Invisíveis como Borboletas Azuis escrita por BeaTSam, tehkookiehosh


Capítulo 17
Verso 16: Adult Child




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– Jimin! – ele me ouve e se vira para mim.

– Ah, Sam... Desculpa, mesmo. Eu não quis te chatear. Eu já vou, ok?

Meu coração não aguenta a voz triste dele. Eu não queria vê-lo tão abalado... Jimin, por favor, eu sei que você é o máximo, por que você não vê isso? Rápido, Sam! Pense em alguma coisa! Não desperdice toda a coragem que você teve ao vir até aqui! Jimin...

– Espera! - um grito escapa da minha garganta, talvez um pouco desesperado demais.

Ele se volta para mim novamente. Droga! A cada segundo que passa, percebo ele desabando cada vez mais. Jimin, não sorria para mim! Não ouse! Por que você tenta sorrir quando não quer? Eu amo seu sorriso genuíno, não esse. Esse me machuca. Se você está triste, simplesmente fique triste! Não precisa tentar disfarçar! Jimin...

– O que foi, Sam? – a cada tremor nos lábios que sustenta seu sorriso, meu coração fraqueja um pouco.

– Cante Hold me Tight.

– Hã? – com certeza, não era o que ele esperava que eu disse.

Nem eu esperava isso.

– Eu sempre quis ouvir você cantando Hold me Tight ao vivo. Você pode fazer isso para mim? Pode ser só o refrão.

– Ah... Tudo bem, eu acho. – ele coça a nuca em sinal de desconforto.

Assim como eu pedi, ele canta o refrão de Hold me Tight à capela. Sem todos os intermédios, desde o microfone até o headphone nos meus ouvidos, apenas a voz dele e o ar entre nós. Sua voz, mesmo chorosa, é perfeita. Faltam-me as palavras para descrever fielmente o quão esplêndido seu canto é. Até mesmo seu sorriso forçado sumiu, dando lugar a seus verdadeiros sentimentos. Isso é música.

Levo um tempo para me recuperar da minha estupefação, porém, assim que ele termina, eu o aplaudo.

– Uau! Foi realmente incrível! Você é incrível.

– Ah... Obrigado. – ele responde, mesmo sem muita convicção.

– Agora pode cantar de novo só que de olhos fechados? Eu vou fechar os olhos também.

– O que? Você tem uns pedidos bem estranhos... – expõe sua surpresa de novo. O que eu estou fazendo? Espero que dê certo. - Mas depois dessa eu realmente vou, ok?

– Tá.

E, desse modo, ele repete tudo de novo. Dessa vez, percebo um quê de desconfiança na sua voz, o que não tira a beleza de seu canto. “Aonde ela quer chegar com isso?” ele deve estar se perguntando.

E a última nota ecoa pelo corredor.

– Não abra os olhos ainda. - ordeno. – Você percebeu alguma diferença?

– Deveria? – sua confusão não parece ser tão fácil de esconder.

– Não. Não teve nenhuma diferença. – Abro os olhos lentamente, absorvendo aos poucos a luz do cômodo. Ou talvez seja a luz do garoto a minha frente.

– Não é preciso olhos para ouvir. Eu não preciso ver um corpo perfeito para dizer que a sua voz é perfeita. Se eu quiser ver alguma coisa, eu vou ver por aqui. – apoio o meu punho cerrado sobre meu peito, que sobe e desce sobre os batimentos irregulares de quem nunca falou uma coisa tão séria para outra pessoa.

– Eu sei disso... – não, esse tom não.

Esse tom familiar. Ele não acredita em nada que eu disse. É como se ouvisse uma ladainha que, de tantas vezes ouvidas, perdeu o sentido.

– Você acha certo algumas pessoas falarem que o J-Hope deveria sair do BTS por que ele é feio?

– O que? É claro que não! O hyung é muito talentoso! Isso me irrita demais!

– Então por que você não pensa do mesmo jeito sobre você?

– Não é tão simples assim...

– Eu não sou ingênua o suficiente para falar que aparência não importa nesse meio musical. Mas, você é mais importante. Não se force tanto.

