Casada com Edward Cullen II escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 28
Capítulo 27




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Capítulo 27

 

— Em algum lugar no subúrbio de Seattle -

Ela havia planejado tudo que faria para Edward Cullen lhe pagar pelo o que havia feito. Mesmo há tantos meses ela não se esqueceu de aquilo que alimentou com tanto afinco. Cada vez que se frustrava, sua raiva contra o homem pelo qual dedicou anos de sua vida, aumentava. Anos que ela havia perdido para absolutamente nada. Ela queria se vingar dele. Dela e do filho que eles pensavam que teriam.

Não restara duvidas, sabia que seus telefonemas ameaçadores deixavam Edward no mínimo irritadiço. E por ora, era o que ela queria. Irritá-lo ao ponto de vê-lo perder seu controle totalmente. Sabia como apertá-lo direitinho. Sabia onde ela tocaria que o magoaria. Sabia onde manipulá-lo. Edward era um homem que ela conhecia bem. Era metódico. Usava o mesmo plano com todas as mulheres e ele nunca as trataria diferente de recompensas. Era como se todas fosse uma grande conquista. Da qual ele não aceitava perder.

Ela sabia que depois que Edward havia a deixado plantada no altar foi sua queda sem nenhum tipo de paraquedas. O homem com quem ela estava tendo um caso na época havia descoberto sobre seu casamento e partiu sem avisá-la. Todas as suas amigas lhe abandonaram no momento em que mais precisou. Sem dinheiro para se mantiver, não cogitou a hipótese de ter um emprego como qualquer pessoa normal. Ela queria o que era fácil, e sem o que era fácil, preferia morrer na miséria. Assim, ela teria bastante tempo para planejar sua vingança contra Edward.

Meses após estar enterrada em vícios de álcool e drogas, conhecem Esteban, um homem que havia lhe dado uma opção trabalho e havia se tornado seu ombro direito para planejar seu ataque a Edward. Tânia fora parar em grande esquema que lucra com a exploração do corpo feminino. No inicio ela só era uma acompanhante de luxo, mas não demorou muito para entrar na prostituição. Sujeitou-se em todas as coisas, enquanto era iludida nas propostas de Esteban para acabar com Edward.

Ela começou a agir por conta própria então. Cansou de esperar. Distraia Edward com as ligações, quando sabia que ele estava sendo o mesmo prepotente que sempre fora. Aumentou toda a segurança da esposa, mas deixou sua casa vulnerável. Como ela sabia que ele faria. Edward nunca iria imaginar que alguém seria capaz de atacar sua casa. Ele se achava autossuficiente e tinha uma síndrome do homem impenetrável. Tânia infiltrou pessoas de confiança na casa, que passaram a agir como os empregados perfeitos e colhiam informações sobre tudo que acontecia para que ela ficasse ciente de todos os movimentos de Bella e Edward. Foi numa dessas noites que viu a oportunidade perfeita. Com todos os seguranças e funcionários dispensados, eles teriam uma noite perfeita de um casal comum. Era isso que eles imaginavam, mas Tânia já havia planejado uma rota diferente.

Ela não invadiu a casa. Teve uma cópia da chave por uma das empregadas. Levou seu tempo com calma para espalhar as bombas pela cozinha e depois alerta-los quebrando um jogo de taças de cristal. Ela até esperou para ser pega, queria ver o casal, mas eles demoravam.

No dia seguinte ela havia deixado uma mensagem no escritório da empresa de Edward. Já havia descoberto pela televisão que as bombas foram desarmadas e que não havia feridos na tentativa de atentado contra o milionário Edward Cullen.

Ele retornou o contato assim que pôde, perguntando a Tânia qual era seu preço para deixa-los em paz. Parar com cartas e telefonemas, ela não entendeu sobre as cartas, mas tomou o crédito disso também após dizer seu valor.

Edward a encontrou em um hotel sujo, no fim de mundo em Seattle. Ele a olhou e não acreditou que tinha passado anos da sua vida ao lado daquela mulher. No momento, sentiu asco. Ela estava vestida como a mulher barata que sempre foi. Mas agora ela não usava as roupas caras que ele lhe dava. Nem estava com todos seus tratamentos de estética em dia.

