – Foi assim que Angus conseguiu esconder-se para vigiá-la Renesmee. Nós voávamos discretamente pela floresta quando começou a briga que seu pai provocou com o lobo. Mas, achamos melhor não interferir. Pedi que somente Angus acalmasse os ânimos entre vocês. A ocasião seria imprópria pra uma apresentação.

Calisle assentiu concordando com o ponto de vista da princesa Florence.

- Tudo isso é tão louco... – Pensei comigo mesma. Papai concordou gesticulando com a cabeça num “sim”.

- Em que consiste a alimentação no seu reino? – Perguntou tio Jasper friamente.

- Nos alimentamos de ervas, frutas e água.

- Não comem carne? – Jake questionou, espantado.

- Não. Somos contra a morte dos animais para nosso bel prazer. Compreendemos a necessidade de vocês, mas não nos permitimos fazer isso. – Respondeu enojada.

- Como vocês sabiam sobre Forks? Você disse que tinham o nosso endereço lá... – Vovó Esme manifestou-se, meio atordoada com tantas informações.

- Zafrina nos forneceu o endereço de vocês. Ela disse que só vocês poderiam nos ajudar. – Disse Jana.

- Zafrina, do clã Amazônico? – Perguntei lembrando de minha amiga. Zafrina sempre me deu bastante atenção quando nos visitava. Eu a adorava. Sentia-me muito segura quando conversávamos.

- Ela mesma. – Confirmou Flora – Conhecemos Zafrina há algumas décadas. Sempre soubemos da existência de vocês, mas ela foi nosso primeiro contato com um de sua espécie.

- Como a conheceram? Ela tentou morder um de vocês? – Tio Emmett indagou cruzando os braços.

- Ela não seria tão tola. – Falou Denise – Somos poderosos. Sem falar que Zafrina disse que fedemos, aquela cretina sugadora de sangue!

Flora fuzilou Denise com os olhos e ela entendeu o recado.

- Desculpem. Não queria ofendê-los, mas não vou com a cara daquela... coisa. – Disse Denise indiferente.

- Denise e Zafrina não se deram muito bem. Nós a vimos quando saímos da floresta e sentimos seu cheiro esqui... diferente no ar. Ela nos avistou e correu ligeiramente até nós. Não quis nos atacar porque éramos três, eu, Angus e Denise.

- Como ela não confundiu vocês com algum ser humano perdido e fantasiado? – Tia Alice questionou;

- Zafrina disse que fedíamos e nosso sangue não tinha um odor tão apetitoso. Logo, deduziu que não éramos humanos.

- Mas vocês não fedem. Ao contrário, tem um aroma muito agradável de flores do campo. – Elogiou vovó.

- Obrigada. Creio que Zafrina não goste muito de flores, por isso sentiu repulso. – Justificou Jana rindo, como se fosse uma piada.

- Mas ela estava certa quanto ao sangue. Vocês não são nada apetitosos... – Murmurou Jasper.

Nós rimos e Denise fez cara de nojo.

- A vampira ficou muito amiga da princesa. – Disse Angus. Seu tamanho minúsculo fez sua voz ganhar um tom bizarro, fino e engraçado. Como se ele tivesse engolido gás hélio que estava preso numa bexiga.

Todos da família riram com o som.

- Bom saber disso Sininho... – Tio Emmett provocou Angus, arrancando risos de todos.

Angus fechou a cara e voou em direção a tia Rosalie. Pousou no alto do seu ombro, próximo a orelha de titia e sussurrou algo em seu ouvido. Tio Emmett ficou sério imediatamente.

- Oh, você é tão fofo... – Tia Rose riu maliciosamente. Angus beijou-lhe a face...

Tio Emmett saltou em direção à tia Rose com os olhos flamejando de ciúme e raiva. Mas, papai e tio Jasper o contiveram antes de ele dar o segundo passo. Angus se arrependeria de estar tão pequeno se meu tio o aprisiona-se em seus punhos.

 - Acalme-se Emmett. Não há motivos para isso... – Vovô o repreendeu...

