Estava frio e a ventania aumentava essa sensação.

Mas deveria ir até o fim. Enfrentar o que disse, encarar isso até a morte, porque uma promessa como essa não deveria ser quebrada por covardia ou algo banal como o medo.

Era algo importante, irreparável.

Era pela dignidade de outro alguém.

Nunca me perdoaria se falhasse, se não fizesse uma imersão completa no meu objetivo.

Provar que sou suficientemente digno de protegê-la, era uma punição extra por ter dificuldades em minha missão, uma meta pessoal.

Tudo pelo meu amor.

Minha querida irmã vai ser salva desse acordo repugnante, um casamento forçado não é algo que uma dama de seu nível mereça, ainda mais com um ser com tamanha falta de brio.

Em todo esse mundo não há ninguém integro o suficiente para tê-la, ela é uma pequena perola trabalhada minimamente até alcançar um pleno estado de beleza intocável.

E eu deveria conserva-la dentro de sua ostra até que estivesse completa.

No meio da noite tudo isso iria acabar, como uma sombra, não iria deixar vestígios.

Tape seus olhos para não ver essa vulgaridade rubra e sua boca para não gastar saliva com essa escória.

Pela manhã toda a gloria será renovada.