Casada com Edward Cullen II escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 4
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Voltei, oba!!!! Vamos ao caps, hoje o POV é do Eddie.



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Capítulo 3.

Pov Edward

Dizer que a amava não tinha sido difícil como eu imaginava na minha mente, na verdade foi a melhor coisa do mundo. E a melhor sensação do mundo era saber que ela me amava de volta.

A ansiedade e o medo ainda me rondavam, eu não podia apressar as coisas, mesmo querendo estar com ela no meio de um casamento rápido. Eu sabia que ela merecia mais e eu estava disposto a reparar as bobagens que fiz antes. Eu havia me divorciado e ficado noivo numa frequência louca, eu havia deixado uma noiva plantada esperando por um sim e finalmente estava pensando em casar com minha ex-esposa. E no fim, eu ainda queria ser levado a sério. Quem levaria este cara a sério? Ninguém.

Cautela.

A palavra gritou e sambou na minha cara, eu teria a cautela que Bella merecia, para nunca magoá-la. Ela era a minha garota e ela merecia cada esforço que eu imaginava que iria ter. Principalmente agora que ela tomava banho e havia menos que dois metros de distância entre nós. Era um esforço muito grande para não ir até lá e ajuda-la a se esfregar. Ou me esfregar nela...

Esforço! Cautela!

As palavras gritaram em vermelho e eu lembrei-me de uma noite que passei aqui. Enquanto tentava inutilmente dormir, ainda me focava em vasculhar algumas coisas que eu sabia que minha tia havia enviado para ela. Para o seu enxoval, quase como uma piada. Eu não demorei para achar a caixa preta naquele dia, e também não demorei para achar agora e ter o vislumbre da coleção de lingerie indecentes ali. Eu ri pensando em Isabella dentro de algumas dessas peças, como também pensando nela fora delas. E eu a queria, fortemente, eu a queria agora.

Eu estava duro e seria constrangedor se ela fechasse o registro e saísse do banho agora e me encontrasse assim. Totalmente ereto dentro dessa calça estupida de flanela. Agora eu só queria vê-la como antigamente.

Imagens dela dentro do seu vestido preto provocante naquela manhã, depois da boate, povoaram minhas lembranças. Extremamente sexy. Porra, ela estava tão excitante.

É essa porra de amor, certo? Ele me deixa assim como um babaca por aquela mulher. Aquela única mulher, cuja está na porra de um banheiro, nua e usando as próprias mãos para lavar o seu corpo. O quão injusto isso parece ser?

Eu precisava dar uma ajuda a ela para que ela me visse dessa forma também. E eu iria.

— Eu vou te ajudar com a roupa, baby — Disse quando sabia que ela não havia levado nada além da toalha consigo.

Ela não me respondeu e eu voltei para a caixa, entre todas as peças, achei a que mais gostava. Era uma camisola com um decote em vê. Sua alça era coberta por rendas e cetim, e ela tinha um cumprimento que faria Isabella corar absurdamente. Ela acompanhava uma minúscula calcinha da mesma cor. Preta.

Eu guardei a caixa e empurrei a porta do banheiro. Aberta, como eu supus.

Eu dei uma encarada para o box negro e sabia que ela estava me olhando também. Eu podia ouvir sua respiração meio ofegante, enquanto eu gemia frustrado. Eu deixei sua ‘roupa’ no balcão e saí do banheiro.

Eu percebi quando ela fechou a ducha. O silêncio absurdo que vinha lá de dentro, enquanto os minutos passavam lentamente e ela continuava trancada dentro do cômodo. E eu queria ser uma pequena mosca lá dentro para vê-la andar de um lado para o outro, inundo suas forças em coragem para usar a peça escolhida por mim.