- E você Angus, é melhor juntar-se a nós de novo. Ficou bem claro suas intenções de enciumar o jovem anfitrião e isso não foi muito educado de sua parte. – Disse Flora decepcionada.

Tia Rose esbanjava um ar de vitória e revanche. Ter flertado com Angus foi um verdadeiro “golpe de mestre” para revidar a atração que tio Emmett sentiu por nossas amigas estrangeiras.

Angus “decolou” do ombro de titia e foi para o chão, pondo-se ao respectivo lugar onde estava antes da demonstração de vôo e encolhimento. Suas asas sumiram e retomou seu tamanho original sorrindo maliciosamente pela confusão que tinha feito.

- Eu e Zafrina ficamos muito amigas e nos encontrávamos na floresta, fora do reino. – Murmurou Flora, chamando atenção ao assunto interrompido.

- Apesar de não representar perigo, achamos melhor não permitir a entrada de Zafrina em nosso reino. Isso confundiria há muitos, os vampiros nunca foram vistos como seres muito bondosos. – Explicou Jana.

- Concordo. – Disse vovô. – Mas, porque Zafrina acha que podemos ser úteis a vocês?

- Ela nos contou da quase guerra que houve com sua realeza. – Murmurou Flora – Vocês ficaram famosos por todo o mundo como o clã que venceu as vontades perversas de Aro.

- E esse mesmo vampiro teve a ousadia de sequestrar nossa rainha. – Retrucou Denise revoltada.

- Mamãe... – Flora sussurrou “escondendo-se” nos braços de Angus. A lembrança veio e encheu seus olhos de lágrimas azuis celeste. Era diferente, um liquido transparente. Mas, com um tom azul notável...

- Acalme-se princesa... – Disse Angus abraçando-a e acariciando seu rosto frágil e pálido – Nós vamos salvá-la.

- Sinto muito por sua e mãe e seu reino – Falou vovô Calisle – Mas, não iremos lutar contra os Volturi.

Todos estremeceram ao vovô mencionar a hipótese.

- Não queremos que façam isso. – Jana exasperou-se. – A missão que temos para sua família é muito especial.

- Não vigiaríamos vocês todo esse tempo se não fosse. A confiança, nesse caso é a parte mais relevante. – Acrescentou Angus.

- Temos força o suficiente para enfrentar qualquer vampiro. Mas, tudo tem seus riscos e não podemos arriscar algo que pode salvar nossa espécie caso algo dê errado no resgate da mamãe. – Flora descartou a possibilidade de guerra.

Mamãe suspirou incrédula pela segurança que a princesa tinha em comparar forças com os Volturi. A fraqueza delas e de Angus era notável diante da realeza de Volterra.

- Preciso que cuidem de algo, ou melhor... de alguém. – Disse Flora dando um passo à frente, ficando bem próxima de vovô.

- Mas isso é impossível princesa. Não vê que a vampira não suporta nossa presença, todo o tempo aqui foi perdido – Jana encarava Alice confusa.

- Desculpem se estou insistindo nisso. Mas, o que diabos esse lobo tem a ver com essa vampira? – Denise perguntou lembrando-se da dependência de titia com Jacob.

- Os lobos são uma espécie naturalmente antagônica aos vampiros, eles atrapalham os dons de alguns. No caso de Alice, os genes de lobo a “cegam”. Não permitem que visões descontroladas provoquem as dores de cabeça que ela está sentido constantemente.

- Isso não faz sentido! – Retrucou a “fada” – Estávamos na floresta e ela estava muito bem, mesmo distante do lobo. Angus continuou por perto, até conversou com vocês na floresta e ela não sentiu nada!

Todos os olhares se voltaram para tia Alice. As palavras de Denise fizeram todo sentido e deixavam a entender algo que me feria completamente por dentro: “As dores eram falsas e não passavam de um mero pretexto para estar nos braços de Jacob”.


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Notas finais do capítulo

E ai, história está digna de uma RECOMENDAÇÃO? ;]