Dois meses depois.

Eu estava feliz como nunca. Durante esses dois meses que Alina e eu nos encontramos na casa abandonada, pude conhecê-la melhor e acho que posso dizer que me apaixonei, quer dizer, não havia maneira disso não acontecer, ela é linda, inteligente, engraçada, seria louco se não me sentisse assim.

A casa abandonada se tornou uma espécie de homizio para a gente, ali passamos tardes inteiras conversando e nos beijando, e em uma delas, Alina confessou que havia me visto na biblioteca enquanto eu a observava, e ainda que no dia que nos encontramos no bar ela sabia que eu estava lá, pois uma amiga havia me visto entrar e comentou com ela, disse que correu pra lá na mesma hora...

Meu telefone tocou..

– Alô!

– Oi Fer, sou eu, Lydia.

Toda minha felicidade foi embora no momento em que ouvi aquela voz.

– O que você quer?

– Nossa pra que tanta grosseria?

– Não enrola, estou na escola e preciso dar aula.

– Ok, ok. Parece que encontraram um comprador para a casa, querem marcar um almoço hoje, posso confirmar.

– Pode, preciso ir, depois me manda o endereço, tchau.

Toda vez que Lydia aparece, algo dá errado, isso me deixou preocupado.