– Sam, não precisa se preocupar com os meus problemas. É sério.

– Você não vai perder suas fãs se não tiver um corpo impecável. Você vai se livrar de pessoas frívolas que cobram de você. Quer saber de uma coisa? Lá no Brasil, o padrão de beleza é bem diferente desse da Coreia. Dificilmente alguém de lá virou fã pela aparência. E o Brasil não é o único assim. Vocês têm fãs pelo mundo todo! Você tem ideia de quantos estereótipos de beleza já quebrou?

Pauso para respirar, tenho que dizer tudo que penso.

– Beleza é algo que muda de pessoa para pessoa, de dia para dia, de país para país. É algo tão instável e incerto... Ela envelhecerá. E o que perdurará são memórias ou arrependimentos. Qual você prefere?

O silêncio se estende após meu monólogo. Seu olhar pousa no infinito. Ele mastiga cada palavra dita, um ponto de vista vindo além do horizonte, do outro lado do mundo.

– Você é bonito para mim. – Forço-lhe a levantar seu olhar para mim. – Não importa como.

Nossos olhares se prendem um no outro. Ele, em busca de respostas; eu, em busca de certezas. Estou tão nervosa... Queria ajuda-lo, mas e se eu ferrar tudo? Será o que eu disse soou como um discurso decorado em seus ouvidos? A longa distância de mim que ele se preocupou em manter durante toda a conversa parece ter sido aniquilada. É quase sufocante.

Passaram-se o quê? Décadas? Séculos? Milênios? Segundos? Quem se importa com medidas de tempo?! Só eu sei que o que se passou foi uma eternidade até que o Jimin sorrisse. Não mais aquele sorriso falso, mas aquele suspiro disfarçado de sorriso. Uma frase dita em silêncio: “eu me rendo”.

– Eu... eu fui idiota. – ele ri de si mesmo. – Que mal que há em comer apenas um ou dois? Não é sempre que uma cantora intrometida de 16 anos vem para Coreia e faz uma comida típica brasileira para mim. Vale a pena. Meus amigos valem a pena. Você vale a pena. Minhas memórias valerão a pena. Obrigado, Sam. Acho que eu precisava ouvir isso.

Esse é novo: um sorriso de gratidão. Eu nunca vi o Jimin vestindo-o antes. Bem menos excêntrico que seu usual, bem mais verdadeiro que o das fotos. Um sorriso exclusivo, que eu tenho a honra de presenciar, de ser a causa dele. Ué? Desde quando eu fiquei tão prepotente? Seu sorriso é um agradecimento que excede palavras.

– No entanto, como é que eu vou entrar lá para pegar um brigadeiro? – suas preocupações retornam. – Eu estraguei todo o ambiente com essa briga. Deve ter ficado um clima estranho lá.

– Você não disse nada demais. Eu volto lá com você. Ninguém vai achar estranho.

– Não dá, eu disse coisas muito ruins para o Taehyung.

– Você só estava com raiva, ele vai entender. Aliás, o V só queria que você se divertisse, ele vai ficar feliz em saber que você comeu um brigadeiro.

– Você não está entendendo. Eu disse umas coisas horríveis em coreano. Eu não deveria ter dito aquilo... Ele está chateado comigo com certeza. Vou ter que arrumar um jeito de me desculpar com ele depois, mas agora não. Estou com medo de ir até lá.

– Se você insiste.

– Valeu. Foi mal por não comer o brigadeiro. Já vou. Até!

– Aonde você pensa que vai? – surge uma voz grave atrás de nós quando Jimin está quase partindo. – Jiminie, vai fugir assim?

– Hyung!

Suga estende a tigela repleta de brigadeiros a seu dongsaeng.

– Nossa! Isso é bom mesmo! Posso pegar mais um?

– Só mais um e vai descansar. Chega de briga por hoje.

– Ok. – Jimin diz com o segundo brigadeiro já na boca. – Até amanhã, Sam! Obrigado!

E ele desaparece na esquina do corredor, acenando como um tolo.

– Eu não estava tentando roubar esses brigadeiros e levar para comer no dormitório, caso esteja se perguntando. – Suga esconde a tigela atrás de si.

