Chuva de Lágrimas escrita por Skadi, Ana Gomez


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Heeey *-* Jaci aqui ♥
Chegou mais um capítulo para vocês, então nada mais de morrer de ansiedade, de comer as unhas e os toquinhos dos dedos. Podem passar esse bastão pra gente, que é a nossa vez de ficarmos de coração acelerado aqui e machucando o pobre do F5 nos nossos teclados.
Antes de deixá-las seguirem seus caminhos para a leitura, queremos dizer algumas palavrinhas.
Um enorme obrigada cheio de brigadeiro, coxinha, refrigerante de laranja (quem aí lembra de Kenan e Kell?), adesivos de Pandas com brilho e muitos, muitos, muitos abraços apertados. Sério. Se estão se perguntando o porquê, bem, é simples:
5 recomendações , 253 comentários, 61 favoritos, 10.675 visualizações, 245 acompanhamentos.
Gente, Uau! Nossa! Caramba! Meu Deus! São tantas as exclamações de surpresa que eu queria colocar aqui.
Quando começamos a história, Ana e eu não tínhamos noção de que chegaríamos a ter tanto retorno assim. Vocês são demais, mais que demais, ESTUPENDAS!
Gostaria de dar um obrigada especial às três moças, Dream Writer, Alana Colorada & Adara pelas suas recomendações maravilhosas que nos pegaram de surpresa e nos deixaram mais que emocionadas, e aos comentários maravilhosos que recebemos.
Eu já disse antes e Ana também, mas isso realmente significa muito pra gente. Nós amamos ter vocês aqui, não só como leitoras, mas como amigas em potencial, amigas que seria maravilhoso levar pela vida toda. Chuva de Lágrimas é escrita para vocês com o maior carinho e dedicação. Obrigada, de novo, por tudo, tudo mesmo. Essa auto proclamada panda aqui vai deixar que sigam a leitura em paz porque senão fica falando até amanhã. Amamos vocês.
Como estava escrito no relicário que a Bella deu de presente pra Renesmee:
"Plus que ma proprie vie."

Ana:

Bom meninas, Jaci disse tudo. ♥ Obrigado a paciência, e obrigadaaaaaa as 3 recomendações da Dream, Alana & Adara. Nem sei o que dizer. Um beijão!
Boa leituraaa!



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Alguns minutos mais tarde, após debates um tanto acalorados, sobre documentos que deveriam ser assinados, contratos a serem fechados e renovados e sobre os avanços que a pesquisa sobre doenças genéticas estava fazendo. Jasper havia saído à procura de uma xícara de café, já que Isabella simplesmente detestava o cheiro e não permitia que a bebida fosse servida em sua sala. O cansaço curvava seus ombros de leve, seus olhos começavam a arder e a vontade de bocejar era grande, mas ela se conteve.

O silêncio era reconfortante. Sempre tinha gostado da paz que a ausência de ruídos e das vozes de outras pessoas lhe proporcionava. Mas ela esqueceu o pequeno fato de que seu cérebro funcionava melhor daquela forma e os pensamentos começaram a surgir.

Os acontecimentos da noite anterior vieram à tona em primeiro lugar, o rosto suado e pálido do homem que acolheu, os gritos torturados que mesmo agora ainda faziam seu corpo tremer. E então ela se lembrou de ter dormido no ombro dele.

Levantou-se, um pouco atordoada. Se, de alguma forma, o Sr. e a Sra. Swan ficassem sabendo sobre o que estava acontecendo... Isabella não queria nem imaginar. Seus funcionários ela conseguia manejar, mas paparazzis e pessoas de fora eram uma história completamente diferente. Seus pais eram controladores ao extremo e julgavam a tudo e todos como algo inferior a eles.

Podia contar nos dedos de uma mão só aqueles que tiraram a sorte grande ao serem aprovados como razoavelmente aceitáveis aos seus padrões. Se não tivesse aprendido desde muito cedo como se comportar na frente deles e como eles, certamente não teria sobrevivido ao mundo do qual agora fazia parte.

Por Deus, o que estava fazendo? Passou as mãos pelo cabelo, nervosa. O que tinha pensado ao pegar um morador de rua e leva-lo para dentro de sua casa? Como Phill pôde deixa-la fazer isso? Foi uma completa maluquice e que podia dar totalmente errado. O que devia fazer? Pedir para que o mendigo fosse embora? Não tinha como se dar o luxo de ter fofocas se espalhando pela cidade, sua imagem podia ficar suja. O havia alimentado, lhe dado roupas novas e podia receitar algum remédio e vitaminas para que sua saúde melhorasse. Talvez fosse melhor se realmente o mandasse embora, seria mais prudente do que continuar a se aproximar de um morador de rua.

