Nossos narizes roçaram e senti seu hálito de hortelã (Só para constar: eu amava hortelã) quando ele sussurrou:

– O que estamos prestes a fazer, é um erro..

– Idai? - Perguntei, hipnotizada pela nossa proximidade.

– Sequestradores não costumam beijar suas vítimas.

Sorri e revirei os olhos.

– Como eu disse, você tem que parar de seguir as normas, seja um pouco diferente. - Passei gentilmente minha mão sobre seu rosto.

Encarei Henry, sem querer (acredite) mordi o lábio inferior. Com o resto de coragem que ainda possuía, encostei minha boca na sua. Eu não sabia bem o porquê de estar beijando um matador, porém, ignorei-me.

Suas mãos pousaram em minha cintura e me permiti puxá-lo para mais perto - eu não era nem um pouco tímida.

Eu queria ir mais longe. Não estava sendo nenhum pouco donaire.

Segurei seus cabelos negros e macios. Ele apertou o braço ao redor da minha cintura enquanto distribuía beijos rápidos em meu rosto. Poderia parar com aquilo naquele momento. Porém, eu queria estar ali, beijando o cara que podia me matar ou até mesmo abusar de mim. Parei de pensar e continuei beijando-o, até porque eu não perderia a chance de ficar com ele daquela maneira.