Um Amor Invertido escrita por kelzinha, marinaflima


Capítulo 1
A Traição


Notas iniciais do capítulo

Oi genteee!!!
 
Essa é uma homenagem a todas as fãs do casal Claire e Quil da FIC Confusões de uma Cullen.
 
O primeiro capitulo é curtinho só pra nós vermos se temos retorno.



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POV QUIL

 

Hoje era o grande dia!

 

O dia em que eu iria pedir a mão da minha adorada, idolatrada e salve, salve, noiva em casamento.

 

Leah era uma mulher incrível, tudo o que um homem poderia desejar ter na vida. Linda, simpática, fiel e bem sucedida, nosso relacionamento era um verdadeiro conto de fadas. Nós nos conhecemos logo que cheguei à Nova York durante uma corrida matinal que eu e o Jacob, meu melhor amigo e empresário, fazíamos pelo Central Park.  

 

>>>>>>>>>Flash Back ON<<<<<<<<

 

Aquele era o nosso segundo dia na cidade, eu estava completamente embalado na minha corrida quando me deparei com uma cena hipnotizante. Sentada no banco do parque havia uma morena maravilhosa de pernas cruzadas, vestindo uma mini saia preta, capaz de arrancar o fôlego de qualquer um, eu nunca vi alguém tão incrivelmente sexy em toda minha vida.  Naquele instante eu perdi o rumo, perdi o chão e literalmente quase perdi meu nariz. Eu fiquei tão embasbacado com a cruzada de pernas daquela mulher que ao virar o pescoço para continuar admirando-a eu bati meu joelho com tudo no muro do chafariz que havia no centro do parque caindo desastrosamente de cabeça na água do lugar.

 

- AAAAAIIIIIII PORRAAA!   Foi Só o que consegui expressar no momento.  Jake ao invés de me ajudar, simplesmente engajou um ataque de riso. – JACOB CARALHO! DÁ PRA PARAR DE RIR E VIR ME AJUDAR?

 

- Hahahahaha, Quil você é muito burro! Como não vê uma fonte desse tamanho na sua frente?   Eu juro que na hora que eu conseguisse me levantar daqui eu ia decapitar o Jacob e jogar os restos para os cachorros. Eu estava me sentindo o verdadeiro bobo da corte, pois a cada segundo que eu permanecia entalado ali, mais pessoas se aglomeravam ao meu redor e faziam o mesmo que Jacob: Riam da minha cara.

 

- Jake, se você gosta do cargo de MEU empresário, ajude-me a sair daqui AGORAAAA!  Esbravejei irritado. Ele limpou as lágrimas que escorriam sucessivamente pelo seu rosto e ainda as gargalhadas, começou a se aproximar de mim.

 

- Precisando de ajuda?   Perguntou outra voz nada familiar, mas muito mais feminina que a do Jake.  Levantei o rosto para olhar e lá estava ela, a “musa da mini saia preta”.

 

- Er... Quil Ateara as suas ordens... Disse sem pensar.  - Digo... er... 9955-5066... Quer dizer... Beijo me liga...    Cara eu não acredito que todas essas merdas estavam saindo da minha boca. Quil definitivamente você esta agindo feito um retardado!

 

- Eita porra! Cara, a queda afetou sua cabeça? Ou você fumou unzinho antes da gente correr? Pra completar a minha situação, o Jacob tinha que terminar de me fuder né?  - Liga não viu gata? Às vezes ele tem esses distúrbios mentais mesmo... Disse Jacob jogando seu charme para cima da garota.

 

Com muita vergonha e dificuldade consegui me levantar e sair daquela merda de chafariz. Eu estava péssimo, todo molhado, dolorido e senti meu rosto sangrando. Ótimo! Só me faltava agora ter quebrado um dente... Rapidamente passei a língua pelos dentes e pude constatar que todos estavam lá. Menos mal, já pensou eu ter que sorrir igual ao Tiririca?

 

- Você está bem? OMG! Seu nariz está sangrando! Venha, deixe-me te ajudar...  A garota me puxou para sentar-me no banco do parque.

 

- Ow, AI! Não precisa se incomodar eu estou bem, obrigado...  Ela tirou um lenço da bolsa e colocou no meu nariz. Aquela mulher era simplesmente fantástica. – A propósito, desculpe por antes, deixe eu me apresentar novamente... Meu nome é Quil Ateara e o seu?

 

- Leah Clearwater, prazer.   Ela estendeu a mão para me cumprimentar.  Apertei sua mão e sacudi. Meus olhos não desviaram dos seus nem por um segundo.  – Você já pode me soltar agora... Sorriu zombeteira, olhando para nossas mãos entrelaçadas. Eu estava tão hipnotizado pela beleza daquela mulher que nem me dei conta que eu ainda sacudia a mão dela que nem um idiota, para cima e para baixo.

 

- Er... Hã... Claro, claro...  Falei sem graça largando nossas mãos.

