Casada com Edward Cullen II escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 7
Capítulo 06


Notas iniciais do capítulo

Eu amo este Edward, e quem criticou as atitudes dele na primeira, vai ter que aturar a melação na segunda =)



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Capítulo 6

Pov Edward

NOIVADO.

Era nosso primeiro final de semana juntos. Eu tentei convencer Bella a dormir na minha casa todos os dias antes desse, ela prontamente recusou, dizendo que era melhor evitar as más recordações.

Eu estive de volta ao escritório alguns dias depois, pedindo a minha segunda secretária para anunciar minha casa para venda e procurasse novas ofertas de alguma na região onde eu morava. Eu sabia que teria que submeter a casa atual para uma reforma ou vende-la a um preço fora do mercado.

Na sexta, eu não pude dar muita atenção a ela, Susan tinha voltado até minha casa e passou algumas horas comigo atualizando relatórios e novos contratos que precisavam de minha assinatura para prosseguir por outros setores. Trouxe boas novas com possíveis sociedades. Eu não estava pensando nos lucros. Eu só pensava que finalmente estava saindo da crise, e a imagem do rosto do meu pai desapontado estava finalmente parando de povoar minha mente.

Eu estava aliviado por Susan ter sido completamente bem treinada. E também por Garret, o vice-presidente, estar totalmente apoiando-a nesse período complicado. Por mais que também estivesse ausente por motivos de saúde, ele esteve presente nesses dias que estive fora. E agora, forçaria seu filho mais velho a estar presente também, para comandar em seu lugar.

Voltei a sorrir, pensei em Bella. A sexta não foi boa, mas o sábado foi extremamente maravilhoso. Nós finalmente saímos de casa. Não queríamos ser importunados. Nós simplesmente usamos bonés e óculos de sol. Estávamos no porto bem cedo e pegamos a barca, atravessando o mar de Seattle. Tive Bella grudada em meus braços, com seu medo por barcos estava ultrapassando os limites, quando ela choramingou dizendo que morreríamos. Eu ri e sabia que pioraria quando ancorássemos no caís e eu tomasse meu próprio barco para nos levar até a Ilha da minha família.

Eu decidi naquela hora que eu deveria cansá-la o suficiente para ela voltar dormindo. E foi exatamente o que fiz. Nós tivemos uma um dia como qualquer casal no mundo. Nós nadamos e seguimos uma trilha, conhecemos cada canto da casa e na volta, ela estava finalmente dormindo. Sem medo algum. Acordou na madrugada, assustada, dizendo que deveria voltar para casa e ajudar sua mãe com o almoço do dia seguinte... O almoço de noivado.

Não pude contê-la. Em plena madrugada, Thomé dirigiu para leva-la. Se não soubesse que ele seria capaz de deixa-la em segurança, nunca teria a deixado ir sem mim. Nós tínhamos uma blindagem contra mísseis. Ela ficaria bem.

O domingo surgiu. O sol deu as caras e eu quase podia pensar que ele tirava sarro de mim. Mas eu nem ligava. Também não ligava se os passarinhos cantavam lá fora e as borboletas voavam sobre o jardim quase morto. Era amor isso, preciso dizer? Não. Bastava saber.

Eu fui me aprontar. Precisava estar bem e no horário. Escolher a roupa seria uma tarefa fácil, se fosse qualquer lugar, mas não era qualquer lugar. Nem qualquer dia. Tive medo de a minha ansiedade estragar tudo. Meu nervosismo fazia minhas mãos soarem, mas ao lembrar-me do sorriso de Bella, tudo ficava em paz. Às vezes eu sabia que iria ao inferno e voltaria por ela. Eu suportaria qualquer coisa se seus olhos brilhantes estivessem olhando para mim. A mulher era minha obsessão. Minha.

Eu precisava de muito mais? Sim, eu sabia que precisava assinar o bendito papel e ter homens como testemunhas novamente, eu precisava provar para ela de alguma forma que eu havia mudado. Eu precisava sim me redimir. Mesmo que fosse do meu jeito torto.

Algum tempo depois: pronto. Encarei o homem refletido no espelho. Faltava algo, algo muito importante. Algo que não posso esquecer, jamais. Eu respirei fundo e dei a volta pelo quarto, pensando no que é que eu estava esquecendo... Cabelo penteado. Dentes escovados. Boxers ok. Jeans e camisa arrumados. Sapatos calçados... O que faltava? Céus, eu soltei uma risada quando encarei a caixa na cômoda. Bella me perdoaria se eu me esquecesse do mais importante?

Caixa guardada no bolso, respirei aliviado. Eu sabia o quanto tinha sido difícil encarar o lugar que tive que encarar para ter esse objeto comigo, mas eu fui. E agora, estou finalmente pronto.