Respirou fundo e balançou a cabeça, em negação.

— Está muito pensativa hoje — a voz rouca de Jasper a fez abrir as pálpebras imediatamente. Sua mente estava tão turbulenta que não escutou ele entrando na sala. — Seria o nosso projeto deixando a inabalável Srta. Swan assim? Se for, não precisa se preocupar, somos uma dupla imbatível.

Isabella sorriu e arrumou a postura na cadeira. Jasper era confiante, um dos motivos para que ela gostasse tanto dele como parceiro de trabalho. Uma excelente escolha tê-lo como sócio.

— Imbatível, concordo — ela murmurou, sorrindo para si mesma e pegando os papeis em cima da mesa de vidro. Os analisou por alguns segundos, os dados eram promissores e isso era bom, não estava com paciência para lidar com erros.

— Gostaria de conhecer os voluntários hoje?

— Não, não há tempo para isso agora, tenho uma cirurgia marcada daqui alguns minutos, quem sabe mais tarde.

— Certo. Pedirei para Sam preparar a ala em que eles ficarão então.

— Faça isso — ela o dispensou. Por mais que fossem parceiros, Isabella ainda era a sócia majoritária e, bem, estava acostumada a dar ordens.

Continuou mexendo nos papeis, sinalizando com um marcador vermelho coisas que achava que deveriam ser alteradas e separando as páginas já vistas em um lado. Assim que Jasper saiu e o som da porta se fechando ecoou pela sala, ela pegou o celular e ligou para Phill.

Durante todo o caminho do hospital para a mansão, ele tinha os pensamentos perturbados. Não entendia muito bem o que estava acontecendo, na verdade, se recusava a tentar entender. Sua função como motorista da senhorita não incluía tentar entende-la e muito menos as coisas que ela fazia. Mas ele simplesmente não conseguia ignorar, por isso sentia uma dor de cabeça começar a se formar.

Já trabalhava há um bom tempo para Isabella e tinha conhecimento de como os pais da jovem, porém competente, médica eram. Ficava angustiado só de pensar no que poderia acontecer se isso chegasse aos ouvidos deles lá na Europa — e ele tinha certeza de que em algum momento chegaria.

Estacionou o carro na frente da casa, como costumava fazer, e desceu abotoando o paletó. Tudo estava em aparente paz, nenhum barulho estranho, mas isso não queria dizer nada já que as paredes tinham isolamento acústico — Isabella não suportava o som de buzinas e prezava muito sua privacidade. Quando ele abriu a porta, seus olhos se arregalaram e ele puxou a gravata, afastando-a do pescoço. Sentia falta de ar de repente.

Seu telefone tocou e meio debilmente ele tateou os bolsos até encontra-lo.

— Alô — sussurrou, tentando entender o que acontecia na sua frente.

O que parecia serem os restos mortais de duas almofadas jaziam rasgados e seu conteúdo espalhado pelo chão. O cachorro estava rosnando e latindo para uma das funcionárias, que se escondia atrás do jardineiro — provavelmente chamado até ali para tentar resolver o problema. O dono do animal não estava em lugar nenhum visível e o coração do motorista parecia querer sair por sua boca. Isabella realmente gostava daquelas almofadas.

— Phill — a voz de sua patroa o fez engolir seco. Pigarreou, tentando se controlar.

— Srta. Swan, precisa de algo? — os olhos da funcionária, do jardineiro e do cachorro viraram, rapidamente ele colocou o dedo na boca, fazendo sinal para que os outros três ficassem em silêncio.

— Acho melhor que o mendigo não vir — a voz dela era firme

— Mendigo? Mas ele não era seu hóspede?

— Sem gracinhas Philip. Deve ter sido a falta de sono que me fez falar sem pensar. Apenas não o traga ao hospital.

— Sim, senhorita — ele assentiu, ainda com o telefone no ouvido. Saiu da casa e fechou a porta. Quando se virou, o homem de quem falava estava parado, o olhando curiosamente. — Se me permite a liberdade, está fazendo a coisa certa. Se alguém consegue uma foto sua na companhia de um morador de rua, sairá nas mídias e as consequências serão enormes. Principalmente com seus pais.

Como resposta para seu pequeno discurso, Phill recebeu apenas o som de que a chamada havia sido finalizada. O mendigo continuava no mesmo lugar, com o olhar ainda curioso, mas um pouco triste.

— Seu cachorro está causando o caos ali dentro, se puder resolver isso, será melhor para todos nós — falou, guardando o celular no bolso e arrumando a gravata.