 

- Quil, definitivamente hoje você não esta dando uma dentro.  Gargalhou Jacob.

 

- Jacob, eu vou dar uma dentro da sua cara se você não sair daqui agora!  Fiz um sinal com a sobrancelha para que me deixasse a sós com a garota.

 

- Ok! Ok! Já entendi... Mas, não vá se atrasar, o show hoje vai começar as 20:00.

 

- Vocês fazem show? Onde?  Perguntou Leah interessada.

 

- Bem, nós chegamos à cidade ontem, eu sou músico e toco em um bar chamado “Butter” fica logo ali, na quinta avenida.  Apontei na direção da rua. - E esse ser inconveniente aí, é meu empresário Jacob Black!  Jacob deu uma piscada para a garota e abriu aquele sorriso que não sei o porquê, mas deixam todas as mulheres babando. O filho da puta já esta querendo furar meu olho.

 

- No Butter?? Você toca no Butter? Cara eu adoro aquele lugar! Eu posso ir? 

 

- Não só pode como deve!  Respondi com um sorriso de orelha a orelha.

 

>>>>>>>Flash Back OFF<<<<<<<

 

E desde então nós não nos desgrudamos mais. Leah apareceu no meu show, nós ficamos umas duas semanas, depois começamos a namorar e estamos juntos até hoje, dois anos após aquele dia. Jake e eu viemos para Nova York em busca do sucesso, nós nascemos e fomos criados numa pequena reserva perto de Forks, chamada La Push. Eu sempre fui muito ligado a música, na maioria das noites pegava meu violão e fazíamos um grande luau na praia com os habitantes da reserva. Jacob sempre acreditou no meu talento e dizia que nós tínhamos tudo para dar certo e ganhar muito dinheiro se fossemos para uma cidade maior. Graças a Deus e ao esforço do meu melhor amigo foi exatamente isso que aconteceu e de bônus ainda conquistei uma noiva maravilhosa.

 

O único problema era que o Jacob não achava isso, ele sempre foi totalmente contra ao meu relacionamento com a Leah dizendo para eu tomar cuidado, pois ela não prestava e que não passava de uma vagabunda interesseira que já deu em cima dele várias vezes. Quase terminamos nossa amizade de anos por causa disso. É obvio que ele tinha inveja, porque Leah preferiu a mim e não a ele. Sei que Jacob queria estar no meu lugar, aliás, quem não queria? Leah era perfeita.

 

Eu estava uma pilha de nervos, já havia programado tudo. Na parte da manhã, passei na “Tiffanys” e com a ajuda da vendedora escolhi a aliança mais bonita que tinha. Claro que para a alegria da vendedora paguei uma fortuna, mas sendo para Leah tudo valia à pena. E hoje a noite durante a minha apresentação, eu lhe faria a grande surpresa pedindo sua mão em público no palco. Mandei fazer uma camiseta com uma foto linda de nós dois acordando escrito: “Team Leah”.

 

- Quil, você sabe que essa idéia é ridícula né?  Zombou Jacob ao olhar minha camiseta.

 

- Jake, não enche! Ela vai amar a surpresa...  

 

- Ah sim, claro, é o SONHO de toda mulher ver uma foto sua cheia de remela no olho, com o cabelo em pé e parecendo um espantalho, estampado numa camiseta.

 

- Jacob cale a boca, ela vai morrer de amores por mim...

 

-Ela vai é morrer de vergonha isso sim! Eu teria vergonha de namorar um cara que nem você Quil.

 

- Ainda bem que eu não sou gay e não tenho a mínima pretensão de te pedir em namoro Jacob...

 

- Quil, é serio, a Leah não vale nada cara! Ela te trai até com o porteiro do prédio, só você não percebe isso?  É capaz de você trancá-la no armário e ela te trair com o cabide!  Ah, agora ele começou a me irritar.

 

- JACOB BLACK, JÁ CHEGA! Nós já falamos sobre esse assunto e eu me recuso a continuar nossa amizade se você continuar falando mal dela. A Leah me ama, eu a amo, nós iremos nos casar e fim de papo. Nada que você diga poderá mudar isso...  Bufei irritado.

 

-Mas Qu...

 

- SHHHIIIII NEM MAIS, NEM MENOS JACOB! Cala a boca não quero mais ouvir uma só palavra, me ajuda aqui com o meu poema. Pedi desamassando o papel que estava no bolso.

 

- O QUÊÊÊ? Você vai recitar um poema??? Você só pode estar brincando... Quer coisa mais bicha do que isso? Quil você tem quantos anos? Sete? Pelo amor de Deus não diga pra ninguém que eu sou seu empresário... Ele me deu inconformado o papel de volta sem ler o que eu havia escrito.

 

- Jake, vai a merda antes que eu me esqueça...

 

“Agora vamos voltar com a segunda parte do show de Quil Ateara” Anunciou o dono do bar.

