Invisíveis como Borboletas Azuis escrita por BeaTSam, tehkookiehosh


Capítulo 14
Verso 13: Blanket Kick


Notas iniciais do capítulo

Leiam os avisos nas notas finais! :3



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Os membros perguntam para mim se estou bem e posso jogar. É claro que respondo que foi só uma batidinha de nada, que já, já passa. Parece que fui convincente. O jogo recomeça e logo no primeiro passe que dou para o Jimin, sinto o meu braço arder demais. Acho que a ferida abriu.

Meu time não consegue segurar o Suga sem mim, então ele faz mais um ponto e empata. Já estávamos nos posicionando debaixo da nossa tabela quando Jin interfere:

– Aigoo! Eu estou muito cansado! Vamos fazer uma pausa para beber água! Vocês podem usar esse tempo para planejar como vão fazer com um a menos. Fechado?

– Ok! – todos respondemos.

Dispersamo-nos. Quase alcanço o J-Hope quando Jin me chama:

– Sam! – ele diz, delicado e sorridente como sempre. – Vou beber água. Quer vir comigo? Eu te mostro onde ficam os bebedouros.

– Ok.

O Jin é tão gentil. Ele parece aqueles príncipes (princesa) de contos de fada. O caminho é um pouco longo e íngreme, mas logo chegamos a uma espécie de tenda antiga com alguns bebedouros e banheiros. Assim que termina de beber água, Jin se vira para mim:

– Deixe-me ver o seu braço.

– O quê? Não é nada demais. É só uma batida qualquer.

– Está escorrendo sangue. – touché.

Ele me ajuda a dobrar a manga da camisa. Nossa, está mais feio do que eu pensava. Só de olhar já dói mais. Pelo o que vejo, boa parte da pele rasgou, porém tem tanto sangue cobrindo o machucado que mal dá para saber ao certo.

– Vamos lavar isso aí. – mesmo sério, sua voz ainda soa doce em meus ouvidos. – Ou vai infeccionar e piorar tudo.

Ele puxa o meu braço direito com cuidado até um tanque ali por perto e começa a lavar o meu antebraço com sabão.

– Ai, ai, ai, ai, ai, ai! Isso arde muito! Arde muito mesmo!

Seus lábios formam um sorriso tímido, mas, felizmente, ele apoia a minha causa.

– Se estiver doendo tanto, pode apertar a minha mão. – Ele desliza a mão que usava para segurar o meu braço até encontrar a minha. Seus dedos tortos envolvem os meus.

O jeito que age, fala, respira é como se ele cuidasse de uma irmãzinha travessa que vive se machucando. Para falar a verdade, ele parece bem acostumado com isso. O Bangtan deve se machucar bastante...

Olhando-o tão de perto, ele é muito mais bonito que nas fotografias. Assim como todos os outros membros. Desde que os conheci pessoalmente, percebo que cada um tem um charme único. O Jin conseguiu perceber o meu braço mesmo quando ninguém percebeu. E sabe exatamente o que fazer nessa situação. Eu sei que já disse isso antes, mas não consigo pensar em outra palavra para descrevê-lo: príncipe. Mesmo que eu saiba que não é verdade, sua meiguice me convence de que ele é perfeito. O tipo ideal de qualquer princesa de contos de fada.

– Como você percebeu?

– Eu estudo teatro. Você achou mesmo que eu não ia perceber aquela improvisação de vocês dois? – ele fecha torneira. – Não posso fazer muito mais que isso aqui. O pessoal da produção só deve ter band-aids e esparadrapos, o que não vai ajudar em nada. Vamos cobrir isso aqui com a manga mesmo e não se esforce no basquete! Escutou?

Faço que sim com a cabeça.

– Bom. Sobre a partida, deixa comigo que eu já sei como resolver. – Jin pisca para mim.

Percebo assim que chegamos que todos os outros membros do BTS estão com toalhas de rosto penduradas no pescoço e garrafas d’água em mãos. Mas é claro! Eles têm garrafas! O Jin não precisava ter ido até lá longe, ele só fez isso para que os outros não percebessem que eu me machuquei. Ele fez isso por mim.

Argh! Meu rosto ruboriza apenas com o pensamento. É, Jin, você é um príncipe que saiu de um livro de conto de fadas.

– Hyung! Por que você foi para os bebedouros lá de cima? – Rap Monster pergunta. – Tinham garrafas d’água aqui.

– Não tinha para a Sam. Eu ia me sentir mal se ela tivesse que ir lá sozinha ou ficasse vendo a gente bebendo água enquanto estava com sede.

– Mas, hyung, tinha garrafa para ela também.

– Sério? – ele indaga, genuinamente surpreso. Realmente, a sua atuação é outro nível. – Eu não sabia...

– Você é muito desatento!

Não demora muito para os outros se juntarem a fim de resolvermos como vamos terminar a partida. Jin logo expõe sua proposta:

– Vamos fazer o seguinte: estamos empatados, certo? Então quem fizer o próximo ponto ganha, ok?

Todo mundo concorda. Antes de começar, o mais velho do grupo se vira para mim:

– Pode contar comigo, agora eu vou jogar sério.

