Casada com Edward Cullen II escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 2
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, meninas. E não postar no dia e horário combinado. Deu ruim aqui e só consegui agora. Vou postar outro ainda hoje para compensar, ok? ♥ Espero que gostem e MUITO OBRIGADA pelos comentários.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/648752/chapter/2

Capítulo 1

Pov Bella.

Em casa, sozinha, trancada no quarto. Momentos como esse me faziam pensar e eu gostava. Principalmente porque precisava digerir com calma os últimos acontecimentos.

24 horas.

24 e aliviadas horas.

Mas também horas dolorosas.

Edward iria se casar, Edward não vai mais casar. Edward veio até a mim, Edward ficou preso no elevador. Teve um ataque de pânico. Vai para o hospital, minha vez de ter um ataque de pânico. Médicos permitem visita. Ele diz que me ama ele implora o meu perdão. Eu o beijo. Seu coração acelera. Edward parece sufocar, o aparelho que controla seus batimentos marcam um linha reta, seguida de um barulho horrível. Angustia. Mãos me envolvem, estou fora do quarto. Horas se passam e eu recebo a notícia: seu marido teve um principio de enfarto, senhora.

ELE NÃO TEM NEM TRINTA ANOS. Foi o que eu gritei para o médico, que provavelmente viu que eu era uma histérica de 18 anos. Eu sou, mas deixe-me gritar, por favor.

Alguém tem noção do que é quase matar o amor da sua vida? Bom, eu quase matei o meu.

Minha entrada foi proibida no quarto e é por isso que eu estou em casa. Até Edward está 100% estável, Isabella Swan-ex-Cullen ficará fora dele.

Suspirei lentamente, me revirando na cama, ainda lembrando-me das últimas informações que eu obtive antes de Jasper me expulsar para casa. O médico disse que ele estava bem, mas seria mantido em observação pelas próximas 48 horas. Foi Jasper que prometeu que ficaria com ele, se eu ficasse longe por algum tempo. Então eu prometi que ficaria com Alice, para que ele tranquilizasse sua preocupação de marido e pai. Então nossos corações poderiam fingir que estavam em paz.

Eu vi o dia amanhecer e as horas passarem lentamente, minha cabeça parou de funcionar por um segundo e me deixou dormir depois de um tempo.

Eu acordei em desespero achanado que havia perdido o horário de visitas, mas não passado das onze da manhã. Eu respirei, sabendo que só poderia ir até ele depois das duas da tarde. Ainda tinha muito tempo para ficar atoa.

Como seria minha vida a partir de agora? A pergunta atravessava minha mente. Eu não queria fazer planos, eu não sabia quais eram os planos de Edward e eu não queria ser uma idiota sonhando com uma vida sozinha. Eu queria a realidade de sonharmos juntos.

Eu ri um pouco, esquecendo dos últimos acontecimentos, quando deixe-me ser levada pelos raios solares que atravessavam a cortina. A luz começaria incomodar quando o sol se posicionasse próximo a minha cama. Ele parecia estar me dando um aviso, algo do tipo “olhe para mim, eu brilho tanto. Brilhe também” tosco. Sol tosco.

Balancei negativamente a cabeça, três vezes.

“Levante-se, Bella” disse a mim mesma “Ele está bem! Ele está bem sim.”

Não funcionou; eu não me acalmei com isso. Então me levantei, eu fui em direção ao banheiro com passos largos, eu fitei o ambiente e percebi que nunca tinha realmente dado uma boa olhada até agora. O cômodo parecia tão claro agora, os azulejos refletiam mais luz que o normal. A ducha parecia convidativa, mas a banheira me animava mais. Reparei também no pequeno armário ao fundo, onde eu antigamente depositava calçados que não usava mais. Eu descobri que quando eu era filha de Charlie e Renée, sem preocupação se um dia ficaríamos pobre, amava comprar sapatos e entulha-los naquele pequeno-aparentemente-grande armário.

Fui até ele. Hora de encarar alguns monstros.

Eu abri e fitei uma coleção de saltos de tira antigos. Ou nem tanto, mas agora eu me sentia tão distante do que um dia fui. Eu suspirei, sentando-me ao chão e comecei a tirá-los, as prateleiras transparentes abarrotadas de cores. Sapatilhas. Plataformas. Salto agulhas. Botas. Uma densa variedade. Cores e formas. Eu os joguei pelos cantos, sem realmente contar quantos havia ali. E eu só percebi que aquilo parecia um pouco como loucura quando passos pesados surgiram atrás de mim.

Não olhei.

— O que está aconteceu? — A voz grossa indagou.

Era o meu pai. Eu dei o meu silêncio como resposta, enquanto abraçava minhas pernas. Charlie estava andando novamente e eu senti sua mão tocar meu ombro, para depois o envolver em um abraço acolhedor.

