Apaixonada por um nerd- Evie e Doug escrita por Filha de Atena


Capítulo 28
A Primeira


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEIII!
Então, provavelmente vão sair mais dois capítulos hoje, porque vou viajar amanhã e não quero deixar vocês sem capítulo de natal, mas, se não der eu vou postar quando voltar mesmo.
Avisando que este capítulo acaba de um jeito muito kawai, então se preparem para vomitar arco-íris.
Espero que gostem e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/647762/chapter/28

Pov Evie

Todos os meninos me encaravam fixamente. Que raiva do Doug, por que ele tinha que fazer essa pergunta idiota?

– A Evie... O que? – disse Doug.

Nenhuma das meninas respondeu.

– Cometeu um ato de bulimia... – disse Carlos.

Alguns minutos de tensão e silêncio se seguiram, até que tudo explodiu de vez.

– COMO ASSIM EVIE? – berrou Jay.

– VOCÊ NÃO PODE SER BULÍMICA! ISSO É PREJUDICIAL A SAÚDE E... – Carlos continuou a falar, mas de tudo o que ele disse, o que eu entendi se resume em... nada.

Ben me apertou tão forte que eu achei que seria partida no meio.

– O QUE É ISSO? – Ben berrou na minha orelhja.

– VOCÊ FICOU LOUCA? QUER SE MATAR? PARE COM ISSO! – disse Marcelo.

– EVIE, POR QUE ISSO? VOCÊ JÁ NÃO TEM ATENÇÃO O SUFICIENTE? – disse Doug, que tinha o rosto vermelho de raiva.

Que quero atenção? Como assim eu quero atenção? Se não fosse pela pergunta idiota dele, eles nem saberiam!

Marcelo me encarava com um olhar desapontado que... Só me fazia querer correr para o banheiro de novo.

Os garotos continuavam a berrar mandando que eu parasse e me acusando de querer atenção, eu já estava cheia disso, e aquela confusão de vozes gritando fazia minha cabeça girar.

CALEM A BOCA, AGORA! – berrei.

Eles pararam de gritar, alguns com uma expressão de susto. Emily e Audrey assistiam a tudo caladas, e Mal, só percebi agora, estava atrás de mim com as mão em meus ombros.

EU NÃO QUERO ATENÇÃO PORCARIA NENHUMA! – continuei a berrar – SE DOUG NÃO TIVESSE FEITO AQUELA PERGUNTA IDIOTA VOCÊS NEM SABERIAM! E VOCÊS GRITAREM COMIGO ME PRESSIONANDO TAMBÉM NÃO AJUDA EM NADA, NA VERDADE, SÓ ME DÁ MAIS VONTADE DE CORRER PARA O BANHEIRO, E VOMITAR O ÁCIDO DO MEU ESTÔMAGO, JÁ QUE TUDO O QUE EU COMI JÁ NÃO ESTÁ MAIS PRESENTE NELE.

Os meninos se entreolharam, revendo o que estavam fazendo. Aleluia, pelo menos um pouco de bom senso entrou na cabeça deles. Mas eles não pediram desculpa, o famoso ego masculino...

– Evie, você ahn... Vomitou tudo o que comeu hoje? – perguntou Doug.

– Foi o que eu disse, não? – falei, já sem paciência.

– Então você tem que comer agora. – ele disse.

– Sim. – disseram todos.

Por mais que eu não quisesse, não argumentei. Eram todos contra mim, obviamente eu perderia.

Ben e Mal saíram para providenciar alguma coisa para que eu comesse. Eu só rezava para que fosse uma salada ou uma fruta...

Meu pedido não foi atendido. Nem um pouco. Ben e Mal chegaram segurando o maior hambúrguer que eu já vi na vida. Eles não pensam não? Eu não quero comer e eles trazem um sanduíche monstro? Vai entender...

– Eu não vou comer isso. – falei.

– Ah! Vai sim. – disseram todos.

Eu bufei e peguei o sanduíche. Cheio de gordura... Que nojo!

Comecei a comer e vi que Doug tentava ao máximo não olhar para mim, ele chegou ao ponto de olhar para o chão, fixamente.

