SeuSegredo. Com escrita por Panda Chan
Notas iniciais do capítulo
Olá bolinhos, como vocês estão?
Esse capítulo é dedicado pra Julia, que fez aniversário ontem ♥ PARABÉNS JULIA O/
Sobre o capítulo anterior: não sei o que rolou, mas já arrumei no Nyah. O Social continua com o capítulo meio bugado porque não consegui alterar (ficou "enviando" por meia hora e nada de enviar!). Obrigada a todos que avisaram sobre.
Hoje o capítulo não tem capa por motivos de preguiça u_u Se vocês verem como minhas unhas estão lindas (insta wondernatchu) com all star desenhados em cada uma entenderiam porque tanta preguiça q
SOU UMA AUTORA SINCERA, NÃO ME JULGUEM KKKKK
Boa leitura.
Depois que o Bill foi embora, os inspetores resolveram procurar pela Secret do lado de fora do prédio o que deu vantagem para que Lucca e eu pegássemos algumas das câmeras que escondemos pela escola.
— O que você vai fazer agora? – ele perguntou depois de ouvir toda a minha história sobre o encontro com o Bill.
— Assistir a cada minuto de gravação dessas câmeras.
— Anna, você não vai conseguir dormir se fizer isso.
— Eu sei – revirei os olhos – Amanhã você pega as câmeras que faltam.
— Acha que ninguém vai estranhar você faltar logo no dia seguinte ao encontro dos anônimos?
— Eu sou um número invisível – ele me encarou sem entender – Se eu apareço ou não, poucos notam. Essa é a minha vantagem.
Desde que cheguei em casa tudo que fiz foi assistir as gravações das pequenas câmeras espiãs. Mesmo que eu tenha a informação sobre o horário que ele pichou o muro, não posso confiar nessa informação porque ele pode ter algum ajudante que fez o serviço.
Meus olhos ardem e quase se fecham, sinal de que eu devo tomar outro gole da minha lata de energético. Nenhum detalhe das filmagens pode passar despercebido e por isso revejo cada cena várias vezes.
Graças as câmeras descobri que Bill passou perto dos vestiários antes de entrar pela janela aberta. Cada movimento dele foi gravado e mesmo assim não consegui uma imagem que mostre, mesmo parcialmente, sua face.
— Isso é frustrante – murmuro e massageio as pálpebras fechadas.
Quando um bocejo involuntário escapa por meus lábios vejo que foi um erro.
— Com sono? – sinto os dedos dele tocando minha cabeça e fazendo um cafuné estranho. Sinto-me um cachorro.
— Para com isso ou vou dormir mesmo – murmuro.
— Pode dormir, Nana banana – Lucca diz – Eu termino de ver as gravações por você.
O que ele diz faz sentido, ele realmente pode ver as imagens por mim. Lucca dormiu e foi à escola, bem diferente de mim que passei a noite em claro buscando provas.
— Não posso – resmungo – Se deixar algum detalhe passar, o encontro terá sido em vão.
— Você está assistindo essas gravações há doze horas, no mínimo. É hora de descansar.
Eu queria ter protestado e lutado pelo meu direito de procurar as evidências do meu inimigo mortal em vídeo, mas o carinho estava tão bom que adormeci sem me dar conta.
“ O romantismo acaba no muro.
Ai ai (insira um bocejo aqui), acabei de sair da escola e devo parabenizar os inspetores e a policia local pelo péssimo trabalho buscando intrusos. Sem vocês, eu não teria entrado com tanta facilidade.
Estou com sono, porém não me esqueci de vocês meus pequenos curiosos venenosos.
Sobre o Bill só tenho uma coisa a dizer: ele não é nada romântico na vida real.
Eu definiria a personalidade dele como a de um vampiro de livro romântico que é fofo com a garota e um filho da mãe boa com o resto das pessoas. Acreditam que ele me chamou de espigão?
Bill não quis conversar muito, passou mais tempo me ofendendo e ameaçando. É agora que vem a parte legal do nosso encontro.
Nosso garotinho romântico declarou guerra oficial contra mim e disse que “teria muitos aliados para vencer”. Vocês acreditam nisso? Ele acha que têm aliados!
É por isso que eu invoco todos vocês, meus amados venenosos, quero informações sobre o Bill.
O que vocês ganham com isso? É simples, com uma postagem posso acabar com qualquer um na cidade (cadê a novidade?) assim como posso te ajudar a ser popular ou conseguir o que quiser da forma mais discreta possível.
Conheço segredos de todos, até dos mais invisíveis, e não pouparei esforços para acabar com quem se aliar ao garoto florista.
Não preciso ressaltar que aqueles que me ajudarem vão ser muito bem recompensados com a popularidade instantânea ou vendo seus inimigos cair.
A escolha não parece difícil para mim e espero que não seja para vocês.
O lado negro os aguarda.
Sejam venenosos.
Beijinhos, Secret.”
Meus olhos se abrem, contra a minha vontade, quando ouço o toque do meu celular.
— Deixa que eu atendo – Lucca diz com a voz cansada.
— Pode deixar que eu faço isso – bocejo – Foque nas gravações.
Ele assente e tira uma gravação da pausa. Atendo o telefone sem me dar ao trabalho de ver quem está ligando.
— Onde você se enfiou? – Ícaro grita e eu afasto o aparelho.
— Em casa, por quê?
