Às vezes, o bunker parecia bem mais que uma base de uma sociedade secreta. Era como um homizio, um esconderijo para um criminoso.

Era assim que Sam se sentia naquele momento. Culpado, como alguém que havia cometido crimes imperdoáveis e agora iria ao túmulo de uma de suas vítimas encarar o seu próprio pecado.

Por mais que repetisse para si que o culpado era Azazel, Sam não conseguia esquecer que sua mãe morreu ao tentar salvá-lo dos planos do demônio.

Ele ainda pensava nisso quando deixou o bunker com Dean. E ainda pensava assim quando o Impala parou em frente ao cemitério em Lawrence.

Sam olhava para aquela lápide com o nome de Mary, lhe dizia em pensamento o quanto sentia pelo o que havia acontecido e buscava dentro de si uma forma de se perdoar.

Dean não precisava que o irmão lhe dissesse nada, sabia como ele se sentia, embora não concordasse. Para Dean, os únicos culpados eram o demônio do olho amarelo e a própria vida.

Um pouco afastado de Sam, ele jamais admitiria em voz alta, mas naquele momento pensava na mãe com saudade.

Em um lugar de sua mente, aquela voz doce lhe cantava Hey Jude.