Enquanto eu fazia meu caminho para a saída, eu pensava no que levava no bolso. Precisou de uma boa restauração para estar perfeito para Bella. Era uma peça rara de família, pertenceu a minha... Não sei quantas gerações atrás, mas era a avó da minha avó e ela ganhou de sua sogra. Foi sua aliança de noivado, até ser passada para frente, pelos filhos homens na filha. Seu aro era fino, mas firme, e em seu centro estava um amontoado de pedras brilhantes. Eu adicionei ali safiras azuis. E eu só podia imaginar que Bella usasse ele.

Eu jamais imaginei que fosse dar a alguém, minha mãe o usou até o dia da sua morte. E eu não podia imaginar que mulher seria merecedora dele. Mas eu a conheci. E no dia que coloquei meus olhos sobre ela, mesmo sendo resistente, eu sabia que ela estaria usando-o eventualmente.

Eu estava fora de casa minutos depois. E mais alguns outros na estrada. No meu carro. Eu não acelerei, eu pesei minha cabeça no encosto e suspirei pesadamente, pensando que a pior parte estava por vir.

E ela chegou.

Eu encarei a porta de aço alguns minutos depois que achei um lugar para estacionar. Embry, o porteiro, me olhou um tanto curioso. Eu sabia que o tempo continuava a correr enquanto eu encarava a mesma porta, até ela se abrir para mim e exibir a mais linda imagem do mundo.

Isabella tinha seus cabelos soltos e usava um vestido branco. Eu a olhei por inteiro, desaprovando o tamanho da peça rendada. Ouvi sua risada quando me demorei em seus saltos vermelhos. Ela estava incrivelmente linda.

— Acabou? — Perguntou suavemente — Devemos ir então...

Eu respirei fundo, encarando a mão que ela estendeu para mim.

— Vamos, Edward. Está seguro aqui. Estou aqui. Não deixaria você entrar se tivesse algo de errado, juro.

Eu toquei a ponta de seus dedos frios e ela continuou sorrindo, tentando me tranquilizar. Encorajado, entrei. Ela me puxou para um abraço e eu vi a porta do elevador se fechar. Eu senti seus lábios no meu segundos depois, Isabella correu suas unhas pelo meu couro cabelo, puxando-os fortemente, enquanto sua língua ágil tocava a minha. Eu gemi um pouco, apertando-a contra mim, até que nós ouvimos um som e então as portas estavam abertas novamente.

Eu estava zonzo quando ela limpou seu batom do meu lábio e me puxou, eu andei cambaleante, ouvindo sua risada.

— Ainda bem que Embry me chamou. Você não viria sozinho — Disse, mas agora estava séria — Eddie, houve uma manutenção intensa. É seguro.

Eu assenti, sem responder nada. Nós andamos mais alguns passos até ela abrir a porta de seu apartamento. Eu sorri calmamente agora, encontrando Jasper, que estava sentado no sofá, juntamente com Alice e Alec. Charlie estava ali, e ele pigarreou, notando-me. Eu vi Renée acenar de longe.

— Algo de errado com ele? — Charlie perguntou para Bella.

— Elevador.

— Sente, Edward — Ele disse, tirando-me dos braços de sua filha e me colocou no sofá como um garoto de cinco anos — Busque um pouco de água para ele, minha filha.

— Ei, não precisa. Eu estou bem — Tentei paralisar Bella, mas ela arqueou a sobrancelha para mim — Sério, estou bem.

Ela iria voltar para mim, então Charlie apenas pigarreou novamente, sentando-se ao meu lado. Ela se viu obrigada a ficar do lado de Alice. E parecia chateada com isso, mas logo eu vi que elas começariam uma conversa e isso seria esquecido.

Enquanto isso, Charlie também começava uma comigo.

— Então você quer se casar com a minha filha? — Ele perguntou, não parecia sério, mas ele realmente não estava aqui para fazer amizade.

— Positivo, chefe — Disse.

— E as suas intenções, Edward?

— As melhores — Ele estava claramente desconfiado — Eu amo Bella. Eu quero fazê-la feliz. Eu quero fazer de nós uma família.

Charlie suspirou.

— Sabe, rapaz, eu já tive sua idade há algum tempo. Sei como é ter um trabalho que ocupa sua mente e te deixa estressado. Quero só informar a você que minha filha não é o seu saco de pancadas, você entende? — Ele falava em um tom rude agora, eu respirei profundamente.

— Jamais pensarei isso dela outra vez, Charlie, eu a amo.

