Final Feliz.-Lucian e Sonja. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
Apaixonado por uma humana.


Notas iniciais do capítulo

Marcus: Tony Curran.
Fauna: Meryl Strip
Flora: Meggie Smith
Sarah: Gabriela Wilde (Os três mosqueteiros)
Alice: Elle Fanning(Malévola).
Anel do Marcus: É o anel do Stefan do TVD, imaginem um M no lugar do S.



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P.O.V. Marcus.

Eu precisava pensar, por isso saí para cavalgar. Estava passando pela clareira quando vejo uma garota sentada debaixo de um carvalho lendo um livro.

Mas, que ser humano leria um livro no meio do nada durante a noite sabendo de todos os perigos da floresta?

–Moça?

–Sim? Está perdido?

–Você está?

–Não. O vilarejo fica á trezentas milhas daqui, siga para o norte e o encontrará.

–Não é seguro ficar aqui durante a noite. Há muitos perigos nas sombras da floresta.

–Mas, destes eu tenho menos medo.

–Qual é seu nome menina?

–Ali.

–Ali?

–Alice Parker.

–Vós sois nobre?

–Não. Bom, não que eu saiba.

–Quem são seus pais?

–Sarah e Christofer. Eles morreram quando eu nasci.

–Então mora sozinha?

–Não. Moro com as minhas avós, Fauna, Flora e minha tia Primavera.

–Nomes estranhos para três senhoras.

–E o seu nome? Você nem falou seu nome ainda.

–Marcus Corvinos.

–Você tem cara de ser nobre. Você é nobre?

–Sou. O que está lendo?

–Orgulho e Preconceito.

Alguém chama por ela e a voz se aproxima cada vez mais.

–Alice! Não devia estar aqui á essa hora da noite!

–Ah, vovó a senhora sabe que muita claridade faz a minha cabeça doer e por isso prefiro ficar acordada á noite.

–Eu sei filha, mas não é seguro ficar aqui.

–Sua avó está certa.

A senhora olhou pra mim abismada.

–Como é possível? Alexander você não envelheceu nem um pouco.

–Não sou Alexander, sou o filho dele Marcus.

–Me perdoe, você se parece muito com o seu pai.

–É sempre me dizem isso. Você o conheceu?

–Sim. Quando eramos jovens eramos inseparáveis.

–A senhora nunca se casou?

–Que tal vir conosco e tomar uma xícara de chá?

–Se não for incômodo.

–Imagine! Incômodo nenhum.

Nos dirigimos á casa onde elas moravam. Não passava de uma pequena cabana.

–Sei que não é tão grande quanto está acostumado, mas nada lhe faltará enquanto estiver aqui menino.

–Tudo bem. Mas, como vocês se conheceram?

–Eu era serva no castelo do seu pai desde bem menininha. Nós crescemos juntos, embora eu soubesse que ele era meu superior isso não nos impedia de brincar juntos e aprontar bastante. Lembro-me quando pregamos uma peça na sua avó, colocamos um balde cheio de melado encima da porta do quarto dela e quando ela abriu a porta o melado caiu encima dela.

–E o que aconteceu?

–Ela correu atrás de nós e nos abraçou então ficamos os três cheios de melado.

–Deve ter sido engraçado.

–Foi sim. Quando seu avô nos viu ele quis nos castigar, mas ela convenceu-o de que era apenas uma brincadeira e ficou por isso mesmo.

–Ninguém convence meu avô de nada.

–A sua avó convencia. Ela era a única que conseguia.

–Queria ter visto isso.

–Ela era uma das melhores pessoas que tive o prazer de conhecer.

De repente senti algo no meu ombro. Quando olhei vi que Ali estava dormindo com a cabeça encostada no meu ombro.

–Me desculpe por isso.

A senhora Flora se levantou e acordou Ali.

–Querida? Vamos pra cama.

–Me desculpe senhor.

–Sem problemas.

–Boa noite.

–Boa noite.

Alice se deitou e a avó lhe desejou boa noite e bons sonhos. Senhora Flora cobriu-a e voltou para a sala de estar.

–Se não for muita intromissão posso perguntar o que houve com os pais de Alice?