— Bastante dinheiro para você passar o resto da sua vida longe de mim. Longe de Seattle — Ele murmurou friamente, jogando uma maleta preta em cima da cama — Eu vou verificar se sua passagem será só de ida Tânia.

— Sim senhor! — Ela passou a língua sob o batom vermelho, sorrindo maliciosamente — Me desculpe pelas brincadeirinhas, amor... Que tal uma despedida?

Ele se limitou a dizer algo. A olhou de cima a baixo e quase cuspiu no chão de tanto nojo que sentia. Tânia o viu dar as costas a ela, mais uma vez, mas dessa vez não se importou. Ele havia trago seu dinheiro e era o que importava.

Tânia se sentou para conferir o dinheiro, enquanto seu sorriso continuava congelado no rosto. Mas antes que pudesse encarar seus dólares, ouviu a porta abrir de novo.

— Mudou de ideia? — Ela ainda chegou a perguntar, mas percebeu que não era Edward na porta.

— Sua vagabunda! — O homem cuspiu grosseiramente — Estava pensando em me trair! Armou um encontro com seu amante e ia embora sem mim, Tânia?

Avançando para ela, o homem se quer deu uma chance de defesa. Tânia fora arremessada da cama para o chão, onde bateu sua cabeça fortemente contra o piso sujo.

Seus olhos desanuviaram segundos depois e ela tentou recuperar a consciência para se levantar, mas um movimento do homem a deteve. Sentiu seu coração acelerar quando viu que ele tirou um revolver da cintura. Suas pernas tremeram, como seus olhos esquentaram.

— Claro... Claro que não... Esteban... — Ela gaguejou ao tentar pronunciar — Iria falar com você... Me escute!

Não adiantou implorar. O homem a sua frente lhe lançou um olhar descrente e frio. Ela viu quando ele destravou a arma, apontando para ela. Tânia fechou os olhos fortemente e ouviu três disparos. Seu corpo debateu-se inutilmente no chão com o impacto dos tiros. Ela tentou fechar as mãos ou se mover, mas tudo que sentia era o gosto de ferro saindo por seus lábios. Seu próprio sangue, que jorrava, sufocando-a.

Abriu seus olhos e encarou o teto mofado do motel barato que ela havia marcado para encontro com o homem que um dia ela amou. Tânia piscou algumas vezes rapidamente e tudo aquilo parecia durar uma eternidade. Havia um zumbido enorme em seus ouvidos, mas ao fundo era só o silêncio e o teto que ela encarava, enquanto sentia-se sufocar cada vez mais.

Arrependimento de coisas que ela fez, principalmente das que ela não fez, lhe cercou a mente, quando inutilmente ela conseguiu mexer alguns milímetros seus dedos. Ela abriu e fechou a boca, numa tentativa frustrada para pedir socorro e a única pessoa que viera em sua mente fora Edward. E tudo aquilo de doentio que ela julgou sentir por ele... Mas agora estava sozinha. E sempre estaria, porque aquele era seu fim.

Quanto tempo mais resistiria? Será que existiria uma luz branca? Por frações de segundos ela sentiu tudo ficar mais ameno. O ar estava denso antes, mas agora suavizou. Assim como seu corpo que se debatia, simplesmente aquietou-se. Tânia fechou seus olhos, esperando pelo o que viesse encontra-la. Talvez sua mãe, para repreendê-la por ser uma menina má. Mas, sabia que no fundo ninguém viria.

Sentiu primeiro sua visão escurecer, para depois contar as últimas batidas fracas de seu coração.

1

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...

Pov Bella.

DIAS DEPOIS.

— Vamos, Edward. — Gritei novamente por ele.

Olhei as paredes da nossa sala de estar, lembrando-me que dias antes deste Edward havia me garantido que tudo estava acabado, assim poderíamos nos sentir em paz em nossa própria casa. Isso me trouxe certo conforto, suas palavras transpassaram a segurança, mas seus olhos desfez minha nuvem mágica de ilusão. Ele estava perturbado e isso era visivelmente claro.

Bati meu pé, novamente impaciente enquanto me preparava para chama-lo pela quarta vez. Estávamos prontos para descobrir o sexo do nosso bebê, mas primeiro precisávamos sair de casa e por isso suspirei aliviada quando eu o vi apontar as escadas, descendo-as rapidamente.