— Isso não será um contrato, Edward — Ele disse novamente, ignorando — Você não vai poder mandar nela. Nem torna-la sua prisioneira. Nem despachá-la quando ela te chatear. Casamentos são difíceis, Edward, veja eu, casado há quase quarenta anos e têm dias que eu tenho vontade de matar Renée — Ele parou de dizer e soltou uma risada — Se você pensar em matar minha filha, eu faço isso com você antes.

— Já chega, pai! — Isabella quase gritou — Eu deixei o senhor falar essa baboseira de pai, mas eu sei que teve uma grande amizade com o Sr. Cullen e não tem nada grandioso contra Edward. Não estrague as coisas falando essas... Asneiras desnecessárias.

Charlie encarou sua família, mas não ficou abalada com o discurso e com a gritaria.

— Fique tranquilo. Eu farei da sua filha uma mulher feliz. E ela poderá ir a qualquer momento se isso não acontecer. Esse casamento não é um contrato, se é o que lhe aflige.

— O almoço está servido! — Renée gritou.

Nós andamos em caminho a sala de jantar, e eu estava inebriado pelo cheiro da comida. Agora o clima parecia ser outro, eu ouvia Jasper falando sobre o vinho que tinha trago e Alice rir dizendo que queria se embebedar quando possível fosse.

— Daremos o mérito a Bella, ela cozinhou para nós — Renée sorriu grande para sua filha, sentando-se ao lado do marido.

— Isso é serio? — Cochichei para ela, que se sentou ao meu lado. Bella corou.

— Isso é sério, Edward. Bella cozinha muito bem — A mãe voltou a dizer, orgulhosa outra vez.

Eu também sorri orgulhoso para minha futura noiva, que enchia seu prato de vegetais e legumes.

— Como está sua vida agora, Jazz? Dormido bem?

Eu iniciei um assunto quando o silêncio se tornou grande demais.

— Boas, meu caro. Às vezes eu tenho insônia, mas... Ótimas. Alec não atrapalha, ele dorme o tempo inteiro. Vocês verão quando tiverem o seu.

Eu vi Bella se engasgar com a cenoura que colocou na boca, enquanto nós rimos.

— Bella, você não acha que terá filhos? Não seja boba — A mãe disse, enquanto eu batia levemente nas costas dela. Que derrubava uma lágrima.

— Ter o filho é ótimo. O parto que é horrível — Disse Alice, rindo também.

— Sim, a hora do parto é terrível, todas as dores fazem você se arrepender de um dia ter pensado em sexo — Renée lançou as palavras na mesa, fazendo com que sua filha corasse absurdamente — Eu ainda não acredito que ela possa ser virgem...

A segunda parte saiu como um sussurro, mas nós ouvimos, então estávamos rindo demasiadamente.

— Comam! Me deixem em paz! — Ela murmurou, ainda tossindo, ignorando sua entrada e indo direto para o prato principal.

O cheiro do assado de Renée tirou minha concentração. Eu vi a carne ser mergulhada no molho madeira por Isabella, enquanto ela separava as alcaparras. Tudo parecia muito bom e quando eu mesmo tive minha chance de provar, foi como estar no céu.

Nós conversamos um pouco mais, conversas paralelas que deixaram Bella da cor de seus saltos.

Quando Renée anunciou que buscaria a sobremesa, eu me ofereci para ajuda-la, acompanhando-a para a cozinha.

— Olhe... — Eu disse, olhando para o lado, quando tive certeza que estávamos sozinhos.

— Ed...war...d — Balbuciou — É perfeito.

Ela analisou a peça em sua mão, verdadeiramente encarada. Eu deixei a caixinha no balcão da mesa, enquanto imaginava qual seria a reação de Bella ao vislumbrar seu anel.

— São tantas peças... Diamante. Safiras... E pérolas. E ficou uma combinação tão perfeita.

— Ótima observação. Eu fiz uma modificação. Eram esmeraldas, então eu troquei pelas safiras. Você acha que ela vai gostar?

— Ela amará! — Me garantiu e eu sorri.

— Eu tive uma ideia... — Brinquei e ela sorriu — Nós podemos colocar na torta. Eu gostaria de vê-la mastigando isso.

Renée deu uma risada maquiavélica, me acompanhando. Nós colocamos o anel na torta gelada de morango com sorvete que Bella também havia feito.

Servimos para todos e nos sentamos, esperando o show.

— Eu vou dispensar — Bella sorriu, comentando com Alice — Eu estou mais que satisfeita.

— Por favor, Bella, não é educado e isso parece delicioso! — Alice disse, provando sua torta — E sim, está mesmo delicioso. Você tirou a receita da onde?

— Sim, está realmente ótimo — Eu também provei, incentivando-a.

