Final Feliz.-Lucian e Sonja. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
O Século 21.




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P.O.V. Lucian.

Séculos se passaram e a dinâmica familiar dos Alexandrusco mudou muito. Agora de acordo com o calendário vampírico Marcus e Amélia governam e Viktor dorme.

A minha filha é uma moça linda e apesar de ter muitos admiradores no bairro onde moramos ela não se interessa por nenhum.

–Querido, sei que tem alguma coisa te perturbando. Conte-me.

–A nossa filha não se interessa por nenhum rapaz e nem por nenhuma garota.

–Ah, Lucian não é assim. Quando tiver que acontecer vai acontecer.

–Será?

–Claro.

P.O.V. Selene.

Hoje começo a fazer a minha residência. Assim que cheguei meu olhar cruzou com o dele e pronto.

Era ele. Ele era meu e eu era dele, a minha alma gêmea.

P.O.V. Michael.

Assim que ela chegou meu olhar cruzou com o dela e pronto.

Era ela. Ela era minha e eu era dela, a minha alma gêmea.

–Michael!

–Oi?

–Em que planeta você estava?

–Deixa pra lá, fala.

–Temos que cumprimentar os novos residentes e mostrar as instalações pra eles, sabe o de praxe.

–Tudo bem. Vamos tirar a sorte?

–Vamos lá.

Eu e Steve sempre jogamos pedra papel e tesoura pra ver quem fica com as garotas e quem fica com os garotas.

–Ganhei.

–Pô Michael, você é muito rabudo.

–Bobagem. Vamos lá.

Eu me apresentei.

–Bom dia.

–Bom dia.(Responderam em coro)

–Meu nome é Michael Corvin e eu sou o residente chefe da pediatria. Agora, vocês se apresentam em ordem alfabética.

–Sou Alice Parker.

Quando chegou no s ela finalmente disse seu nome.

–Selene Wild Alexandrusco.

Está tudo muito calmo por aqui. Ou estava.

–Eles foram baleados. Bala perdida de tiroteio.

Uma das vítimas ficou esperando, mas Selene não deixou a moça esperar.

–Isso vai doer.

Com uma tesoura cirúrgica ela removeu a bala e depois de aplicar a anestesia local ela esterilizou e suturou o ferimento.

–Prontinho. Os pontos vão cair daqui a alguns dias.

Quando chequei a sutura estava perfeita. Parecia que ela fazia isso a anos.

–Como?

–Tenho prática. Sou mais velha do que aparento.

Ela deu uma risada.

Os cabelos dela estavam semi presos um penteado medieval e por mais que as unhas dela fossem compridas isso não a atrapalhava em absolutamente nada.

Aqueles olhos azuis olharam pra mim e eu me perdi neles.

–Ei! Temos uma garotinha com um arranhão enorme no rosto.

–Onde?

–Trauma um.

A menina começou a falar com Selene e contou uma história absurda.

–Era um homem, negro, alto e careca. Daí ele virou um lobisomem e sem querer arranhou a minha cara.

–Raze. Que merda!

–Ei! É feio falar isso.

–Certo. Vamos cuidar do machucado.

Mais uma vez a performance dela foi perfeita.

–Eu conheço você. Você é a mulher do quadro.

–Que quadro?

–A chapeuzinho vermelho que está em exposição lá no museu da cidade.

–Que porcaria! Sabia que aquele quadro tinha sido roubado, aposto que foi a Nikola.

No fim do expediente ela estava saindo quando a interceptei.

–Oi.

–Oi. Olha, se eu fiz alguma coisa errada ou se te chateei de alguma forma me desculpe, mas não foi a minha intensão.

–Não. Você não fez nada errado, ao contrário fez tudo com uma perfeição extraordinária.

–Eu treino a bastante tempo.

–Quantos anos você tem?

–Muitos. Agora, eu tenho que ir.

–Tá.

–Doutor Corvin?

–Sim?

–Não pegue o metrô. Vá de táxi.

–Porque?

–Embaixo da terra tem muito mais do que minhocas e vermes. E os monstros saem pra passear á noite.

–O que quer dizer?

–Exatamente o que eu disse.

Ela chamou um táxi e quando pensei que ela fosse entrar nele ela me chamou.

–O que está fazendo?

–Fala o endereço.

–Edifício Drummont, rua 24 esquina com a Sherman.

–Aqui. Leva ele e espere até ele entrar entendeu?

–Claro dona.

Ela deu um maço de dinheiro pro rapaz.

