Quando briguei com minha mãe, busquei homizio nos braços de Alice. Mamãe havia constatado que eu estava me relacionando com Alice, principalmente depois da conversa que tive com minha avó.

Eu fiquei decepcionada, mas não surpresa quando soube que minha avó contou que eu estava alimentando sentimentos intensos por Alice. As pessoas sempre me decepcionam, com vovó não seria diferente.

De qualquer forma, naquela vez que briguei com mamãe, Alice acolheu-me e mimou-me o suficiente para que eu parasse de chorar. E agora eu estava parada em sua frente, tentando explicá-la sobre o meu "namoro".

— Eu não estou realmente namorando, Alice. Minha mãe acha que sim, mas eu não estou. — tentei convencê-la.

— E por que não me disse isso antes?! E por que ela achou isso? — questionou-me, quase gritando de surpresa.

— Eu não sabia como te explicar! É embaraçoso! — mordi a língua, tentando me manter calma. — Você é minha única amiga, Alice. A única garota com quem eu passo quase toda a tarde, a única me faz rir dessa maneira. A única que pode mexer em meus cds sem a minha permissão. Você é a única. E para minha mãe, isso é mais do que uma profunda amizade.

Alice sorriu.