Três dias depois, a vida de Charles Kenton entrava nos eixos novamente. Só havia mais uma coisa para cuidar no caso James Lerroy: o julgamento de Morte. Ele queria poder perscrutar mais sobre Russel McGonagoll, mas o máximo que encontrara sobre o caso fora que os detetives envolvidos na busca foram encontrados mortos. Um dos envolvidos, inclusive, fora um jornalista que começara a passar uma imagem negativa da máfia, e que fora uma das vítimas atribuídas a Morte e seus assassinos.

Chegara ao tribunal em companhia de Beatrice e da mãe dela. Entraram sem falar uns com o os outros, e sentaram-se em suas posições no tribunal. James Lerroy foi trazido perante o juiz.

— Senhor Lerroy, você foi acusado de homicídio culposo. Como se declara?

— Culpado, é claro — disse Morte, com ironia na voz.

Seu advogado o olhou de forma repreensiva.

— O que foi? É a verdade. Não é mesmo, senhor Kenton?

Morte acenou para Charles, com um sorriso macabro em seu rosto.

— Vamos, levante-se!

O detetive relutou, mas assim fez.

— Diga, Charles, sou ou não culpado?

— Ele é culpado, Meritíssimo.

— Pois então não há o que discutirmos aqui. Caso encerrado — disse o juiz.

Surpreendentemente, Charles o parou. Então, falou.