–A mãe dela Sarah morreu dando a luz e o pai morreu logo em seguida. Chris se afogou na bebida, ele se perdeu depois que a esposa morreu e pouco a pouco ele foi definhando até a morte.

–Nossa! Isso é triste.

–É. O meu filho era um bom menino, mas ele amava Sarah demais e não suportou perde-la. Chris sempre foi muito sensível com relação a tudo e os outros meninos faziam piada dele por conta disso.

–Alice sabe sobre o pai?

–Ela acha que Chris morreu em um acidente de charrete. Não queremos que ela saiba que o pai morreu de tristeza.

–Alice sente muita falta dos pais?

–Sim. Ela tem um retrato de Sarah e Chris que está dentro do medalhão que ela sempre usa.

–Fauna é a mãe de Sarah?

–Sim. Ela sempre diz que Alice e Sarah se parecem e tem razão.

–Elas se parecem muito?

–Demais. Quando Fauna olha para Alice ela vê a própria filha o que a faz chorar todas as noites, embora ela saiba que a menina não tem culpa de se parecer com a mãe.

–Vocês são felizes aqui?

–Somos. Não gostamos de muita agitação, Alice é tão sensível quanto o pai. Muita claridade faz a cabeça dela doer, assim como barulhos muito altos, ela não gosta muito de sair, mas vai a cidade sempre que pedimos sem reclamar.

Ela é uma menina muito doce, calma e paciente. Mas, quando fica irritada é como um tornado furioso.

Voltei ao castelo pouco antes do nascer do sol. Mal passei pela porta já começou o interrogatório.

–Onde esteve Marcus? Seu pai está aqui, veio te visitar.

–E quando ele chegou?

–Pouco depois que você saiu. Ele te esperou a noite toda.

–Amanhã conversaremos.

Passando pelo salão a neta de Viktor olha pra mim com uma cara confusa que rapidamente se transforma num sorriso sacana.

–Até que enfim. Antes tarde do que nunca. Então, qual é o nome dela?

–O que?

–Eu consigo sentir tudo o que vocês sentem. Então, qual é o nome dela?

–Alice.

–Você prefere um anel ou um colar?

–Um anel.

Selene me mostrou os anéis e eu escolhi o que mais gostei. Ela o colocou no sol e recitou algum tipo de feitiço.

–Toma. É só pra você. Fique sabendo que eu posso desfazer se você sair da linha.

–Tudo bem. Obrigado.

–Disponha.

–Agora, vamos dormir. Está ficando tarde.

–Bom dia.

–Bom dia.

Daquela noite em diante comecei a reajustar o meu relógio para ficar acordado durante o dia e dormir á noite. Não foi fácil, mas eu consegui.

Quanto mais tempo eu passava com Alice mais eu gostava dela.

–Tenho que contar uma coisa Alice.

–Conte.

–Eu não sou como você.

–Eu sei. Você é nobre.

–Não, Alice. Eu e você pertencemos a espécies diferentes.

–Como assim?

–Eu sou imortal Alice. Sou um vampiro.

–Se fosse um vampiro não seria capaz de andar no sol.

–Sem este anel eu queimo. O sol me queima.

–Prove.

–Como?

–Me mostre. Quero ver se se queima mesmo.

–Venha cá.

Escondi-me na sombra do carvalho, tirei meu anel e coloquei os dedos no sol que começaram a queimar.

–Ai!

Tirei a mão e recoloquei o anel.

–Você vai me matar?

–Não. Eu não poderia.

–Porque não?

–Porque eu te amo Alice.

–Ama?

–Sim. Eu amo.

Ela sorriu pra mim.

–Ótimo. Porque eu também amo você Marcus.

Beijei-a e ela retribuiu.

–Porque não vamos dar uma volta?

–Eu só preciso avisar a minha vó.

–Tudo bem. Te espero aqui.

Depois dela ter se despedido das avós ela voltou correndo pra mim.

–Então, onde vamos?

–Tem um lugar aqui perto que costumava ser lindo durante o dia. Eu adorava brincar lá.

–Então vamos.

Quando chegamos os olhos dela brilharam

–Que lindo.

–Bem vinda á catarata purgatório.

–Porque esse nome?

–Porque muitas crianças morreram brincando aqui.

–Que pena. Mas, como foi que você se tornou um vampiro?

