Ponto de Impacto escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 32
Estreitando os laços


Notas iniciais do capítulo

Oiie... Quero fazer um agradecimento especial hoje, tem uma linda que fez uma recomendação super carinhosa da fic PI, me deixou até emocionada, querida Luz Drummonder, adorei, muito obrigada de coração!!! :) E ela tem uma fic super legal que eu leio," Morango e Laranja Fruits in Love?" hummmm Moranja só é Megavi né?! Um olhar novo sobre esse casal like trolado... Gentem corre lá ler que essa menina escreve muito bem! ;)

Marcelo vê a possibilidade de se aproximar verdadeiramente da filha de Bianca, com espontaneidade essa relação é construída.

Boa leitura! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/649498/chapter/32

Marcelo dormiu muito pouco enrolado na poltrona do quarto de Juju e logo que amanheceu o dia recebeu uma mensagem de Bianca.

Estou presa aqui, caiu uma barreira na estrada...  Acho que só meio dia pra liberarem... :(

 

Marcelo ficou pensativo, observou a menina dormir e teve uma ideia. Mas teria que esperar Juju acordar para concluir.

Cerca de meia hora depois a menina despertou, um pouco confusa colocou os olhos sobre Marcelo e levou um tempo para lembrar o que tinha acontecido.

—Bom dia... –ele disse sorrindo.

—Bom dia... E a minha mãe já está vindo?

—Juju temos que conversar sobre a viagem da sua mãe, está chovendo muito lá, mais do que aqui, e caiu um monte de terra no caminho de volta e por enquanto ela está presa sem poder voltar.

—Minha mãe não vai voltar? – os olhinhos assustados encheram-se de lágrimas.

Marcelo se aproximou da cama e sentou na beirada como tinha feito na noite anterior.

—Ei meu bem, calma ela vai voltar sim, mas provavelmente só de tarde. Eu tive uma ideia mas não sei se você vai gostar.

A menina limpou os olhos com as mãos.

—Que ideia?

—Já que a mamãe está presa lá, por que não ligamos para ela participar do curso normalmente, pois é lá no hotel mesmo. Ai ela volta amanhã cedo, já vai ter parado de chover e ela vai vim com maior segurança.

—Mas e eu?

—Você? Ora você vai ficar comigo... Já que está chovendo, podemos arranjar alguma coisa para fazer aqui dentro, aposto que sabe muitas brincadeiras legais.

Juju pensou por alguns segundos, de cabeça baixa enrolando a ponta do lençol.

—Só hoje? – perguntou séria.

—Sim, mas ela vai chegar só amanhã cedinho como era para ser...

Ela respirou fundo e disse:

—Tudo bem, pode ligar para minha mãe então.

Marcelo sorriu num misto de alivio e expectativa.

—Vamos ligar já! –pegou o celular e sentou no pé da cama, buscando o nome de Bianca na lista de contatos sobre o olhar atento da menina que havia ficado de joelhos se aproximando mais dele.

—_______

B: Marcelo?

M: Oi, tudo bem Bia?

B: Tudo, só esse tempo, parece que a barreira só vai ser liberada a tarde...

M: Complicado né?

B: Nem me fale, parece que vai cair o mundo...

M: Amor, então eu e Juju tivemos uma ideia aqui e temos uma coisa para te falar.

B: O que foi? Está tudo bem?

M: Sim, fica tranquila, estamos bem.

B: Então?

M: A gente acha que você deve aproveitar que está presa ai e fazer o curso normalmente e voltar amanhã como estava combinado.

B: Mas e a Juju eu não posso ficar...

M: De qualquer jeito só vai poder sair com segurança dai, ou seja só depois da estrada ser liberada e isso vai levar o dia todo, Bianca use esse tempo a seu favor, faça o curso e volte amanhã com tempo bom. E a Juju? Bom vai ficar comigo lógico.

B:...

M: Vou passar para ela.

J: Mãe?

B: Oi filha! Como você está?

J: Bem... Agora o vovô e a vovó estão melhores.

B: Graças a Deus...

J: Mãe pode ficar ai e fazer o curso.

B: É sério isso? Você quer ficar com o Marcelo?

J: Quero... A gente vai fazer um monte de brincadeira.

B: Bom, se você está falando então acho que posso ficar e voltar amanhã...

J: Mas você vai voltar né mãe?

B: Claro querida, vou voltar sim, bem cedinho, quando acordar vou estar ai!

J: Então tá! Mãe eu te amo tá, o Marcelo vai falar com você.

B: Também te amo!

M: Viu? Está tudo bem!

B: Acho que você enfim conquistou uma certa menininha...

M: Não vou cantar vitória ainda, mas já está muito melhor.

B: Que bom... Então vou acelerar aqui para pegar a primeira palestra, promete que qualquer coisa me liga?

M: Prometo, mas vai dar tudo certo!

B: Eu sei! Confio em você!

—______

—Pronto e agora que tal fazermos um café? Está com fome?