Eu sorri amplamente quando ela saiu de lá. Eu tive um vislumbre da mulher em um todo. Seu cabelo estava molhado e solto, abaixo de seu ombro. E pela primeira vez eu vi parte da sua coxa exposta, enquanto ela inutilmente puxava a peça para baixo. Eu subi meus olhos pelo seu corpo, novamente, encarando como seus seios ficaram pressionados. Eu não imaginava como seu corpo era... Sim, eu imaginava que ela fosse mais voluptuosa do que parecia ser, mas não imaginava que fosse tanto assim. Eu engoli minha saliva, empurrando uma grande quantidade de concentração, enquanto eu continuava a subir meus olhos por ela, enquanto seu peito nu e em um leve tom de vermelho. Seu pescoço fino e completamente vermelho, assim como todo o seu rosto enrubescido.

Minha.

Minha mente possessiva rosnava. Ela era minha morte? Sim. Eu morreria com prazer? Santo Deus, com certeza sim.

Eu a vi caminhar insegura até a mim. Eu queria realmente adicionar muitos comentários aos seus passos contidos, mas ela parecia tão envergonhada, que eu realmente calei.

Eu estava boquiaberto com o mulherão que se aproximava da cama. E eu pisquei várias vezes quando ela parou ao meu lado.

— Você está bem? — Que voz era aquela que ela estava usando?

Essa. Mulher. Iria. Me. Matar.

Esse é um jogo para dois, então? Interessante...

— E-e-u estou — Merda, eu realmente gaguejei como a porra de um adolescente? Bella sorriu abertamente.

— Não parece — Adicionou ainda risonha — O que você quer fazer?

Era coisa da minha imaginação ou ela acabou de sair dos meus sonhos eróticos para uma realidade intensa? Eu vi Bella piscar seus dedos na frente dos meus olhos, sorrindo inocentemente, enquanto eu continuava piscar. A culpa era minha. Fato.

— E-e-e-u? — Gaguejando de novo, Cullen?

— Não há mais ninguém aqui, amor...

Amor? Ela me chamou de amor? Eu certamente tive uma ejaculação precoce. E ela só disse “amor”!

— A gente pode... Você pode... — Um idiota que não consegue formular uma frase. Controle-se, por Deus, você está sendo patético — Deite aqui comigo.

Eu tentei me acalmar, enquanto ela sorriu, pensando. Ela me lançou um sorriso malicioso e eu me afastei para dar espaço a ela. Um espaço mínimo, então ela teria que ficar bem próxima para não cair. Bella, por sua vez, pareceu não se incomodar com isso. Eu vi quando ela engatinhou para mim e sentou-se bem ao meu lado, controlando cada pequeno pedaço esvoaçante da sua camisola. Eu ajeitei o travesseiro, um pouco inquieto, quando ela se mexeu, virando de costas para mim.

— Você pode diminuir o volume da tevê, por favor? — Ela forçou uma voz baixa e excessivamente inocente.

— C-c-c-l-a-r-o — Porra.

— Eu vou tentar dormir até o almoço — Disse e soltou um pequeno bocejo. Ela se moveu um pouco na minha direção, causando uma pequena fricção com a lateral da minha perna. Eu engasguei sozinho, enquanto ela ria baixinho — Você pode me abraçar um pouco? Eu tenho um sono inquieto e posso cair...

Eu engasguei novamente, enquanto virava em direção a ela. O quão difícil aquilo podia ser, eu certamente sabia que poderia piorar. Lá estava eu, abraçando-a pela cintura, encostando seu corpo ainda mais no meu. Sabendo que ela podia me sentir pela maldita calça de flanela. Sabendo que podia senti-la pela maldita camisola fina. E sabendo, que mesmo assim, estávamos tão distantes. Enquanto eu constava o quão tolo havia sido nessa ideia.

Olhos fechados, tentei me controlar. Ela tinha seus olhos levemente fechados também e aí eu soube, pelo seu sorrisinho vencedor, o feitiço se virou contra o seu feiticeiro. Eu queria provoca-la e vê-la corar diante de mim e ter uma visão mais que perfeita do seu corpo. E cá estou eu, numa situação decadente, quando eu sei que a mulher está realmente tentando dormir.

