Custe o que custar escrita por Deh


Capítulo 2
O retorno


Notas iniciais do capítulo

Então adivinhem quem achou o pen drive? rs, é eu achei.
Presumo que alguém por ai queira me matar, mas eu não deixei vocês abandonados, durante meu período de "castigo" postei um capitulo de telefone, comecei uma nova fic (um brinde a vida) e postei uma nova one essa semana, por falar nessas duas ultimas estou esperando os comentários viu ;)
Agora vamos ao que interessa: Divirtam-se *-*



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“A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.”

Rubem Alves

Depois de muitos anos longe da capital, a bela agente, hoje mais experiente do que há doze anos atrás, estava de volta, e dessa vez era para ficar. Cansada dos jogos de poder e mentiras da Interpol, ela acreditava ter sido admitida em uma das melhores unidades de elite do F.B.I, não que ela estivesse errada, mas mal sabia ela, que esse novo emprego transformaria sua vida para sempre.

Logico que essa volta trazia o retorno de velhos sentimentos, que ela preferia esquecer. Porém nunca seria possível esquece-lo, a garota ao seu lado jamais deixaria, então ela preferia apenas se lembrar de tempos mais felizes.

Era véspera de natal, faltava apenas algumas semanas para elas nascerem, infelizmente não puderam viajar, mas isso não foi desculpa para não comemorarem. Os dois estavam deitados no sofá assistindo especiais de natal, “Espero que possamos fazer isso todo ano” ele disse, “E vamos, não é mesmo?” ela falou acariciando a barriga e sentindo-as mexerem. Esse foi um natal tão simples, e ao mesmo tempo perfeito. Pena que foi o último.

Ele era o típico chefe durão, não dava mole pra ninguém, se bem que para uma certa garotinha era diferente. Como chefe era integro, justo, honesto, exigente e mais uma porção de boas coisas, como pai ele era ainda melhor com a diferença de ser mais amoroso. Nunca fora de muitos amigos, mas já foi casado com uma incrível agente.

Nos últimos dias ele estava muito preocupado com sua equipe, mas não deixaria isso transparecer. Não demoraria para Strauss querer substituir Elle, por isso já estava olhando os arquivos de alguns agentes, não poderia de maneira alguma deixar Strauss colocar um puxa saco na equipe, os outros o odiariam, porém nenhum seria tão bom quanto Elle. Cansado de tanta papelada, ele abriu a última gaveta e debaixo de um monte de papeis retirou uma fotografia muito antiga, era a foto que foi tirada logo após o parto dela, estavam os dois juntos cada um segurando uma criança no colo, ele a observou “Eu ainda vou ver vocês juntas novamente” ele disse guardando a foto em seu lugar secreto, mal sabia ele que isso aconteceria em breve.

A jovem de cabelos compridos, estava feliz por voltar ao país. Já fazia anos que ela não visitava a cidade natal, para falar a verdade ela mal se lembrava da última vez que veio. Sempre viveu na Europa por causa do trabalho da mãe e nas férias de verão sempre ia visitar a avó em algum país europeu ou árabe.

Era um pouco triste deixar a Europa, ela sempre adorou viajar e conversar com pessoas de vários idiomas. Mas ela estava feliz por estar junto com a mãe, sem falar que agora seria mais fácil ver a avó que estava desempregada por algum tempo (ela não entendia como uma embaixadora tão boa quanto ela estaria desempregada). O lado positivo é que elas poderiam se ver quase sempre, o que provavelmente não deixaria sua mãe tão satisfeita. Sua mãe e avó tinham uma relação complexa por assim dizer.

Enquanto os demais membros daquela família estavam perdidos em pensamentos, naquele momento uma jovem de cabelos curtos lutava contra seu dever de casa. Não que ela fosse incapaz, ela apenas preferia fazer algo divertido ao invés do dever de casa. Era matriculada em todos os tipos de atividades extracurriculares que envolvesse o esforço físico. Ela era simplesmente terrível, assim chamada de forma carinhosa pelo pai.

Agitada, era como se poderia descreve-la, mas não pense que ela é do tipo rebelde e insensível. Bem, talvez um pouco rebelde, contudo sempre respeitava as regras do pai e fazia o possível para esconder a sensibilidade. Sim, ela é emotiva, mas assim como os pais aprendeu cedo a esconder seus sentimentos. Apesar de nunca estar sozinha, ela sente falta de uma mãe e de mais alguém, desde pequena ela tem uma sensação de que algo está faltando. Sempre fez de tudo para descobrir quem era sua mãe, já chegou a investigar todos os pertences do pai e até mesmo a interrogar seu tio Sean, porém nada foi encontrado e seu tio Sean a fez jurar não mexer no assunto novamente.

Uma família por assim dizer. Separados por um acordo terrível, mesmo os que vivem juntos sentem como se algo estivesse faltando, e na verdade está. Eles deveriam ser uma família, e graças ao orgulho dos pais, duas garotinhas foram separadas. Viveram em mundos separados até hoje: Uma além de desfrutar o amor paterno ainda tem o carinho dos membros da equipe do pai, Spencer e JJ são um ótimo exemplo, porém cresceu sem o amor de mãe. Enquanto isso a outra cresceu com o amor da mãe, porém nunca chegou a conhecer os parceiros da mãe e sempre viveu em um ambiente de política extrema, aprendeu desde cedo a respeitar e obedecer, mesmo que essa última habilidade tenha algumas falhas, aprendeu a ser fria como a avó, mas apenas para se proteger, não queria magoar a mãe, mas tinha o sonho de conhecer o pai.

Enquanto aos dois cabeças duras? Tentaram seguir em frente, o que as garotinhas nunca deixaram. Ainda bem que elas sempre seriam a lembrança viva de um amor verdadeiro. O divórcio os deixou mais duros, o que ajudou a não encontrarem um novo parceiro, para sorte daquelas garotas, mas isso não os impediu de tentar.

“Não há como retornar ao que já não existe nem como adiantar o relógio para se chegar rapidamente ao que ainda não é.” Ana Jácomo


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Notas finais do capítulo

Então???
Bjss e até breve



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