—Bastante!

—Então enquanto você se arruma vou lá ajeitando as coisas, mas vou precisar de ajuda para achar as coisas.

—Tá bom.

Marcelo deixou ela levantando e foi até a cozinha estava confiante esse sábado iria aproximar ainda mais os dois.

***

Fizeram panquecas para o café, Juju ajudou em tudo.

—Gostou?

—Sim! Está muito bom.

—Ufa, somos uma boa dupla na cozinha.

—Parece que sim... Eu ajudo minha mãe e minha avó as vezes. Marcelo o que vamos fazer depois?

—Hum... Podemos brincar de alguma coisa, o que você sugere?

—Podemos montar um quebra cabeça, meu vó Dudu ia me ajudar, porque esse é bem grande, está na minha mochila e tem 500 peças.

—Nossa, 500?

—É, meu vó disse que eu vou fazer 6 anos já posso montar de 500, mas é o primeiro, montei um de 300 peças, mas minha mãe me ajudou.

—Esse vai ser um desafio e tanto, vamos arrumar a cozinha e nos preparar!

—Eu seco a louça!

—Ótimo assim em equipe terminamos mais rápido.

—Em equipe? – ela achou engraçado o jeito dele falar.

—É vamos ser uma equipe né?

—Acho que sim.

Marcelo lavou tudo que sujaram e a menina secou, no fim ele ajudou ela a secar e tudo estava arrumado bem rápido.

—Pronto! Onde vamos montar?

—Lá na sala, colocamos no chão que fica mais fácil.

A menina saiu correndo pegar sua mochila enquanto Marcelo se encaminhou para sala, ajeitou umas almofadas e sentou no chão, não era uma coisa comum para ele, nunca teve relação com crianças, mas iria se empenhar o máximo.

Ela voltou com uma caixinha de madeira.

—O que vamos montar?

—É a branca de neve na frente da casa dos anões, olha aqui. – ela mostrou o fundo da caixa com a imagem a ser montada.

—Então mãos a obras!

Ela sorriu animada sentando sobre os joelhos perto dele e começando a montar.

—Vamos começar pelas beiradas que é mais fácil de achar depois encaixamos o meio.

—Ainda bem que você tem boas dicas, porque faz muito tempo que não monto um desses...

—Eu monto desde que era bem mais pequena, tem uns que monto sozinha, mas gosto de montar com minha mãe ou com o vó Dudu, porque o vó Anselmo não gosta, diz que é perca de tempo, porque depois desmonta tudo. Mas os mais legais minha mãe mandou por num quadro sabia?

—Sério?

—Sim, lá no meu quarto e no quarto dela tem uns, e outros a gente deu de presente, minha mãe diz que é um presente original.

—E é mesmo! – Marcelo riu surpreso com a desenvoltura da menina, realmente era muito esperta.

Em pouco tempo ficaram tão concentrados que nem falavam, Marcelo ficou entusiasmado ao ver a imagem se formando e assim a manhã passou sossegada, perto das onze da manhã já estava tudo montado.

—Olha que lindo! – ele falou encantado.

—Meu vó disse que é para enfeitar minha festa.

—Ah, verdade você vai estar de Branca de Neve né?

—Sim, e minha mãe também, só que o vestido dela é de adulto.

—Vão ficar lindas as duas.

—Você podia se vestir de príncipe. O vô Anselmo vai se vestir de pai da Branca de Neve, mas não vai ter bruxa, só princesas...

—É uma festa a fantasia? – ele perguntou tentando esconder a surpresa pelo convite que ela fez mesmo sem se dar conta.

—Não é bem de fantasia, mas quem quiser vim vestido de algo diferente pode, minha amiga vai se vestir de Elsa, do Frozen.

—Igual aquela do castelo do presente do tio Iam?

—É... Mas eu gosto mais da Branca de Neve, minha mãe também.

—Então vou ser o príncipe de vocês!

—É uma boa ideia... Eu acho que não ia ter príncipe na festa, porque o vô Dudu disse que ia vim vestido de anão, mas ele nem é anão... – ela riu.

Marcelo a cada minuto se encantava mais por ela, tão espontânea, parecia que nem mesmo lembrava que a poucos dias tinha feito a maior birra no jantar que ele havia organizado.

—Podemos pedir pizza?

—Claro, podemos sim... Vou pedir já.

—Depois do almoço podemos desenhar se você quiser?

—Podemos sim, eu não desenho tão bem quanto você, mas vou tentar, mesmo que os meus fiquem feios.

—Não tem desenho feio, cada um desenha do seu jeito.

—Você tem razão!

Ele observou a menina no alto dos seus cinco anos, tinha muito mais da mãe do que as características físicas, a resposta na ponta da língua e a simpatia presente nos olhos grandes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que estão achando desse sábado? Algumas coisas ainda vão acontecer! ;)

Beijos

Beijinhos para a Ashley (será que acertei o nome O.o) #Fofa