Isso foi o bastante para que tudo o que eu senti mais cedo voltasse com força total. O medo de que meus amigos viessem a sentir uma certa repulsa por mim, o medo de não ser boa o bastante para agradá-los e... o medo de perder Doug.

Aproveitei que Ben – que já tinha me posto no colo novamente – estava distraído e saí correndo para o banheiro. Todos vieram atrás de mim, mas a essa altura eu já tinha trancado a porta, eu escutava aquela confusão de vozes gritando para que eu saísse, mas eu não posso evitar, vomitei tudo.

O mundo estava girando. Abri a porta e... estavam... estavam todos lá...

– Evie? Você está bem? – Marcelo perguntou. Eu estava parada na... porta e meus amigos... eles... me encaravam...

– Estou... bem. – falei.

Tentei dar um passo, e despenquei para o lado, caindo em cima de Marcelo, que me segurou.

– EVIE?! – ele, Doug, Jay, Ben, Carlos e as meninas berraram.

– Eu estou bem. – falei, decidida.

Me pus de pé. Estava firme. Eu acho...

Tentei andar novamente, mas tudo que eu consegui foi uma queda em direção ao chão. Fechei os olhos, esperando o contato doloroso com o chão, mas alguém me segurou pela cintura e me pôs de pé, ainda me segurando. Marcelo.

– Bem. Só se for bem mal! (Hahahaha! Não foi um trocadilho) – ele disse.

Eu estava tonta. Muito tonta. As vozes de todos que falavam compulsivamente se misturavam e se confundiam em minha cabeça. Eu sentia meu estômago doer, e não conseguia me pôr de pé. Eu tinha perdido o controle sobre minhas pernas. Marcelo percebeu, e me pegou no colo, como se eu fosse um bebê.

– Vamos te levar para a cama. – ele disse.

Tudo o que eu queria era dormir. Dormir, dormir e dormir. Dormir é minha terapia (Fabulosa!)

Pov Emily

Evie estava mal. Muito mal. Ela estava no colo de Marcelo, com os olhos fechados. E todos estávamos em volta enquanto íamos em direção ao quarto dela. Ben abraçava Mal. Eu e Audrey íamos de um lado de Marcelo e Carlos e Doug de outro. Jay vinha logo atrás.

Por menos que eu gostasse, tinha que admitir. Evie e Marcelo ficam muito fofos. Ela passou os braços pelo pescoço dele e se aninhou em seu colo, ele ficou radiante com isso. É muito fofo... Droga!

Outros que não pareciam gostar nada da cena eram Jay e Doug. Somos três. Mas eu não podia culpar a Evie. Ela não está raciocinando direito. Eu não sei nem se ela consegue raciocinar...

Chegamos ao quarto e Marcelo deitou Evie na cama, ela tinha dormido no percurso. Então Marcelo deu um beijo na testa dela e se sentou no tapete... É tão fofo que dá vontade de vomitar um arco-íris... EU ODEIO A MINHA VIDA.

Todos nos sentamos no chão, e começamos a conversar em um tom mais baixo. Para não acordar a Evie.

– Ela não pode ser bulímica de novo! Eu lembro da primeira vez, eu tinha que carrega-la para todos os lugares, chegou ao ponto de ela não conseguir levantar da cama! – disse Jay.

– Sem contar os problemas de saúde... Ela pode ficar anoréxica e desnutrida, podendo até morrer! – disse Carlos.

Estremeci só de pensar na possibilidade de Evie morrer.

– E vocês não sabem qual é o motivo dela? – perguntou Doug.

–Motivo? – indaguei.

– É. O que ela pensa que lhe dá vontade de vomitar. Que a faz se sentir mal. – disse Doug.

Eu e todos os outros começamos a pensar. Eu tentava me lembrar da hora que ela foi vomitar. Ela estava comendo, e olhou para o Doug, que encarava o chão fixamente. Os olhos dela brilharam de medo e ela saiu correndo.

– Você! – exclamei, de repente.

– O que? – disse Doug.

– Você é o motivo dela querer vomitar. – falei.

Doug ficou pasmo. Ele estava tão branco que podia se camuflar na parede.