 

Todos aplaudiram esperando meu retorno. Era agora! Entrei no palco, estava muito escuro, mas eu já havia combinado com o DJ que assim que anunciasse o pedido ele focasse a luz em cima da minha noiva. Assim eu poderia acompanhar perfeitamente a reação dela.

 

- Hã... Antes de começar a tocar, eu gostaria de pedir um minuto da atenção de vocês para um breve comunicado... Solicitei ainda envergonhado, eu nunca havia feito nada desse tipo em toda minha vida. O público ficou em silêncio esperando minha declaração, eu novamente peguei o papel surrado de meu bolso e tremendo comecei a ler...

 

- “Amor, o destino nos uniu para nunca mais nos separar, você é meu céu, meu sol e meu mar...”    Olhei para o lado e vi Jacob com os olhos arregalados. Ignorei e continuei o meu poema.  - “Saiba que eu fui o homem mais feliz, no dia que eu te encontrei naquele chafariz e quase quebrei o meu nariz...” Alguns na platéia riram outros murmuravam e o Jacob agora estava batendo a cabeça na parede, numa tentativa grotesca de se matar.  – “Hoje estou aqui, com essa cara de caqui...” Tudo bem eu admito, isso pode estar um pouco brega, mais eu precisava rimar as palavras. O Jacob? Ele cada vez se escondia mais atrás do palco e sibilou algo do tipo “Eu quero me dar um tiro no cú de tanta vergonha de você”.  Ignorei de novo.  – “E é com muito ORGULHO que eu lhe digo, BIZUNGUINHA (Ela adorava esse apelido) casa-se comigo?”  Tudo aconteceu simultaneamente, assim que anunciei o pedido, o DJ jogou a luz em cima dela, focando minha noiva aos beijos com um cara. Hã? Eu disse aos BEIJOS com um cara??? Um cara que não sou eu??? Nesse momento foi um silencio absoluto, ninguém estava entendendo mais nada.

 

- Leah? Eu não conseguia acreditar naquilo que meus olhos me mostravam.

 

- QUIL!  Indagou assustada e envergonhada ao mesmo tempo.

 

- Quil?  O filho da puta ao lado disse meu nome?  Virei o olhar pra ele.

 

- Sam?     Não, não pode ser! Por favor, me diga que esse idiota que minha noiva está me traindo não é o Sam, meu amigo e rival de infância.

 

- Vocês se conhecem?  Perguntou a vagabunda que eu chamava de noiva, mais branca que um pacote de farinha de trigo.

 

- Chifrudo! Chifrudo! Chifrudo!  A platéia agora entendendo o que estava acontecendo, começou a ovacionar. Eu nunca me senti tão humilhado em toda minha vida, eu não sabia o que fazer. 

 

- Quil, meu amor, não é nada disso que você está pensando!  A piranha tentou se defender.

 

- CALA A SUA BOCA! Nunca mais ouse me chamar de amor, você não passa de uma vagabunda! O Jacob sempre tentou me alertar, mas eu não, quase perdi meu amigo por acreditar em você e olha o que eu recebo em troca? Uma humilhação em público. Apontei as pessoas na platéia. - Leah você destruiu minha vida, eu NUNCA mais vou amar ninguém, sabe por quê? O amor não existe!  O amor é só uma ilusão que as pessoas inventam. Eu cuspia as palavras com uma veracidade absurda que saia de dentro de mim.

 

- Quil, eu posso explicar...  Ela chorava de maneira compulsiva.

 

- Leah, não precisa explicar nada! E pode engolir essas lágrimas de crocodilo, elas não fazem mais efeito sobre mim.

 

 Virei às costas e sai do bar feito um foguete sem olhar pra trás, nem para o lado. Eu estava sem rumo, peguei meu carro e comecei a dirigir pela grande estrada de Nova York, eu não podia mais voltar a Manhattan ou seria apontado para sempre como o corno da cidade. Meu celular tocava sem parar, era Jacob me ligando desesperado, eu não queria atender agora, apenas queria sumir desse lugar.

 

Depois de algumas horas dirigindo eu já estava fora da cidade, nem sabia bem ao certo em que lugar eu estava, mas era outra cidade com certeza, pois o local era mais tranqüilo e pouco movimentado, com certeza era alguma cidade pacata no interior do estado. Já se passava das 22:00 da noite então resolvi parar o carro no lugar com mais pessoas que avistei,  um bar do outro lado da rua. Hoje eu queria mais era encher a cara. Fazia um bom tempo que eu não tomava um porre. Entrei no local e percebi que todos estavam eufóricos com alguma coisa mais na frente, caminhei pela multidão até encontrar o motivo de toda aquela agitação. Em cima do balcão do bar, tinha uma doida que cantava e dançava descontroladamente. Ao lado dela, uma outra garota a puxava tentando inutilmente  tira-la de lá. Eu pedi uma cerveja para o garçom que passou ao meu lado e fiquei só observando a cena.


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Notas finais do capítulo

  E ai gente vale a pena postar???????????
 
 
Quem quer mais???????????