— Amanhã tem prova de história e você não me ajudou a estudar nada! – o tom de voz dele consegue ser desesperado e acusador ao mesmo tempo. Vou criar uma palavra para descrever isso. Talvez acusasperado ou desacusador.
— Fiquei doente – finjo uma tosse – Não fui nem a aula hoje.
— Eu sei – o ouço suspirar – Posso ir até sua casa para estudar? Eu realmente preciso da sua ajuda.
Olho para Lucca focado nas cenas gravadas ontem e suspiro derrotada.
— Vamos para a sua casa.
Faço o possível para tirar minha cara de sono, mas não dá certo. Lucca diz que eu sou louca por ir ajudar o Ícaro a estudar quando estou tão cansada e eu tenho que lembra-lo que tenho esse compromisso com o loiro.
Acho que por agora não vou conseguir dormir e ficar acordada levantando suspeitas sobre o Bill é pior ainda.
Desde que postei sobre o encontro no blog o celular da Secret não parou por nenhum segundo com as teorias mais malucas e improváveis possíveis. O pessoal tem muita criatividade na hora de arrumar suspeitos e até o prefeito da cidade, que não consegue pular nem a cerca direito porque está acima do peso pra isso, entrou no meio.
O bom de estar com cara de zumbi é que minha mentira sobre a doença fica mais convincente.
— Você está doente mesmo! – Ícaro para com os olhos quase saltando as órbitas.
— Achou que eu estava mentindo? – tombo com a cabeça para o lado fazendo cara de inocente.
— Sim – ele responde quase imediatamente – Agora tô’ me sentindo mal por isso, desculpa.
— Tá’ perdoado – afinal, é mesmo mentira.
— Vem – ele passa o braço ao redor dos meus ombros – Vou te fazer um chocolate quente para recompensar por duvidar do seu caráter.
— Não tem como ficar brava com quem faz chocolate quente – digo e ele ri.
Caminhamos até a casa dele, tão diferente da minha que chega a assustar.
Minha casa é bem minimalista então objetos como quadros de família não são muito presentes, já a do Ícaro é cheia deles. As fotos começam no batente da porta, onde pregaram fotos de máquina de um homem loiro com um garotinho fazendo careta e continuam por todas as paredes contornando os móveis.
— Caramba.
— É, eu sei – Ícaro coça a nuca – Minha tia têm uns hobbies estranhos, como tirar fotos. Pode se sentar no sofá, vou buscar o chocolate quente.
Faço como ele disse e me acomodo no sofá laranja ainda perdida nas memórias de família expostas nas paredes. Reconheço Ícaro em várias delas e encontro até algumas dele atuando em peças de teatro.
Não demora muito para que ele retorne com duas xícaras de chocolate quente.
— Essas fotos te assustam?
— Não – tomo um gole da bebida e fico feliz com o calor que ela traz – Só não estou acostumada a algo tão íntimo.
— “Íntimo” significa “bagunçado” em algum idioma? Se sim, aqui é bem “íntimo”.
— Aquele é você na peça do Peter Pan? – aponto para a foto ao lado da televisão em uma moldura cheia de flores e sorrisos.
— Sim – ele pega e entrega para mim – Note que a Sininho ainda não tinha jogado pó de fada na minha cara e por isso estava lindo.
Reviro os olhos.
— Ainda bem que fazendo piadas você é um ótimo...
— Sou um ótimo? –os olhos acinzentados me encaram com expectativa.
—... Skatista – completo rindo.
— Eu só te atropelei uma vez, quando você vai me perdoar por isso? – ele abre a mochila e tira de lá o material da aula de história.
— Nunca – sorrio – Entretanto, se você continuar fazendo bebidas quentes pra mim posso cogitar essa opção.
Começamos a revisar a matéria e com muito orgulho digo que Ícaro está evoluindo bastante e parece gostar da matéria. Pergunto sobre assuntos diversos para ele que acerta boa parte e quando percebo, o chocolate quente já acabou e o céu foi tomado pelo tom alaranjado do pôr-do-sol.
— Acho que o tempo passa mais rápido quando estudamos – ele me observa olhando o céu.
Faço um movimento com a cabeça concordando e inspiro profundamente.
— Sua casa tem um cheiro estranho – comento.
— Coisa da minha tia – ele responde – Ela tem várias maluquices, como espalhar ervas pela casa para afastar vibrações ruins.
Ícaro revira os olhos de forma cômica, o que me faz rir.
— Como está o ensaio para ser o príncipe da Bela Adormecida?
— Difícil – o ouço suspirar – O príncipe aparece bem menos que a Aurora, mas ele tem que passar amor e dedicação em todas as cenas. É horrível encenar um personagem tão perfeito porque parece que algo vai dar errado.
— Relaxa, tenho certeza que vai conseguir o papel.
— Espero que consiga – ele pega as xícaras vazias – Vou deixar isso a pia e já te levo em casa.
— Ok.
Assim que ele se afasta meu celular vibra com uma nova mensagem do Lucca.
Lucca: Isso foi enviado para o celular da Secret.
“Até mesmo a raposa mais esperta é ferida pelo espinho de uma rosa. Imagino que várias pessoas tenham se aliado a você, quero que saiba que a mim também. Que o melhor anônimo vença. Bill”
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Tá ficando complicado pra Anna ser a Secret e continuar como uma aluna normal. Vocês acham que alguém além do Lucca e do Ícaro percebeu que nossa "invisivel" não apareceu?
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Beijinhos sabor pizza jovens bolinhos de queijo