Dean caminhava por um corredor do bunker, falando ao celular:

— Isso mesmo, Charlie. Imersão em água benta a cada verso do exorcismo. É a única forma de expulsar este tipo de demônio. Eles são mais cruéis e não largam o osso tão fácil. — Ao passar pelo quarto de Sam e vê-lo se arrumando, Dean encerrou: — Eu não acredito que você conseguiu um caso desses. Tome cuidado. — E parado na soleira, perguntou curioso: — Indo para algum lugar?

Imediatamente, Sam gesticulou:

— Eu sei o que você vai dizer, Dean. Que não sobrou nada para ser enterrado e que eu vou perder o meu tempo olhando para um túmulo vazio, mas se nossa mãe estivesse viva, hoje seria o seu aniversário. E eu sinto a falta dela, não posso ignorar isso. Não hoje. Então, você gostando ou não, eu vou até lá.

Dean que todo ano dizia aquelas coisas, mas apenas para camuflar seus próprios sentimentos, observou o irmão quando ele cruzou a porta.

Dean também não esquecia aquela data, mas ia ao cemitério um dia depois sem o irmão saber.

Contudo, decidido a abrir uma exceção, chamou:

— Ei, Sammy! — Quando este se virou, esperando que Dean tentasse dissuadi-lo, ele concluiu: — Eu dirijo.