Somente nesse momento fomos olhar para Evie de novo. Vimos que lágrimas escorriam pelo seu rosto, mesmo dormindo, ela devia estar tendo um pesadelo.

– Eu não sou boa o suficiente para ele... Não sou boa o suficiente para ele e os meus amigos... – ela murmurou, enquanto o fluxo de lágrimas aumentava.

Todos nós estávamos boquiabertos. Nos entreolhamos surpresos.

– Ela... Não se acha boa o suficiente para nós?... – perguntou Doug.

– Foi o que ela disse... – respondeu Mal.

– Temos que mudar isso. – falei.

– Sim. – disse Audrey.

– A partir de amanhã nós vamos fazer o possível para ajudá-la e não deixá-la sozinha. – falei.

Todos concordaram, e depois fomos para os nossos respectivos quartos, dormir.

*** Três dias depois.

Pov Evie

Depois daquele dia, meus amigos e Doug não me deixavam sozinha. Mas, na maioria das vezes, eu conseguia escapar depois das refeições.

Eu e Mal estávamos saindo do refeitório, após o café da manhã, e ela não soltava meu braço. Do nada Doug apareceu na minha frente, sorrindo.

– Oi Evie. – ele disse.

– Oi. – falei.

– Você quer ir tomar um sorvete comigo hoje? – ele perguntou.

Sorvete? Nããããão...

– Claro.- respondi.

– Eu te busco no quarto, ás duas horas. – ele disse.

– Tudo bem. – falei.

O resto dos alunos ainda não haviam voltado. Faltavam dois dias.

O resto da manhã se passou normal. Fui obrigada a comer no almoço e não pude ir no banheiro, Mal me acompanhou até o quarto e ficou comigo lá.

Já que eu não tinha escolha, fui me arrumar para o encontro com Doug. Escolhi um short jeans de cintura alta e uma regata preta. Uma bota de salto e cano curto e fiz uma trança cascata em meus cabelos.

Eu estava sentada, esperando Doug chegar, e Mal esperava Ben.

Alguém bateu na porta, Mal foi abrir e vimos que era o Doug.

– Evie, você está maravilhosa! – ele disse, assim que me viu.

– Obrigada. – falei pegando minha bolsa – Vamos?

– Claro. – ele disse, pegando minha mão.

Saímos caminhando de mãos dadas, e passamos pelo portão da escola. Le me levou até uma sorveteria que ficava e frente a uma praça. Fomos ao balcão e Doug passou a mão pela minha cintura.

– Vão querer de que? – o atendente perguntou.

– Baunilha. – disse Doug.

– Morango. – respondi.

– Podem sentar, vamos levar o sorvete. – ele respondeu.

– Obrigada. – falei.

Eu e Doug nos sentamos em uma mesa e começamos a conversar.

– Então, princesa. O natal está chegando.

– Eu sei. – falei.

– Você quer passar o dia 24 comigo, na casa dos meus pais? Assim você aproveita e conhece minha mãe e minha irmã. – ele disse.

– Claro, Doug. Mas a festa a noite eu já combinei de passar no castelo do Ben, junto com a Mal. Você pode ir comigo. – falei.

– Por mim tudo bem. – ele disse.

Nesse momento os nossos sorvetes chegaram.

– De morango para a garota... E de baunilha para o garoto. – disse o atendente, enquanto nos entregava nossos sorvetes.

– Obrigada. – falei.

– De nada. – ele respondeu.

Olhei para o sorvete em minha frente, com receio de comer.

– Coma, Evie. – disse Doug.

Suspirei e comecei a comer. O sorvete estava muito gostoso, então tentei ao máximo

não ficar contando as calorias que entravam em meu corpo...

Enquanto comíamos, continuamos a conversa.

– E sua irmã, quantos anos ela tem? – perguntei.

– Ela tem 12. – ele respondeu.

– E qual é o nome dela? – perguntei.

– Violet. – ele respondeu.

Continuamos tomando nosso sorvete, quando acabamos, fomos pagar. Eu queria pagar o meu, mas Doug não deixou, então suspirei e deixei que ele pagasse.

Fomos caminhando de mãos dadas para a pracinha ali em frente, de mãos dadas. Logo em seguida nos sentamos em um banco, embaixo de uma cerejeira.

