As paredes de Hogwarts para sempre ficariam na minha mente, cada tijolo, cada quadro... A entrada de Hogwarts para sempre iria estar nos meus pensamentos, foi lá que eu entrei pela primeira vez, foi lá que eu achei ter conhecido meus melhores e amigos e inimigos, e de fato eu os conheci, eles só estavam trocados. Nunca vou saber que doeu mais, ver Draco chorando e me pedindo para ficara assim que o dia amanheceu ou ver a cara de choro que Blás fazia, seus olhos estavam vermelhos e bem escuros, sinal que tinha passado a noite chorando. Eu tinha quase toda a certeza que ele não choraria na minha frente, de acordo com ele:

—Homens não choram na frente dos outros, só o Draco, que é meio homem!

Quando subi na carruagem que me levaria à nova escola vi uma lagrima cair dos olhos dele.

Pans e Ast nem se falava, elas estavam acabadas, choraram desesperadamente, mas não me pediram para ficarem, elas sabiam que era o melhor para mim.

Me acomodei melhor no acento da carruagem e adormeci.

‘-Hermione... Hermione... Hermione...

Abri meus olhos e me vi num quarto tudo branco, com apenas 5 cadeiras, e quatro mulheres de pé, uma delas me chamava.

—Que bom que acordou.

—Onde estou?

—Esse lugar não tem nome minha querida, você está no eco dos seus pensamentos. - Disse a morena me olhando ternamente.

—Não precisa se assustar, não vamos te fazer mal.

—Quem são vocês?- Perguntei.

—Eu me chamo Louise.- Disse uma mulher dos cabelos pretos.- Essas são Monique, Julie e Natalie.— Disse apresentando as outras mulheres.

As olhei, a tal Louise era bem branquinha, tinha os olhos castanhos e os cabelos negros, ela me lembrava um pouco aquela princesa dos contos de fadas trouxa: Branca de Neve. Monique era loira com os olhos azuis, Julie era branca com os olhos e cabelos castanhos, ela parecia ser amiga e Natalie era a mais seria de todas, ela me encarava como se tivesse que me dizer algo, mas não pudesse, tinha olhos azuis e o seu cabelo era ruivo.

—O que eu estou fazendo aqui?

—Você está aqui porque nós viemos te dizer uma Coisa. -Falou Julie

—Viemos te dar um concelho. - Disse Monique.

— Quando seu destino aparecer não esqueça... – Começou Louise.

—De que como os contos de fadas... -Falou Monique.

—Ou como o mar. - Exclamou Julie.

—No final tudo acaba bem, você só tem que aguentar. -Disse por fim Natalie

Elas por fim disseram, sorriram e aos poucos foram sumindo e eu acordei. ’

—Mademoisell, nous arrivâmes (Senhorita, chegamos)-falou a diretora- Bienvenue dans votre nouvelle maison (Bem-vinda ao seu novo lar).

—Merci

Olhei para o belíssimo castelo a minha frente e percebi.

Era lá que eu deveria estar.

Enquanto a carruagem chegava cada vez mais perto do castelo, pude observá-lo melhor. Tinha um lago enorme e extremamente limpo, que ia ate bem perto do castelo, depois começava a aparecer uns degraus, acho que usavam o lago para se banharem no verão ou para um bom passeio de barco. Logo depois tinha uma passarela que levava a entrado do castelo, esse possuía varias tores e... Parecia àqueles castelos colônias, era tão lindo de ser visto, que se comparado a Hogwarts, Hogwarts parecia uma casinha de boneca.

—Bem-Vinda a Academia de Magia Beauxbatons.- Disse a diretora num inglês perfeito, chamando minha atenção.- Espero que a senhorita consiga se adaptar a nossa língua e modo de agir.

—Muito obrigada diretora, no requisito língua eu falo francês fluentemente. - Falo e ela parece que ficou admirada e em duvida, decidi explicar. - Quando era criança por ter uma mente mais avançada comecei a estudar com 4 anos numa escola trouxa, depois de una meses, os professores de lá viram que eu aprendia mais rápido que as crianças com 5 ou 6 anos, então conversaram com os meus pais, que ficaram maravilhados e me passaram para o que chamam de ensino fundamental ao qual já acabei, depois eles contrataram uns professores de línguas para mim. Eu falo português, inglês, francês, italiano e russo fluentemente.

Quando acabei de falar a diretora estava impressionada e surpresa.

—Magnifique, conheci uma vez uma família que tinha esses dons, mas... - Ela me olhou tão profundamente que parecia que olhava minha alma, vi um estranho brilho nascer no olhar daquela mulher. - Vamos deixar para lá, aqui na escola nos também falamos o inglês, mas o francês não é esquecido, então é muito bom que a senhorita já o saiba.

Descemos da carruagem e a diretora me mostrou o castelo que era esplendido, ela me falou que as aulas ainda não tinham começado o que me daria tempo para me organizar.

Os quartos eram bem grandes, tinha um closet, um banheiro e três camas em cada, tinha duas janelas bem grandes ao lado de duas das  camas e um lindo lustre no centro. Com certeza minhas roupas não ocupariam nem metade daquele closet.

— As coisas da senhorita já estão guardadas nos seus devidos lugares, os livros que a senhorita comprou para Hogwarts foram trocados pelos daqui, qualquer coisa a senhorita chama os elfos. Amanhã falarei com a senhorita sobre as casas de Beauxbatons. Tenha uma boa noite.

A diretora foi embora e eu para o meu quarto.

Olhei onde minhas roupas estavam e parecia ter uma parte para cada aluna, eu dividiria meu quarto com mais 2 garotas e logo elas chegariam. Peguei um pijama e fui para o banheiro tomar um delicioso banho de banheira, logo em seguida, antes de dormir escrevi uma carta para os garotos contando como era aqui, e depois... Dormi.

Acordei com a luz do sol no meu rosto, uma coruja estava parada na janela na pata tinha um embrulho, ela me encarava como se me chama-se. Levantei-me e fui até ela, peguei a carta e ela voou.

Era uma carta, de Pans.

Oi Mione.

Ainda é estranho o fato que você não está mais aqui, Blás e Draco tem sentido muita sua falta, mesmo não tendo nem se passado 24 horas que você saiu.

Eu também. Ast nem se fala.

Pelo o que você contou ai é muito lindo, queria está ai, por aqui as coisas estão insuportáveis, estão voltando a ser como antes, só que agora, desculpe se irie te magoar, o Potter e sua turma falam mal de você pelos corredores, essa tarde tivemos que segurar Draco, porque se não ele teria dado um soco no Potter.

É isso espero que esteja feliz, que fique feliz.

Sentimos sua falta.

Pansy Parkinson.

Não, não me magoava mais, eles não mereciam a minha dor.

Há tantas guerras em que lutamos

Há tantas coisas que não somos

Mas com o que temos

Prometo-lhe que

Estamos marchando em frente