Pov’Hermione.

As horas iam passando e quando fui perceber já era dia, lá fora o sol brilhava aqui dentro a escuridão predominava Pans foi muito generosa me ao me trazer ao seu quarto, me ajudar, emprestar uma roupa aceitável. Quem pensaria que uma Sonserina poderia ser tão amiga? Às vezes o preconceito passa por cima das pessoas. Eu sei, mas ela parecia ser tão... Má? Talvez. Repito ás vezes o preconceito passa por cima das pessoas.

Mesmo ela tendo sido boa comigo eu não via mais por que ficar naquela escola, me lembro de que assim que acordei eu olhei para os lados desejando que o que aconteceu fosse só um pesadelo, um terrível pesadelo, mas não foi.

Levantei-me silenciosamente, não querendo acordar Pansy que dormia na cama ao lado, e fui rumo ao salão comunal da Grifinoria, as aulas iriam começar em algumas horas. Quando entrei no meu quarto, vi que as meninas dormiam assim como Pansy, procurei o uniforme, me arrumei e sai.

As aulas começaram normais, as pessoas estranhavam o fato de eu não estar junto deles, por falar neles, parecia que eu nunca existi, quando passavam por mim riam, ou viravam a cara.

–Olha a sabe-tudo está sozinha!- Zombou Cho, estavam ela, Gina e as irmãs Patil.

Todas riram.

–Parece que alguém acordou! Finalmente os meninos te colocaram no seu lugar. – Disse Gina.

Cho se aproximou de mim e me empurro com o susto eu acabei caindo, junto com as lagrimas nos meus olhos.

–Olha a pobrezinha está chorando! – Disse e começou a gargalhar!

Logo elas tinham ido embora e eu fiquei encostada na parede do corredor.

–Granger?

–Saia daqui.

–O que aconteceu? – Perguntou Zabine se aproximando.

–Saia!

–Não.

–Saia.

–Não.

–Por favor, não vê como estou?

– Vejo eu não sou cego, parece que finalmente abriu os olhos para... Granger?- O ouvi me chamar, mas a voz dele ia sumindo, tentei olhar para ele, mas a imagem estava embasada, e tudo ficou escuro.

‘O chorinho de bebe preencheu meus ouvidos, então eu abri meus olhos, olhei para os lados e percebi esta no mesmo quarto de antes, do sonho.

Um homem passou apresado pela porta, por instinto me levantei e o segui, ele adentro um quarto, na porta tinha uma pequena placa com o nome: ‘Katherine. ’ Escrito e dentro tinha uma linda bebezinha deitada num berço de madeira.

–Minha menina se acalme. - Disse o homem se aproximando e a pegando no colo. –Vamos, xiiii, se acalme, eu sei que sente falta dela, mas xiiii se acalme.

Ele continuou ninando a bebe, mas sela não se acalmava e continuava a chorar.

–Sabe- Começou a falar. -, sua mãe era tão linda e quando ela falava parecia que os anjos cantavam, os cabelos dela eram como os seus castanhos, como um rio de chocolate, e cheiroso como um dia de primavera...

Enquanto ele falava a criança se calou e o olhava com atenção, como se entende-se o que ele falava.

–... Então quando o papai chegou perto da mamãe ela pegou na mão dele. - Ele se calou e encarou o bebe surpreso, logo um pequeno sorriso cresceu nos lábios dele. - Parece que eu não sou o único que sente falta dela.

Aos poucos a imagem foi sumindo e eu acordei na enfermaria, com a curandeira no meu lado.

–Graças a Merlin a senhorita acordou!

–O que aconteceu?

–A senhorita passou mal.

–Por quê?

–Não sabemos, ah o senhor Zabine está impaciente a esperando lá fora, foi ele que a trouxe.

–Ele?- Perguntei surpresa.

–Sim senhorita, vou chama-lo.

Deitei minha cabeça no travesseiro, o que esses... Sonhos? Significavam? Que eu estava ficando louca? Era tão bonita a forma com que aquele homem segurava a criança, tão magnifico. Magnifico?

Flashback...

–O senhor me chamou diretor?- Perguntei.

–Sim senhorita, que bom que veio. Tenho um assunto para tratar com a senhorita.

O ano já estava no fim, as férias chegariam em uma semana.

–Do que se trata?

–Da senhorita, precisamente, das suas excelentes notas.

–Como assim?

–Ano passado a diretora Máxime, veio ate mim e me propôs um tipo de intercambio, um aluno, da minha escolha passaria um ano estudando na academia e um aluno de lá virei para a nossa escola, se um dos dois alunos prefere-se acabar os estudar em uma das duas escolas, iria ser aceito na qual.

Sorri.

–O senhor que quer eu mostre a escola para o aluno transferido?

–Não senhorita, eu quero que a senhorita faça o intercambio!

Fiquei um bom tempo parado o olhando, como eu? Tinha os garotos, eles precisavam de mim.

–Mas, senhor, tem os meninos, não posso deixa-los.

–Eles sobreviveriam sem a senhorita.

–Sinto muito, não aceito.

–Vamos fazer assim, depois das férias a senhorita me fala a sua escolha.

–Não mudarei de ideia.

–Siga o meu conselho senhorita, depois das férias a senhorita me dará a resposta.

Eu confirmei.

–Pode ir. A aula começara em poucos minutos.

–Com licença.

Disse e sai da sala indo em direção as masmorras.

Flashback... Fim

Talvez essa seja a minha saída.

–Está melhor Herm... Granger?- pergunta Zabine se aproximando da cama.

–Pode me chamar de Hermione.

–Então me chame de Blás, como você está?

–Bem, na verdade não sei o que aconteceu.

Ficamos conversando por algumas horas, quando a enfermeira me liberou fomos saímos da enfermaria.

–Já deve ser a hora do jantar. Você pode se sentar na Sonserina hoje.

–Na Sonserina?

–Sim, por quê?

–Acho, só acho que eles não vão gostar muito.

–É isso mesmo?- Pergunta uma voz atrás de mim, me viro e vejo Pansy.- Ou se chama preconceito? Ou medo? Hermione, as cobras só atacam quando são ameaçadas, já os leões eles que ameaçam!

–Eu sou um leão!

Ambos sorriram como se guardassem um segredo.

–Algo me diz que você nunca será um deles, vamos?

Que mal faria?

–Certo eu vou, mas antes tenho que passar num lugar. Encontro vocês lá.

Eles concordam se viram e vão para o salão principal, e eu fui num canto que já deveria ter ido: A sala do Diretor.

Somente feche seus olhos

O sol está se pondo

Você ficará bem

Ninguém pode te machucar agora

Ao chegar a luz da manhã

Nós ficaremos sãos e salvos