–Fui mordido por um morcego e o meu irmão gêmeo William foi mordido por um lobo.

–Espera, se seu irmão foi mordido por um lobo quer dizer que ele é...

–Lobisomem.

–E como ele é? Ele é parecido com um humano ou não?

–Depois de se transformar pela primeira vez ele nunca mais voltou á forma humana.

–Pobre William. Mas, não existe uma cura? Ou talvez algo que possa impedi-lo de se transformar durante a lua cheia?

–Não que eu saiba. Mas, vou perguntar a Selene.

–Quem é Selene?

–Ela é uma híbrida. Descendente direta de Viktor Alexandrusco um vampiro ancião.

–Então Selene é filha de Viktor?

–Neta. A mãe dela Sonja é filha de biológica de Viktor, sua única filha e o pai dela Lucian Wild é um Lycan, o primeiro Lycan.

–O que é Lycan?

–É um tipo mais evoluído de lobisomem. A lua cheia não exerce nenhum tipo de influência sobre eles, Lycans se transformam apenas quando querem.

–Interessante. Talvez haja uma forma de transferir essa habilidade para William.

–Veremos.

–Nossa! Já está de noite.

Ouço o uivo.

–O que foi isso?

–William.

–Minhas avós!

Alice se levantou e saiu correndo.

–Alice! Espere. Alice!

Corri atrás dela e a encontrei frente a frente com meu irmão.

–Olá William.

Ele rosnou pra ela.

–Tudo bem. Está tudo bem, eu sou Alice.

Meu gêmeo olhou bem nos olhos dela e quanto a Alice ela estava assustadoramente calma.

Notei que William estava mudando, diminuindo de tamanho, as orelhas estavam voltando ao normal e em minutos meu irmão estava em sua forma humana.

–Nossa!Ele precisa de roupas.

–Com certeza.

–Venham, temos algumas do meu pai guardadas aqui.

Assim que entramos na casa deu pra ver o sangue espirrado na parede, os móveis estavam quebrados.

–Vovó? Vovó?

Alice correu pra dentro da casa e encontrou os corpos de suas avós no chão da pequena sala de estar.

–Não! Não vovó! Por favor, não me deixem! Eu não tenho mais ninguém.

Alice chorava de desespero, de tristeza.

–Eu sinto muito. Não queria machucá-las.

–Eu sei, mas elas morreram mesmo assim. As roupas estão no armário do quarto das minhas avós, segunda gaveta de cima pra baixo.

–Obrigado. E me desculpe.

–Tudo bem. Não é culpa sua.

–Mesmo assim.

Depois de meu irmão estar vestido devidamente Alice pegou seus vestidos e nós fomos para o castelo.

–Não está triste por perder suas avós?

–Estou. Mas, não há nada que eu possa fazer. Elas não vão voltar, além do mais elas estão aqui e todas as noites vou poder vê-las.

–O que quer dizer?

–A minha avó Flora costumava dizer que as estrelas nos observam também, elas são as almas daqueles que partiram e subiram para o céu.

Assim que chegamos meu pai ficou abismado de ver William em sua forma humana pela primeira vez em séculos.

–William. Como?

–O nome dela é Alice. Ela me salvou.

–O que? Eu?

–Sim.

–Como?

–Você me acalma.

–Então tá. É aqui que vocês moram?

–É.

–É tão escuro e frio.

Alice começou a esfregar os braços.

–Aqui, vista.

–Obrigado senhor Corvinos.

–Pode me chamar de William.

–Tudo bem. Como quiser William.

–Então, como conseguiu fazer meu filho voltar á forma humana?

–Não sei senhor. Eu só falei com ele, calmamente sem gritar, sem agredir e quando olhei pra ele ele era um homem. Um homem nu, mas um homem.

–Interessante.

–Acho que temos que acalma-lo e não controla-lo.

P.O.V. Alexander.

Essa menina vai me dar problema. Eu vejo como meus filhos olham pra ela. Tanto Marcus como William estão apaixonados por ela e essa menina vai partir seus corações.

Aparentemente ela não tem consciência de que meu caçula está apaixonado por ela, mas em breve Alice saberá. Sei disso.

E ela terá que escolher entre eles e isso pode ser o fim da união dos meninos. As mulheres conseguem complicar as coisas.


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