Thomas não sabia o que pensar sobre suas notas.

Estava indo bem em tudo. Menos em artes.

Artes.

Quem conseguia ir mal naquela matéria? Pelo amor de Deus.

Thomas, aparentemente. Talvez porque ele não podia ligar menos para sua história ou desenhos caprichosos.

O que importava foi que seu professor indicou-o um aluno que ia bem para ajudá-lo na matéria, e ele tinha vontade de rir só de pensar nisso.

Porém, sua vontade passou quando viu Newt entrando pela porta da biblioteca, com um caderno de desenho e um estojo.

Na verdade, aquilo era um pouco irônico. Tinha certeza que Newt não ia bem nas outras matérias, mas em artes. Não que soubesse muito do garoto. Ele sempre estava muito ocupado com seu amigo, o presidente do conselho estudantil.

Mesmo assim, ele sentou-se na sua mesa e pediu seus desenhos. Nem cumprimentou Thomas, ou perguntou seu nome.

O moreno, antes, tinha um plano de se tornar amigo de quem quer que fosse ajudá-lo, porém, não sabia se tinha essa vontade mais.

“Mas então, o que você faz além de desenhar?”

Ele tinha, sim.

“Vandalismo e origami.” Respondeu entediado.

Thomas não sabia se deveria o admoestar ou rir.

Odiava artes.