Ponto de Impacto escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 4
Pequeno Desastre


Notas iniciais do capítulo

Gente sei que já postei hoje, mas não aguentei e estou postando de novo! hahaha

Um jantar e uma saia com problema... Essa noite não podia ser pior para Bianca!

Boa leitura!!!



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Terceiro dia de reuniões, tudo estava correndo bem, pareciam progredir nas apresentações, participavam de palestras e grupos de trabalhos, toda noite Iam insistia num jantar onde ficava por horas sendo o centro de toda a atenção, Marcelo não o suportava, mas tinha que manter as aparências, entretanto o que ele gostava menos era de como o empresário tratava Bianca, sempre dava um jeito de sentar ao lado dela, e jogar todo seu charme, ela parecia resistente, sempre muito política procurava um tom de humor para levar a conversa com ele, não se insinuava muito, mas nem precisava, era muito bonita e isso chamava a atenção de todos. No jantar dessa noite iriam para um restaurante no centro da cidade, Marcelo insistiu que Bianca fosse com ele no carro, mas ela estava irredutível então ele foi bem antes que ela e pode observar a entrada dela no salão, linda como sempre escolhera uma saia preta e uma blusa azul tudo muito bem estruturado em seu corpo, o salto alto dava o toque final, quando Iam a viu correu até onde estava e com um sorriso ela o acompanhou até a mesa de Marcelo.

–Olha só Marcelo, trouxe a melhor companhia da noite para você cuidar dela enquanto faço as honras.

–Não preciso de cuidado Iam, você está me mimando de mais, assim ficarei mal-acostumada.

–Imagina. Se me dão licença vou circular, mais tarde volto para sentar com vocês.

–Demorou... -Marcelo disse assim que ele se retirou.

–O táxi atrasou um pouco.

–Claro... Iam ficou feliz em te ver, já tinha me perguntado várias vezes se você vinha.

–Ele está sendo muito atencioso.

–Ah com toda certeza. -falou cheio de ironia.

Ela percebeu e ficou em silêncio.

–Amanhã receberemos uma nova proposta de designer. - Marcelo puxou assunto.

–Sim. - ela foi econômica na resposta.

–Pronto agora serei só de vocês. -Iam voltou uns quinze minutos depois, falou olhando especialmente para Bianca.

Essa noite seria longa pensou Marcelo.

Bianca estava exausta e tomou tanta água para não dormir sentada a mesa que teve que ir ao banheiro antes do final do jantar. Quando estava pronta para sair, foi fechar o zíper da saia e percebeu desesperada que ele tinha emperrado, ficava na lateral do quadril, puxou, puxou e nada. Ficou em pânico, logo viriam procurá-la, o que poderia fazer, saiu e viu que não tinha ninguém que pudesse ajudá-la, ficou tensa mas resolveu esperar.

Quinze minutos e muitas tentativas depois, não apareceu ninguém e a saia continuava aberta, só tinha uma solução, a pior mas não tinha escolha.

______

B: Marcelo preciso de sua ajuda.

M: Onde você está? O Iam está perguntando cada cinco minutos do seu paradeiro.

B: Estou no banheiro, por favor preciso que venha aqui.

M: Está tudo bem?

B: Anda Marcelo! Vem aqui agora!

M: No banheiro feminino?

B: Sim, só tem eu aqui!

__________

Marcelo pediu licença aproveitando que Iam tinha começado a contar uma história do pai e foi em direção ao banheiro feminino, querendo morrer entrou.

–Bianca?

–Até que enfim!

–O que está acontecendo?

–Meu zíper está emperrado, olha!

Marcelo olhou para a parte de baixo do corpo da moça, a saia aberta com o zíper preso na metade do caminho revelava a lingerie preta dela.

–Anda cara, vai ficar ai parado!

– O que quer que eu faça?

–Que me ajude a fechar isso, não posso voltar para o salão com metade da minha calcinha aparecendo!

Ele concordou tenso e se aproximou dela, meio sem jeito começou a tentar fechar a saia.

–Que droga isso aqui está preso mesmo, pera ai.

Ele se abaixou, com uma mão segurou as pontas de cima da saia que estavam abertas e tentou descer todo o zíper até embaixo mas também não conseguiu.

–Acho que vou ter que ir embora.

