O vento sopra em meus ouvidos, trazendo uma música inaudível.

Era uma graciosa melodia, e ressoava pela minha mente.

Meus olhos fechados traziam a curiosidade da sensação de tocar em algo.

Ao colocar minhas mãos sobre o chão sinto a grama tocando em mim, faz cocegas, mas é estranhamente... confortável.

Assim como o ambiente calmo e silencioso, sem aquele cheiro anterior de flores perfumadas artificialmente que tanto me incomodava.

Era irritante, vulgar. Aquela exposição de um corpo vazio.

Mãos quentes que tocavam as minhas sem parar, um paradigma infernal.

Preferia a temperatura neutra do ar que me acariciava.

Estranheza irremediável.