— Vocês certamente estão exagerando... — Ela riu, empurrando seu prato.

— Deveria provar — Disse.

— Se eu não explodir... — Ela comentou, olhando seu prato e parecia pensar.

— Você que sabe. Eu acho sua forma física perfeita... — Estava pronto para implorá-la para comer quando ela pegou seu garfo para experimentar.

Deixei o meu no prato, olhando curiosamente. Ansioso.

— É... Parece realmente bom — Sorriu para mim.

Eu a vi comer mais um pedaço, um pedaço grande até. E meu peito explodiu com a ansiedade.

Cof.

Cof.

Cof.

Ela achou o anel?

Eu segui a tosse, que não era de Bella, e visualizei Charlie. Ele tinha sua face avermelhada e parecia engasgado. Enquanto alarmava a todos nós. Bella soltou seu prato na mesa, enquanto gritava para seu pai beber água. Eu vi minha futura sogra cair na risada, enquanto Charlie cuspia algo em seu guardanapo.

— Céus, o que houve papai? — Bella perguntou apressada — O que é isso?

Eu olhei para Renée, que puxava o guardanapo de Charlie e mergulhava o anel em sua taça de água, ainda rindo.

— É o seu anel de noivado — Ela disse, ainda rindo — Seu pai quase o engoliu.

E mais risadas. Eu tentei segurar as minhas. Mas meus olhos estavam cheios de lágrimas. Era a cena mais engraçada da minha vida.

— O que meu anel de noivado fazia na torta do meu pai? — Bella perguntou para mim, e ela não achava graça nenhuma.

— Era pra ser como nos filmes... — Renée comentou.

— Isso já está mais que comprovado que nunca funciona. Parem de rir!

Ela estava abraçada com Charlie, lhe dando água e eu controlei minha crise de riso.

— Certo, Bella, a intenção foi boa — Charlie disse, recomposto.

— Desculpe amor, houve mal entendido na hora da distribuição — Ela tentou sorrir e eu vi Renée me oferecer o anel, já limpo e seco — E me perdoe por quase mata-lo, Charlie. Mas eu realmente queria saber se o senhor me daria a honra de ter a mão da sua filha.

Ele me encarou profundamente, enquanto eu me levantava, dando a volta na mesa e ficando em frente ao meu futuro sogro e a sua adorável filha.

— Como dizer não a você, garoto? Seu pai queria esse casamento. Nós dois, na verdade. Isso aconteceria se Carlisle estivesse entre nós, ainda assim.

Eu sorri para ele, sentindo meu coração aquecer com o pronunciamento do nome do meu pai.

— E a senhorita aceita ser minha?

— Eu... Claro que sim.

Eu recebi um lindo sorriso, enquanto ela me dava sua mão esquerda. O anel escorregou pelo dedo fino, encaixando perfeitamente. Eu a vi olhá-lo e seus olhos... Foi mais do que eu imaginei. Ela não parecia deslumbrada. Ela parecia... Emocionada. Ela estava, e ela chorou.

— Ele é lindo... — Ouvi-a gemer isso.

Eu lembrei-me de minha mãe, eu sempre lembrava quando Bella tinha seu jeito doce para mim. Elas eram tão parecidas...

— Você deu a ela... — Vi Charlie arfar — É uma herança de família. Está na família de Edward por gerações...

Bella pareceu se emocionar mais com isso. Eu a vi esticar seus braços, jogando-se nos meus, enquanto risadas nos saudavam.

— Temos que comemorar. Champanhe! — Gritou Jasper, desfazendo o clima melancólico, enquanto Bella ainda estava espremida em meus braços.

— Buscarei — Renée anunciou.

— Você gostou? — Perguntei a ela.

— Eu amei, Edward, ele é tão incrível... E era da sua mãe... Céus... Eu tenho medo de usar isso na rua... Ele é tão...

— Não tenha medo — Disse para ela, que riu um pouco — Apenas me beije. Eu cuidarei de você para sempre.

Bella selou seus lábios nos meus docemente, até ouvirmos barulhos de talheres chocando-se contra o vidro. Taças foram distribuídas.

— Discurso, discurso, discurso! — Alice arrulhou.

— Apenas o brinde! — Isabella rebateu e eu vi sua amiga murchar.

— No casamento vocês não escaparão... Me aguardem! — Ameaçou ela.

— Então, um brinde aos finalmente... NOIVOS! — Renée gritou.

— Que a felicidade seja infinita!

Com o berro de Alice, nossas taças chocaram-se umas com as outras, e eu sorri emocionado para Bella, enquanto bebíamos sem desviar a atenção de nós dois. Eu não estava cabendo dentro de mim de tanta felicidade.


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