–E como vai fazer para sair sem ser notada? -ele disse ainda de joelhos a olhando de baixo e lutando para desviar a vontade de tocar na pele dela que havia surgido do nada.

–Vai tenta com mais força, você nunca fechou um zíper antes?

–Tenho mais facilidade em abrir se você quer saber.

–Que nojento! – ela disse puxando um pouco o corpo bem na hora que ele colocou força para desprender. – O que eu fiz para merecer esse desastre na minha vida.

–Droga Bianca agora sim temos um desastre aqui!

–Agora? Do que está falando.

Ele levantou e abriu a mão na frente dela revelando um pedaço do zíper em sua mão.

–Que ótimo, agora estou feita, como vou sair daqui?

–Olha só, no carro tem uma jaqueta minha, vai ficar enorme, mas acho que esconde o pedaço da sua saia aberta, vou até Iam e digo que não está passado bem e vamos embora daqui.

–Que outra solução eu tenho.

–Pode tirar a saia e conseguir o dinheiro para a empresa agora mesmo.

Ela fechou os olhos com raiva.

–Você é um amor de pessoa! Vai buscar essa jaqueta logo! E diz que estou com tremor de frio ou algo assim.

–Ok, fica aqui que já volto.

Quinze minutos depois ele voltou com a jaqueta.

–Pronto, Iam está aborrecido que não o deixei vim te ver, olha só falei com o cara do restaurante tem uma saída aqui atrás, para não precisar passar pelo salão. - ele falava enquanto a ajudava a vestir a jaqueta.

–Está bem. -ela respondeu desanimada querendo sumir daquele lugar e da presença de Marcelo.

Já no carro, ela se aconchegou na jaqueta, agora realmente estava com frio.

–O que disse para ele?

–Que estava com febre e meio tonta.

–E ele acreditou?

–Sim, perguntou porque você não o chamou.

–E o que respondeu?

–Ora, que eu e você somos amigos, viemos juntos nessa viagem, lógico que você chamaria a mim... Mas fui o mais educado possível pode ficar tranquila.

–Hum...

–Vou ter que te comprar uma saia nova? Afinal estraguei a sua. -perguntou de repente.

–É lógico que não... E obrigada por ir me ajudar.

–Bianca eu não estava inventando isso para o Iam, nós estamos juntos nessa. Sabe eu confesso que preferia que seu pai estivesse aqui e que não acho que somos amigos, mas se não é possível mudar isso, vamos tentar ficar numa boa.

–Você tem toda razão, não somos amigos e eu também não queria estar aqui!

Bianca ficou sentida com as palavras dele, mas concordou e ficou quieta com a cabeça encostada na janela observando a noite.

***

Em Casa

–Olha vovó, fiz um desenho para quando minha mãe voltar ela colocar naquela pasta onde guarda todos os meus desenhos.

–Deixa eu ver. -Anita observou o desenho, os rabiscos da menina denunciavam a vontade de ter um bichinho de estimação que não fosse o pequeno Tedy, o peixe. - Quem é esse?

–A esse é o vovô, credo vó não reconheceu?

–A verdade, a careca igualzinho, essa de saia deve ser eu né?

–Sim, e essa mais baixinha do meu lado é a mamãe.

–E você é essa de vestido azul?

–Sim, e esse é meu cachorro.

–Cachorro?

–É quando eu fizer seis anos vou ganhar um cachorro. -a pequena falou sorridente.

–E esse aqui na sua mão?

–Vó é o Tedy, meu peixe!

–Mas ele não vai morrer fora da água?

–Não vó é só um desenho né?! Nos desenhos tudo podem acontecer.

–E aquele outro desenho ali. -apontou para um papel dobrado.

–Esse, é minha família se meu pai estivesse aqui.

Anita pegou a folha e viu dois adultos de mãos dadas com uma criança e sentiu seu coração doer, sabia que a neta sentia falta do pai, mas sempre ficava emocionada quando ela demostrava.

–Ah querida, essa família está no seu coração.

–Eu sei, a mamãe sempre conta como o papai era, então ele está guardadinho aqui. - ela colocou a mão no seu peito.

–Isso meu bem, sempre está ai cuidando de você.

Anita deu um beijo na cabeça da menina e a deixou com seus desenhos e sonhos.


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Notas finais do capítulo

=D Amanda, Ju e Gil amigas queridas obrigada por estarem comentando se não fossem vocês já tinha desistido!

Beijos



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