Perscrutar aquele caso foi a coisa mais dificil que tive de fazer. Sempre dizem que pimenta nos olhos dos outros é refresco, e agora posso afirmar que isso é verdade.
É duro ver corpos sem vida e assassinos impunes por aí... Crianças, mulheres, idosos, todos já tinham sido vitimas daquele maniaco e ate agora eu tinha conseguido me controlar e manter a frieza nos casos.
Mas dessa vez era pessoal.
Ele tinha pego a minha menina. Minha Emily. MINHA.
Como ele pôde ser tão ousado? Tão imprudente?
Metade do departamento estava mobilizado neste caso, uma atenção exclusiva para os policiais e seus familiares. Tinhamos tudo isso enquanto um caso normal só tinha dois de nós investigando.
Era isso que ele queria me mostrar? Nossa hipocrisia e egoísmo?
Bom, íamos ter uma conversinha quando ele estivesse na sala de interrogatorio. Isso se eu não voasse em seu pescoço e quebrasse todos os seus ossos para vingar todas as suas vitimas, exceto Emily, pois ela não seria uma delas.
O telefone da central tocou, tinham avistado uma garota com as descrições da minha filha na rua principal. Morta, pendurada no viaduto com fios de telefone.
Deus queira que não. Aquele tolo imprudente...