O quão frustrante pode ser?

E pior, quando dei por mim, também estava cochilando. Percebendo isso enquanto no meio do meu sono leve, ouvi alterações no andar de baixo. Eram gritos, estridentes, e eu achei que Bella estaria acordada ouvindo também, mas pelo visto ela também estava muito cansada.

Eu tentei me desvencilhar e ela se mexeu um pouco, mas continuou a dormir serenamente. Eu não queria olhar, mas agora sua camisola estava suspensa e eu tive uma visão espetacular de sua bunda, e eu sabia que tinha acertado bem na escolha da calcinha. E por mais que o mundo estivesse desabando no andar de baixo, eu segurei meu membro e gemi frustrado.

Eu cobri Isabella, mesmo querendo ficar aqui e olhá-la pelo dia inteiro, eu tinha que descer e apartar o demônio possuído lá em baixo.

Eu me afastei do quarto, relutante. Eu andei apressadamente pelo corredor, até que a vi quando alcancei as escadas. Ela estava ali e seus cabelos estavam fora do lugar. Aliás, ela inteira estava fora do lugar. Seus olhos borrados e o vestido branco encardido... De noiva. Que diabos era aquilo?

— Não grite mais — Apesar do terremoto que passava por dentro de mim, minha voz soou tranquila.

Tânia parou, Seth a soltou e ela finalmente parou de se debater e gritar. Um silêncio preencheu o móvel e eu vi quando seus olhos deixaram algumas lágrimas serem derramadas.

Eu fiz meu caminho para baixo, encarando a mulher tão diferente na minha frente e imaginando o que aconteceria se Bella acordasse.

— Eu exijo minha explicação, Edward! — Ela gritou outra vez e eu revirei os olhos.

— Eu disse tudo que tinha para dizer na última vez que a vi — Dessa vez eu deixei um tom entediado surgir e Tânia abriu a boca incrédula para me rebater.

— Você precisa me explicar por que diabo me deixou lá, no meio de todo mundo, quando você deveria ter sido mais decente comigo! Eu sempre estive ao seu lado, ou você se esqueceu disso também?

O ressentimento. A mágoa. A frieza. Eu reconhecia aquilo. Um dia ela realmente sempre esteve ao meu lado, impulsionando o meu pior.

— Obrigado por todo seu apoio. Eu provavelmente devo ter recompensado você, não? — Disse e ela riu. Friamente riu — Que seja, eu posso recompensar agora. Quanto é você quer para me deixar em paz, Tânia?

— Por favor, Edward, como você pode imaginar que eu vou querer algo para te deixar em paz? — Ela respondeu cinicamente, recobrando sua postura — É só você pedir e eu o deixarei querido.

Ela andou em minha direção, estendendo sua mão para meu rosto e não se ofendeu quanto lhe segurei, afastando-a.

— Tânia, vai embora da minha casa — Eu disse calmamente — Eu amo outra mulher.

— Outra mulher? A mortinha? — Ela estreitou seus olhos contra mim e eu fechei meus punhos fortemente.

— Saia! Agora! — Eu a peguei pelo braço.

Sem mais assunto, sem mais bondade com Tânia. Se ela queria mesmo agir como uma idiota histérica, que se fodesse bem longe de mim.

— Você e aquela vagabunda não perdem por esperar! — Rosnou para mim enquanto eu a atirava pela porta.

Eu dei uma boa olhada no público que me assistia, enquanto bufava.

— Dê um jeito nas fechaduras e travas. Ela está proibida de entrar aqui — Disse para Leah, que assentiu — Que horas são?

— Duas e vinte, senhor.

Bella... Bella precisava acordar e comer.

— Certo, peça para alguém levar o almoço para Isabella... E Leah — ela continuou me olhando, aguardando — Certifique-se de que Bella não saiba do que aconteceu.

