Sabe quando a gente espera tanto por algo e depois que acontece tudo fica como deveria ser? Depois da minha crise de ciúmes, sim estava com ciúmes, depois de fugir para o banheiro e beijar meu Hugo no meio de uma frase, eu me sinto bem mais leve.

Pude finalmente sair do meu homizio. Aprendi essa palavra com Rose, ela adora palavras estranhas que façam todos a odiarem por usá-las. Ninguém gosta de gente inteligente demais, pessoas bonitas demais, ou legais demais. Só Hugo que pode ser qualquer coisa demais e ninguém vai odiá-lo por isso.

Nós estamos andando de mãos dadas.

Não sei bem o que isso significa, porque ele não respondeu se me acha meio fantasma. E eu não perguntei a ele sobre o que vai acontecer a partir de agora.

Somos somente Lily e Hugo. Hugo e Lily.

Estamos novamente no ponto inicial.

— Gostaria de te mostrar uma coisa. – Ele usa sua voz sonhadora.

— Não é nenhum desenho depressivo né? – Imploro com meus olhos grandes.

— Poderia ser menos besta né?

Ele diz me empurrando com seu ombro.

O que posso dizer. Somos assim mesmo. E eu gosto disso.

Mas o que será que ele quer me mostrar?