Segundos ou minutos, não sei ao certo. Charlie sentou ali e me teve em seus braços por um tempo, ignorando a situação do meu banheiro, enquanto cochichava algumas coisas para mim. Ele disse que eu deveria tomar um banho e que a bagunça sumiria depois que eu deixasse o banheiro. Eu assenti, eu não poderia dizer nada o contrário para ele.

Ele se foi me deixando sozinha. Eu me levantei e fitei a mulher com cabelo desgrenhado no espelho. Ela tinha olheiras profundas dos últimos meses, era um estado deplorável.

— Tudo bem, Isabella — Uma risada oca transpassou por meus lábios — Se Edward ver você assim... Ele volta para Tânia. Você está um trapo.

Eu fui para o banho, deixei a água cair sobre meu corpo. Pesada e quente. Era agradável sentir o contato com minha pele fria. Eu ensaboei o corpo e deixei meus cabelos limpos também. E, simplesmente, decidi que era hora de deixar a depilação em dia.

Eu não sei quanto tempo passei no banho, mas limpa e me sentindo outra pessoa, ri da bagunça que fiz no banheiro e voltei para o quarto e procurei uma roupa apresentável para o café da manhã com meus pais. Eu penteei meus cabelos e estava pronta para encará-los um tempo depois.

— Alguém me ligou? — Eu perguntei quando me sentei à mesa.

— Não... — Renée disse — Desfaça essa cara de velório, Edward não morreu.

Havia um misto de indignação e desdém na voz dela. Como uma mãe podia fazer tão pouco caso do sentimento de sua filha? Ela não sabia pelo o que eu estava passando. Ela nem se quer perguntava!

Ela deixou a mesa jogando seu guardanapo sobre ela, sabendo que tinha razão quando disse que ele me amava. E também gritando para que eu fosse capaz de segurá-lo dessa vez. Eu senti o amargo na minha saliva quando ela mencionou. E eu senti medo também. Medo de não ser capaz disso.

— A sua mãe está louca — Charlie tentou consertar as coisas.

Levantei-me também, eu não iria responde-lo. O dia havia começado péssimo. Eu voltei para o quarto, decidida a me trocar. Eu não esperaria o horário da visita. Eu iria até ele agora mesmo.

xXx

— Eu sinto muito, a senhora não pode entrar. Ele já tem um acompanhante... — A enfermeira franzina insistiu, enquanto eu dizia para ela que deveria vê-lo.

— Mas... Eu...

— Senhora? — O médico interceptou minha suplica. Ele me encarou, soltando uma risada leve.

— Isabella, por favor — Pedi e ele assentiu.

— Certo. Eu ainda não tinha associado o nome à pessoa, você não é esposa... Não mais... Me enganou ontem — Ele continuou com um sorriso divertido no rosto, mas certamente deveria saber que minha expressão não dizia algo bom — Desculpe-me, é obvio que a senhora é a esposa. Deixe-me adiantar sobre o quadro clinico, o senhor Cullen está muito bem. Precisamos de mais alguns exames para reavaliar as condições de alta.

— Graças a Deus! — Exclamei, pela primeira vez, sorrindo — Eu posso vê-lo agora?

— Sim — Disse e seu tom de derrota estava presente — Você me espera na porta, sabe o caminho?

Eu encarei a enfermeira, que olhava de longe e eu sorri cinicamente para ela, enquanto assentia e andava para o quarto de Edward. Eu ainda podia ouvi-lo dizer “Amber, faça tudo que ela quiser. Você sabe quem diabos ela é?” e eu ri baixinho. Edward estava amedrontando esse médico? Com certeza.

Ele me alcançou rapidamente e bateu na porta antes de delicadamente abri-la.

— Bom dia, Edward — Fez-se presente, eu ainda esperava na porta — Sua impaciente esposa chegou.

Eu pude ouvir uma risada conhecida. Jasper. Assim que eu adentrei, eu observei-o, ele estava caído em uma poltrona e tinha um sorriso convencido no rosto. Eu tratei de ignorar, enquanto procurar por ele. Edward realmente parecia bem. Não tinha uma expressão abatida, era como se ele realmente não estivesse tão debilitado como parecia ontem.

Eu o vi sorrir e meu coração acelerou, enchendo-se de paz. Eu caminhei em sua direção, como se estivesse indo para o céu. Eu segurei sua mão e o senti apertar, sucumbindo em minha própria tempestade de sentimentos. Sentimentos bons, que somente ele me proporcionava.

— Me perdoe — Eu disse baixinho, para que apenas ele ouvisse.

— Do que você está falando? — Ele riu, apertando mais sua mão na minha.