— Agora vamos. — Ele sorriu estendendo suas mãos para mim.

— Por que você demorou tanto?

Edward ativou todo alarme enquanto gritava para Leah que estávamos saindo. Nós obtivemos um OK longínquo. Ele sorriu, abrindo a porta do Volvo para mim.

— Eu estava rezando. — Tentei segurar uma risada enquanto ele me olhava seriamente — Ei, não ria. O garotão deve aparecer desta vez.

Por que os homens tinham uma certeza quase que fanática de que seus filhos deveriam ser todos homens? Não deveriam eles valorizar as mulheres que lhes dão estes filhos? Revirei meus olhos ignorando seu apelo.

Ele dirigiu com um sorriso esperançoso no rosto, enquanto dizia que este era o dia. Acontece que estávamos vindo de consultas frustradas porque nosso bebê estava decidido em não mostrar suas pernas para nós. Ele se emaranhava entre o cordão umbilical e se escondia confortavelmente em sua casinha. Chegava a ser engraçado, mas isso deixava seu papai fortemente irritadiço, o que também era engraçado.

Eu estava simplesmente feliz e satisfeita por estar gerando, finalmente, um bebê saudável.

— Ei, vocês estão atrasados! — Nós ouvimos um muxoxo de decepção quando estacionamos. Alice estava ali, para minha surpresa, e parecia tão ansiosa quanto Edward.

Ao lado dela eu pude observar Rosalie, um tanto inquieta, mas sorriu discretamente nos cumprimentando.

— Edward estava rezando. — Eu as informe, arrancando algumas risadas.

— É piada? — Rosalie murmurou no meu ouvido ao me abraçar.

— Vocês duas, não comecem — Edward avisou — Vamos entrar.

Edward me passou novamente minha garrada com água, já que o nosso médico recomendava bastante água antes da ultrassonografia. Eu continuei bebendo, fazendo meu caminho até a recepção da clinica.

Edward se encarregou de conferir meu horário com a recepcionista, enquanto uma enfermeira me recebia. Eu observei Rosalie com sua filmadora pronta para filmar e contive meu riso, da última vez havia sido uma filmagem frustrada.

— A mamãe deve se trocar agora. Chamaremos vocês daqui a pouco. — Eu acenei para a câmera e recebi um tchauzinho das minhas amigas.

A enfermeira sorriu me encaminhando para o consultório e me passou a roupa de sempre, com as instruções de sempre.

— Olá, Isabella! — Doutor Fields me cumprimentou assim que deixei o banheiro, já vestida adequadamente.

Segui minha rotina normalmente. Sentando-me e contando sobre minhas últimas semanas, enquanto o médico verificava meu peso e conferia alguns exames que eu havia trago para ele.

— Tudo perfeitamente bem. Sua pressão está muito boa, Isabella. — Ele sorriu animado, o que me fez sorrir também.

Eu estava me cuidando bem. Queria meu bebê saudável.

— Vamos chamar sua família. Está pronta para vermos como o bebê está? — Sorri animadamente, assentindo, enquanto ele ligava para sua secretária deixar Edward e as meninas entrarem.

Essa era uma decisão minha. Queria que no inicio da consulta todos eles ficassem de fora, inclusive Edward. Ele teria seu momento de fazer todas as perguntas constrangedoras depois que eu mesma cessasse minhas dúvidas sobre a saúde do nosso filho.

Com a ajuda do doutor eu deitei na maca, enquanto Edward corria para o meu lado e segurava minha mão.

Doutor Fields aplicou o gel terrivelmente frio em minha barriga, seguindo do aparelho e iniciou seu processo lento de procura.

Meu coração aqueceu, porque ele ampliou as imagens mostrando claramente como tudo já estava formado. Doutor Fields animadamente contou todos os dez dedinhos da mão do meu bebê, fazendo com que meus olhos lacrimejassem. Ele disse também que todos os seus órgãos estavam ali, todos no lugar certinho. Pronto para crescerem de acordo com a evolução do nosso bebê. Assim como seus ossos, orelhas, olhos e nariz... Ele era perfeito.