– É claro que não...

Parece que ele está de bom humor agora, que coisa rara! Até que é bom conversar com alguém assim depois de uma conversa dessa.

– Você está ouvindo aí há quanto tempo?

– Desde a parte que você não queria que eu ouvisse.

– Hã? Como assim?

– Exatamente. Divirta-se com isso na sua consciência. – ele ri da minha cara.

À procura de qualquer parede, Suga recosta na mais próxima:

– Sentado é o mesmo preço.

Um convite indireto de novo. Ele quer conversar comigo, acho. Falando sinceramente, eu achava que ele não ia muito com a minha cara. Talvez esteja querendo dar uma chance para mim. Isso é estranho. Sinto como se, mesmo em silêncio, nós já estamos conversando. Um adivinhando o pensamento do outro e prosseguindo a conversa mentalmente. Pena que não temos essa fluência na vida real. Faço o que ele disse e sento-me ao seu lado.

– Você tem o talento de falar o que as pessoas querem ouvir e ao mesmo tempo acreditar no que está falando. Isso é engraçado! – sua risada é mais para si mesmo que para os ouvidos alheios.

– Como assim?

– Para mim, isso é um paradoxo. Deve ser por isso que as pessoas te ouvem.

– Obrigada, eu acho.

Ele para mais um pouco. Analisar cada frase, tentar lembrar cada palavra dos cursos de inglês que já fez, ponderar se deve dize-las ou não. Suga é alguém que tem muita coisa para falar. Só não tem certeza se deve.

– Ah, dane-se. É muito estranho conversar assim com alguém que eu conheci ontem. – de novo me pergunto: ele está falando comigo ou consigo mesmo? – Eu não costumo falar muito com as outras pessoas. Aí é estranho quando tento. Puxar assunto é bem mais difícil do que se imagina. Seu braço... foi no jogo de basquete, né?

– Sim.

– Eu sabia! Tinha algo de estranho! – Ele pigarreia após os gritos. – Quer dizer, você está bem?

– Sim, eu só abri o braço, quase tive que levar ponto, minha pele está toda arranhada, um machucado enorme que provavelmente não vai cicatrizar até o show. Nada demais.

...

Silêncio...

Suga me encara durante mais alguns segundos...

– Se alguém perguntar, a culpa não foi minha.

Começamos tímidos, mas acabamos caindo na gargalhada.

– Jogar basquete me faz lembrar a minha época de escola. – ele recorda. - Quando eu não estava compondo, ou ouvindo música, ou dormindo, ou comendo, eu estava na quadra. Você joga no time da sua escola?

– Sim. No entanto, eu nem jogo tão bem assim.

– Quer dizer que eu estava perdendo para alguém “nem tão bom assim”? Nem vem! Mas eu pensava que no Brasil eles jogassem futebol...

– Ei! É claro que o futebol é endeusado lá, mas nós jogamos outras coisas também! Basquete é mil vezes melhor que futebol! Machuca menos.

Principalmente quando os outros miram em você, não no gol.

– Sem falar que eu sou uma bela porcaria no futebol – continuo. – Se me botarem de frente para um gol, eu chuto para trás.

– Meu mundo caiu. Tudo o que eu sabia estava errado. O que você vai me dizer agora? Que nem todo brasileiro sabe sambar?

– Bem...

– Nãooooooo!

É claro que ele não acreditava nisso. No entanto, ele faz tanta cena que é impossível não rir!

– Basquete é um esporte legal – afirma, após se recuperar desta última revelação chocante. – Ao contrário da maioria dos outros esportes, mandar um porradão qualquer não vai garantir ponto. Se não for a força certa, a bola não entra no aro. Aí você tem que se concentrar no que está fazendo e esquecer um pouco os seus problemas.

– Na minha opinião, uma das melhores partes do basquete é quando você faz uma jogada linda que você sabe que foi pura sorte e todo mundo vem te elogiar!

– Sorte? É claro que isso nunca acontece comigo. Eu sou bom mesmo, todas as minhas jogadas são calculadas. Pode elogiar.