— Eu tenho um beijo mortal — Continuei a murmurar.

Eu sabia que Jasper e o médico estavam conversando, mas eu não queria arriscar que eles pudessem ouvir.

— Eu morreria feliz.

Edward sorria como uma criança, ele realmente parecia bem. Muito mais que bem.

— Não ouse morrer, Edward Cullen!

— Eu não morrerei. Mas eu quero muito um beijo agora, então venha aqui — Ele tentou me puxar, mas eu me afastei rapidamente.

— Não! — Gritei. Dessa vez eu atraí a atenção para nós. Eu não queria dizer mais nada, porque sabia que terrivelmente estava corando.

— Por favor, Bella, não me faça ir até aí — Ele voltou a dizer e eu sabia que corava mais.

— Dê um beijo nele, Isabella. Eu tenho certeza que seu coração aguenta agora — Jasper brincou, me dando um empurrando na direção de Edward.

Eu cambaleei e voltei, ainda receosa.

— Apenas venha — Disse impaciente.

Eu voltei a me aproximar e selei nossos lábios calmamente, ele por sua vez agarrou meu rosto e forçou sua língua contra mim. Eu estava pronta para cair na risada, quando o beijo se tornou uma coisa realmente boa.

Jasper estava gargalhando.

— Agora sobre o passo dois, não sabemos ao certo... — Atacou maldosamente.

Ele e Edward trocaram um olhar malicioso e eu não achei graça, o estapiei até que ele parasse de rir. Eu lhe lancei olhares fulminantes, quando Edward estava praticamente chorando de rir. Eu percebi como eles eram idiotamente amigos, como Alice e eu, trocavam aquela espécie de olhar e pronto! Um já sabia o que o outro pensava.

— Por que você não vai para sua casa? — Perguntei sarcasticamente, enquanto Jasper assentia, pegando seu casaco e saindo — E veja só você? Para fazer piadas está ótimo!

— Não só para piadas, meu bem... — Me jogou suas palavras maldosas e eu mordi meu lábio.

— Nós estamos em um hospital, você pode se comportar?

— Tudo bem... O que você quer fazer? — Impaciente, novamente, ele perguntou.

— Conversar... Como você está se sentindo?

— Bem! — Me encarou — Você não parece muito bem. Quanto você dormiu essa noite?

Boa observação! Quase grasnei para ele, mas lancei um sorriso inocente. Eu deveria ter usado mais corretivo e base, e o triplo de pó.

— A noite inteirinha. Como um anjinho.

— Mentirosa — Ele bufou — Tudo bem, então vamos ao assunto importante, então seja sincera, o que dizia o jornal hoje?

Eu ri um pouco, ele parecia bem tenso.

— Para dizer a verdade, eu não toquei no jornal hoje — Disse calmamente — Piadas maldosas sobre Tânia e insinuações sobre você e eu, certamente acompanharam sua fuga até meu prédio.

— Tudo bem, podemos lidar com alguns comentários... — Eu assenti, segurando sua mão — Agora eu preciso que você cheque a empresa e a segunda secretária, Susan. Eu vou precisar da ajuda dela agora que Rose está de férias.

— Tudo bem, mais alguma coisa?

— Claro... — Ele voltou a dizer, me lançando um sorriso de arrancar suspiros — Sou... Muito novo nessas coisas de relacionamento, então... Eu vou me esforçar, eu serei bom para você.

— Eu sei... — Eu tinha uma esperança de que seria — Você vai se sair muito bem nisso, tenho certeza.

— Eu não sei, Bella. No momento eu nem sei qual é o próximo passo depois que eu digo que amo a minha mulher.

— Um namoro, Edward Cullen! — Soltei uma risada, e ele também.

— Certo, e depois? — Arqueou a sobrancelha e eu inspirei todo o ar.

— Noivado?

— E depois?

— Edward, pare de fazer piadas comigo... — Revirei meus olhos. E ele soltou outra risada.

— Então você quer casar comigo? — Ele atacou minha cintura e eu caí na risada, fugindo das suas cocegas.

— Você está roubando! Pulando etapas!

— Eu amo você, não faz sentido perder tempo... — Reclamou e eu bufei.

— Certo, mas não vamos precipitar isso, ok? E se você estiver enganado? Seria até mesmo estranho outro noivado e casamento às pressas... Você gosta de polêmicas, não é?

Eu estava morrendo de medo à resposta. E eu o vi rir baixinho.

— A única confusa deve ser você — Disse, como um menino mimado.

— Não tem ninguém confuso aqui — Determinei — Apenas descanse, eu vou resolver os negócios aqui.

Ele me encarou e bufou outra vez. O que nós éramos? A virgem de 18 anos e o homem experiente que queria sair atropelando todos os burros com sua carroça desgovernada?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!