Eu tive a visão mais tentadora e maravilhosa quando entrei no quarto. Bella estava fazendo um muxoxo em seus lábios e suspirava baixinho, chamando por mim em seu sonho. Ela tateou a cama e não me achou, então se aquietou, provavelmente voltando a dormir. Ela parecia calma agora, apesar disso, tranquila.

Perfeita.

Ela se virou de costas para mim, fazendo sua camisola subir um pouco mais e eu segurei-me contra a parede para não ataca-la.

Eu nunca me perdoaria se um dia a fizesse sofrer. Ela merecia mais do que a felicidade e eu estava disposto a dar isso a ela a todo custo. E eu tive a completa certeza disso quando ela se voltou novamente para minha direção. Agora com seus olhos bem abertos e acordados. Bella tinha um sorriso de arrancar suspiros no rosto.

— Por quanto tempo você pretendia ficar me observando? — Ela me perguntou com uma voz baixa, arrastada pelo seu sono.

— Não importa o tempo, nunca será o bastante... A vida inteira? Ainda assim, pouco.

Eu vi Bella sorrir um pouco mais, porém, seu rosto enrubesceu.

— Você acredita em vida após a morte?

Ficamos algum minuto em silêncio absoluto. Eu era descrente de tanta coisa e agora vejo como me encontro, há essa mulher e eu sou completamente louco por ela, pensando nesse tipo de coisas que eu nunca achei ser possível de verdade.

— Eu acredito — Ela disse, quando viu que eu não tinha mais respostas.

O resto do dia não passou de um borrão, nosso almoço chegou e nós engatamos um assunto sobre animais marinhos e eu ri do seu jeito protetor de falar sobre tartarugas. Ao cair da tarde, ela teve que ir. Eu tentei ficar com minha postura ereta na porta, enquanto ela juntava suas roupas para se arrumar, ignorando ao fato que ela me dizia que teria aula pela manhã e recusou meus pedidos de passar a noite. Eu me ofereci para leva-la, recusou também.

Ela saiu do banheiro, finalmente pronta. Fiz uma análise sobre o que ela vestia: jeans skinny, regata branca colada. Jaqueta, saltos e segurava sua bolsa com afinco contra o corpo.

— Voltarei amanhã — Prometeu-me. Engoli a saliva, também engolindo o ciúme.

— Que horas?

— Vamos ver... Pegarei as aulas da manhã, porém terei que passar na Alice por volta do horário de almoço...

— Você sabe que Jasper já contou tudo a ela, não é? — A interrompi e ouvi sua risadinha.

Eu me levantei, sorrindo diabolicamente, usando meu plano para impedi-la de ir direto para amiga e vir direto para mim.

— Sei, mas ela quer ouvir diretamente de mim, então eu vou contar — Ela sorriu da mesma forma e agarrou-se a mim — Então quando eu sair de lá, passarei em casa para um banho e...

— Você pode fazer isso aqui. Há roupas suficientes — Continuei na minha tentativa de persuasão. Ela sorriu e negou.

— Estarei aqui pelas cinco, tudo bem? — Fiz que não com a cabeça e ela riu.

Bella me soltou após selar nossos lábios e caminhar para saída, mas um chamado meu a deteve de fazer seu caminho.

— Sim? — Ela me olhou, e eu senti sua respiração ofegar um pouco, enquanto se virava para minha direção.

— Quando eu poderei ir até sua casa falar com seu pai? — Perguntei sério.

Eu estava esperando sua resposta. Eu estava realmente esperando a resposta disso desde que disse que a amava naquele hospital, e agora, vê-la indo, só despertou um pouco mais essa coisa em mim.

— Hm... Eu comentarei isso com meus pais hoje. Te digo amanhã, tudo bem?

Eu assenti e ela jogou um beijo no ar antes de ir.

Sensação de perda foi incontrolável. Ela estava aqui e era minha. E então ela foi embora, mesmo que por um dia.


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Notas finais do capítulo

King of drama!