Isabella ficou alguns segundos observando as pessoas através de janela de sua sala. Sentia-se um pouco sufocada, impaciente e cansada. Queria simplesmente ter uma vida normal como aquelas pessoas que caminhavam tranquilamente lá embaixo na rua. Mas, bem, ela não as conhecia e todos têm problemas, alguns apenas mais sérios que outros.

— Doutora? — após uma batida suave na porta, Sue entrou. — Está quase na hora da cirurgia, quer alguma ajuda?

O quão difícil devia ser para ela trocar de roupa e esterilizar suas mãos? Realmente precisava de ajuda para isso?

Pensamentos inúteis, Isabella. Você não precisa de ninguém. Um sorriso aborrecido tomou seus lábios.

— Acho que consigo me vestir sozinha, Sue. Venho fazendo isso desde que tinha quatro anos. Apenas confirme a cirurgia — sem dirigir um olhar sequer para a ruiva parada ao lado da porta, Isabella andou até o banheiro logo atrás de sua mesa.

Sua equipe estava pronta quando chegou e a paciente já anestesiado. A remoção do tumor foi até fácil comparando com os outros casos que já tinha resolvido, mas para a mulher que tinha suportado os efeitos negativos daquele pequeno mal, foram tempos difíceis até encontrar alguém que descobrisse porque ela estava passando por tudo aquilo.

Isabella tinha decido seguir em frente com a carreira que seus pais haviam escolhido por isso. O sentimento de gratidão que sentia, não somente vindo dos pacientes para si, mas pela a oportunidade que tinha de poder fazer uma mãe ter mais tempo com seus filhos ou de dar a chance a uma jovem de poder vir a ter filhos algum dia. Era bom saber que estava dando uma segunda chance na vida para alguém.

A cirurgia foi um sucesso e o tumor completamente removido. Isabella só ficou longe de sua paciente por tempo suficiente para se limpar e colocar o jaleco. Assim que estava aceitável, foi até o quarto para dar as boas notícias à família e as recomendações necessárias para que a recuperação fosse o mais próximo da perfeição possível.

Tendo feito isso, Isabella se dirigiu até sua sala, cumprimentando um colega ou outro no caminho. Não ficou surpresa ao encontrar Jasper lá, em um dia normal de trabalho isso sempre acontecia, ele passava mais tempo na sala dela no que na dele. Suspirou ao ver mais papeis em cima de sua mesa, os que tinha marcado e deixado separados antes de sair já não estavam mais ali, sinal de que Sue passou por lá. Esfregou a ponta dos dedos nas têmporas. Como podia ter ficado sem paciência tão rápido?

— Foi difícil? — Jasper perguntou apontando para o jaleco dela.

— Não — respondeu, pegando o celular de cima da mesa e verificando seus e-mails rapidamente, franzindo o cenho para um relatório recente. — Faz um bom tempo desde que checamos nos andares inferiores. Como vão as vendas no shopping? Os pacientes estão confortáveis nos leitos novos?

Ele apenas deu de ombros, como se aquilo não o interessasse muito. Se antes ela já estava irritada, agora não foi preciso muito para seu temperamento tomar conta.

— As últimas semanas têm sido corridas e cansativas, admito, mas isso não significa que você possa se descuidar assim Jasper. Se notar que eu não tive como verificar as coisas eu mesma, procure saber de tudo — Isabella tirou o jaleco e o jogou de forma descuidada em cima da mesa.

— Não consegui vir porque estávamos sempre correndo, Swan — Jasper falou, desfazendo um botão do terno italiano que usava para poder se sentar em uma das poltronas de couro branco. — Mas isso não quer dizer que tenha sido displicente. Fiz com que Diggle me deixasse informado, se lembra dele, não é? De qualquer forma, está tudo certo de acordo com os relatórios. Só precisamos conferir, então fique calma. O que acha de sair para jantar comigo depois?

Ele lhe deu um de seus sorrisos divertidos, cruzando as pernas e balançando o pé. Sua voz tinha um efeito calmante sobre ela e ele sabia disso, pois mesmo que Isabella perdesse o controle sobre seu humor com frequência, Jasper sempre mantinha o seu semblante tranquilo e a olhava nos olhos. Considerou se devia aceitar o convite para jantar. Seria bom ficar fora de casa por algumas horas, espairecer. O mendigo ficaria bem, afinal de contas, sua mansão proporcionava uma estadia melhor que muitos hotéis cinco estrelas sem contar que os empregados estariam lá para suprir todas as suas necessidades.

— Depois — ela respondeu, sorrindo de leve e indo para o banheiro trocar de roupa. — Terá que me levar em casa antes.

— Claro.