O taxista perguntou-me:

–Essa sua namorada é mafiosa por acaso?

–Não. Ele nem é minha namorada.

–Sei. E qual o nome dela?

–Selene Wild Alexandrusco.

O homem freou bruscamente.

–Você disse Selene Alexandrusco?

–Sim.

–Impossível. A linhagem Alexandrusco acabou á séculos e ainda por cima a última descendente deles era uma garota chamada Selene que é exatamente igual a essa ai.

–Como sabe?

–O quadro dela tá lá no museu. Foram os Alexandrusco que fundaram a nossa cidade.

–Até que horas o museu fica aberto?

–Vinte e quatro horas. Aqui é a cidade dos intelectuais.

–Me leva lá.

–Tudo bem.

Fiquei chocado ao ver o quadro.

–Princesa Selene Alexandrusco.

Pesquisei na internet sobre ela.

–A única filha da Rainha Sonja e neta de Viktor, o cruel. Nascida em 24 de outubro de 1772 e morta em 1 de abril de 1842. O corpo está na cripta da família Alexandrusco na Romênia região da Transilvânia.

Toda a família descansa no enorme mausoléu em criptas pretas de mármore.

Não existe registro de descendentes vivos embora existam aqueles que acreditam que a linhagem Alexandrusco ainda exista.

As lendas sobre essa família são inúmeras, mas a mais conhecida é de que todos os membros do clã de Viktor são vampiros.

–Vampiros? Qual é?

No dia seguinte aparece no noticiário que o museu foi assaltado e que a única coisa que levaram foi o quadro da Princesa Selene.

Lá no pronto socorro uma das residentes acusa Selene.

–Foi você que roubou o quadro. Pra que os humanos leigos não saibam o que você é. Abominação.

–Sério? Qual o seu nome?

–Verônica Van Helsing.

–Claro, a linhagem Van Helsing. Descendentes de Gabriel e que acreditam piamente que vampiros e lobisomens são reais e que precisam ser exterminados. Mas, mesmo se eles fossem reais encontrariam uma maneira de coexistir com os mortais.

–Você é uma assassina. Sanguessuga!

Selene respirou fundo e deu ás costas para Verônica.

Dia a dia eu percebia a experiência de Selene na medicina, nas línguas e em muitas outras áreas. Mas, o que me espantou foi o fato dela saber falar uma série línguas mortas.

–Doutora Alexandrusco?

–Sou eu. Como posso ajudar?

–Me foi dito que a senhorita sabe falar línguas antigas. Verdade?

–Sim. Porque?

–Precisamos da sua ajuda numa investigação. Suposto homicídio a vítima é Claire Morgan.

–Tudo bem.

–Sabe nos dizer que língua é essa?

Disse o policial mostrando a ela uma série de fotografias.

–Eles querem encontrar a cura.

–O que?

–Não acredito que a cura existe!

–Do que está falando?

–A senhorita Morgan tem algum envolvimento com a família Bennett?

–Sim. Ela era a guardiã legal de Bonnie Bennett.

–É claro! Como eu não pensei nisso antes? Apenas uma descendente de Qetsyah é capaz de remover o lacre e libertar Silas. Mas, pelo que eu sei só existe uma dose da cura e a irmandade dos sete foi exterminada a muito tempo, as tatuagens que eles possuíam eram o mapa para chegar á tumba e a espada era o único objeto que decifra o código.

–Do que está falando?

–Vocês tem que encontrar a menina Bennett! Ela está em perigo!

–Porque?

–Aqueles que fizeram isso com a senhorita Morgan estão atrás de Bonnie. Apenas ela pode desfazer o que foi feito.

–E o que está escrito ai?

–Aquele que traiu a confiança da bruxa, o viajante imortal. Se despertado ele trará o fim e as sete pragas do Egito junto com ele.

–Tá brincando né?

–Infelizmente não.

–É isso que está escrito?

–É. E isso vai ser um problemão.

Ela pegou o celular e ligou pra alguém.

–Mamãe, a cura existe! Eles estão atrás da Bonnie, ela é última descendente direta de Qetsyah é a única que pode remover o lacre e libertar Silas.

–Não podemos deixar isso acontecer.

–Não é melhor falarmos com a Amara sobre isso? Afinal, ela o conhece melhor que ninguém.

–Boa ideia querida.

–Quando tiver mais informações ligue.

–Ligarei.

Isso tá muito estranho, mas vou descobrir o que está acontecendo.


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