Pov’Hermione.

Sentada dentro de uma das cabines esperando o trem parar, estou indo para Hogwarts. Você devem está pensando, cadê os outros integrantes do trio de ouro? Bom... Eu não achei Harry e Rony, quando entrei no trem passei alguns minutos os procurando, mas não os achei, então tratei de achar uma cabide desocupada para ficar.

Encostei minha cabeça no estofado do banco e tratei de pensar no que tinha acontecido comido nessas férias de inverno, elas não chegaram nem perto de serem as melhores, ou pelo menos boas, descobri que não sou filha dos Granger’s, sou adotada!

Flashback...

Mamãe e papai tinha saído para um jantar na casa dos Queens, velhos amigos da família. Eu estava no meu quarto, até que me lembrei de que precisava da autorização, que já tinha sido assinada e estava no quarto deles. Foi até lá e entrei, abri o guarda-roupa atrás dessa autorização, olhe em algumas pastas e uma pasta em especial me chamou a atenção, a abri e vi vários papeis, num deles tinha meu nome em letras grandes, Hermione Rose, o abri e vi alguns papeis que reconheci como papeis de adoção, minha adoção?

Continuo olhando os papeis e vejo varias fotos, mas duas me chamaram bastante atenção, a primeira era eu com três ou dois anos, com um lápis na mão, e a outra mão na cabeça, era engraçada. A segunda era eu com uma mulher, um calor tomou de conta do meu coração... Quem era essa mulher?

Escutei a porta da entrada se abrir e com um aceno de varinha guardei todas as coisas que eu tinha tirado do lugar e peguei as duas fotos, sentia que não podia deixa-las lá. Nos dias que se seguiram eu não perguntei nada a meus pa... Não, não são meus pais, eles me criaram no meio de uma mentira, não perguntei nada a respeito do fato deu ser adotada. Como eu vivia? Eu sempre fui uma ótima atriz!

Um mês depois eu estava arrumando meu malão, com muito carinho peguei as duas fotos e as guardei lá dentro.

Flashback... Fim

Eu queria ter contado tudo para Harry, mandado uma carta, com certeza ele saberia o que me dizer, mas... Eu não queria preocupa-lo com isso, ele já tinha tantas coisas com que se preocupar, Voldemort, os Dursley’s, agora também tem Sirius Black, um fugitivo de Azkaban, que todos acreditam querer matar o Harry. Ele já tem preocupações o suficiente.

Rony não serve para ouvir, ele só serve para comer! Gina sim, ela poderia me ajudar, se é claro não estivesse de férias na Romênia com o irmão Carlinhos.

É Hermione... Você já começou o ano muito bem!

Fechei com olhos e com esse ultimo pensamento entrei no mundo dos sonhos...

‘Tão rápido quando se fecharam, meus olhos se abriram, meu olhar foi diretamente para cima e vi um teto de madeira escuro, com um pequeno lustre pendurado bem no meio, mas desde quando o teto da cabine é escuro e com um lustre?!?

–CORRAM! A SENHORA ESTÁ TENDO A CRIANÇA!!!- Gritava uma mulher pelo corredor.

Instintivamente me levantei e segui a voz, até que ouvi um grito e parei. Virei-me e vi a porta de um quarto aberta e uma mulher que gritava de dor em cima de uma cama.

Depois de alguns minutos, já cansada a mulher chamou a serva.

–Annales, venha aqui.

–Sim minha senhora. - Disse a mesma mulher que gritava se aproximando da cama.

A mulher a olhou cansada e suada, exausta, e abriu um pequeno sorriso que logo foi substituído por grossas gotas de lagrimas.

–Eu não.. Eu... Eu não vou conseguir aguentar.. Muito... Eu.. Por muito tempo minha querida... Que dela... Cuide dela.

–Não diga isso senhora. -Disse a serva com lágrimas nos olhos.

A mulher respirou fundo e pediu aos céus forças para continuar.

–Quero que cuide dela, sabe que sempre foi mais que uma simples serva, foi minha... Minha amiga e... E confidente. Cuidou de mim, agora te peço que cuide da minha pequena fênix. Não deixe que a façam mal.- Disse num suspiro.

Apertou a mão da mulher, sorriu para a mesma, respirou e fez força.

Com um grito o mundo pareceu parar, um grande poder tomou de conta do quarto, uma vida nasceu e a outra? Morreu.

E então eu acordei.

Pov’Autora.

Hermione olhava para os lados a procura da mulher, estava atordoada, até que um barulho a tira dos seus pensamentos, era a porta da cabine sendo aberta, por ele entram Harry e Rony, Hermione os olhou e sorriu tentando esquecer o sonho bizarro que teve, foi só um sonho, um sonho, pensava.

–Oi meninos!-Disse animada, mas nenhum expressou nada.

–Olá Hermione.- Disse Harry seria, mas com uma pontada de ironia. Hermione? Não era Mione? O que está acontecendo com esses meninos?

–Qual o problema.

–É muito simples.- Disse Rony.- Você é o problema.

–O que? Vocês estão brincando?- Perguntou rindo.

–Não!

–Na verdade nós cansamos de brincar.- Disse Rony.

–Como assim?- Perguntou seria.

–Acha mesmo que nós iriamos ser seus amigos? Serio? Como pode ser tão ingênua? – Diz e da uma gargalhada.

–O que você estão falando? Se for uma brincadeira parem!

–Não é nenhuma brincadeira, carinho.

–Não somos seus amigos.

–Não, vocês estão brincando, só pode, nós somos um time.

–Nós- Disse apontando para ele e Rony. -, somos um time, você não faz parte dele, nunca fez.

–Por quê?

–Porque você não basta! Só servia para que nós tirássemos notas boas, não é nada além de uma sangue-ruim, uma impura.

–Isso, não queremos nossa imagem assemelhada a de uma rata de biblioteca, que é horrenda, desajeitada, desengonçada, mal arrumada, e esse seu cabelo? Até uma vassoura é melhor que ele.

Hermione já estava aos prantos.

–Parem, não quero ouvir, saiam.

–Só estamos falando a verdade, não era você a pessoa que mais a prezava? Parece que o jo..

–O QUE ESTÃO FAZENDO? –Disse Pansy na porta da cabine vendo a cena horrorizada, nem um Sonserino era tão cruel com um amigo. – O QUE FIZERAM COM ELA? SAIAM!

–Olha quem chegou Rony, a puta Parkinson. - Disse Harry rindo, se virou para Hermione. - Parece que já dissemos tudo o que tínhamos para dizer. Espero que tenha entendido Mione.

Eles saíram e Pansy não esperou e correu para ajudar a menina a se levantar.

–Eles te fizeram algum mal?

–N..ã...o.- Disse chorando compulsivamente.

–Venha. - Disse e a abraçou.

Depois de algum tempo, Hermione já estava mais calma, secou as lagrimas do rosto com a manga da blusa.

–Por que está me ajudando?

–Eu não sei, senti que precisava de uma amiga.

–Mas, eu sou uma grifinoria sangue-ruim, porque me ajudaria?

A menina sorriu e olhou para Hermione, torou uma mecha de cabelo e a colocou atrás da orelha da mesma.

–Algo me diz que você é mais que isso.

–Obrigada.

Mas sou apenas humana

E eu sangro quando caio

Sou apenas humana

E eu me arrebento e me desmonto

Suas palavras na minha cabeças, facas em meu coração

Você me bota lá em cima e depois eu caio aos pedaços

Pois sou apenas humana