Assim que sentamos, Doug me beijou. Um beijo lento e doce. Uma de suas mão estava em minha cintura, e a outra acariciava meus cabelos, e eu tinha os braços em volta do pescoço dele. Nos separamos com selinhos, e mantemos nossas testas coladas. Ele sorriu para mim, e naquele momento eu esqueci qualquer vontade de vomitar, só retribuí o sorriso.

Pov Doug

Eu e Evie sorríamos um para o outro, perdidos em nosso próprio mundo. Até que uma voz nos trouxe de volta para a realidade.

– Hey, gatinha. Esse garoto aí só está querendo namoro de mãozinha dada, vem comigo, que eu vou te dar muito prazer! – disse um garoto bonito e marombado. Enquanto fazia gestos com as mãos que indicavam... Coisas... (Exemplo: --o. Se é que entendem...)

Olhei para Evie do meu lado. E ela estava com a cara toda vermelha de raiva. E com os punhos fechados.

– Se isso é um namoro de mãozinha dada, é isso o que eu quero. Ele me respeita, e me trata bem. Ele me trata com delicadeza e sabe que tem que ser especial para mim. Diferentemente de você, que só deve pensar em sexo. Eu gosto assim, e gosto dele. Prefiro esperar. Quando tiver que ser será, e será especial. Então vai encher a paciência de outra. – ela berrou com o garoto.

Logo em seguida o garoto saiu correndo e Evie o olhou fazendo isso, sorrindo vitoriosa. E logo depois começou a rir, a acompanhei, rindo também.

– Adorei a resposta, princesa. – falei.

– Não era para menos... Que garoto idiota e repugnante! – ela disse.

– E se mais alguém te convidar para fazer coisas, eu não vou me segurar. – falei.

Ela começou a rir mais ainda, compulsivamente.

– O que foi? – perguntei.

– Desculpa mas... Você viu o tamanho do garoto? Não que eu tenha ficado reparando – ela disse, em resposta a minha cara – mas ele é muito mais forte que você!

– Tudo bem... – falei, fazendo bico.

– Ah! Não fica assim! Eu prefiro garotos com você a aquele outro, que daria mais atenção aos suplementos do que a mim! – ela disse me enchendo de beijos na bochecha e selinhos.

Como resposta a ela, selei nossos lábios em um beijo mais intenso. Pedi assagem com a língua, ela não hesitou em ceder. Quando o ar faltou, nos separamos, e fomos caminhando para a escola. Olhei para o relógio e me assustei, já eram cinco horas.

Pov Evie

Eu e Doug chegamos na escola e eu fui direto para o meu quarto, Mal não tinha chegado, então Doug resolveu ficar comigo. Ele se sentou na minha cama, e eu fui ler um livro. Peguei um livro que comprei pela beleza da capa e por a sinopse ter me encantado, mas que não havia começado a ler: A Seleção.

O livro era tão interessante que não consegui largá-lo. Eram 21:00 quando acabei, então decidi dar atenção ao Doug.

Sentei ao lado dele e disse:

– Oi, amor.

– Oi, princesa. – ele disse, antes de me beijar.

O beijo começou doce e calmo, mas foi ficando intenso, a mão dele foi para a minha coxa, e ele a apertou. Logo em seguida eu retirei a camisa dele, que não hesitou em retirar a minha. Quando ele estava me deitando na cama, ele, de repente, se afastou e levantou.

– O que houve? – perguntei.

– Desculpe, Evie... Tudo o que você disse hoje, sobre preferir esperar e querer que fosse especial, e eu chego fazendo isso... Desculpa. – ele disse.

– Doug, vai ser especial, se for com você. – falei.

– Certeza? – ele perguntou.

Eu assenti com a cabeça. Ele ainda parecia hesitante, então o joguei na cama e fiquei por cima dele, beijando seu pescoço e deixando marcas de chupões.

– Precisa de mais alguma prova? – perguntei.

Ele negou com a cabeça, então se levantou, trancou a porta e apagou a luz.

– Eu te amo. – ele disse chegando novamente na cama.

– Eu também te amo. – disse e o beijei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Comentem, please!