Diferentemente do J-Hope e do V, as piadas do Suga são mais pontuais. Sempre na hora certa, ele faz aquela piada que não te faz gargalhar, mas te faz soltar aquele risinho bobo de uma conversa bem-humorada. Ainda bem, porque, se dependesse de mim, essa conversa pareceria uma sessão de terapia.

– Naquela época, eu tinha tão menos responsabilidades e obrigações... – relembra Min Yoongi. – Mas eu tinha tantos problemas a mais... Quando se é adolescente é assim: você acaba criando mais problemas do que existem. Comigo era assim, pelo menos. Eu pensava demais, ficava de mal comigo mesmo e depois reconciliávamos. Não que eu não faça mais isso hoje em dia, só que tem coisas que eu já não me preocupo tanto.

– Acho que entendo o que você está falando. Confesso: já tive altas discussões comigo mesma. Mas eu acho isso bom. Pensar bastante. Isso faz com que a gente pense por si só, não seja influenciado pelos outros.

– Sim, isso com certeza. Só que eu já percebi uma coisa: às vezes, eu penso demais sobre o sentido das coisas e acabo deixando os momentos passarem. “De que adianta passar a vida inteira procurando pelo significado da vida e não vive-la? ” O Namjoon fica repetindo isso o tempo todo. Às vezes, eu acredito nele. Às vezes, não. Isso tudo é muito complicado.

– E eu pensando que a crise da oitava série acabaria algum dia.

– Sinto muito lhe informar, mas você foi iludida – ele sorri de lado para mim.

É muito fácil conversar com o Suga. Quer dizer, Min Yoongi. Embora ele seja muito na dele, raramente falando com pessoas fora do seu círculo de amizades, nós conversamos como dois amigos de infância. Inclusive para mim toda essa naturalidade é estranha. Na escola, poucas são as pessoas com quem eu converso, e quando converso, é sempre algo superficial, nada que eu queira realmente falar. Em casa, minha irmã pode até ser uma pessoa legal, mas ela não se importa muito com esse tipo de coisa. Não dá para levar esse tipo de conversa com ela. Mesmo aqui com o BTS, eu sinto o véu que nos divide entre ídolos e fã, ou anfitriões e convidada.

Só que ele levantou o véu. Essa agora é uma conversa do Min Yoongi com a Samantha Campos. É o tipo de papo que eu só levava com a minha mãe, só que com uma pessoa bem mais jovem, no mesmo mundo que eu. Ele me entende. Espero que o sentimento seja recíproco.

– Como vai a letra da música? – ele quebra o silêncio.

– Continua aquela bosta que você mesmo viu.

– Quando não tem inspiração é assim mesmo. Se tivesse um prazo curto, eu estaria te enchendo o saco para escrever qualquer coisa minimamente boa e entregar. Mas esse não é o caso. Essa é uma música especial, não pode ser feita desse jeito. Você tem bastante tempo. Ache alguma inspiração e escreva a melhor letra que você já escreveu. Eu pretendo fazer isso pelo menos.

– Valeu.

– Eu estou falando sério. Músicas mais comerciais não precisam ter sentimentos tão profundos assim. É melhor se concentrar mais na sonoridade, no ritmo das palavras e na estrutura. Já músicas como a que nós estamos escrevendo tem que ter a alma do compositor ali. Nem que fique semanas ou meses compondo. Essas músicas valem a pena. São essas músicas que me fizeram ser compositor.

Espera aí... Ele está tentando me ajudar com a minha parte? Tenho certeza que, se eu perguntar diretamente, ele vai dizer que não, mas essas são claramente dicas! Ele consegue ser legal quando quer.

– Quando for escrever, não seja tão direta. Descreva como se sente de maneira subjetiva, usando comparações e qualquer outras figuras de linguagem que você quiser. Não tenha medo de falar o que você pensa (a não ser que inflija algum princípio moral). Se você quiser falar que uma pessoa tem gosto amargo, fale, mesmo que isso não faça sentido. Você vai acabar botando a sua visão do mundo desse jeito. Então a música vai ficar mais profunda, as pessoas vão se identificar com mais facilidade e você vai ficar mais feliz com o que escreveu.

