Alice sorriu e Dália a acompanhou; no fim da história, todos os capítulos foram narrados por sorrisos, tanto sorrisos amargurados como sorrisos aconchegantes, ainda sim, sorrisos.

Dália jamais acreditou em amor, mas ela ainda não havia descoberto que estava apaixonada. Enquanto Alice nunca acreditou que pudesse ser mais feliz do que já era tendo a amizade de Dália, até que Dália a pediu em namoro e então soube o que definitivamente era felicidade.

Passaram dias nublados, vendo as flores balançarem e algumas pétalas caírem, mas no fim das contas a mãe natureza sempre trazia a vida novamente. E com Dália e Alice não era diferente.

Dália sempre seria abatida pelos problemas familiares, mas Alice, como uma boa jardineira, estava lá para cuidar da flor doente; regando-a com carinho, cuidando-a com prazer, dado-a amor.

Porque, no fim, essa é a história de uma flor e uma jardineira; é preciso justapor para enfrentar muitos verões, como também muitas fortes tempestades. Mas enfrentariam tudo isso juntas.

E não importasse o tamanho do obstáculo, não importasse o tamanho da tristeza ou das decepções, estariam de mãos dadas, naquele mundo imaginário de Dália e também na única realidade.

No fim das contas, eram excêntricas amantes.