Eu ficaria até aliviada, se não soubesse o quão ruim ele é jogando. Como eu já joguei no time de basquete da escola, eu sei jogar com a esquerda, não muito bem, mas dá para o gasto. Se bem que eu nem preciso, já que o Jin está formando uma parede para as pessoas não chegarem muito perto de mim e do meu braço machucado. Alguém por favor avisa para ele parar de fazer isso porque desse jeito eu mal consigo me movimentar? Jin, não é assim que se joga basquete...

Logo que finalmente consigo fazer um passe através da parede humana que é o Jin, Jimin avança até a cesta deles, porém eu decido ficar para trás. Debaixo da tabela, meu braço não aguentaria nem um segundo com aquele empurra-empurra para pegar o rebote. Assim que percebe que não estou na linha de frente, Suga me manda um olhar que eu sei muito bem o que significa: “Por que parou?”. É claro que não vou responder. Vamos deixa-lo pensando que não entendi o que ele quis dizer.

Não deu nem trinta segundos, o time do Suga ganhou.

Vou para o hotel trocar de roupa assim que o jogo acaba. O machucado está muito feio, agora que posso vê-lo melhor. Além de arranhado há alguns cortes mais profundos. Espero não ter que levar ponto. Minha irmã nem chegou ainda, como é que eu faço para ir num hospital na Coreia? Eu nem consigo falar coreano... Acho que vou tentar pedir ajuda para a Stella.

Após um banho quentinho, visto um moletom fofinho e uma calça jeans skinny. Bem melhor... Agora eu não vou passar mais frio. Sobre o braço direito, eu simplesmente o enfaixo com uma gaze que eu achei na mala de remédios da minha irmã. Melhor eu não fazer mais que isso... Já que não entendo quase nada de remédios, é bem capaz de eu por ácido sulfúrico em vez de pomada no meu braço.

Na Big Hit, tudo já voltou ao normal, os garotos treinando, a Stella sumida em algum lugar da empresa. Fazer o quê? Vou procura-la.

Porra, ela está brincando de pique-esconde? Eu já procurei pelo prédio todo! Já é a segunda vez que eu passo por esse corredor...

– Oi, Sam!

Espera... Essa é uma voz masculina. Acredito que, a não ser que a Stella estivesse respirando gás hélio esse tempo todo, essa voz não é dela. Essa voz é do... Jin? Viro-me e meus olhos confirmam a minha suspeita.

– Já cuidou do seu braço?

Agora que parei para pensar, o inglês do Jin é muito bom! Dá para entender tudo perfeitamente. É um alívio! Pelo menos agora eu não preciso decifrar aqueles gestos tribais que a maioria dos outros membros fazem!

– Não... Estava procurando a Stella. Não ia dar muito certo ir para um hospital coreano sem falar coreano...

– Faz sentido.

– Eu já estou há uns vinte minutos procurando ela. Você sabe onde ela se meteu?

– Não faço a menor ideia. A Stella é assim, de uma hora para outra ela vira o Wally e some. Ninguém consegue achar! Ou melhor, só o Jungkook consegue. – ele pisca para mim.

– Jin-oppa! Não fique falando coisas sobre mim pelas costas! Nem ligue o meu nome ao daquele garoto!

– DE ONDE VOCÊ SURGIU?! – o membro mais velho do BTS pula para trás, assustado.

Da porta atrás de você, Jin... Como você pode ser tão atento e desatento ao mesmo tempo? Vou parar de tentar entender... Mas o que houve com a Stella? Ela não parece muito feliz... Será que eu fiz mal em ter mandado o Kookie ir atrás dela?

– E então sobre o que vocês estavam falando?

– A Sam precisa ir no hospital.

– Ah. Ok. Vamos? – ela estende o braço para mim. – No caminho você me explica o que aconteceu.

– Ei! Me esperem! Eu vou também!


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Notas finais do capítulo

Oi, pessoal!
Primeiramente, obrigada por acompanharem e sempre comentam! Nós ficamos muito felizes de lermos os comentários, mesmo que seja uma crítica (construtiva)! Segredo: eu fico de 5 em 5 segundos checando para ver se tem comentário novo!
Mas o real motivo desse aviso é que eu e a ~Daughter_OfRock pensamos bastante e chegamos a conclusão de que o título e a sinopse não exprimiam muito bem o que nós queremos passar com a fanfic, o que faziam com que os novos leitores tivessem uma visão errada do conteúdo. Então, nós criamos um novo título, Invisíveis como Borboletas Azuis, uma nova sinopse - que já foi modificada para quem quiser dar uma olhada - e uma nova capa, que alguns de vocês já devem ter visto enquanto testávamos. O título e a capa serão modificados definitivamente a partir de quinta. Obrigada por lerem esse aviso chato até aqui!
P.S.: Nós reconhecemos que algumas partes do verso 12 ficaram confusas, por isso nós acertamos algumas partes. Desculpe pelo transtorno e, se quiser, releia!
P.S.S.: Sim, o capítulo foi postado antes só por causa desse aviso!



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