– Ok! Já anotei tudo, professor!

– Ei! Eu só estava falando por falar. Não precisa levar a sério – envergonhado, ele procura qualquer coisa para mudar de assunto. – Já está tarde. Você deveria ir.

– É verdade – levanto-me e aceno. – Boa noite!

– Ei, ei, ei! Ainda me resta um pouco de decência para acompanhar uma garota até a sua casa. No caso, hotel. Sem falar que o dormitório fica naquela direção. Eu estaria indo para lá agora se eu não tivesse ouvido algo que eu não deveria ouvir...

– Não precisa...

– O que você ainda está fazendo aí parada? – em um piscar de olhos, ele se levantou e já até me ultrapassou.

Abrimos a porta principal do prédio e uma lufada de ar frio atinge o meu rosto. Aqui fora está congelando. Minha respiração até condensa no ar. Olhando mais atentamente, o Suga também parece estar com frio. Ha! Eu não sou esquisita!

– Sua boca está roxa.

– Hã? – ele se surpreende.

– É bom saber que mais alguém sente frio aqui.

– Eu gosto de climas frios, desde que eu esteja debaixo de vários cobertores quentinhos, o que não é o caso. Então vamos andar rápido antes que eu vire picolé de açúcar.

Apressamos o passo. Regra nº1 do guloso: a comida vem em primeiro lugar. Suga acomodou a tigela de brigadeiros em seus braços quente e não parece disposto a larga-la nem por um segundo. Quantas pessoas deveriam querer estar no lugar daquela tigela nesse momento...

– O dormitório é realmente perto do hotel?

– Por quê? Eu não vou falar para você. Não quero uma A.R.M.Y. louca tentando me espionar enquanto eu tomo banho.

– Eu nunca faria isso!

– Eu nem tinha dito que era você essa A.R.M.Y., mas se a carapuça serviu...

– Não tem problema você ficar saindo à sós com alguém? Isso não gera rumores? – mudo desesperadamente de assunto.

– Faz tanto tempo que eu não faço isso que no momento eu estou me fudendo para quem esteja assistindo. A educação que me deram vem primeiro. Se bem que está tão escuro e eu estou com tantos casacos que dificilmente alguém vai me reconhecer. Eu posso pôr o capuz se isso te faz sentir melhor.

– Ah. Nem precisa mais. Nós já chegamos.

– Me empresta o seu celular.

– Hã? – seu pedido me pega de surpresa, mas acabo entregando o aparelho.

Depois de navegar um pouco e digitar coisas que eu não consegui ver, ele me devolve:

– Esse é o Kakao Talk. É um aplicativo para mandar mensagens. Eu já te botei no grupo do BTS. Mas tarde, você vê todo mundo que está no grupo e adiciona na lista de contatos. Aí eu e o Namjoon não vamos ter que te procurar pela Seul inteira para te achar se precisarmos de algo. Então eu já vou. Obrigado pelos brigadeiros.

Espero um pouco ele se afastar e sussurro:

– Obrigada por tudo.

Meu corpo está repleto de uma alegria quente, me protegendo do frio da noite de Seul. Conversar assim com alguém, que sentimento aconchegante isso traz! Eu e o Suga conversando como amigos. Amigos... Muito presunçoso da minha parte, não? Ter um amigo... Quão ingênuo e maravilhoso soa isso! Faz tanto tempo... Era assim que eu devia me sentir? É assim quando se tem um amigo? Mas eu não deveria falar que ele é meu amigo ainda... É provavelmente só mais um sentimento unilateral em meio a tantos outros dentro de mim. Se eu continuar insistindo, eu vou me decepcionar, como sempre...

Mas dessa vez foi diferente! Dessa vez, talvez, eu possa ter um amigo de verdade.


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Notas finais do capítulo

E a grande surpresa que nós preparamos é:... Uma página!
Agora a fanfic tem uma página! Nela, além de anunciarmos os capítulos novos, vamos postar algumas discussões que podem (e vão!) influenciar no andamento da história! Então se você quer que a Sam fique com um certo alguém, curta e acompanhe as postagens!
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