Jasper era um homem bonito, Isabella tinha que admitir, com porte forte e alto. Seu cabelo era louro naturalmente e combinavam, como duas peças de quebra cabeça, com seus olhos azuis claros. Seu queixo quadrado e garboso o faziam parecer aqueles príncipes de contos de fadas que ela viu uma vez quando ficou sozinha com uma das babás — Isabella havia comentado sobre um rato se transformando em um lindo cavalo branco e sua mãe demitiu a babá naquele mesmo dia e depois mandou a garotinha de apenas sete anos para um internato na França. A barba de Jasper era cerrada, como a do príncipe e seus lábios eram finos, porém perfeitamente desenhados.

Ele era em todos os sentidos o parceiro perfeito, mas assim como os outros homens, tão bonitos e influentes quanto ele, Jasper não a fazia sentir algo. Um dos melhores advogados do país, considerado como “salvador das causas perdidas”, rico e bem sucedido e Isabella o via apenas como parceiro profissional.

Ele a esperava com a porta da sala aberta e sua bolsa na mão. Depois de oferecer um obrigada polido eles caminharam lado a lado até o elevador.

Quando terminou a faculdade de administração, mesmo com seus pais dizendo que não teria futuro naquela carreira, Jessica se negou a escutá-los. Estava feliz, gostava dos números, então não deixaria que algumas palavras duras a desanimarem. Não demorou muito para que conseguisse um emprego no lugar que queria e começasse a trabalhar. Sua colega de bancada, Angela, havia sido rápida em lhe contar sobre o “casal chefe”, como ela mesma tinha dito. Só que Jéssica nunca os tinha visto antes por ali. Até hoje.

Ela se considerava uma mulher bonita, de verdade, não tinha nenhum complexo de inferioridade em relação a sua aparência e estava completamente satisfeita, mas quando as portas de metal se abriram, quis cavar um buraco no chão e se esconder. Angela precisou lhe cutucar para que se levantasse e a seguisse para frente da bancada.

O homem chamava atenção, com seu terno cinza escuro contrastando contra sua pele branca e o cabelo louro repartido para o lado direito e mantido no lugar com a ajuda de gel. Jessica só notou que o estava encarando quando o mesmo piscou um de seus maravilhosos olhos azuis e deu um sorrisinho enquanto passava o polegar no canto da boca. Sua atenção, forçada a mudar de alvo pelo constrangimento, se desviou para a mulher parada ao lado dele.

Isabella Swan. Médica chefe e dona de todo aquele complexo. Seria impossível não reconhece-la, seu rosto estava estampado nas primeiras páginas de jornais quase toda semana e era considerada uma das mulheres mais bonitas da atualidade. Jessica de forma relutante, agora que a via cara a cara pela primeira vez, começava a aceitar a realidade.

A Srta. Swan pertencia a um categoria acima do apenas bonita. Seu cabelo castanho avermelhado, longo e brilhoso, caía em ondas por suas costas de uma forma natural, mas ainda assim alinhada. Os olhos verdes, contornados por uma maquiagem leve e delicada, se sobressaíam contra sua pele alva de aparência acetinada e a boca naturalmente avermelhada. Como se fossem um casal de verdade e tivessem combinado, ela também vestia cinza, mas em um tom mais claro que o de seu sócio e ao invés de um terno completo, usava apenas um blazer por cima de um vestido azul marinho justo no corpo.

— Srta. Weber — a voz masculina, calma e baixa, puxou a atenção de Jéssica para o homem louro. — Está ainda mais bela esta manhã.

— Sr. Hale — sua colega falou, tranquilamente. Como ela conseguia manter a pose em momentos como aquele?

— Deixe de galanteios, Jasper — Jessica ficou surpresa com o poder que ouviu por trás da voz de Isabella. Ela parecia tão nova, talvez tivessem até a mesma idade, mas a morena a fazia querer abaixar a cabeça e ficar calada. Talvez fosse a forma como ela mantinha uma postura formidável, ou a confiança que exalava. — Estamos aqui para conferir como vai o andamento das clínicas e dos escritórios. Continuem seu trabalho normalmente, finjam que o Sr. Hale e eu não estamos aqui.

— Sim, Srta. Swan — responderam.

— Você deve ser Jessica Stanley, a nova funcionária — os olhos verdes estavam subitamente sobre ela, que ficou um tanto espantada pelo vazio que encontrou neles. Era intimidador. — Seja bem vinda. Agora, nos acompanhe, por favor.


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Notas finais do capítulo

Nos deixem saber o que acharam! Nos surpreendam! Próximo capítulo tem mais emoções! Um beijooooo ♥
Ah, criamos um grupo para a história lá no Facebook para podermos conversar mais com vocês! YAAAAAY! Segue o link procês!
https://www.facebook.com/groups/1648205522063173/

Beijooosss ♥