— Ele mede aproximadamente 10cm. — Doutor Fields avisou — Saberemos hoje se ele irá nos dizer se é um menino ou uma menina.

— Vamos lá... — Disse a ele, para seguir em frente.

Alguns segundos depois e ele continuou ampliando a tela para enfim nos mostrar o que ele conseguia ver sozinho. Alice riu, porque ela conseguiu visualizar bem o que era, afinal, ela já esteve na mesma posição que eu, esperando seu médico lhe dizer que ela teria um menino.

— Parabéns, mamãe e papai, vocês terão uma menininha. — Ele sorriu ao dizer.

Vi o rosto de Edward empalidecer um pouco ao meu lado e ele apertou mais minha mão.

— Essa é a hora que vocês sorriem e esboçam algum tipo de emoção. — Rosalie sussurrou de trás da câmera, apontando-a diretamente para a reação assustada de Edward.

Eu o observei voltar a si aos poucos, enquanto o ouvi rir baixinho e finalmente me olhar. Seus olhos molhados não me davam nenhuma indicação do que ele sentia na verdade: emoção ou decepção. Eu só o vi abaixar-se para estar na minha altura, suas mãos alisaram meus cabelos, enquanto seus lábios tocaram suavemente os meus.

— Amo você. Nós teremos uma filha... — Ele sussurrou docemente, chorando um pouco mais.

Edward Cullen está chorando. Eu segurei meu riso, porque o homem estava chorando porque eu lhe daria uma filha.

O fim da consulta chegou rapidamente, enquanto eu trocava minha roupa, podia ouvir Edward perguntando quais eram os cuidados daqui por diante. O médico ainda sustentou todas as minhas restrições e disse que a partir da 17º semanas iria decidir como eu ficaria.

 — Qual será o nome? — Já do lado de fora, com a câmera ligada, Rosalie perguntou, nos filmando.

Eu vi o sorriso orgulhoso de Edward em seu rosto e eu mesma pude sorrir também.

— Ainda não discutimos isso. — Avisei, olhando para a câmera.

— Eu posso sugerir um? — Ela perguntou — Eu gosto de Katherine. Seria o nome da minha... — Rosalie soltou um sorriso triste, eu engoli a saliva, sentindo algo doer em meu peito.

— E você, Alice? — Edward desconversou quando viu que o clima pesou.

— Se meu filho fosse uma garotinha eu iria chama-lo de Carlie — Edward e eu trocamos olhares.

— Ótimos nomes e é por isso que não os colocaremos em nossa filha. Vocês terão muitos filhos ainda. — Avisei, elas riram, esperançosas.

— Certo. Poderíamos colocar o nome da minha mãe, Elizabeth. O que você acha, amor?

— É muito bonito. — Respondi a ele. — Eu estive pensando no nome da minha avó também... Marie. — Edward fechou o cenho, negando rapidamente. O que nos fez rir um pouco mais.

— Deveríamos colocar Antônia, então.

— Pelo amor de Deus, coloquem Charlotte! — Rosalie gritou.

— Com certeza será Carlota. — Brincou Edward.

— Se essa menina não odiar vocês... — Alice interviu — Eu gostei de Elizabeth.

— E eu gostei de Marie — Rosalie tomou um lado.

Eu parei de andar quando chegamos ao carro e encarei Edward, mordendo os lábios. Eles me olhavam em expectativa, como se essa fosse somente minha decisão.

— Marie Elizabeth — Sussurrei para Edward, olhando seu rosto. Seu olhar se iluminou em aprovação.

— Sim, será Marie Elizabeth! — Tomando em seus braços, Edward selou nossos lábios e nós ouvimos gritinhos de animação de nossas amigas.

Agradeci Alice e Rosalie, enquanto as abraçava Edward manobrava o carro. Elas vierem juntas e seguiriam juntas para a casa de Rosalie, onde eu não ousei me convidar para ir.

— Posso levar para Jared ver? — Rosalie sussurrou para mim.

Eu assenti, sentindo automaticamente falta dele. Mas eu sabia que estávamos melhor dessa forma. Seria uma boa maneira de não magoá-lo mais, mesmo que sem nenhuma intenção.

Eu me despedi das duas, voltando ao carro, sentindo que agora tudo estava ficando bem. Eu teria uma família.


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